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História Arcano - Capítulo dezessete: o que tarda não falha


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 17 - Capítulo dezessete: o que tarda não falha


A noite caiu, e nem sinal de Orochimaru. Os alertas de busca por ele haviam sido emitidos em toda a mídia nacional, por causa do mandado de busca e prisão que havia contra ele: o possível suspeito de ser o Arcano, o assassino que vitimara três pessoas já (e uma delas era, para a surpresa e indignação do público sua própria esposa), estava foragido até o momento. Durante toda a noite, inúmeras denúncias de pessoas que alegaram vê-lo em algum lugar do país, por mais distante que fosse. Em um momento, ele estava num hotel em Sapporo, e dez minutos depois, alguém ligava dizendo que o vira num beco de Nara. Como qualquer ser humano, ele obedecia as leis da física e não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, o que fazia com que a maior parte dessas denúncias fosse meramente imaginação das pessoas, ativada ao extremo pelo medo. Ainda sim, cada denúncia foi levada a sério, e investigada a fundo, mas nenhuma delas sequer deu pistas de onde Orochimaru poderia estar.

Sem pensar duas vezes, a delegada decidiu junto com os dois investigadores e a legista que, se ele não fosse localizado até o meio dia da quinta-feira, o dia seguinte, acionariam a Interpol. Considerando o poder de Orochimaru, além de sua clara ligação com a Yakuza, ele poderia muito bem ter arranjado documentos falsos e fugido para outro país em um voo qualquer, debaixo do nariz de todos. O prazo, como decidiram, era curto e apenas simbólico, caso houvesse alguma pista promissora nesse meio tempo, ou mesmo caso ele resolvesse se entregar pacificamente para a polícia. Apesar de a possibilidade de isso acontecer ser mínima, não custava nada sonhar; a esperança é, afinal, a última que morre.

Antes de irem embora, a delegada decidiu deixar um último trabalho. Já estava tarde, quase madrugada, e estavam todos muito atarefados, mas com a troca de turnos, mais gente poderia ficar livre para tentar rastrear o celular de Orochimaru, e também se havia alguma compra em seus cartões de crédito. Na última possibilidade, dos cartões de crédito, ninguém colocava muita fé, pois pelo dinheiro que ele tinha, era provável que usasse em espécie para evitar deixar rastros, mas era uma precaução a mais. O Quarteto deixou a delegacia um pouco depois da uma da manhã, depois de atenderem, assim como todos os outros policiais daquele turno, muitas denúncias e perguntas de gente desesperada que em nada resultaram de produtivo.

Na frente da delegacia, havia uma multidão de repórteres, mas nenhuma declaração oficial foi dada. Eles passaram direto, e apenas disseram que, por questões de segurança, havia sigilo absoluto em relação a essa investigação. Os jornalistas não ficaram satisfeitos, mas, por hora, conseguiram escapar da mídia.

Já era quase cinco da manhã quando uma ligação inesperada acordou a delegada e o investigador Sato. Os dois estavam dormindo, exaustos, quando o telefone de repente tocou, fazendo com que acordassem assustados. Ela estendeu o braço e atendeu de imediato, temendo ser algo urgente, tentando disfarçar a voz de sono.  — Delegada Shimizu falando.

— Desculpe por ligar a essa hora, sei que é tarde, bem, melhor dizendo, é cedo demais, mas conseguimos rastrear o sinal do celular do vereador Orochimaru. — uma policial falou, do outro lado da linha — Está em Tóquio, por incrível que pareça. A localização exata é de um galpão alugado em nome de... Danzo Shimura. O nome parece familiar, mas ainda não investigamos isso a fundo.

Mas ela sabia exatamente por que o nome era familiar: Danzo Shimura era o homem que fora pego, junto com Orochimaru, no esquema de propinas pelo qual o vereador, na época deputado, quase fora preso. Danzo era parte da Yakuza, depois de ser preso chegara a falar muita coisa que podia incriminar Orochimaru e outros membros da máfia, mas, antes que pudesse fazer as maiores revelações, que guardara para o final, foi encontrado morto em sua cela. Estrangulado com as bandagens que usava para cobrir as próprias tatuagens e mutilações no corpo. Um inquérito ainda foi aberto por um outro departamento para apurar a morte, mas sem digitais e quaisquer provas naquele suicídio forjado de maneira descuidada, não chegou-se a uma conclusão. Tudo foi arquivado e no fim, o vereador foi inocentado num caso impressionante, de maneira muito descarada, quando todas as provas apontavam para sua culpa. Era bom demais para ser verdade, mas não era uma grande surpresa: era provável que a máfia estivesse acobertando-o justamente por saber de muita coisa sobre eles. — Estamos indo para aí nesse momento, mande alguém para lá, mas não deixe que entrem ainda. Pode ser uma armadilha. Mantenha todo mundo bem discreto, para ninguém desconfiar, trazer a atenção da máfia vai ser pior.

— Certo, certo. — a policial respondeu, e desligou.

Konan levantou-se da cama num pulo, juntando as roupas que encontrou espalhadas pelo chão. Ela arremessou uma camiseta e uma calça para o namorado, que ainda estava sonolento demais para entender o que estava acontecendo: — Acharam alguma coisa lá? — ele perguntou.

— Sim, conseguiram rastrear o celular do Orochimaru. Está dentro de um galpão que era do Danzo Shimura. — ela explicou.

Pain sentou-se imediatamente, vestindo-se apressadamente. — Danzo Shimura? Esse Danzo Shimura que estou pensando?

— Bem, imagino que seja. É o único que parece estar envolvido com a máfia... — ela ironizou, abotoando os botões da camisa com pressa — Precisamos ir para lá agora. Já mandei um grupo vigiar o lugar para que ninguém saia, mas não quero que entrem lá sem que estejamos ali.



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