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História Arcano - Capítulo vinte e quatro: banho de sangue


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 24 - Capítulo vinte e quatro: banho de sangue


Foi quando o telefone da delegada tocou, depois de mais de quinze minutos de calmaria, quando já haviam terminado de beber os cafés e estavam prontos para pagarem. Eles congelaram por alguns segundos, estáticos por completo, até que ela resolveu atender. — Delegada Shimizu falando. Aconteceu alguma coisa?

— Delegada, nós... Temos um problema. E dos grandes. Acaba de acontecer um homicídio, e dentro do hospital. — o policial do outro lado da linha explicou resumidamente. O recado havia sido claramente entendido: o Quarteto Fantástico pagou pelos cafés de imediato, e atravessaram a rua apressadamente, indo em direção ao hospital.

Eles chegaram no hospital e, na recepção, podiam ver que havia algo de muito errado, pela enorme aglomeração de pessoas desesperadas, chorando e sem qualquer reação racional que estava ali. Encontraram um dos policiais tentando colocar ordem na bagunça sem sucesso algum, que tentou explicar a situação da maneira mais rápida e eficiente possível enquanto os conduzia pelos corredores estreitos e iluminados demais, com aquelas lâmpadas fluorescentes cegantes, para onde tudo ocorrera. — O senhor Muu, aquele mesmo dos ciganos, acaba de ser assassinado aqui dentro do hospital. A câmera de segurança que fica naquele corredor do térreo parou de transmitir, e mandaram uma enfermeira checar para ver se estava tudo bem com ele. Ele já havia saído da UTI, e só não falava ainda porque estava fraco e entubado em um dos apartamentos, mas consciente. Ela achou estranho, porque encontrou a câmera quebrada no chão, e resolveu entrar. De início, ela achou que ele estava dormindo, mas...

Ele pausou por um instante ali, mas era preciso que continuasse a história de vez, sem deixar nada subentendido. — "Mas" o quê? Ele estava morto, ou ferido apenas? — Pain questionou.

— Morto. Ela viu sangue em poças ao redor da cama dele, e pensou que fosse algum ferimento do qual não estavam cientes, e viu também alguma coisa dentro da boca dele, e quando foi levantá-lo... — o policial disse, fazendo uma careta de horror — Não sei direito o que aconteceu, mas as vísceras, elas... Elas caíram todas do corpo, feito uma cascata. Acabaram por achar estranho a demora toda, e mandaram outra pessoa ir checar para ver se tinha mesmo acontecido algo com os dois... Encontraram aquela cena pavorosa dentro do quarto. É de fazer qualquer um passar mal.

Aquilo era de embrulhar o estômago, mesmo o mero pensamento dessa ideia parecia extremamente repulsivo. Não havia sequer a possibilidade de não ser um assassinato, e algo lhes dizia que era trabalho do Arcano. Não havia como não ser. Ele, mais uma vez, entrara e saíra de um lugar seguro e movimentado como um hospital sem sequer ser visto por alguém, o que era o mais incrível de tudo isso. Era como se ele simplesmente tivesse a habilidade de se teletransportar de um lugar para o outro, mudando de rosto a seu bel prazer, evaporando numa nuvem de fumaça. Havia guardas em todo o perímetro do hospital por causa de Sai e seu ataque, como alguém havia entrado ali?

A hipótese de que fosse alguém trabalhando dentro do hospital não estava descartada. Para alguém que trabalhasse ali, seria fácil entrar e sair, quebrando a câmera para não ser filmado, e matar Muu. Mais uma vez, uma pessoa da área da saúde estava sob suspeita, o que era uma grande coincidência.

— E onde está essa moça agora? — a delegada perguntou.

— Ainda no quarto. Não conseguimos tirá-la de lá, ela está completamente paralisada, não responde de maneira nenhuma. — o policial falou.

— Pelos deuses, não, precisamos tirá-la de lá, e com cuidado, para não contaminar a cena do crime, mas ela precisa de atendimento médico urgente, ela pode passar mal e até desmaiar ali dentro se não a tirarmos dali, ela está em choque! — Hinata disse, indignada.

Por fim, chegaram à porta do quarto, que estava fechada. Eles calçaram luvas de silicone para abrirem e evitarem contaminar a cena do crime, e finalmente entraram. Lá dentro, um verdadeiro banho de sangue havia acontecido: caído no chão, estava o corpo de Muu, misturado às suas vísceras, todas saindo de seu corpo; ao seu lado, uma enfermeira jovem estava caída, banhada em sangue por completo, igualmente presa aos órgãos internos do cadáver. Uma médica e outro enfermeiro tentavam tirá-la dali, mas ela estava em estado de choque ao ponto de sequer se mover. No chão, havia uma bagunça de líquido vermelho, que manchava também os lençóis. A janela que dava para os fundos estava aberta, exibindo um pequeno jardim com vários tipos de plantas.

— P-por favor, se vocês conseguirem tirá-la daqui... — a Hyuuga pediu. Quando viu a polícia, apavorada, a enfermeira no chão começou a gritar e chorar, mas felizmente, voltou a se mexer e foi levada dali sem grandes problemas.

Enquanto isso, a Hyuuga ligou pedindo reforços para conseguir retirar e transportar o corpo. Daria muito trabalho, de fato, removê-lo sem deixar nenhum... Pedaço para trás. Por coincidência, no meio de todo aquele sangue e vísceras, Itachi achou algo que interessava a todos eles, certamente: uma metade de uma carta de tarot. Não foi preciso nenhum grande conhecimento de tarot para saber que aquela carta era o Hierofante, justamente a metade que estava faltando para que a completassem finalmente. — Bem... Não precisamos mais procurar a outra parte da carta. — o Uchiha falou — Acabo de vê-la aqui no chão. Pelo menos a cobertura de plástico filme a salvou de ficar ensopada de sangue.



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