1. Spirit Fanfics >
  2. Aprisionado - Drarry >
  3. 41 - Final. Parte 2

História Aprisionado - Drarry - 41 - Final. Parte 2


Escrita por: Tiiago

Notas do Autor


Meus amores do coração. Chegamos ao fim, eu não imaginava que iria ser tão divertida a adaptação desta história. Os casais e tudo mais hahahah nunca imaginaria que Ron e Blay dariam tão certo, achei que vocês iriam detestar totalmente! e Cedric e Viktor Krum gente? ahh muito amor, me surpreendi com a aceitação de vocês. Colocar Harry como vilão também foi meio difícil ein hahah Eu quero muito agradecer a todos vocês, amores, a cada comentário, cada leitura e cada favorito. Vocês foram de mais eu adorei postar cada capítulo para vocês. adorei ler e responder os comentários, amei surtar com vocês e me animar também hahah vcs me animavam a postar um 3 capítulos de uma só vez, então a culpa é de vcs que acabou tão rápido! Esse epilogo vcs vão amar ou odiar, já adianto isso. mas aproveitem muito. vou deixar aqui o que a autora original fou sobre a personagem que na adaptação é a Luna, "Sobre a Fizzy (LUNA): achei melhor deixá-la seguir a própria vida, cada um pro seu lado; achei melhor assim.
Opiniões? Ficou ruim? Bom? Por favor, sejam sinceras (os).
Eu não quis enrolar muito na viagem para o México, nem ia ter nada de interessante.
Bom...nem sei mais há quanto tempo estou escrevendo Aprisionado, mesmo assim foi incrível, os comentários e elogios de vocês são as melhores coisas que poderia receber." PS: ela tá reescrevendo a história e se Luna aparecer eu atualizo para vcs.

Capítulo 41 - 41 - Final. Parte 2



- Ninguém se mexe!- Potter avisou me puxando para perto de si.- Não atira! 

Escutei o rangido da porta da frente sendo aberta e um senhor saiu da casa com uma espingarda em mãos; ele parecia estar com a idade muito avançada, meio gordo e com a pele caída cheia de rugas, marcando um rosto que parecia cheio de história para contar.

- O que querem?- sua voz soou rouca e sofrida, como se não falasse há muito tempo. Todos os seus movimentos eram lentos.

- Nós estávamos apenas passando, não iríamos fazer mal!- dei as explicações rezando para que ele nos deixasse continuar o caminho sem nenhum problema. 

Senti seu olhar pesar em mim e tremi de medo encostando mais meu rosto na areia, ele cuspiu no chão e vi seus pés bem na minha frente. Ofeguei quando senti o cano da espingarda tocar a minha nuca; apertei a mão de Potter como um aviso para que não tentasse nada.

Todos ficaram em silêncio, tudo o que ouvia era a respiração do velho, lenta e sofrida. Lentamente virei o rosto e encontrei com o de Potter, sério e com os olhos cravados na espingarda. Eu sabia que qualquer movimento daquele velho faria Potter atacar.

- Eu sou Hagrid.- suspirei aliviado ao não sentir mais a arma na minha nuca.- Entrem, acabei de fazer café. 

Ninguém se mexeu.

Ele me puxou pela gola da camiseta e me surpreendi com a força que ele tinha. De repente tudo mudou, aconteceu muito rápido. Só vi Hagrid puxar o gatilho da arma e apontar para Potter.

Ouvi mais barulhos de gatilhos e mais armas apontadas para Hagrid. 
Com o puxão na minha gola Potter se levantou e pegou no pulso de Hagrid; eu fiquei sem saber o que fazer, olhando para os dois homens, ambos com os olhares assustadores.

- Não faça mais isso, jovem.

- Não o puxe assim, velho. 

- Aquele café cairia muito bem agora.- Jorge riu nervoso enquanto tentava abaixar a mão de Simas que estava com o revólver apontado para Hagrid. 

- Sem açúcar!- Fred olhava suplicante para os homens. 

- O meu é sem morte.- Nev se aproximou sem medo e abaixou as armas.- Queridos, meus pés doem e mal vejo a hora de dormir. Hagrid já foi gentil o suficiente nos chamando para um café, então, por favor, acalmem-se. 

