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História Aqueles Olhos (ROMANCE LÉSBICO) - Hipnotizada pelos olhos da megera


Escrita por: EmisonJauregui

Capítulo 2 - Hipnotizada pelos olhos da megera


Fanfic / Fanfiction Aqueles Olhos (ROMANCE LÉSBICO) - Hipnotizada pelos olhos da megera

            Dias atuais.

 

 

Alguns meses se passaram, estamos no segundo período agora, e como já esperado, eu e minha querida professora, sempre estamos nos alfinetando. Ás vezes até que eu deixo para lá e finjo que não é comigo, mas tem horas que essa mulher consegue me tirar do sério.

Bom, meu nome é Shay Mitchell Lautner, tenho 19 anos, 1,71m de altura, sou mineira, mas vim morar no Rio de Janeiro há um ano com meu irmão, Taylor. Namoro há seis meses com o Nick que é amigo do meu irmão. Não estou apaixonada por ele, mas gosto muito dele e ele é muito carinhoso comigo, é uma ótima pessoa. O Nick e meu irmão fazem faculdade de direito juntos, e já nos conhecíamos há um tempo, depois começamos a ficar e com o tempo ele me pediu em namoro.

Estou a caminho da faculdade, e graças a Deus, hoje não terá aula da megera, e espero não encontrar com ela pelos corredores, como está acontecendo muito ultimamente. Por mais que eu tente ficar longe dessa mulher, sempre acabamos nos encontrando.

As primeiras aulas passaram rapidamente, mas antes do intervalo comecei a sentir dor de cabeça, então avisei o professor e fui tomar um remédio. Depois que tomei o medicamento, fui em direção ao banheiro para poder molhar o rosto, e para o meu azar, avisto Rose conversando com outra professora no corredor. Ela olha em minha direção e depois volta sua atenção para a professora.

Entro no banheiro, molho o rosto e me olho no espelho por um tempo, até que escuto o som do meu celular avisando que tinha chegado mensagem. Acabo ficando um tempo conversando com o Nick pelo Whatsapp.

- Que bonito, senhorita Lautner. – Bufo ao ouvir a voz de Rose. – Matando aula no banheiro – Se encosta de lado na pia, de frente para mim com os braços cruzados.

- Boa noite para você também, professora – Digo sorrindo cinicamente – Sempre tão bem humorada, não é mesmo?

- Deixe de gracinha, garota. O que está fazendo aqui? Não sei se você sabe, mas aqui não é a casa da mãe Joana, não. – Fala com expressão séria.

- Bom... Respondendo a sua pergunta, não estou matando aula, e se fosse para cabular alguma aula, acho que seria a da sua matéria, não é mesmo? Só assim para eu ficar longe de você.

- Faça isso mesmo, adoraria lhe dar nota baixa, e isso irá ajudar bastante - Sorrir cinicamente, e eu reviro os olhos.

 

- É por este motivo mesmo que não farei. Não darei este gostinho para a senhora. – Digo já me direcionando para a saída, e abro a porta, mas antes de sair, me virei para trás e encontrei-a me encarando, dou uma piscadinha e saio em direção a minha turma.

Por mais que eu tentasse me concentrar no restante das aulas, não estava conseguindo, a todo o momento vinham em minha mente aqueles olhos azuis que de alguma forma me hipnotizam.

E assim foi o restante da aula, só fui acordada da minha loucura quando Ash me deu um tapa na testa, me assustando.

- Aí, sua maluca! Isso doeu, cara! – Digo passando a mão pelo local e fazendo careta.

- Estou te chamando há horas e você aí, com cara de tapada. Vamos, tá na hora do intervalo e estou morrendo de fome! – Diz já indo em direção à Troian que estava esperando na porta e me olhando sorrindo.

Arrumei minhas coisas e fomos em direção à cantina, pegamos nossos lanches e fomos para o pátio.

Por sorte achamos uma mesa vazia, sentamos e começamos a comer.

- Desde que voltou do banheiro você está assim, viajando. O que aconteceu lá dentro, hein? –Troian me pergunta sorrindo.

- Nada! Só a megera da Rose me enchendo o saco. Como sempre aliás. – Digo seria.

- Hum, sei. – Diz com aquele sorriso cínico que eu conhecia muito bem.

- O que você quer dizer com isso, hein? – Pergunto já impaciente.

