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História Arcano - Capítulo onze: a resistência


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 11 - Capítulo onze: a resistência


Assim que chegaram na delegacia, o trabalho pesado começou a ser feito: uma equipe inteira foi, pouco a pouco, ligando em cada hotel de Tóquio e região metropolitana para que informassem se uma mulher chamada Tsunade Senju estava ali hospedada. Gastaram toda a manhã e, no horário de almoço, descobriram que não havia registro dela em nenhum dos hotéis da cidade.

A primeira hipótese a ser trabalhada era que ela não estava na cidade. Mas havia uma palestra sua marcada para essa tarde, na Universidade de Tóquio, e que estava confirmada. Para todos os efeitos, ela estava em Tóquio. O único jeito foi tentar rastrear seu telefone para descobrir sua localização. Essa era uma tarefa lenta, que iria gastar pelo menos metade da tarde da quarta-feira, mas tinha que ser realizada. Enquanto isso, todos esperavam, impacientes, pelo resultado. Para aproveitar o tempo, resolveram se adiantar na lista de suspeitos: — O que vocês acham de visitar alguns dos nossos suspeitos? Temos aqui Muu, Sasori Akasuna, Deidara Iwa, e o repórter que foi a última pessoa a ver a madre viva, Sai Sasaki. — Konan sugeriu.

— O Muu está meio fora de questão. — Hinata disse, mostrando o jornal que segurava nas mãos com a reportagem da capa — Foi levado para o hospital essa manhã, depois de ter sofrido um infarto. Não vamos conseguir falar com ele.

— Então já eliminamos um suspeito. — Pain respondeu, tentando ver a situação de maneira mais positiva.

(...)

Primeiro, foram ver os líderes das revoltas ciganas menos pacíficas, Deidara e Sasori. Não sabiam muito sobre os dois, apenas que eram artistas, de ascendência estrangeira (romena, para serem mais precisos), e que eram naturais de Tóquio. Eles não apareciam na mídia, seus nomes eram meramente mencionados vez ou outra, quando alguém quebrava a vitrine ou pichava alguma loja que declarava suporte à lei de Orochimaru. Chegaram, por fim, ao acampamento em Shinagawa onde estavam instalados. Ao chegarem com a viatura, muitas das pessoas que estavam fora dos trailers e tendas pareciam imediatamente assustadas. Não tiveram que procurar muito: alguém deveria tê-los avisado sobre a chegada da polícia, e com isso, viram dois jovens, com mais ou menos a mesma idade que eles, saindo de um dos trailers.

— Podemos ajudar em alguma coisa? — um deles, de cabelos vermelhos, perguntou.

— Podem sim. Delegada Shimizu, décimo terceira delegacia de Tóquio. Vocês são Sasori Akasuna e Deidara Iwa, certo? — Konan perguntou, mostrando o distintivo, e os dois assentiram — Podemos conversar por um instante?

Os dois voltaram para o trailer, gesticulando para que os policiais os seguissem, e assim, os seis entraram no pequeno espaço, sentando-se em cadeiras, e o assunto só foi iniciado quando o loiro fechou a porta e sentou-se na cama de casal, ao lado do outro cigano.

— Olha, não sei o que os porcos do Orochimaru falaram dessa vez, mas não vamos sair daqui. Esse terreno foi herdado, eu tenho as escrituras, era do meu pai, Ryuuji Akasuna, ele era um cidadão japonês, e nós temos todo o direito de estar aqui, e... — o jovem de cabelos vermelhos, Sasori Akasuna, falou, apressadamente.

— Ei, ei, não estamos aqui para falar sobre isso. Na verdade, somos contra a lei do Orochimaru, como toda pessoa racional, e a polícia tem coisas mais urgentes para se preocupar do que com pichações e disputas de terreno. — a delegada explicou — Vocês estão a par dos assassinatos, certo?

— Bem, não tem como não saber, hm. — o loiro, Deidara, disse — Mas o que temos a ver com isso, hm?

— Essa é a questão. Acreditamos que alguém está tentando fazer parecer que os ciganos são culpados pelos assassinatos, por causa das cartas de tarot, e como vocês são a favor de táticas mais duras de enfrentamento, estão na mira dessas pessoas. — Pain explicou.

— Mas nós somos inocentes! Nós temos álibis, tenho certeza que sim... Todas as noites as pessoas vem aqui para comprarem coisas, jogarem tarot e saberem da sorte delas, muita gente nos viu aqui na noite e madrugada de domingo para segunda. E na terça à tarde, fomos até a prefeitura discutir sobre esse terreno aqui, eles podem confirmar. Isso vale para nós dois, mas também vale para todas as outras quinze pessoas que moram aqui. Nenhum de nós matou ninguém. — Sasori falou, indignado.

— Nós já imaginávamos que tivessem álibis, era apenas uma confirmação. — Itachi disse — Alguém está tentando culpá-los, porque sabe que se um policial tivesse alguma implicância com vocês pelas táticas de resistência, iria querer culpá-los.

— Vai ser tudo resolvido, não se preocupem. Mas como um conselho... Fiquem mais quietos, pelo menos por enquanto. A maior parte das pessoas ainda não sabe ou não ligou vocês aos homicídios, mas podem ligar se vocês se arriscarem demais. O policiamento nas ruas aumentou bastante também. — Hinata aconselhou.

Os dois ciganos pareciam muito surpresos com aquela ajuda, ainda mais vindo da polícia. — Vocês estão nos ajudando, como assim, hm? — Deidara perguntou.

— Bem, se seu protesto não incomoda quem está no poder, então você não cumpriu seu objetivo. Um vidro de loja aqui, e uma lata de tinta acolá não são prejuízo para nenhuma das empresas que apoiam a lei do Orochimaru, são uma punição e só. Vocês não são guerrilheiros e não estão tentando causar uma guerra civil, estão tentando manter o que lhes pertence por direito. Sei que a polícia tem uma imagem ruim, sei que muitos policiais são ruins e outros tantos apenas obedecem cegamente, mas precisamos mudar isso. — a delegada disse, se levantando — Além do mais, temos coisas mais urgentes para nos preocupar do que com vandalismo.



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