- O garoto tem razão.- Hagrid colocou a espingarda no cinto e voltou para a casa.- Venham. 

Entramos na pequena casa e demos de cara com a cozinha que tinha um balcão separando-a da sala. Tinha uma outra porta que imaginei ser o quarto.

A cozinha era pequena, continha um pequeno fogão de quatro bocas, uma pia, os armários, geladeira e uma mesa de quatro lugares. Simples mas aconchegante.

Ficamos parados no porta sem saber o que fazer. Hagrid pegou alguns copos e os colocou na mesa, logo depois serviu o café fumegante. Nev foi o primeiro a pegar, com a sua cara de pau ele até pediu bolachinhas e recebeu risadas de Hagrid que parecia gostar das piadinhas que ele soltava.

Com o tempo ficamos mais a vontade e contamos sobre a nossa fuga e sobre o horror que esse deserto escondia. Em nenhum momento Hagrid ficou surpreso, ele até mesmo parecia saber de tudo isso.
- É um história e tanto, garotos.- ele levantou da cadeira em que estava sentado e foi até seu quarto enquanto ainda falava.- Vocês devem estar cansados de andar nesse deserto. 

- Você não faz ideia.- Fred sussurrou não tão baixo assim. 

- Eu também tenho uma história para contar. Claro que não é tão emocionante quanto a de vocês. 

Ele continuou falando mas as vozes se tornaram ecos distantes para mim.

Sabe quanto você olha para uma pessoa e sente que já a viu? Mas não sabe de onde nem como ou o por que sua mente guardou o rosto dela?

Fiquei encarando Hagrid enquanto me esforçava para lembrar de qualquer coisa que me disesse que já o vi.

- Tudo bem?- os braços de Potter rodearam a minha cintura e senti seus lábios tocarem a minha orelha.- Você parece distante. 

- Perdido em pensamentos. 

- Poderia saber sobre o que?- sorri negando. 

- Nem por mil beijos.- deitei minha cabeça em seu ombro e sorri mais abertamente ao ouvi-lo soltar um resmungo fingindo estar chateado. 

- Gostariam de ouvir uma história, crianças?- paralisei ao ser atingido por memórias antes esquecidas. 

"Que história?"

"Sobre o inferno"

- Você ainda está vivo?!- me soltei dos braços de Potter e fui até Hagrid.- Eu me lembro de você! 

- Achei que fosse demorar, criança.- Hagrid riu alto e saiu do quarto com colchonetes.- O sofá não é grande o suficiente para todos vocês. 

- Vocês já se viram?- Comárco parecia intrigado e tão confuso quanto eu. 

- Sim! Quer dizer...eu acho que sim.- Fiquei parado no meio da sala mas Hagrid pediu para que todos ficassem sentados. 

E ele contou a sua história.

Já era de noite quando a conversa chegou ao fim e todos foram dormir. Estávamos amontoados nos colchonetes e no sofá. 

- Eu ainda não acredito que ele construiu aquele inferno!- Cedric sussurrou impressionado. 

- Eu ainda não acredito que depois daquele história nós ainda estamos de baixo do teto dele!- Rony resmungou se apertando mais nos braços de Blásio. 

- Ele não vai nos machucar.- eu não sei o por quê mas tive certeza de que ele apenas queria nos ajudar. 

- Eu não quero pensar nisso hoje, eu quero é dormir.- Simas estava entre os gêmeos e sorriu carinhosamente vendo os dois dormirem.- Vamos pensar nisso amanhã, eu só quero ter um pouco de paz. 

A conversa acabou mas ainda ouvi alguns sussurros que duraram até Viktor xingar alto e reclamar que não conseguia dormir.

Eu continuei acordado por horas e mais horas, o sono não vinha de jeito nenhum e a noite parecia não querer acabar, então fiquei acordado encarando o teto escuro e velho. Escutei passos e vi Hagrid aparecer na sala com a espingarda nas costas e um boné velho de um posto de gasolina. 

Ele ficou parado por uns instantes olhando o amontoado que nós fizemos em sua sala e sorriu; ajeitou o boné e saiu da sala.

