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História Arcano - Capítulo vinte: a suspeita


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 20 - Capítulo vinte: a suspeita


O retrato falado foi feito, e a primeira coisa a ser feita era buscar alguém que correspondesse à descrição nos arquivos de fichados da polícia. Para a surpresa deles, ou nem tanto assim, a suspeita foi localizada nesses ditos arquivos, Sakura Haruno, e ela correspondia perfeitamente à descrição que foi dada para fazer o retrato falado. Ela tinha uma passagem na polícia apenas, por tentativa de agressão, o que era bem adequado para essa segunda denúncia. Pelo que conseguiram ver sobre o caso dessa primeira passagem, ela havia se envolvido em uma briga há três anos, quando estava na faculdade de medicina ainda, mas os motivos não estavam claros. O fato é que ela foi expulsa do curso pela reitoria da Toudai, e jamais chegou a se formar, com essa mancha tão grande no currículo escolar.

Com o endereço dela e o local de trabalho, uma loja de conveniências franqueada em Nerima, ela foi levada para a delegacia, embora um tanto a contragosto, mas ainda de plena vontade, e naquele momento, estava sendo interrogada por Itachi, enquanto a delegada, o investigador Sato e a legista assistiam por trás do espelho falso na sala. Sakura parecia exausta, com grandes olheiras no rosto, e uma atitude impaciente que faziam com que estivesse o tempo todo mexendo o pé, ou estralando os dedos de maneira frenética.

— Sakura Haruno, vinte e cinco anos, nascida em Tóquio... Sim, sim, acho que tudo confere. Você sabe por que está aqui? — o Uchiha falou, em um tom calmo. Não era sua intenção assustar ninguém, e considerando que ela estava disposta a colaborar, não havia motivos para tentar intimidá-la.

— Sim, eu... Eu acho que eu fiz uma besteira. Mas eu estava realmente fora de mim. Eu agredi aquele rapaz, mas eu juro que não era minha intenção, eu não quis em momento algum... Bem, eu não sei qual era minha intenção, mas eu claramente não estava bem da cabeça. — ela se justificou.

— Como assim, senhorita Haruno? — Itachi questionou, querendo que ela elaborasse melhor aquelas desculpas.

— Bem, vocês têm acesso à minha ficha, então não preciso mentir... Há três anos, eu fui detida por causa de uma briga que eu tive na faculdade. Eu sempre tive problemas com um colega de classe, por motivos que eu não sei até hoje, mas ele sempre implicou comigo. Um dia... Nós soubemos que as provas de fim de semestre haviam sido roubadas da sala de um professor. Eram as provas especificamente da nossa turma, e eles pediram que olhássemos nos nossos materiais por segurança. Eu... Eu achei as provas, mas juro por tudo que é mais sagrado, eu não as roubei, o senhor entende? — ela falou, exaltando-se um pouco, com a voz emocionada — Enfim... Eu fui acusada, justamente por esse colega, e eu não sei como, mas antes de perceber, eu estava no chão, em cima dele, eu havia batido tanto em seu rosto que eu quebrei o nariz dele... — Sakura continuou; ela olhava para as mãos, com um olhar perdido e vago — Três pessoas me arrastaram de cima dele, quando ele já estava inconsciente. Eu fui expulsa da Toudai e nunca consegui entrar em outra universidade para terminar o meu curso, e acabei... Assim.

Ela deu um sorriso desajeitado, e o policial resolveu prosseguir. — Mas por que não conseguiu terminar o curso em outra universidade?

— Não é como se as universidades quisessem uma pessoa com ficha criminal lá dentro... Depois da terceira tentativa, eu desisti, e tive que arrumar um emprego qualquer. Pelo menos consigo pagar um quarto alugado, comida e meus remédios com o salário, mesmo não sendo muita coisa.

— Remédios?

— Bipolaridade e insônia. Durante a fase de mania, eu não consigo dormir mais que vinte minutos por noite.

— E você sempre teve esses problemas?

— Não, foi depois... De tudo. — ela respondeu, silenciando-se por um momento — Desculpe se causei algum transtorno, é que já faz algumas semanas que meus remédios acabaram e eu não tenho dinheiro para comprá-los por causa de umas dívidas antigas. Eu não durmo há três dias, como você pode ver. Eu confesso, eu realmente devo ter feito tudo isso, batido nesse jovem, eu tenho flashes nítidos disso, e eu não me importo de ser presa, contanto que eu consiga os meus remédios.

— Eu entendo. — Itachi disse — A situação configura flagrante, e se tratando de agressão, isso configura em prisão. Mas a senhora infelizmente vai ter que ficar detida na delegacia por mais algum tempo, ao invés de ir para o centro de detenção. Parece que estava falando algumas coisas relacionadas a crime de ódio, preconceito, e também sobre o Arcano.

Sakura parecia surpresa. — Se é assim...

(...)

— Mil ienes se você acertar o que descobrimos. — Pain disse para Itachi, assim que Sakura foi liberada de seu depoimento.

— Não faço ideia do que é, mas deve ser importante... — ele deu de ombros — Agora fiquei curioso.

— A professora cujas provas foram roubadas naquele caso eram justamente de Tsunade Senju. Que, como todos nós sabemos, hoje está morta, assassinada pelo Arcano. — o investigador disse.

— E considerando que ela tem transtorno bipolar e para piorar está na fase de mania... Não sei, não sei mesmo. Isso me parece muito ruim para ela. — a Hyuuga comentou.

— Não só para ela, Hinata. Espero que ela tenha um bom álibi, ou então que seja logo a culpada. Isso é algo que temos que pagar para ver. Se enquanto ela estiver presa as coisas se acalmarem, bem... Achamos o Arcano. — Konan respondeu.



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