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História Aqueles Olhos (ROMANCE LÉSBICO) - Apenas amigas?


Escrita por: EmisonJauregui

Capítulo 32 - Apenas amigas?


         POV ASHLEY

 

A semana passou devagar quase parando, foi praticamente uma tortura para mim, pois estou tentando ficar o mais longe possível de Bárbara e está sendo mais difícil do que imaginei. Então, preciso que o tempo passe mais rápido que o trem bala.

Esses pensamentos e essas sensações irão sair de dentro de mim por bem ou por mal.

Como hoje é sábado as meninas me chamaram para irmos a um barzinho beber e jogar conversa fora. Se fosse há alguns meses atrás, eu iria sem pensar duas vezes, mas agora, com tudo isso que anda acontecendo comigo, é melhor eu ficar em casa sozinha do que com álcool no sangue e ao lado daquela morena maravilhosa. Bárbara! O nome dela é Bárbara, sua idiota!

Termino de tomar um longo banho e visto meu pijama, vou para a sala e como não tem nada para fazer, decido assistir algum filme na Netflix. Começo a procurar por algum filme interessante, mas antes mesmo de encontrar algo, a campainha começa a tocar. Estranho o fato do porteiro não ter avisado que alguém estava subindo e também por já estar um pouco tarde.

Abro a porta e dou de cara com um par de olhos verdes acompanhado por um sorriso lindo.

- Bárbara? O que você está fazendo aqui? – Pergunto ainda tentando colocar meus pensamentos em ordem.

- Você não foi encontrar comigo e as meninas no barzinho, eu fiquei preocupada. – Coloca a mão em minha testa medindo minha temperatura, e meu coração erra a batida ao sentir sua mão e seu corpo próximo ao meu. – Está se sentindo bem? Para você negar sair para beber, deve ser grave.

- Muito engraçadinha você. – Retiro sua mão e reviro os olhos ao notar o sorriso que se formou em seus lábios. – Estou bem, palhaça.

- Por que você não foi?

Fodeu! Pensa rápido agora, Ashley. Você não pode dizer que não foi porque está tendo fantasias e pensamentos inapropriados com sua amiga.

- Só não estou no clima hoje. – Dou um sorriso fraco tentando disfarçar meu nervosismo.

- O mundo vai acabar. – Diz colocando as mãos na boca fingindo surpresa.

- Para com isso! – Dou um empurrão de leve em seu ombro, sorrindo e ela abaixa suas mãos, sorrindo.

Paramos de rir e ficamos nos olhando por longos segundos, desvio o olhar em direção a sua boca e mordo meu lábio inferior ao vê-la umedecendo seus lábios com a língua. Saio do meu transe ao perceber que ela havia passado por mim e foi em direção a TV.

- Cheguei na hora certa, hein?! – Fecho a porta e vou na sua direção, me sentando no sofá. – Já escolheu o que vai assistir?

- Não. Você me interrompeu antes de eu escolher.

- Ainda bem, assim assistimos juntas desde o inicio. – Fico olhando-a totalmente entretida com a TV.

Como pode ser tão perfeita? Se não é a oitava maravilha do mundo, é a primeira.

- Eu faço a pipoca e você o suco, fechado? – Volto à realidade assim que nossos olhares se encontram.

- Fechado!

Fomos para a cozinha e enquanto eu estava distraída fazendo o nosso suco, sou pega de surpresa com sua pergunta.

- Então... Você não está no clima mesmo de sair ou você não foi porque está fugindo de mim? – Puta merda!  Achei que ela não iria perceber que eu estava fugindo dela. E agora meu Deus? O que eu falo? O que faço?

Viro-me para olha-la, que está com os braços cruzados na altura do peito, próxima ao micro-ondas.

- Fugindo de você? De onde tirou isso? – Estou sorrindo, mas é de nervoso. Ela me deixa nervosa pra caralho. – Não estou fugindo.

- Ash, você fugiu de mim a semana toda. Parecia o diabo fugindo da cruz.

- Deixa de ser boba, Babi. – Chamo-a pelo apelido que eu havia colocado nela há um tempo na tentativa de tranquiliza-la. – Essa semana foi bastante corrida, foi só isso.

- Foi só isso mesmo, ou você está se afastando pelo fato das meninas estarem achando que nós duas temos algo?

