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História Aquele Feriado - Fim da mentira


Escrita por: SugaminS2

Notas do Autor


Fim da mentira.

Capítulo 21 - Fim da mentira


 *Julie*

    Abri os olhos atordoados com a claridade que planava por todo canto de meu quarto me deixando desnorteada, alguém puxava as cortinas e logo começava a me sacudir. Minha cabeça dava voltas e eu só pensava em voltar a dormir:

— Levanta pow! É urgente!

Não consegui falar nada coerente...

— Julie ouça com atenção. É realmente urgente.

Me sentei lerdamente na cama e olhei para a imagem de Ana com os curtos cabelos amarrados e com a franjinha caída sobre seus olhos verdes. 

— Lucas foi ontem em minha casa. E levou consigo uma garota. A garota da foto...

Abri minha boca, mas ela foi mais rápida

— Ele fez ela confessar o que fez... Ela pôs droga em sua bebida e o levou embora de onde estavam... Ela fez fotos horríveis com ele e postou para que você pudesse ver, com o propósito de que vocês terminassem... Foi tudo armação. Ele não fez nada.

Minha mente processava tudo, enquanto eu piscava tentando entender.

— Ele... Ele não fez nada...?

— Não. Julie eu ainda não terminei... 

— Oque ainda pode ter?

— Bom, ao que tudo indica a garota que é prima dele e que fez isso, não é muito normal... Bom, ela... Ela... Ela quase atropelou alguém... E outra vez ela pagou por isso...

Tudo girava em minha mente... E eu só conseguia sentir raiva por ela ter tentado atropela-lo. Meus pensamentos foram atrapalhados pelo barulho da porta de meu quarto sendo aberta abruptamente...

— Amor! 

Fui pega por um abraço de urso...

— Paii!? Chegou mais cedo?

— Sim! Estávamos com saudade... Você está bem? parece pálida.

— Estou... Só estou surpresa...

— Filhaaaa – mamãe falou escandalosamente entrando no quarto, enquanto meu pai cumprimentava Ana.

     Depois de longas duas horas ouvindo todas as aventuras de meus pais em sua viagem, e de aturar todo o interrogatório de minha mãe, vovó disse que iria para sua casa e eu e Ana falamos que iríamos acompanhá-la... Mas antes vovó fez com que nós falassemos sobre os meninos...

— Ahh Clara, Julie e Ana fizeram novas amizades, lembra daquele show que você não quis que Julie fosse? Bom os garotos da tal banda tiveram que passar por nossa cidade e por um acaso elas os conheceram...

Vovó contou tudo... Ou melhor, ela contou tudo de uma forma que minha mãe não pudesse ter argumentos contra o que havia acontecido, mas mesmo assim ela ainda me encheu de perguntas e eu tive que pedir que ela não comentasse com ninguém, explicando a situação deles.    

    Fomos sair de casa quase onze horas, eu fui com vovó em seu carro e Ana foi no seu. Ficamos na casa dela e tratamos de combinar o resto do nosso dia com eles, Ana falou com Jimin e eu com Namjoon, logo após o almoço saímos para encontrá-los no hotel, fomos novamente para a área central da cidade, que com o fim do feriado já não estava mais tão vazia, por tanto decidimos andar a pé. 

 Fomos os nove a sorveterias, andamos pelo centro histórico, vimos apresentações de ruas (que agora já tinham novamente), tiramos fotos, compramos uma bola e ficamos brincando ali por um bom tempo...