- Shay, não olha agora, mas a megera está olhando para cá. – Ashley fala antes de Troian me responder.

Viro-me na direção onde Rose estava, e de novo sou hipnotizada por aqueles olhos azuis. Acordo com Nick segurando meu rosto e me dando um selinho.

- Oi amor! Olá, meninas. – Cumprimenta elas, e meu irmão me dá um beijo na bochecha e faz o mesmo com minhas amigas.

- Oi, Nick. Oi, maninho. – Digo já me virando novamente para onde Rose estava, mas não a encontro mais.

- Amor, como no domingo não vai ter jeito de nós sairmos, pensei em amanhã irmos ao cinema, o que acha?

- Tudo bem, Nick. Vamos, sim. – Dou um sorriso forcado, e ele me dá um beijo, depois volta a conversar com meu irmão e as meninas.

Terminamos de comer nossos lanches, despedimos dos meninos e fomos para nossa próxima aula.

As horas passaram rapidamente, depois as meninas estavam querendo passar em um bar antes de irmos embora, mas não estava muito no clima, então falei para elas irem e fui direto pra meu apartamento.

 

                 ______

 

Sábado passou rapidamente também. Nick e eu fomos ao cinema, assistimos a um filme e depois ficamos andando pelo shopping. No domingo, eu e as meninas resolvemos sairmos um pouco e chamamos a Amy, que se tornou parte do nosso grupo. Sempre que saiamos e ela podia, ela vinha com agente. Resolvemos ir a um quiosque em frente à praia.

Já estava anoitecendo, e estávamos ali um pouco mais de uma hora. O celular de Amy começa a tocar, ela olha quem era e pediu licença, se levantando. Depois de um tempo, ela volta com uma cara não muito boa.

- Desculpem, era minha irmã – Fala um pouco sem jeito.

- Está tudo bem? – Pergunto percebendo que havia algo de errado.

- Bom... Está sim, só que o carro dela quebrou e ela saiu de casa sem carteira, e me ligou pedindo para socorrê-la. – Falou dando um sorriso sem graça.

- Então vamos lá amparar a maluca – Digo já que todas vieram no meu carro.

- Shay, sei que vocês não se dão bem, então é melhor eu pegar um táxi mesmo.

- Não se preocupe, Amy. Você já se esqueceu de que sou obrigada a conviver com sua irmã praticamente todos os dias? Um a mais, um a menos não fara diferença – Me levanto pegando minha bolsa.

- Tem certeza? – Pergunta um pouco insegura, afirmo com a cabeça, e ela se levanta, pegando sua bolsa.

- Meninas, vão lá vocês.  Ash e eu vamos ficar por aqui mesmo, depois pegamos um táxi para voltarmos pra casa.

Nós despedimos das meninas e fomos ao local que a megera falou que estava. Paro meu carro atrás do dela, Amy desce como um furacão e vai em direção a Rose. Desço logo em seguida e vou em direção a elas, Rose me olha com o canto do olho e depois volta sua atenção a Amy. Depois de alguns minutos o reboque chegou e levou o carro para a oficina.

Mesmo com os protestos de Rose, eu as levaria para casa, mas na metade do caminho, o celular de Amy toca novamente e ela me pede para deixa-la na empresa onde ela trabalha.

Estaciono o carro em frente ao prédio, ela olha com preocupação pra mim e para Rose.

- Me desculpe mesmo, Shay, por te deixar nesta situação, mas é algo realmente muito importante, não dava para adiar.

- Tudo bem, Amy. Sem problemas, vai lá. – Lhe dou um beijo na bochecha, e ela abre um pequeno sorriso.

- Rose, pelo amor de Deus, se comporte. Não vai dar a louca igual aquele dia. Shay está te fazendo um favor. – Fala antes de sair sem deixar a irmã responder.

- Não vai passar pra frente? Não se preocupe, eu não mordo, não. – Me viro para ela que estava no banco de trás.

- Idiota. – Diz saindo do carro, passando para o banco da frente.

Ela me falou o endereço e fui em direção a sua casa. Estava um silencio insuportável, então resolvi ligar o radio numa estação qualquer.

Às vezes olhava para Rose com o canto do olho, e ela foi o caminho todo olhando para fora da janela.

