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História Arcano - Capítulo seis: falso


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 6 - Capítulo seis: falso


Os três saíram do prédio, enquanto um grupo de policiais montava guarda na sala onde estava o cadáver da madre. Do lado de fora, já podiam ver um aglomerado de pessoas, incluindo repórteres, os quais devem ter sido atraídos pelas duas viaturas estacionadas na porta do colégio. Era uma parte inevitável do trabalho, e sobre a qual nada podia ser feito. A multidão parecia crescer a cada minuto, como se tivessem algo para realmente ver ali. Só precisavam tirar todas aquelas estudantes, freiras e professoras da grade, e assegurá-las de que estava tudo sendo cuidado pela polícia.

Felizmente, não houve resistência por parte do grupo que estava no portão, mas isso não fez com que os jornalistas e transeuntes desistissem ao vê-las sair. Alguns deles estavam, inclusive, tentando forçar as grades do portão, e por conta disso, tiveram que usar o poder de autoridade que tinham para ordenar que se afastassem.

Uma dessas pessoas, um jornalista, como presumiram, ainda estava perto demais do portão. As grades eram bastante afastadas, então por isso tinha-se uma boa visão do colégio, o que o ajudava em sua tarefa. Quando ouviu o barulho da câmera sendo ligada, por instinto a delegada e os investigadores viraram para trás, e não houve tempo para que pudessem virar de costas antes que fossem pegos pelo flash. Ainda pensaram em pedir, gentilmente, que o repórter apagasse essa imagem, mas ele simplesmente desapareceu no meio da multidão sem que pudessem sequer ver seu rosto para saber a quem se dirigir.

— Espero que a foto tenha saído boa, pelo menos, se esse cara resolver publicar. — Pain disse, rindo de maneira discreta.

De repente, ouviram a sirene de um carro de polícia. Era ninguém mais, ninguém menos que Hinata, a legista que trabalharia nesse caso. Ela desceu apressadamente do carro, junto com uma pequena equipe, e a multidão abriu espaço para que passassem como um mar se abrindo. Os policiais, por sua vez, abriram o portão para que ela passasse, fechando logo em seguida e trancando com as correntes que estavam ali.

— É tão ruim assim? — a Hyuuga questionou.

— Pior do que você poderia imaginar, hime. — Itachi falou, em um tom de voz sincero.

— Em todos esses anos, tem que ser o caso mais sujo, literalmente, que já enfrentamos. Quando chegar lá você vai entender. — Pain explicou.

— Nisso você tem toda razão. Nós podemos entrar um pouquinho, enquanto você ainda está lá? Preciso confirmar uma coisa. — a delegada falou. Hinata concordou, assentindo positivamente.

Eles entraram no prédio, subindo as escadas. Uma quantidade grande de garotas assustadas os olhava, seguindo-os com os olhos mais aterrorizados que já viram. E essas eram apenas algumas: esse era o prédio da administração, e havia pouca gente ali. Deram sorte de não se tratar do prédio de aulas, ou mesmo do dormitório, ou a confusão teria sido muito maior. No fundo, sabiam que o assassino, por mais ousado que fosse, não faria nada disso, era correr um risco desnecessário de ser visto. Tudo tinha sido planejado justamente para que o lugar da morte fosse vazio, mas não deserto, porque alguém precisava ouvir. Esse era o ponto mais sádico de todo aquele plano, ele queria todos os holofotes sobre si, precisava da atenção.

Finalmente chegaram à sala. Os policiais que estavam de guarda deixaram que entrassem, e, calçando luvas de silicone, tanto os policiais quanto a equipe da legista entraram na dita sala. Eles, inclusive, surpreenderam-se com toda aquela bagunça: quando disseram que era ruim, não imaginavam que fosse ruim a esse ponto. Tinha sangue por todo lado, na verdade, mais sangue do que uma pessoa poderia ter dentro de si, estava tudo pintado de carmesim.

Konan aproximou-se de uma das paredes. A sala tinha um cheiro estranho, fedia a sangue, mas também a algo doce... Ela cheirou o sangue nas paredes, e para a surpresa de Pain, que estava ao seu lado, ela simplesmente passou o dedo na parede, retirando um pouco do líquido vermelho. Ele estava preocupado, e sussurrou em um tom baixo: — Pelo amor de todos os deuses, Konanzinha, o que você está fazendo?

Ela sorriu, de maneira provocadora. — Sinta o cheiro. Não parece doce demais para ser sangue? É falso. O que está nas paredes deve ser falso, com certeza. Aquela poça embaixo do corpo, por outro lado, é bem verdadeira. — virando-se para os outros, ela anunciou: — O sangue nas paredes é falso. Mel, corante vermelho e azul, e água.

— Falso? Como você...? — Itachi falou, imaginando se ela havia provado o líquido, quando percebeu que isso não era necessário: o cheiro da sala entregava — Tem razão. O cheiro.

— Além do mais, tem sangue demais aqui para ser de uma pessoa só. A sala é pequena, mas as paredes estão sendo praticamente todas cobertas por esse líquido, espirrou um pouco até no teto... — Hinata explicou — Só precisamos encontrar a garrafa. Deve ter sido uma de cinco litros, provavelmente. Deve estar em algum lugar aqui na sala.

— Não. Ela deve estar nas lixeiras, o lixo é recolhido no térreo um pouco mais para o lado direito, em relação a essa sala. Dá para ver as caçambas da janela. — a delegada disse — Acho que nosso trabalho por aqui é só, não vamos mais atrapalhar por aqui. Vamos levar a chave para examinar as digitais, e só, o resto do cômodo não parece tão proveitoso assim, já que está sujo demais para isso. Vamos procurar pela garrafa também. O caminhão do lixo passa daqui a meia hora, é melhor nos apressarmos.


Notas Finais


Referências: quem entendeu o sangue falso está me acompanhando há bastante tempo, hein. xD


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