1. Spirit Fanfics >
  2. Arcano >
  3. Capítulo vinte e três: hospital

História Arcano - Capítulo vinte e três: hospital


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 23 - Capítulo vinte e três: hospital


— Você tem alguma ideia, a mínima que seja, de como e porquê foi parar ali no cemitério? —  a delegada questionou.

— Na verdade, não muito. Sei que eu estava saindo da redação do jornal quando senti alguém me puxar pelo braço, e colocar alguma coisa no meu rosto, para que eu cheirasse... Eu tentei lutar, mas aí alguém me deu um soco no rosto, e eu fui ficando sem forças. E de repente, tudo ficou escuro. Acordei uns cinco, dez minutos antes de a polícia chegar, amarrado e com alguma coisa presa na minha boca. — Sai disse.

Felizmente, ele não estava muito machucado, e não havia sido gravemente ferido. O soco no olho não demoraria muito a se curar e, no hospital, fizeram uma inspeção geral nele, para que tivessem certeza de que estava tudo bem. Alguns exames relacionados a venenos e substâncias tóxicas, como drogas, por exemplo, estavam sendo realizados, e pelo menos pelo restante da sexta-feira, ele teria que ficar internado em observação, apenas para ter certeza de que tudo estava bem. Apesar de o modus operandi do assassino não consistir em venenos, nunca se sabe; e se ele resolvesse inovar justo agora? Não era seguro arriscar. Haviam achado junto ao corpo de Orochimaru, em suas roupas, uma quantidade pequena de alguma substância que ainda estava para ser analisada. Era impossível saber se ele a consumira ou não, mas... Parecia uma promessa.

— Na redação do jornal? — Pain perguntou.

— É. Com toda essa confusão do assassino, estamos vendendo bastante, e tivemos que aumentar as tiragens, e com isso precisamos de mais funcionários. Estávamos fazendo entrevistas para contratar um novo assistente, para atender o telefone e essas coisas. Acabamos por decidir por uma loirinha.— o jornalista explicou.

O depoimento de Sai não tinha muito a oferecer, e por isso, ele logo foi dispensado; ele também precisava descansar, afinal. Os quatro saíram do quarto de hospital de onde ele estava, e com isso, ficaram no corredor vazio, discutindo ainda alguns pontos a serem acertados.

— A Sakura-san estava presa, isso podemos confirmar. Ela definitivamente não pode ser a responsável pelo caso. — Hinata disse.

— É. Parece que ela vai ser transferida logo para a prisão, porque foi pega em flagrante pela agressão do Sasori-san, com confissão e tudo... Mas agora voltamos à estaca zero. — Itachi afirmou.

— Infelizmente. A única parte boa é que conseguimos salvar alguém, não estouramos o prazo, afinal, e eu nem sei como. Você é um gênio, Konanzinha, e eu sei que falo isso todo dia, mas você não cansa de surpreender. — o investigador Sato falou, rindo.

Konan ficou um pouco envergonhada com aquele elogio tão de repente, mas disfarçou o melhor que pôde. — Obrigada, mas você sabe que eu faço o melhor que posso... Foi meio que uma epifania, não sei bem explicar, pensei em terra, e em sentido lateral, e lembrei do Orochimaru. Tinha terra na boca dele, e terra de cemitério geralmente tem muitos organismos decompositores para ajudar a putrefação a ser mais rápida. Enfim... O Itachi tem razão, voltamos à estaca zero, mas um pouco pior que isso. A carta que encontramos estava rasgada pela metade. Isso ainda não acabou. Precisamos achar a outra metade.

— Mas onde ela poderia estar? Com o Sai-san? Ou no cemitério, talvez? — a Hyuuga falou, tentando ser otimista.

— Ou com outra vítima. Até agora não temos certeza de nada. — a outra observou — Enfim, vamos tomar um café?

(...)

Atravessando a rua, de frente ao hospital, havia uma pequena cafeteria. Para a sorte deles, não estava muito cheia. Os quatro se sentaram numa das mesas do lado de fora, e fizeram o pedido. Tudo parecia estranhamente calmo, apesar de a situação ser absurdamente louca: com um assassino a solta, que se sentia confiante ao ponto de desafiá-los e se comunicar diretamente com eles, havia um enorme risco de mais um ataque estar sendo planejado. Todos os suspeitos haviam sido frustrados, todas as pistas levavam a becos sem saída, e ainda faltava uma parte da carta, uma metade, que não faziam ideia de onde estava, e podia ser a chave para uma próxima vítima. E se essa fosse justamente a pista que indicava que havia uma vítima que não havia sido salva, que em algum momento, deixaram um detalhe importante passar e isso poderia custar a cabeça de alguém?

Do lado de fora, viam o céu nublado. A primeira nevasca deveria acontecer ainda essa noite, e um vento gélido fazia com que poucos sentassem do lado de fora, mas era pacífico e calmante, com o cheiro de café recém torrado e fresco. A rua estava em silêncio, os civis nem mesmo pareciam preocupados com algo, e tudo poderia parecer apenas um pesadelo naquele pedaço isolado de uma realidade violenta e sangrenta. As coisas são mais simples quando simplesmente não se têm conhecimento delas: não é sem motivo que dizem que a ignorância é uma bênção. É muito melhor não saber o que se passa e o preço a ser pago para manter uma metrópole gigantesca como Tóquio segura, e muitos não estão prontos para saber dessa realidade, e jamais estarão.

Foi quando o telefone da delegada tocou, depois de mais de quinze minutos de calmaria, quando já haviam terminado de beber os cafés e estavam prontos para pagarem. Eles congelaram por alguns segundos, estáticos por completo, até que ela resolveu atender. — Delegada Shimizu falando. Aconteceu alguma coisa?

— Delegada, nós... Temos um problema. E dos grandes. Acaba de acontecer um homicídio, e dentro do hospital. — o policial do outro lado da linha explicou resumidamente. O recado havia sido claramente entendido: o Quarteto Fantástico pagou pelos cafés de imediato, e atravessaram a rua apressadamente, indo em direção ao hospital.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...