- Você vem?- o escutei chamar e vi que ele estava com os braços apoiados no balcão.- Nossa conversa não acabou, não é? 

Sem hesitar, levantei sem que Potter acordasse e o segui até a varanda onde nos sentamos no banco.

- Vamos lá, me faça perguntas. 

Respirei fundo e encarei meus pés que por um momento ficaram bem mais interessantes.

Eu estava intrigado com a história que Hagrid contou. Ele construiu Mors, foi pago para isso. Mas quando viu o que aquilo se tornara ele largou tudo e tentou ir até as autoridades, para evitar que o monstro acordasse.

Óbvio que o prenderam antes, em Mors, é claro. Mas se esqueceram que ele quem a construiu, todos os seus segredos estavam com Hagrid e ninguém mais.

- Você fugiu pela chaminé? 

- Claro! Eu não a arquitetei com o opção de fuga.- ele ajeitou o boné e continuou com um sorriso maroto.- Não uma fácil. 

Fiquei em silêncio mais uma vez e tentei pensar em mais uma pergunta. Antes de encontrá-lo aqui na varando eu tinha tantas e agora todas fugiram.

- Por que-por que a construiu? 

- Eu queria o dinheiro.- sob o boné vi seus olhos cobertos de dor.- Eu não pensei no sofrimento que causaria, entende? Eu só peguei o cheque e desenhei o que Mors seria no futuro. 

"Foram anos construindo, o governo não queria chamar a atenção de ninguém então usaram poucos homens, foram toneladas de ferro e concreto, muito suor e esforço. Claro que fiquei orgulhoso pelo trabalho feito, eu me senti um engenheiro incrível. Mas no fim a realidade bateu na minha porta e vi que o que eu havia construído não era uma construção para se orgulhar, mas sim uma para aprisionar almas."

- Você tentou contar mas foi preso. O tempo todo você esteve rodeado de cães famintos.- sussurrei sentindo pena do senhor sentado ao meu lado. 

- É, eu tive o que mereci.- ele deu de ombros e tirou o boné mostrando o cabeça com seus seu cabelo enorme e quase grisalho.

- Por que você ainda mora aqui? Não tem medo de que venham atrás de você? 

- Garoto, eles não ligam mais para Mors e eu sou velho.- ele se virou e olhou profundamente em meus olhos.- Me responda uma coisa: a comida parou de ser entregue? A luz foi cortada? A água parou de correr pelos canos? 

- Sim. Mas como voc- 

- Então meu plano deu certo.- Hagrid viu minha cara de quem não estava entendendo nada e sorriu.- O mundo está com os olhos nesse pedaço de terra maravilhoso que chamamos de Arizona. Eu tenho alguns amigos ao redor mundo, tão velhos e loucos quanto eu; eu não poderia correr riscos mas eles espalharam esses rumores que todos desconfiavam. Essa América guarda muito mais do que segredos sobre ET's. 

- Então largaram Mors? 

- É o que eu espero. 

Eu não sabia como reagir. Por culpa dele nós quase morremos de fome e sede, mas se não fosse por isso ainda estaríamos vivendo no subterrâneo comendo lavagem e sem ver a luz do sol.

Ficamos em silêncio, apenas sentindo a brisa fresca e aproveitando para organizar os pensamentos. 

- Vocês vão para o México então?- o silêncio foi quebrado por Hagrid que estava de pé se espreguiçando. Assenti e o segui ao que ele saia da varanda e atravessava a casa chegando em um galpão.- Preciso pagar pela dor que minha ignorância causou. 

Dito isso ele abriu o galpão e me mostrou algo que me fez perder o fôlego.

Uma caminhonete.

- Bonita, não é?- Hagrid estava todo orgulhoso.- Eu comprei com o dinheiro de alguns caminhões que eu tinha, essa belezura é uma F-150. 

- Para um velho você é cheio de surpresas.- murmurei olhando o monstro preto de quatro rodas. 

- Chame-a de Judy.- ele deu alguns tapinhas no capô e me deu a chave.- Com ela vocês chegam no México em poucos dias. Na verdade eu tenho um amigo que mora lá, ele é dono de um hotel muito bom. 

- Tem certeza? Digo, você vai ficar preso aqui.