— Hope!! Joga a bola aqui! – Ana gritou
— Arghhh deixa de enrolação – Suga reclamou
— Hahaha eu sou muito bom nisso! – V falou depois de uma boa jogada – Jin ria de tudo juntamente com Jimin, Jungkook observava tudo ao seu redor.
— Eu pego!! – Falei depois que Namjoon jogou a bola desengonçada e forte e acabou indo parar longe.
Fui pegar a bola do outro lado da pracinha em que estávamos, ela estava perto de uma lixeira, corri até ela e então um rapaz a pegou do chão e a entregou para mim, levantei a cabeça para agradecer e me deparei com alguém familiar... Aqueles olhos tão familiares...
— Obrigada... Lucas. – Ele assentiu com a cabeça e então eu girei sobre meus pés para o caminho de onde eu vim.
— Espera... Ana já te falou? – Voltei a olhar para ele.
— Já... – Estávamos sérios e tensos.
— Precisamos conversar você não acha?
— Sim... Mas agora eu não posso, preciso voltar...
— Então quando?
— Vai ser logo, agora preciso ir – Tentei virar, mas ele me puxou pelo braço.
— Você não quer falar comigo por causa dele? – Ele falava nitidamente olhando para algo atrás de mim.
Virei para tentar ver o que ele encarava fixamente com olhos sérios, e me deparei com Namjoon olhando a situação, ele vinha em minha direção e então perguntou:
— Está tudo bem? – Ele estava mais perto
— Sim, vamos conversar depois – Meu inglês falhou.
— Certeza? Você só faz o que quiser. – Ele encarava Lucas.
— Sim. – Ele focava em meus olhos agora.
— Podemos ir então? – Eu assenti e tentei sair, mas Lucas ainda segurava meu braço.
— Você não respondeu minha pergunta. Você não quer falar comigo agora... por conta dele? – Ele falou na droga de um inglês nítido e fluído para que Namjoon entendesse.
— Só não tenho tempo agora. – Tentei me soltar discretamente de sua mão, mas não obtive sucesso, ele ainda me segurava firmemente.
— Não consigo acreditar nisso. Por favor?... Nós precisamos. – Tentei tirar mais uma vez meu braço do seu aperto, enquanto ele me olhava com olhos suplicantes.
— Luc...
— Você vai soltar ela, ou eu vou ter que tirar a droga dessa sua mão daí? – Falou sério, impedindo que eu terminasse de falar.
— Quero muito ver você fazer isso.
— Eiiii!!!! Eu estou aqui. Podem parar com isso! Me solta agora Lucas. – Ele me soltou e eu agarrei o braço de Namjoon e saí o puxando para o outro lado da praça. Joguei a bola para os garotos e fui a uma lanchonete do outro lado da rua comprar água, Namjoon veio atrás de mim. Fui para uma mesa no canto, que havia no local, então Namjoon sentou ao meu lado e me olhava enquanto eu observava a rua. Empurrei a garrafa de água e o copo em sua direção sem olha-lo:
— Não precisa, pode beber. – Ele respondeu ainda me olhando.
— Se tem alguém aqui que precisa de água esse alguém não sou eu , porque quem anda nervosinho é você.
— Que merda! Aquele merdinha estava te prendendo... Julie olha para mim. Por favor? – Tive que olhar
— O que você foi fazer lá?
— Você demorou, apenas fui ver o motivo.
— Sim... Preciso te falar algo. – Ele focava sua atenção em mim.
— Tudo aquilo que aconteceu, da traição e de tudo... Bom, parece que era tudo uma mentira...
   Contei tudo que Ana havia me falado para ele, que ouvia atentamente e poucas vezes falava algo, ele estava com a testa franzida e olhava o copo de água que eu havia empurrado a ele alguns minutos atrás.
— Fala algo... Por favor...
— Não posso falar muito sobre isso. Apenas o que é óbvio: foi bom para você, o babaca lá não fez nada de errado, e... e... Você deveria voltar com ele.
— Realmente, foi bom. Saber que não fui apunhalada foi tranquilizante, mas não vou iludir ninguém. Não vou ficar ao lado de quem eu não gosto. – Ele assentiu olhando a garrafa. – Namjoon olha para mim... Por favor? – Ele olhou com os olhos incompreensíveis – Eu apenas contei isso a você para que não houvesse desentendimentos, por isso ele queria falar comigo.
— E você não vai falar?
— Vou, acho que hoje mesmo eu converso com ele.
— Certo. Compreendo toda a situação, e acho que tem que ser assim se vamos tentar algo sério – meu coração latejava mais forte em ouvir tudo aquilo que saia de sua boca – não sei como, mas vamos fazer isso... Ainda não sei como você me faz fazer isso, mas temos que fazer o possível para que dê certo, e nos vermos todas as vezes possíveis... – Ele falava derrotado, encarando todos os centímetros do meu rosto.
— Concordo com tudo. – Ele me abraçou e beijou minha testa.
— Isso é tão surreal... Nunca imaginei que viveria algo do tipo, se isso der certo não poderá ser exposto... Não por um bom tempo.
— Eu sei... Me desculpa?
— Você não fez nada... Porque eu faria isso
— Por fazer você sentir e fazer essas coisas inimagináveis... Não quero que você se sinta mal por minha causa.
— Talvez as melhores coisas da vida sejam aquelas que lutamos muito para conseguir, e que do fruto de nosso esforço dê resultados, mas também acredito que as vezes as melhores coisas possam ser aquelas que não esperamos, ou que nem ao menos possamos imaginar um dia acontecer. – Ele beijou minha testa outra vez, segurou minha mão e a acariciou levemente com a ponta de seus dedos.






Notas Finais


Certas situações fazemos coisas sem a noção e nem o motivo certo de fazê-las, apenas temos certeza que devem ser feitas.


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