História Aquela noite.... - Sucessão.

5 meses depois

NATSU ON

Hoje finalmente, ou infelizmente, não sei ainda, é a festa de sucessão da Dragon Cars, Igneel vai se aposentar e eu ficarei no seu lugar. Não estou nervoso, como sempre, também não estou triste com a ideia, nem feliz. Eu pensei que tivesse mudado em relação ao que eu sinto, mas como imaginei, continuo sem reação para o mundo.

No momento, ignorando esses conflitos internos, estou lutando contra uma maldita gravata.

- Eu definitivamente odeio usar terno! -reclamei indo até a Lucy, que meu Deus! Eu vi o céu. -Uau! -exclamei com os olhos vidrados naquele vestido vermelho vinho que se encaixava perfeitamente em suas curvas, cada uma delas. Um batom da mesma cor que entrava em perfeito contraste com sua pele pálida, um salto delicadamente preto, cabelos presos em um coque bagunçado, simplesmente uma deusa. Ela me encarava preocupada, provavelmente querendo saber minha opinião, mas eu não conseguia parar de olhá-la.

- Está muito extravagante? Acho que vou tirar o batom. -quando ela falou isso, como um gato, eu agarrei o braço dela.

- Por favor, não faça isso. -parecia exagero, mas sério, eu tava louco pra tirar esse batom dela mais tarde. -Deixa que eu faço isso pra você depois da festa. -encarei ela com um sorriso malicioso vendo ela sorrir do meu jeito, e que sorriso lindo. Já falei que ela é toda linda? Pois é, deixa eu falar de novo, ela é perfeita.

- Seu pervertido, mas hoje passa porque já estamos atrasados. Oh, sua gravata. -ela falou dirigindo sua mão ao pedaço de tecido maldito que se encontrava em um nó, nada parecido com uma gravata, mas que ela arrumou em apenas dois minutos. -Vamos?

- Estou às suas ordens, meu amor. -falei depositando um selinho em sua boca.

Fomos o caminho todo em silêncio, nos encontramos com o pessoal na casa da Erza e seguimos para o salão que aconteceria o evento. Zeref tinha acabado de chegar, já que estava descendo do carro com a Mavis.

- Discreto como sempre. -ele debochou assim que eu estacionei.

- Bom gosto é outra coisa, né? -respondi no mesmo tom. Qual o problema dele com meu carro? Não tenho culpa se ele gosta de coisas menos chamativas.

- Bom senso também. -ele não cansa?

- Vai a merda, Zeref.

- Que amorosos... Já chegam brigando. -Erza comentou passando os braços "delicadamente" em nossos pescoços. -É melhor pararem com isso, ok bebês? -agora seu tom era extremante ameaçador, e por quê ela direcionou um olhar extra pra mim?

- Vejo que meus mais novos chefinhos chegaram. -ouvimos a Mira falando em seu doce tom de voz, e graças à isso a Erza me largou. Já não bastasse a gravata me sufocando, agora ela também. -Igneel está esperando vocês lá dentro, vamos? -seu tom de voz mudou um pouco depois que ela bateu os olhos na Erza, e eu tive que concordar com ela. -Uau Erza, você está divina! -ela usava um vestido preto básico e colado, mas que ajudava à destacar seu cabelo e seu corpo bem estruturado acompanhado de um salto da mesma cor, afinal vamos combinar que ela não é tão alta. A Erza é minha melhor amiga, e falo isso com total respeito, tanto à ela quanto ao Jellal.

- Obrigada. -ela agradeceu indo para o lado do azulado. -Você também está maravilhosa, como sempre. -É, não era novidade ver a Mira de vestido longo, já que ela ia trabalhar de vestido algumas vezes, mas era um vestido branco, com o tecido um pouco mais reforçado e ao mesmo tempo delicado, destacava sua serenidade.

