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História Arcano - Capítulo doze: fotografia


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 12 - Capítulo doze: fotografia


Depois da conversa com os ciganos, eles decidiram ir até o endereço que a professora Mei Terumi fornecera do repórter do tabloide. Por segurança, decidiram ligar para a delegacia para que confirmassem todos aqueles álibis, o que, pouco depois, confirmaram. Na madrugada de domingo para segunda, um canal do YouTube gravou um vídeo ali, em defesa dos ciganos e contra a lei de Orochimaru, em que todos os quinze moradores apareceram. A entrevista, de cerca de uma hora, era uma live que ficou ativa respondendo perguntas dos telespectadores por ainda meia hora, e com isso, comprovava que eles de fato tinham um álibi que cobria a morte de Gai. Para a morte da madre, era ainda mais fácil: a prefeitura confirmou a presença de todos eles ali (a audiência havia sido marcada no nome de todos os quinze moradores do terreno, e para que fosse iniciada, todos deveriam estar presentes na sessão).

Eles eram, portanto, inocentes, até que se provasse o contrário. Um alívio para a polícia, por fim, menos suspeitos a lidar.

Enquanto estavam no caminho, começaram a pensar nas outras possibilidades para esse caso. — E se o Muu e o grupo dele têm algo a ver com essa sujeira toda? Quer dizer, seria o disfarce perfeito: eles são pacíficos, ninguém suspeitaria deles, pelo contrário. — Pain sugeriu.

— Bem, o Muu-san em pessoa não poderia ter cometido os crimes, ele já é um senhor de idade avançada e as mortes foram muito brutais, requerem uma pessoa relativamente jovem e que se exercita um tanto, com toda certeza, os ferimentos foram muito profundos. — Hinata respondeu.

— Mas poderia ser alguém ligado a ele. Não sei, essa hipótese não me agrada muito. Ele tem poucas pessoas do seu lado, a maior parte dos ciganos, mesmo os que não estão diretamente lutando contra a lei do Orochimaru, concordam muito mais com o Sasori-san e o Deidara-san, porque eles já perceberam que a desobediência civil não trouxe resultado algum, estão indo para o lado oposto. Por que ele iria justamente mudar de estratégia agora? — o Uchiha questionou.

— Acho que é um pensamento bastante válido, e concordo. O máximo que poderia dizer é que, se foram eles, o objetivo era fazer as pessoas se chocarem: iriam suspeitar do grupo que usa vandalismo e tudo mais, e assassinato é cruzar os limites do aceitável, as pessoas deixariam de apoiá-los e iriam recorrer ao grupo do Muu. — Konan sugeriu — Mas ainda sim, é um tiro que saiu pela culatra, e qualquer um pode perceber isso: acusando os ciganos, as pessoas vão deixar de apoiá-los e jogá-los no mesmo saco, como se todos fossem criminosos, o que só fortalece o discurso de ódio do vereador Orochimaru. Não é a primeira vez que vemos isso acontecer em um país, nem mesmo na era contemporânea.

— Tem razão. Em 2010, na França, houve um expatriamento em massa de ciganos também. Eu sabia que já tinha visto essa história em algum lugar... — o ruivo comentou.

— E tudo não passa de uma cópia de uma cópia de uma cópia... Até mesmo as ideias ruins. — Hinata deu de ombros.

Eles haviam chegado ao destino final: um apartamento pequeno, como muitos e muitos em Tóquio, um tanto distante do centro. O prédio era bastante velho, e precisava urgentemente de uma pintura, mas considerando o preço do aluguel na cidade, isso importava bem pouco em comparação ao preço a ser pago. A vizinhança não era exatamente ruim, mas não era das melhores também, e, como tudo ali, gritava mediano, medíocre.

Não havia porteiro, e a portaria estava aberta para a entrada de qualquer um. Com uma taxa de criminalidade baixa, isso não era incomum na capital japonesa, mesmo sendo uma cidade tão populosa. Os policiais entraram, e logo procuraram o apartamento 171, que estava localizado mais ao fim do corredor. Tudo estava em absoluto silêncio: a única coisa que emitia algum som era um gato, que miava periodicamente, mas que estava do lado de fora do prédio, provavelmente, pois o som parecia um tanto distante. Com exceção disso, tudo estava imerso na mais absoluta quietude, que fazia com que sentissem-se no limite. O medo aguçava os sentidos, e tudo parecia mais vivo naquele prédio decadente do que realmente era.

Encontraram a porta do apartamento 171, como o número pintado em preto dizia, aberta. Aquilo parecia um tanto estranho. Bateram na porta, e a delegada simplesmente perguntou: — Tem alguém aí? É da polícia. Estamos procurando Sai Sasaki.

Tudo permaneceu em silêncio por mais de um minuto. Ouviram o som de alguma coisa pesada caindo no chão, e temendo ser alguém machucado ou qualquer fatalidade do tipo, entraram, mas o que havia caído era apenas um peso de papel, por causa da janela aberta. Mas havia algo lá dentro que também chamou-lhes a atenção, um quadro cheio de fotos e reportagens, todas relativas ao caso do Arcano, como o assassino estava sendo chamado, aparentemente. Uma das fotos, em especial, parecia bastante familiar: havia sido tirada nos portões do colégio onde o corpo da madre foi encontrada. Para ter sido uma foto tirada de surpresa e numa única tentativa, estava realmente muito boa. Um pouco mais ao fundo, estavam Pain e Itachi, os dois olhando para a câmera, com o Uchiha um pouco mais de perfil, e no centro da fotografia, estava a delegada, com uma expressão séria no rosto.

— Olhem isso aqui. Somos nós. — Konan disse, sorrindo — Filho da mãe...


Notas Finais


Sobre os acontecimentos da França, são realmente verdade. Mais informações aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Repatria%C3%A7%C3%A3o_de_ciganos_pelo_governo_franc%C3%AAs_em_2010


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