Estava provando o soco e acabo me engasgando, ela abre um sorriso orgulhoso de que havia acertado o alvo. Mas que merda é essa?! Como ela sabe disso, hein?

- O quê?

- Ontem, depois de você sair dizendo que iria comprar um suco e não ter voltado mais, elas começaram a me lotar de perguntas.

- Que tipo de perguntas?

- Do tipo se a gente estava ficando, se já tinha rolando algo entre nós.

Eu vou matar aquelas duas! Será que elas não sabem o que é ficar com a boca fechada, não? Já não bastava elas ficarem me atormentando sobre esse assunto, agora elas abrem a boca para falar merda com a Bárbara também.

- Não liga para o que elas dizem. Você conhece aquelas duas, sabe que elas não batem bem da cabeça. – Respiro fundo e agradeço aos céus pelo micro-ondas ter apitado indicando que a pipoca estava pronta. – A pipoca está pronta, vamos lá assistir o filme.

Pego nossos copos com o suco e saio em direção à sala, os coloco na mesinha de centro e pego o controlo da TV. Não demorou muito e Babi chegou com nossa pipoca e se sentou ao meu lado.

Senti seu olhar sobre mim, me analisando por um tempo, ela respira fundo e coloca um pouco de pipoca em sua boca. Escolhi o filme Minions para assistirmos, Babi reclamou um pouco, mas no final resolveu aceitar.

Assistirmos o filme em um clima descontraído e graças a Deus, ela não tocou mais no assunto sobre as meninas estarem achando que temos algo.

O filme havia acabado e decidimos assistir a outro, me levantei e fui até à cozinha buscar mais pipoca. Estava distraída colocando a pipoca na vasilha, quando Babi colocou as mãos em minha cintura, apertando-a de leve e deu um gritinho, me assustando.

- Ai, sua idiota! – Digo com a mão em meu peito, sentindo meu coração acelerado. – Você quase me fez derramar a pipoca toda no chão. – Dou um tapa em seu braço e ela ria que nem uma louca.

- Eu deveria ter gravado isso, cara. – Diz entre risos e eu reviro os olhos.

- Qualquer dia você me mata do coração.

- Foi muito foda. – Balança a cabeça negativamente, ainda rindo e vai até a geladeira, enchendo nossos copos de suco.

- Idiota, isso vai ter volta. – Pego a pipoca e volto para sala.

- Eu escolho o filme agora. – Coloca os copos em cima da mesa de centro e senta ao meu lado.

- Nem pensar! Você tem um péssimo gosto para filmes.

- Falou a que só assiste desenhos animados.

- Vai dizer que não gostou de assistir Minions?

- Eles são até bonitinhos. – Revira os olhos ao perceber meu sorriso vitorioso. – Mas, chega de desenhos por hoje.

Ela tenta pegar o controle de minhas mãos, mas afasto um de meus braços para que ela não conseguisse pega-lo.

- Você não vai escolher, pois eu sei muito bem que você vai escolher um filme de terror.

- Que é muito melhor do que um desenho animado.

- O apartamento é meu, eu escolho o filme.

- Me dá logo esse controle, Ash!

Ela tenta pegar o controle novamente e eu afasto o braço. Ela me analisa por um tempo com os olhos semicerrados e um sorriso diabólico abre em seus lábios. Merda! Ela está planejando algo.

- Já que não quer me entregar por bem, vai por mal então.

Não tive nem tempo para racionar o que ela avia dito, ela veio com tudo para cima de mim, fazendo cosquinhas em minha barriga. Tentei segurar seus braços, mas foi em vão, já não estava aguentando mais as cosquinhas, então a empurrei para o lado, fazendo com que ela caia no chão, me levanto rapidamente e saio correndo, ela se levanta e sai correndo atrás de mim.

Ficamos correndo em círculos na grande sala e já estava ficando cansada de tanto correr, resolvi parar próximo ao sofá para recuperar o folego e em segundos sinto seu corpo ir de encontro ao meu, fazendo com que caíssemos no sofá. Acabei ficando por baixo de seu corpo, ela senta em minha cintura e segura meus braços em cima de minha cabeça.

- Te peguei! – Abre um sorriso vitorioso e eu me perco em seus lábios. Mordo meu lábio inferior ao imaginar como seria senti-los.

Percebo que seus olhos estavam em meus lábios também, ela parecia hipnotizada, da mesma maneira que fico quando olho para seus.