Quando estávamos quase chegando, começo a ouvi-la soluçando. Olho para Rose e ela limpa as lágrimas que estavam escorrendo livremente em seu rosto.

Estaciono em frente a sua casa e antes que ela saia do carro, seguro em seu braço e pergunto:

- Está tudo bem? – Ela me olha com os olhos um pouco vermelhos e depois olha para onde minha mão estava, sigo seu olhar e vejo que um pouco a cima de onde eu estava segurando, havia um hematoma.

- Rose, o que é isso? Quem fez isso com você? – Pergunto preocupada.

- Não é nada! Se preocupe com a sua vida, e não se mete na minha, garota. Eu não lhe devo satisfações. – Puxa seu braço com força, me olhando seriamente.

- Meu Deus! Mas como você é insuportável, hein? Só estou preocupada com você, sua grossa! Não precisa vim me atacando desse jeito. Será que você não consegue ser educada pelo menos uma vez na vida, não? – Digo já impaciente e me viro pra frente.

- Me desculpa... Não estou em um bom dia hoje. – Diz entre soluços, depois do silêncio que havia se formado no carro.

- Mas não precisa sair distribuindo ofensas por aí, não. – Me viro para ela novamente, e ela está de cabeça abaixada.

Percebo que seu choro havia aumentado, e no impulso, acabo levando minha mão ao seu rosto, fazendo-a olhar pra mim.  Enxugo suas lágrimas com meu polegar e fico acariciando seu rosto de leve.

- Não chora, por favor. Me diz o que aconteceu. Eu posso ajudar de alguma forma? – Pergunto ainda acariciando seu rosto, e ela fecha os olhos.

Ver ela assim tão frágil, me partiu o coração. Não sei explicar, mas uma vontade enorme de cuidar dela começou a me invadir.

Ela pega minha mão, tirando do seu rosto, e fica segurando, ao mesmo tempo fazendo carinho.

- Não se preocupe, eu apenas cai e bate com o braço. – Força um sorriso. – Por favor, não conte para ninguém sobre isso, principalmente minha irmã – Pede me olhando nos olhos.

- Isso não parece um machucado de alguém que simplesmente caiu – Digo olhando em seus olhos, e volto a acariciar seu rosto.

Ela fecha novamente os olhos, sentindo o carinho, e quando iria dizer alguma coisa, um carro entra em sua casa, fazendo-a abrir os olhos e me olhar um pouco assustada.

- Já falei que não é nada, garota. Cuide da sua vida, que da minha cuido eu. – Diz retirando minha mão de seu rosto bruscamente, e saindo do carro rapidamente.

- Mas é uma insuportável mesmo, aff! – Espero ela entrar em casa, dou partida no carro e vou direto para meu apartamento.

Ao chegar em meu apartamento, tomo um banho e deito pegando meu celular, olhando algumas mensagens e umas ligações perdidas de Amy. Nas mensagens ela pergunta se estava tudo bem. Resolvi ligar para ela, antes que ela surtasse.

- Shay, finalmente, hein?! Já estava preocupada, cara.

- Calma, Amy, está tudo bem. Deixei sua adorável irmãzinha em casa já.

- Que bom. E ela se comportou? Não deu a louca outra vez não, né? – Pergunta preocupada.

- Dar a louca, não deu não. Mas você conhece sua irmã, sabe como ela é. – Digo me lembrando das grosserias da megera.

- Me desculpa por isso. Não era para deixar vocês sozinha.

- Está tudo bem. Já estou até me acostumando com as grosserias da megera. – Digo rindo e ela me acompanha. – Amy... Como é o marido de Rose? Ele não é agressivo não, né? – Pergunto depois de um silencio.

- Ele é um pouco ignorante e exagera na bebida às vezes, mas nunca chegou a ser agressivo, não. – Da uma pausa – Mas por quê? Aconteceu alguma coisa? – Pergunta preocupada.

- Não, não é nada, não. Só curiosidade mesmo, não se preocupe. – Digo um pouco pensativa.

- Tem certeza?

- Tenho sim... Bom, vou dormir aqui. Boa noite, Amy. Até depois, beijos. – Nós despedimos e encerrei a ligação.

Por mais que eu tentasse dormir não estava conseguindo, toda hora vinha em minha mente que aquele marido de Rose poderia estar a machucando. Depois de um bom tempo revirando na cama, finalmente adormeci.



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