- É.. R-Realmente foi..
- Chanyeol, poderíamos fazer isso mais vezes.
- Eu achei que você tivesse medo ou sei lá.
- Claro que não, afinal, eu gostei muito disso, C-Chanyeol. Eu não ficaria com medo, porque eu estou com você, então... me sinto encorajado.
- Sério?
- Sim.
- Acho melhor tomarmos um banho, não acha? - mudo de assunto. - Estamos todos mela...
- NÃO COMPLETE, eu já sei do que se trata. - ele riu e me puxou até o quarto para pegarmos as roupas. - A tarde passou tão rápido hoje, não acha?
- Passou - peguei as roupas e duas toalhas - Passou porque ficamos unidos.
- O que insinua?
- Que quando estamos juntos, não vemos o tempo passar porque curtimos mais do que se importar com isso.
- H-huh.. - ele corou - Vamos logo - ele correu até o banheiro, com vergonha.
Fui até o banheiro junto com ele e o mesmo já estava na banheira. Ele estava com os olhos fechados e com os mesmos lábios avermelhados e encantadores de sempre. A espuma que escorria pelo seu cabelo, dava mais realce em seu rosto. Seus braços, o corpo dele pela banheira, Aahh... Me aproximei da banheira e entrei na mesma. Quando entrei, Baek abriu os olhos e sorriu, feito um bebê. Ele me deu espaço para que me encaixasse na banheira e me abraçou. Passamos horas ali (claro que rolou umas perversões) e saímos.
Fomos para o quarto e Baek deitou-se, me abraçando e colocando a cabeça sob meu peito. Acariciei sua bochecha que estavam vermelhinhas (como sempre) e quando caí na real, ele já estava roncando. Não pude me mexer pois não queria acordá-lo, e o que me restou foi dormir e esperar o dia seguinte.
[...]
Luhan
Acordei cedo e fui tomar meu tradicional café. Sentei na cadeira e mandei uma mensagem de bom dia para Sehun, que ainda estava dormindo, porque ainda eram 6h. Sim, eu acordo ás 6h porque sou desses. Depois de terminar meu café, arrumei minha baderna e olhei pela janela. Estava tudo nevoento e estranho. Enquanto estava no transe, ouvi o meu celular tocar. Corri até ele na esperança que fosse Sehun, mas não. Era de um número desconhecido.
- Alô?
- Alô! Luhan?
- Quem é?
- Eu, Baek.
- Estranho, seu número não está gravado.
- Porque é número novo, idiota.
- Ok, o que faz acordado a essa hora?
- Me ligaram da funerária, e o enterro vai ser adiantado para hoje. 6:30 estaremos partindo, e queria saber se você quer ir conosco..
- O-oh, okay, eu vou. - olho o relógio - DROGA, SÃO 6:17!
- Eu sei, eu já estou saindo. Se arrume logo para dermos partida.
- MERDA - desliguei o telefone e fui me arrumar.
Baekhyun
- Chanyeol, está pronto?
- Claro. Chamou Luhan?
- Sim, ele está se arrumando. Acha melhor darmos uma paradinha na casa dele?
- Sim, vamos.
[...]
- ABRE ESSA PORRA - gritei.
- Baekhyun! São 6 horas da manhã, tem gente dormindo, sabia?
- FODA-SE, EU SOU A LEI.
- Pois sabe que ninguém está te respeitando hoje em dia, lindo.
- Estraga prazer.
- Eu não sou estraga prazer, apenas reali...
- QUE FUZUÊ É ESSA NA MINHA PORTA, CARALHO? - Luhan saiu abotoando a blusa.
- Hm, você tá nervosinho? - Baekhyun disse debochado.
- Tô doido pra dar na sua cara.
- Dar o quê?
- Um tapa.
- Ah, foda-se. Vai logo porra, o táxi está nos esperando.
- T-Táxi?
- Sim.
- Deixa eu passar um perfume.
- Anda loooogo.
- Espera... não é preciso, eu sou cheiroso desde sempre. - ele fechou a porta.
- Sehun concorda.
- Verda... PORRA, O SEHUN! ELE NÃO VAI PODER IR.
- Tudo bem, explicamos para ele depois. Com certeza ele não gostaria de ir ao enterro do pai do Baek. - Chanyeol disse.
- Verdade. - ele trancou a porta e voltou-se a nós - Vamos.
Caminhamos até o táxi e demos destino até o funeral de meu pai. Eu não via a hora de olhar para aquele rosto maléfico de psicopata, que sempre via.