- Garoto, eu já deveria estar morto, e tenho que ter certeza que o meu plano deu certo.

Fiquei olhando a chave, rodando-a em minha mãos e tendo o olhar de Hagrid cravado no meu rosto. Mordi o língua e respirei fundo, não tendo certeza se estava fazendo o certo.

- Esse seu amigo mora aonde?


§§§§§


Minha respiração se acalmou e beijei Harry, eu estava afobado, ainda queria mais, eu precisava de mais.

- Vamos com calma, amor.- ele riu quebrando o nosso beijo e gemeu ao que me mexi ainda sentindo-o em meu interior. 

- Harry!- gemi manhoso. Eu estava sentado em seu colo e minhas mãos estavam amarrados para trás. 

Ele me desamarrou e ao invés de me foder a noite inteira, como eu queria, ele me tirou do seu colo, se levantou e se vestiu rindo da minha cara de decepção. 

- Você é um marido horrível!- bufei me jogando na cama. 

- Eu também te amo.- ele riu e foi até a varanda do nosso quarto.- Vem cá. 

Mesmo querendo ficar na cama a noite inteira eu me levantei, sem me importar em colocar um roupa, e fui até Harry, me sentando em seu colo.

Seis anos se passaram.

Os melhores seis anos da minha vida.

Quando Hagrid disse que tinha um amigo que era dono de um hotel, ninguém imaginou que fosse no litoral mexicano, em Sayulita. Claro que para chegar lá não foi fácil, deixamos Judy na fronteira e tivemos que atravessá-la correndo dos tiros. Mas alcançamos o pote de ouro; o amigo de Hagrid, James, que na verdade descobrimos ser seu filho, nos recebeu de braços abertos e nos colocou nos melhores quartos. Com o tempo ajeitamos as nossas vidas e conseguimos empregos e moradia.

James tinha um amigo que arrumou toda a documentação que nos era necessária e com isso conseguimos viver sem nos preocupar em sermos presos ou algo assim.

Rony e Blásio foram os primeiros que se mudaram para uma casa própria. Blásio conseguiu um trabalho em um comércio e em pouco tempo se tornou dono do mesmo tendo Rony como seu fiel ajudante; ele fez muito sucesso com seus dentes, que ao mesmo tempo que assustavam chamavam a atenção dos turistas e moradores locais.

Nev se envolveu com um francês e agora deve estar passeando pela Europa, tomando champanhe e tendo a vida de diva que ele tanto merece como disse em uma das conversas que tivemos por telefone.

Os gêmeos? Eles continuam dando trabalho para Simas que, junto com James, cuida do hotel. Ouvi dizer que Jorge está pensando em casamento, logo mais teremos mais uma festa na praia.


Cedric ajuda no pequeno hospital da vila e Viktor, junto com Harry, trabalha em um dos melhores quiosques da praia.


Comárco e Oliver saíram do litoral, segundo Comárco praia não o agradava. Os dois foram morar em uma cidade próxima, Comárco trabalha como garçom em um restaurante e Oliver decidiu estudar, recuperar os anos perdidos.


E eu? Bom...a aliança brilhava no meu dedo anelar. Com o tempo Harry se tornou apenas Harry, sem ninguém mais dividindo o espaço na sua cabeça; confesso que sentia falta das suas mudanças de humor mas com o tempo Tiago se tornou apenas uma lembrança, existindo apenas no sobrenome.


- Feliz aniversário de casamento.- Harry sussurrou em meu ouvido e me aconcheguei mais em seu colo. 


A nossa casa ficava um pouco distante da vila, preferimos privacidade. E a pedido de Harry o nosso quarto foi construído virado para a praia. 


- Eu te amo.- sussurrei ficando emotivo. 


- Eu te amo, Dray. 


E juntos, nós admiramos um belo nascer do sol.
 


Notas Finais


Bom, eu espero vocês em uma próxima aventura tá? em breve quem sabe eu escreva ou faça outra adaptação legal. espero que vocês fiquem bem, e tbm espero que sinta uma puta saudade de mim hahah quem quiser conversar comigo é só me chamar. e talvez eu poste o especial de natal mas só talvez. Obrigado amores.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...