História Aqui nos céus - Merda, Baek!

Chanyeol 

Eu não acredito. Depois de tanto tempo sem vê-lo, eu estou tendo a chance agora. Eu estou tão.. feliz. Eu nunca fiquei tão feliz quanto agora, o vendo. Depois de tantos anos sem o carinho dele, sem ele me chamando de rabugento. Eu senti tanta falta dele, quando ele apertava os olhinhos para me fazer rir... Ah, Baekhyun. Eu te amo tanto, e isso está me matando por dentro. Eu sempre soube que não era amor de amigo, e sim de namorado. E sempre.. sempre será. 

- Eu não acredito! Que saudades de você! Você é real mesmo? É um clone, não pode ser! - ele dizia me abraçando e me olhando. isso me deixava contente 

- B-Baekhyun! Que saudades também.. você está tão diferente. Mais bonito, você está.. muito.. muito lindo - ele sorri - Vamos fazer a dupla? vem comigo! 

Eu peguei a minha carteira e joguei a minha mochila no Baekhyun e depois nos juntei. 

- Chanyeol...

- Sim? - falo corando violentamente mesmo não sabendo o porquê. 

- Eu senti muita saudade de você, muita mesmo... Eu fiquei com medo esse tempo todo.

- Medo? Medo de quê?

- Meu pai..

- O que aconteceu? Pelo amor de Deus, fala logo!

- Ele me bateu. Ele sempre me bateu, mas eu nunca tive coragem o suficiente para lhe contar - ele disse com a feição triste olhando para as mãos. Logo depois, pude perceber que seus olhos estavam cheios de lágrimas - Desculpe.. 

Meu sangue ferveu e meus punhos se fecharam. Filho da puta, desgraçado! Eu irei matar esse infeliz um dia se ele fazer Baekhyun sofrer de novo! Ah.. mas vai rolar sangue no lugar inteiro. 

- Por que você não me disse isso? - eu olhei fixamente para ele segurando seu queixo e limpando suas lágrimas - Pare de chorar. Você é meu garoto, você vai ficar bem. Eu vou te ajudar, Baekhyun. Eu te amo, e quem ama, cuida. 

- Eu t-também te amo, C-Chanyeol... Huh... - ele corou igual a um pimentão. 

Sorrio e faço a lição com ele. Depois de tantas horas, finalmente a mais esperada; a hora de ir embora. Peguei minha bolsa e esperei Baekhyun terminar de guardar o material, porque ele é muito molenga. O professor nos apressou, mas eu o convenci de que ele poderia sair, já que estava tudo sob controle. Eu iria fechar aquele muquifo chamado de ''sala de aula''.

- Espera um pouco, Chanyeol. 

- Mais? - falo sorrindo

- É que eu acho que perdi meu livro de história.. 

- Eu te ajudo a procurar - falo me aproximando - deveria ter mais cuidado com suas coisas, Baek - procuro pela sala

- Mas eu tenho - ele ergueu a sobrancelha, e isso foi incrível. Ele é muito gostoso fazendo isso. 

- Tem é? - pego o livro que estava na mesa do professor e mostro pra ele 

- Oi? Como isso foi parar aí? 

- Se você tomasse cuidado saberia

- Sempre querendo mandar, né? Bobo - ele se aproximou de mim tentando pegar o livro, mas eu ergui o livro dele para cima o impedindo. 

- Me dáááá - ele falava com uma voz manhosa - Que droga! 

- Duvido você pegar - começo a rir

Ele me jogou na mesa dos professores e subiu em mim. Eu e ele ficamos corados. Nos olhamos por muito tempo que ele até esqueceu de pegar o livro. 

- B-B-Baek..

- Q-Quê?

- Sai de cima.. - engulo seco - d-de mim.. 

- Me desculpa! - ele pulou e caiu no chão 

- Hey, cuidado - me aproximo dele pegando na sua mão e o olhando fixamente - desastrado - pego o livro dele e o entrego - toma isso 

- Obrigado - ele se levanta - Vamos agora? 

- Sim, claro - pego a bolsa dele entrego o mesmo. 

Saímos dali ainda corados, mas realmente foi uma coisa maravilhosa ele ter ficado em cima de mim. Ainda bem que não fiquei ereto naquela hora. 

Chegando lá, vimos que todos tinham saído e me despedi dele. 

- Então, Baekhyun... foi bom rever você. Eu não vou me esquecer de você, garoto. Nunca. 

- Eu também não, Chanyeol... 

Dou um beijo na bochecha dele, passo meu telefone e vou embora. 

Baekhyun 

AI-MEU-DEUS! SANTO DEUS AMADO, QUE HOMEM... Eu fiquei em cima dele! Socorro, acho que zerei a vida.. Puta merda, que homem gostoso...

Vejo meu pai me olhando do carro. Meu sangue congelou. Droga, tomara que ele não tenha visto nada. 

Caminho até o carro e entro nele. 

- Olá - falo

- ''Olá'' o caralho. Quem é aquele garoto que te deu um beijo na bochecha? Teu namoradinho? - ele dizia com uma expressão brava

- É meu amigo.. amigo desde o quinto ano. É só um modo que expressamos amor um ao outro...

- AMOR? VOCÊS TRANSAM TAMBÉM? 

- Não pai, não transamos. 

- Menos mal então.

Ele ligou o carro e fomos para nossa casa. O caminho inteiro eu fiquei pensando em Chanyeol e vendo meu pai me olhar do retrovisor com cara de nojo. Porra, qual foi? Tem algo de errado comigo? 

Chegamos em casa. Joguei minha mochila no sofá e tirei meus sapatos e relaxei os ombros. Estava tudo perfeito, até quando meu pai chegou. 

- Deixe-me ver seu caderno - ele abriu minha mochila 

- Pra quê? - me aproximo dele pegando a mochila 

- Eu quero ver seu conteúdo! - ele pegou a mochila da minha mão com muita força que abaixei a cabeça e deixei. 

Ele abriu meu caderno e sentou no sofá. Eu fiquei com medo, pois na última folha do caderno, estava escrito ''Chanyeol''. 

E meu medo se tornou realidade. Ele viu a última folha e me olhou fixamente com um olhar de ódio. 

- Que porra é essa, Baekhyun?

[...]