Na chegada do funeral [...]
Dei entrada na sala em que ele estava. Não havia absolutamente ninguém em seu funeral. Apenas eu, Chanyeol e Luhan. Só nós, e mais ninguém.
- Nossa! - Luhan exclamou - Eu achei que iriam aparecer familiares por aqui, já que ele pagava de bonzinho...
- Eu também achei. Apesar de meu pai ser uma pessoa espontânea para meus familiares e amigos, ninguém veio.. Estranho.
- Baekhyun, eu e Luhan vamos deixar você sozinho. - ele me entregou uma rosa - É melhor você poder conversar com ele agora, já que você pode ter total privacidade e sem interrupções. Ok?
- Ok.
Eles saíram de lá e fiquei sozinho com meu pai. Finalmente ele poderia me ''ouvir''. Pelo menos, de alguma forma. Me aproximei de seu caixão e senti o cheiro de rosas e um perfume cheiroso e doce. Segurei a rosa, me aproximei de seu ouvido e soltei aquelas palavras que sempre queria soltar...
- Olá, pai. Provavelmente, o senhor não me escutará de alguma forma, e por favor, se estiver escutando, preste atenção em minhas palavras: Eu sempre gostei do senhor. Mesmo não demonstrando pelo fato de ser mal, eu sempre o considerei como um pai. Mesmo quando você fez aquelas coisas horríveis comigo, eu ainda o amei... Desculpe-me por tudo, eu juro que não queria existir para não o atrapalhar - apertei o pedúnculo da rosa - Obrigado por me fazer resistir em todos esses anos. Não estou grato pelo o que você fez comigo, até porque eu vivi um pesadelo ao seu lado... Mas, mesmo assim, o senhor não conseguiu quebrar meus desejos com Chanyeol. Eu ainda o amo, e não vou parar tão cedo. Você me fez ser uma pessoa mais forte, mesmo que não tenha percebido isso. Mas me mostrou esse caminho na forma errada. Pai, hoje ninguém veio ao seu enterro. Nenhum de nossos parentes. Apenas eu. O senhor deveria estar grato por isso. Por que um filho que foi espancado e torturado pelo pai, iria aparecer em seu enterro? É.. mas eu fiz questão. Pai, eu sempre me lembrei da dor que eu sentia quando o senhor me machucava fisicamente e psicologicamente. Mas agora, não faço questão de lembrar de mais nada. - aperto o pedúnculo mais forte - O daqui pra frente, só me resta perdoar o senhor. Esquecer de tudo isso que se passou e viver uma nova vida.. Me perdoe por estar namorando uma pessoa que você odeia, mas que seu filho ama. Me perdoe por tudo de ruim que já aconteceu em sua vida por minha causa, não era a minha principal intenção. Saiba que mesmo o senhor não me perdoando, eu o perdoo. Eu o perdoo por ter transformado minha num verdadeiro inferno. Me sentirei livre se o senhor puder me perdoar. Pai... eu lhe perdoo. Pai... eu te amo.
Soltei a rosa que estava minha mão e não percebi que havia espetado meu dedo. Meu sangue escorreu pela pétala que caiu na mão de meu pai. Coloquei a rosa em sua mão e beijei sua testa. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e caiu acidentalmente em seus olhos. Limpei rapidamente e repeti mais uma vez a palavra ''eu te amo'' e virei as costas para chamar os funcionários. Eles fecharam o caixão e o acompanhei até enterrá-lo. Abraçava Chanyeol e chorava, chorava muito. Quando cobriram o seu caixão, senti uma brisa leve tocar meu rosto. Fechei os olhos e deixei em cima de seu túmulo, meu desenho que fiz quando tinha 6 anos e nunca tinha dado para ele. Sai dali separado de Chanyeol e Luhan, que ficaram atrás de mim. Pisava naquela grama fofa e olhava os túmulos de várias pessoas. Fiquei pensando... Muitas vidas foram acabadas ali. E a família? A dor que cada um sentiu a receberem a notícia de que um parente havia falecido. Fechei as mãos e o vento se tornou mais forte, fazendo com o que meu cabelo voasse para o lado, atrapalhando minha vista. Continuei andando até chegar ao portão de saída, logo depois Luhan e Chanyeol caminharam até mim com um olhar desapontado.
- Sinto muito. - Luhan se lamentou.
- Não sinta por mim, sinta por ele.
- Baekhyun, espero que você tenha esquecido de todo mal que ele lhe fez. - Chanyeol se intrometeu.
- Chany... Eu pretendo começar uma nova jornada.
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