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História Aquarela - Amadeirado


Escrita por: Samos

Notas do Autor


Espero que gostem :D

Capítulo 9 - Amadeirado


Fanfic / Fanfiction Aquarela - Amadeirado

 

Amadeirado.

                Sabe quando o seu dia está chuvoso e você apenas quer sentar e observar tudo da janela de seu apartamento ou da sua casa, então essa era a única coisa que queria fazer hoje, aproveitar o meu dia assim, o universo estava colaborando a meu favor, não tina compromissos marcados, não tinha absolutamente nada para fazer, apenas o som da Tv me acompanhava, a xícara de café quente descansava na mesinha de centro ao lado de vários rabiscos que um dia viriam a se transformar em um quadro, ou quem sabe seriam apenas rabiscos.

                A chuva piorava a cada instante, raios rasgavam o céu e formavam lindas figuras, foi quando um raio caiu toda a luz do prédio caiu, escutei os vizinhos do andar de baixo reclamarem em voz alta, do apartamento ao lado ouvi apenas resmungos indistinguíveis, o silêncio era aconchegante até que batidas insistentes na porta me arrancaram de meus pensamentos.

                -Para de palhaçada e abre essa porta! Como você pode me abandonar assim!- Uma voz masculina gritava do outro lado da porta, quando abri me assustei com o dono da voz, ele era alto tinha o cabelo azul da mesmo cor que os olhos, era lindo, duas crianças loiras estavam paradas atrás dele, os três estavam ensopados, deviam estar andando na chuva.

                -Desculpem, mas acho que erraram de porta- Tentei ser amigável, foi engraçado a cara de surpresa que o rapaz fez.

                -A menina daquele dia, você se machucou, sabe quando caiu?- O  rapaz falava de forma afobada, quando eu ia responder a ele o vizinho abriu a porta, a expressão de espanto dele era fascinante.

                -Kaito o que está fazendo ai?- Gakupo olhava para o rapaz ao qual ele chamou de Kaito e para mim, seu olhar era de surpresa e curiosidade.

                -Sua casa estava perto e estava chovendo,ai eu vim em busca de abrigo- Kaito se explicava de tal forma que parecia uma criança tentando justificar um erro.

                -Ele errou de casa- uma das crianças loiras falou com uma expressão entediada no rosto.

                -Dedo duro- Kaito parecia uma criança reclamando.

                -Vamos entrem- Gakupo falou enquanto dava espaço para eles passarem para dentro de seu apartamento.

                -Desculpe o mal entendido- Kaito se desculpou e logo em seguida deu um largo sorriso.

                -Tchau!- Uma das crianças falaram enquanto acenavam, em resposta apenas acenei de volta.

                -Desculpe mesmo Luka, se eles te irritaram em algo sinto muito- Gakupo se desculpava tanto que ira impossível conter o sorriso.

                -Tudo bem, eles não incomodaram nada- Tentei falar de forma que mostrasse a ele que realmente não havia incomodado em nada, parece que funcionou  bem, pois ele relaxou os ombros, um belo sorriso se formou em seu rosto.

                -Estava fazendo algo?- Gakupo perguntou como quem não quer nada.

                -Estava apreciando um café- falei rindo.

                -Eu vi o floco de neve- Ele se referia ao floquinho de neve que colei em sua porta depois que havia terminado de enfeitar a minha porta.

                -Dizem que traz boa sorte- expliquei a ele.

                -Eu gostei- Gakupo havia abaixado o rosto, eu vi suas bochechas ficarem vermelhas, foi a cena mais linda que já vi.

                -Levante o rosto Thranduil, você fica mais bonito com o rosto erguido- Falei antes mesmo de pensar, senti meu rosto esquentar, o olhar de Gakupo pesava sobre mim e isso me deixava extremamente envergonhada.

                -Não vai esquecer esse apelido?- Gakupo tentava mudar de assunto.

                -Queridos vamos paquerar depois eu quero trocar de roupa e me esquentar- Kaito apareceu na porta de Gakupo, Gakupo apenas o segurou pela cabeça e o empurrou para dentro do apartamento.

                -Até- Falei enquanto entrava, tentava a todo custo segurar um sorriso que não queria me obedecer.