Sinto-a afrouxar o aberto em meus braços, para logo em seguida os soltar completamente. Sem conseguir controlar meus atos, levo minhas mãos até sua cintura, ela me olha parecendo estar um tanto confusa. Puxo um pouco seu corpo na minha direção, ela apoia suas mãos ao lado de minha cabeça e aproxima seu rosto aos poucos até que ficássemos bem próximas uma da outra.

Eu não conseguia me controlar, o desejo que estava sentindo de ter seus lábios colados aos meus era muito forte, e para piorar a situação, o seu perfume invadia minha narina, me enlouquecendo cada vez mais.

Mordo meu lábio inferior ao vê-la aproximando mais nossos rostos. Ela olha em meus olhos parecendo buscar permissão para prosseguir, aperto sua cintura de leve e logo em seguida sinto seus lábios tocarem os meus.

Seus lábios incrivelmente macios moviam levemente sobre os meus, ela pediu passagem para sua língua e eu dei, um gemido acaba saindo de minha boca ao sentir sua língua quente ir de encontro com a minha, ela aprofunda mais o beijo e eu deslizo minhas mãos por suas costas. Desço minhas mãos por seus braços, sentindo os quão arrepiados estavam. Ela morde meu lábio inferior e desliza uma de suas mãos por meu corpo, solto outro gemido ao sentir sua mão sobre meu seio e o apertando. Ela para o nosso beijo, e vai em direção ao meu pescoço distribuído beijos e pequenas mordidas.

É incrível como meu corpo reage aos seus toques, e o seu beijo sem duvidas nenhuma é o mais gostoso que já experimentei em toda minha vida.

Retiro sua blusa e admiro aquele par de seios em seu sutiã, giro nossos corpos ficando entre suas pernas e quando iria beija-la, ela segura em meus ombros me impedindo.

- Tem certeza? – Pergunta ofegante.

- Absoluta.

Ela abre um sorriso e rapidamente retira minha blusa, ficando admirada com meus seios, que já estavam à mostra, pois eu não usava sutiã.

Tomo seus lábios em um beijo avassalador, mostrando todo o desejo que eu sentia, ela levanta seu corpo e me faz sentar em seu colo, segura em minhas coxas e se levanta do sofá comigo em seu colo, envolvo meus braços em volta de seu pescoço e minhas pernas em sua cintura. Sem parar de nos beijar, ela me levou até o meu quarto, me colocando delicadamente em cima da cama.

Paramos o beijo e ela fica de pé, me olhando intensamente, seus olhos estavam carregados de desejo. Sento-me na cama sem desviar de seu olhar, distribuo beijos em seu abdome enquanto desabotoo seu sutiã e seu short Jeans logo em seguida, assim que desço o short por suas pernas, ela me empurra fazendo com que eu me deite novamente na cama, ela retira o meu short e engatinha sobre meu corpo.

- Você é tão gostosa. Seu beijo é tão gostoso. – Diz distribuindo beijos em meu abdome.

Um gemido escapa dos meus lábios ao sentir seus dedos apertando meu mamilo, ela passa a língua no outro mamilo para logo em seguida abocanha-lo e suga-lo com vontade.

- Oh, meu Deus! Bárbara... Isso...

Ela fez o mesmo com meu outro seio, me levando a loucura cada vez mais.  Desce distribuindo mordidas em meu corpo e sorriu ao tocar meu sexo por cima da calcinha.

- Que delicia. – Passa a língua por cima da calcinha. – Toda molhadinha. Do jeitinho que eu gosto. – Eu me contorcia na cama, sentindo meu sexo latejando. Ela retira minha calcinha, a jogando em qualquer lugar do quarto.

Mordo meu lábio inferior com força contendo um gemido ao sentir sua língua deslizando lentamente em meu sexo. Depois de me torturar com apenas lambidas, ela finalmente começou a me chupar. Me chupar deliciosamente. De repente, ela parou e ficou apenas brincando com meu clitóris, depois me penetrou com seus dedos, começando um movimento de vai e vem.

- Oh! Isso, Bárbara... – Ela aumentou os movimentos enquanto, com a língua, brincava com meu clitóris.

Já estava sentindo o meu corpo anunciando o orgasmo quando ela parou o que fazia, levantei a cabeça, a olhando, confusa. Ela sorrir e levanta uma de minhas pernas, se encaixando no meio delas, começando um movimento de vai e vem, roçando nossos sexos completamente encharcados.

