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História Arcano - Capítulo quinze: jogo


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 15 - Capítulo quinze: jogo


Já havia um outro agente desamarrando o aparelho do fio, e, com um péssimo pressentimento, a delegada resolveu interferir: — Não, não desamarre ainda! Pode ser uma armadilha! — ela falou, mas já era tarde demais. O telefone havia sido solto do fio, e por quase trinta segundos, houve absoluto silêncio entre todas as pessoas presentes, e o único som era dos carros transitando nas outras faixas da avenida, e mesmo assim, eles pareciam distantes, como se sequer pertencessem àquela realidade. Todos, invariavelmente, sentiam uma sensação terrível de que tudo estava para desabar em ruínas, um pavor jamais sentido antes, que fazia com que o sangue corresse vagarosamente pelas veias frio como gelo.

Foi somente segundos depois que alguma coisa despencou do telhado do prédio, para a surpresa de todos.

Os gritos de puro pavor da população que acompanhava aquela cena ecoaram por toda a avenida naquele momento: alguma coisa havia caído do prédio, e quanto mais se aproximava do chão, mais tinham certeza de que aquilo era um cadáver, para o choque geral. Antes mesmo do corpo cair no chão, um grupo de policiais foi ordenado a subir até o telhado e ver se havia alguém ali. Enquanto isso, o Quarteto Fantástico abriu espaço entre a multidão aterrorizada para que a queda do cadáver não machucasse ninguém.

Com o rosto para cima, mesmo com os membros contorcidos e quebrados de maneira não natural, ainda podiam reconhecer quem aquela pessoa era: Tsunade Senju. Não havia dúvidas quanto a isso. Mas, além dos ferimentos da queda, havia algo que chamava a atenção ali... Eram as marcas de facadas. O sangue já estava um tanto seco, indicando que ela estava morta há algum tempo, antes mesmo de cair, e à primeira vista, seria difícil contar quantas eram, mas tinham a impressão de que seriam vinte, se o assassino seguisse o padrão de seu habitual modus operandi.

Entretanto, faltava algo ali, a carta de tarot, que deveria estar na boca da vítima. Com a queda, poderia ela ter caído em outro lugar ali por perto? Era melhor começar a procurar.

— Era uma armadilha... Ela já estava morta provavelmente antes mesmo de fazerem a ligação. — Itachi comentou.

— Preciso que as pessoas se afastem, p-por favor, isolem a área. — Hinata pediu, e entendendo isso, foram aos poucos afastando e isolando a área, enquanto pediam reforços pelo telefone, a equipe de técnicos que ajudaria a Hyuuga a retirar e examinar o corpo.

(...)

No térreo, Hinata e Itachi ficaram, já auxilando os técnicos que ajudariam na remoção do cadáver, que haviam chegado há pouco tempo. A delegada Shimizu e o investigador Sato subiram, acompanhados de uma equipe, até o terraço do prédio, onde já estavam alguns policiais. Logo, se depararam com um relatório bem rápido, de um dos peritos que havia subido pouco antes deles. — Bem, não parece uma armadilha complicada, não acho que estamos diante de algum gênio da física ou nada do tipo, mas... O cara era um tanto esperto. O celular estava servindo de peso para manter uma alavanca improvisada numa tábua de madeira puxada, amarrado numa linha de pesca resistente. Quando ele foi solto, a alavanca também, e assim a corda que estava amarrada na perna ou braço da vítima perdeu a tensão. Ela deveria estar perto da borda, por causa do tamanho do buraco na grade, e sem a corda para sustentar, acabou caindo. — o perito explicou.

— Se o celular não tivesse sido desamarrado, então ela não teria caído? — Pain questionou.

— Não. Na verdade, a grade naturalmente foi feita para barrar um peso grande, então estaria tudo bem se uma pessoa adulta se escorasse ali. A questão é que, pelos restos de metal no parapeito, alguém cortou várias partes da grade, deixando-a mais frágil para que o peso pudesse quebrar o que restava.

— Era só uma questão de tempo até ela cair dali de cima. Ao desamarrar o celular, nós só aceleramos o processo. — a delegada concluiu.

— Isso. — o perito informou — Ah, e encontramos algo amarrado na grade, não quisemos mexer porque pode ser uma evidência. Acho que é uma carta de baralho.

O sangue de ambos gelou naquele exato segundo. Seguiram até a grade, acompanhados do agente, e encontraram exatamente o que esperavam: uma carta de tarot, mais especificamente, a Imperatriz, terceiro arcano maior. A carta estava amarrada com um fio vermelho, o fio vermelho da vida e do destino de tantas lendas do Oriente, e aquilo não devia ser uma coincidência. Todo aquele caso... Tudo estava sempre, sempre interligado e amarrado, o que era a parte mais impressionante. Calçando as luvas de silicone, a mulher cuidadosamente desamarrou a corda, colocando-a num saco plástico para evidências. Pegando então a carta, ela olhou o verso. Dessa vez, ele não estava com a mesma imagem de sempre, e sim com uma ligeira alteração.

Ao invés de a cabeça ser o desenho da imperatriz, uma foto recortada de um jornal estava ali, e era justamente da delegada. Ao lado de sua foto, um pequeno coração desenhado em tinta vermelha. Ela sorriu, mostrando a carta para o investigador, que ao perceber a imagem no verso, fez uma careta de raiva e irritação. — Isso acaba de se tornar muito pessoal. Mais que salvar a vida das pessoas, isso é uma questão de honra para mim agora. Pain, querido, já descobri a motivação do nosso assassino. Se ele quer jogar... Então vamos jogar. E eu sou muito boa nisso.


Notas Finais


DAAAAMN. A partir de agora vai ficar tenso.


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