                Quando sentei novamente no sofá e voltei a beber o meu café pude ouvir risos das crianças loiras que entraram no apartamento ao lado e logo em seguida a voz de Kaito berrando "O amor ".

                Aquele trio era barulhento, mas não era desagradável, como havia dito antes sou adepta do silêncio, existe coisas que não devem ser ditas apenas sentidas, isso e algo que ninguém pode explicar com palavras , por exemplo quando está chovendo e você quer apenas sentir cada gota de chuva bater em seu rosto, não existe explicação viável para isso, a única explicação e que você quer sentir a chuva no rosto nada mais, agora quando você saborear uma xícara de café e prefere apreciá-la em silêncio, apenas sentindo o sabor e aproveitando a cada momento.

                Gosto dessa ideia de aproveitar cada momento em silêncio, apenas sentindo, as vezes quando você fala algo pode acabar destruindo todo o clima.

                Demorou muito tempo para a luz voltar e assim que a luz voltou, assim que ela voltou bateram na porta, a vontade de me levanta para atender era nenhuma, mas as batidas eram insistentes e não paravam, quando me levantei e abri a porta vi as crianças loiras enroladas numa toalha, ambas estavam com o cabelo molhado.

                -Desculpe incomodar, mas eu meio que queimei o chuveiro do Gack e ele esta bem irritado agora, as crianças estão com frio e não puderam tomar banho, poderia por gentileza ceder o banheiro para essas pobres crianças?- Kaito falava de tal maneiro que era impossível não ceder.

                -Claro, entrem-  os três passaram por mim e logo em seguida Gakupo saiu de seu apartamento.

                -Eles vão tomar banho ai?- Gakupo perguntou, talvez apenas para confirmar.

                -Sim, as crianças, quer entrar, fiz café- falei com um sorriso que não conseguia controlar e meu sorriso aumentou ainda mais quando ele riu e fez um sim com a cabeça.

                Quando entramos no meu apartamento senti vergonha por não ter limpado antes, o cheiro de tinta misturado com o do café estava impregnado em cada parte do lugar, as paredes que um dia foram beges agora eram multi coloridas com manchas de tintas, o sofá também não estavam em melhores condições, pode-se dizer que o meu apartamento era cheio de manchas de tintas, quando olhei para Gakupo  vi ele olhar alguns rabiscos fascinado.

                -Você pinta tão bem- Gakupo falou em um tom tão baixo que quase não fui capaz de ouvir.

                -Obrigado- Meu coração batia de forma desenfreada, temia ter um ataque cardíaco a qualquer momento.

                -Onde fica o banheiro?- Uma das crianças perguntou enquanto limpava o nariz na toalha.

                -No final do corredor- as duas crianças foram para o banheiro assim que falei.

                -Desde quando vocês se conhecem?- Kaito perguntou pela primeira vez se pronunciando.

                -Desde que me mudei- Gakupo não queria muito prolongar o assunto, ele mexia no relógio em seu pulso, parecia nervoso, Kaito ficou falando sobre assuntos aleatórios, apenas para não ficar um clima desagradável, quando as crianças saíram do banheiro  secando o cabelo, os dois eram super parecidos a única diferença era a que um era menina e outro era menino, ambos loiros de olhos azuis.

                -Obrigada pelo banho- O menino falou de forma amigável.

                -De nada- Respondi sorrindo.

                -Gack me da carona até em casa?- Kaito falou enquanto sorria para o amigo.

                -Ta, vamos logo- Gakupo falou de forma ríspida enquanto olhava para a xícara de café em cima da mesinha.

                -O café fica para outro dia- Falei para ele com um sorriso e logo o rosto dele se iluminou.

                -Vou cobrar esse café então- Ele disse rindo.

                -Quiridos quero ir embora- Kaito afinou a voz e falou brincando, Gakupo acenou um tchau para mim e saiu logo atrás de Kaito sendo seguido pelos gêmeos, Kaito sussurou algo para Gakupo que o respondeu com um tapa na cabeça, depois que eles foram embora eu pude aproveitar o meu tão amado silêncio, desta vez acompanhando do cheiro amadeirado do perfume de Gakupo, esse cheiro grudava a onde quer que ele ficasse.  


Notas Finais


Espero que tenham gostado, apesar de não ter acontecido muita coisa.


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