Os movimentos de nossos corpos ficavam cada vez mais rápidos e intensos.

- Você é tão gostosa, Ash. – Diz olhando nos meus olhos. – Isso. Fode gostoso, vai. – Fecha os olhos, mordendo os lábios, e me deixando ainda mais louca de tesão.

Eu já estava sentindo meu orgasmo chegando e ouvir tais palavras saindo de sua boca foi a gota d’agua. Gozei como jamais havia gozado em toda minha vida.

Ela continuou os movimentos por mais alguns segundo e logo senti o seu corpo tremer junto ao meu e seu liquido quentinho caindo sobre meu sexo.

Bárbara se deita sobre meu corpo, estamos suadas e com as respirações descompassadas.

Meu Deus, que loucura é o sexo com essa mulher! Eu poderia fazer sexo com ela o resto da minha vida e não iria me enjoar nunca.

O restante de nossa noite foi longa e muito prazerosa, perdi as contas de quantas vezes gozamos. Paramos somente quando o sol começou dar sinais de vida e nossos corpos estavam exaustos.

 

 

                   ________________

 

 

Acordo sentindo meu corpo dolorido e fleches da noite anterior vieram em minha mente. Será que tudo foi um sonho? Estou tão maluca ultimamente, que agora estou dando para ter sonhos eróticos com a Bárbara. Balanço a cabeça desviando de meus pensamentos, abro os braços para me espreguiçar e sinto que havia alguém ali comigo.

Abro os olhos rapidamente, e realmente não havia sido um sonho, ela estava ali na minha cama completamente nua, com o lençol cobrindo apenas de sua cintura para baixo.

Como pode uma mulher ser tão maravilhosa? Deus foi bastante generoso e estava bastando inspirado ao criar essa mulher.

Olho suas costas desnudas e percebo algumas marcas bastante vermelhas que eu havia feito na noite anterior. Estava tão excitada ontem que nem percebi que estava a arranhando com muita força.

Me aproximo com cautela para não acorda-la e com a ponta de meus dedos deslizo devagar por onde as marcas estavam,  olho para o seu rosto e desço o olhar para seus lábios, me lembrando de seu beijo, e um sorriso idiota acaba escapando de meus lábios.

Fico a observando dormir, até que ela começa a resmungar e a remexer o corpo dando sinal que estava acordando. Me afasto um pouco e ela abre os olho, me encarando de uma maneira que não consegui decifrar o que significava.

Tenho que dizer algo, mas o que irei falar? E se ela se arrependeu? Para de ser medrosa, Ashley! Ela não é um monstro de sete cabeças.

- Preciso ir embora. Já está tarde. – Diz me tirando de meus pensamentos. Se levanta e começa a procurar por suas roupas.

Ela se arrependeu? Ou será que fiz algo de errado? Observo ela terminar de vestir o seu short.

- Bárbara, espera. A gente precisa conversar. – Me sento na cama, ela para de procurar algo pelo quarto e me encara.

- A gente não precisa passar por isso, Ashley. – Respira fundo e depois continua. – Você só fica com mulheres por curtição, eu sei muito bem disso.

Agora tá explicado o motivo de ela estar fugindo. Está achando que só fiquei com ela por curtição, mas ela está muito enganada.

- Bárbara...

- Ash, não precisa, está bem? – Diz me interrompendo. – Somos apenas amigas, você não precisa me explicar isso.

-Será que dá para você me ouvir? – Me irrito ao vê-la ir de um lado para o outro a procura de algo.

- Merda! Você viu onde minha blusa foi parar? – Pergunta sem me encarar.

- Acho que está lá na sala. – Digo desanimada.

- Obrigada. A gente se fala depois. Tchau. – Sai do quarto sem olhar para trás.

Eu deveria ir atrás dela, né? Mas já é tarde de mais, pois ela acabou de bater a porta da sala, e eu não posso sair nua pelo prédio.

Deito na cama novamente, colocando o travesseiro sobre meu rosto, bufando irritada. Estava tudo bom de mais para ser verdade. Toda vez quando algo da certo na minha vida, algo acontece para ferrar tudo.


Notas Finais


Oiie
Um capítulo diferente para vocês, espero que gostem.
O que acharam desse novo casal?
Tentarei não demorar para postar o próximo.
Bjoos


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