Fomos para dentro como ela havia pedido e encontramos meu pai na cozinha falando com os empregados. Quando nos viu se virou rapidamente, e como sempre, foi atencioso até demais. Depois de cumprimentar todo mundo e repetir várias vezes o que deveríamos fazer, ele me chamou para conversamos lá fora, e apesar de imaginar sobre o que ele queria falar, aquilo não me acalmou nem um pouco.

- Tudo bem com você? -ele perguntou me encarando seriamente. Eu parecia tenso? Ou talvez pálido... Será que estou tão nervoso assim?

- Tudo, por quê?

- É que não tive tempo, e talvez coragem, para conversar com você sobre isso antes, então gostaria de saber agora se você realmente está preparado para o que está por vir. -o tom de voz dele me assustou, mas depois eu percebi que de nada adiantaria. Passei os últimos cinco meses tentando não preocupar com a ideia, não seria agora que isso ia mudar. Soltei uma risada fraca fazendo-o me encarar desentendido.

- Pai, não precisa se preocupar com isso, nem eu estou me preocupando. Apenas esqueça isso, vamos. -falei puxando para dentro, mas ele continuou parado no lugar fazendo-me olhá-lo novamente.

- Mas nunca foi seu sonho...

- E desde quando eu tenho sonhos? -ele mais que ninguém sabia que eu nunca fui de sentir desejos bobos desde que Myuuki morreu, e não é por falta de vontade, mas eu simplesmente não consigo querer algo ao ponto de sonhar com aquilo. -Você não tem que se preocupar com o que eu quero, até porque eu me contento com qualquer coisa. E não se preocupe, eu tenho a melhor equipe, e nem preciso falar da primeira dama, né? -soltei uma risada sacana pra ver se ele aliviava o clima e por sorte funcionou. Senti sua mão bagunçando meus cabelos, mas não me importei.

Fomos para dentro como eu já estava insistindo à algum tempo, tava com fome, e encontramos meus amigos conversando animadamente, não sei sobre o que.

- Demoraram. -Zeref comentou com olhar desconfiado.

- Desculpa. -me pai pediu coçando a cabeça. -Vamos? Vocês dois fiquem a vontade, ok. -falou apontando para meu irmão e minha cunhadinha.

- Ok.

Assim como meu pai insistiu, entramos pela porta que dava de frente para todo salão. Completamente desconfortável. Todos os olhares se dirigiram à nós, alguns mais pervertidos, vindo de homens e mulheres atrevidos que não disfarçavam seu interesse abusivo.

Não demorou para que estivéssemos fazendo o que a Mira pediu, ou seja, conversando com alguns empresários. Cada um estava num canto, apenas Rogue, Minerva, Zeref e Mavis, estavam sentados, como era de se esperar.

Passei a maior parte do tempo conversando com os convidados, sem soltar a Lucy por um segundo, porque se eu fizesse isso, tenho certeza que ela ficaria rodeada de velhos tarados em um instante.

Depois de uma noite até calma, e tooooda aquela cerimônia com discursos e tudo mais, a choradeira do meu pai depois da festa, finalmente estávamos em casa. Isso depois de irmos em um restaurante devido à insistência da Erza. Eles não cansam? Mas devo admitir que foi bem divertido.

Só que minha verdadeira diversão estava bem na minha frente, ainda com aquele maravilhoso vestido vermelho.

- Hey, onde pensa que está indo? -perguntei ao vê-la indo em direção às escadas.

- Pro quarto, por quê?

- Não vai deixar que eu te leve?

- Não está cansado demais pra isso?

- Pra você? Jamais. -afirmei agarrando suas coxas contra meu corpo. Sendo a Lucy ela retribuiu com beijos quentes e molhados.

- Pensei que tivesse esquecido do que falou mais cedo. -falou com a voz abafada.

- De tirar esse vestido pra você? Como eu poderia? -respondi com perguntas erguendo-a nos meus braços. Senti suas pernas rodearem minha cintura e então subi com ela para o andar de cima.

Acho que nem precido dizer o que aconteceu depois.