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História Arcano - Capítulo cinco: a Sacerdotisa


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 5 - Capítulo cinco: a Sacerdotisa


— Se me permite a pergunta, por que chamar a polícia e não uma ambulância, ou o corpo de bombeiros? Ela poderia ter sofrido um mal súbito, não sei. — Pain sugeriu.

— É porque ela estava gritando por socorro, pedindo que alguém se afastasse dela, senhor. N-nós... Nós achamos que alguém invadiu a sala dela. — Mei falou. Todos os rostos ficaram subitamente mais sérios naquele momento, diante dessa revelação. Eles finalmente chegaram a uma sala, com uma porta grande, larga e muito pesada de madeira maciça, e a professora disse — É aqui. É essa a sala.

— Vai dar muito trabalho derrubar essa porta, é melhor destravarmos a fechadura. — Konan falou.

Itachi entendeu a deixa, e pegou dois grampos de cabelo que ela estendia. Ele também calçou luvas de silicone, apenas para não deixar digitais na porta e atrapalhar qualquer possível evidência. Em menos de dois minutos, a porta havia sido aberta, e a delegada e os dois investigadores entraram, instruindo os demais policiais a impedirem a entrada de qualquer outra pessoa. O que encontraram lá dentro os surpreendeu e muito.

Dentro da sala, havia um completo banho de sangue. O corpo da madre estava sobre o chão, caído numa poça escarlate, com a garganta cortada e várias facadas espalhadas pelo corpo, e uma delas havia rasgado todo o abdômen, fazendo com que os órgãos estivessem saindo do corpo. Era, com toda certeza, uma morte violenta, mas o que fazia dessa cena tão ruim era que havia sangue espalhado por todo lado, espirrado pelas paredes e até no teto. Toda a sala estava revirada, com as cadeiras e a mesa tombadas no chão, papéis espalhados e submergidos no sangue, tudo estava de pernas para o ar. Por um bom momento, os três ficaram atordoados por causa de tudo o que viam ao seu redor, mas logo tiveram que retornar à realidade. Verificaram o pulso dela, mas ela já estava sem dúvida alguma morta, era apenas uma confirmação.

A janela estava aberta, indicando por onde o assassino havia saído. Uma corda ainda estava amarrada ali, nas grades de ferro, e pelo fato de essa sala ficar na parte dos fundos do prédio, ninguém perceberia que alguém tinha saído dali. Ou, pelo menos, era nisso que queriam que acreditassem. A chave estava do lado de dentro da porta, na fechadura, o que sugeriria que ela foi fechada por dentro. Ainda reviraram a sala, procurando nos armários e até onde era impossível que um indivíduo adulto se escondesse, apenas por segurança.

Konan pegou o telefone, ainda olhando para a cena grotesca que estava diante deles, e então discou um número já conhecido. — Alô, Hinata?

Do outro lado da linha, quem atendeu foi a legista. — Alô? Aconteceu alguma coisa?

— Bem, temos um homicídio aqui, naquele colégio católico só para mulheres. Se quer um conselho... É melhor não comer nada antes de vir aqui. — ela disse. O recado foi entendido na hora.

— Tudo bem, estou indo para aí agora. Por acaso tem alguma coisa a ver com aquele caso? — a Hyuuga questionou, referindo-se ao assassinato de Maito Gai.

— Talvez. Ainda não tenho certeza, mas... Acredito que sim.

— Bem, de qualquer jeito, eu já estou indo. Até mais.

— Até. — a delegada respondeu, desligando o telefone e olhando ao redor — A Hinata está vindo para cá. Itachi, já que você está de luvas, você poderia, por gentileza, olhar na boca da madre para ver se encontra alguma coisa?

Ele estranhou o pedido, mas atendeu. Abaixando-se, o Uchiha viu que realmente havia algo dentro da boca da mulher, quase escapando por entre seus dentes... E percebeu que se parecia muito com uma carta de baralho. Ele sentiu seu coração pular uma batida no momento em que pegou a carta, e um calafrio atingiu os três quando perceberam que aquela era a Sacerdotisa, também conhecida como a Papisa, segundo arcano maior do tarot.

A delegada apontou para a placa de metal dourado, caída no chão e sendo banhada pouco a pouco pelo escarlate do sangue. Nela, estava gravado "madre Rin "Joan" Nohara". O que parecia ser uma pista vaga estava pouco a pouco fazendo cada vez mais sentido, ao menos para ela.

Nenhuma palavra foi dita, e a carta foi simplesmente recolocada no lugar, como se tentassem esquecer aquilo. Não havia, porém, como apagar aquela imagem dessa cena do crime de suas mentes, jamais. Eles saíram da sala, parecendo muito sérios, o que preocupou ainda mais a professora Mei, que os esperava com terrível ansiedade do lado de fora: — E então, o q-que aconteceu?

— Nós sentimos muito, mas a madre foi assassinada. Eu... Não é uma cena agradável de se ver. É melhor não entrar lá para ver, Terumi-san. — Pain explicou, tentando ter o máximo de tato possível para lidar com a situação.

— Se a senhora ou alguém tiver qualquer pista, qualquer coisa que imagine que possa nos ajudar a chegar ao criminoso, por favor, não hesite em falar. — Konan falou, em um tom muito sério. Ao ver aquela mulher a ponto de chorar ali na sua frente, sentiu uma imensa compaixão. Não seria justo interrogá-la justo agora, era melhor pelo menos esperar que ela pudesse se acalmar um pouco. Mesmo que tivesse que se manter firme e distante para realizar seu trabalho como policial, humanos não são robôs e não devem ser. Sem firmeza e racionalidade, a justiça torna-se vingança e pode prejudicar inocentes, mas sem um pouco de empatia, não haveria o desejo de trazer a verdade e o bem a todos.



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