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História Arcano - Capítulo sete: significado


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 7 - Capítulo sete: significado


O trabalho no colégio interno havia sido acabado, e o corpo retirado. A garrafa do sangue falso, como esperado, foi encontrada dentro da lixeira, e por pouco não foi levada para reciclagem no caminhão do lixo: o plano, obviamente, era que essa garrafa desaparecesse para gerar suspeitas para alguém dentro do colégio, e não para um estranho, como era provavelmente o caso. Os policiais foram embora, mas não sem antes pedirem a colaboração da professora Mei Terumi com seu depoimento, o que seria ainda naquele dia. Enquanto isso, Hinata fazia a autópsia do corpo, e Itachi interrogava Mei, enquanto Konan e Pain assistiam aquela cena por detrás do espelho falso da sala. A professora ainda estava um tanto nervosa, mas nada que pudesse causar grande preocupação.

— Então, senhora Mei Terumi, correto? — o Uchiha perguntou e ela assentiu — Precisamos confirmar alguns dados primeiro. Você nasceu em 21 de maio de 1985, em Kanagawa, e mudou-se para Tóquio há quinze anos.

— Isso. — Mei disse.

— E onde você estava no momento em que começou a ouvir os gritos?

— Na minha sala, que fica no andar debaixo, um pouco mais à esquerda da sala da madre. Além de professora, eu sou coordenadora geral, e por isso, eu acabo atendendo alguns alunos. Naquela hora, eu estava ouvindo uma queixa de uma aluna, Ino Yamanaka, sobre a colega de quarto dela, que estava fazendo muito barulho de noite, e foi aí que nós ouvimos... Alguém gritando no andar de cima. Era a voz da madre, e no início, nós pensamos que ela tinha sofrido um mal súbito, não sei, e subimos correndo. Mas a porta estava trancada, e ouvimos ela falar com alguém, pedir para que fosse embora e a deixasse em paz. Foi nesse momento que ligamos para a polícia. Tentamos gritar e fazer contato, mas poucos minutos depois disso, só houve silêncio. Foi quando a polícia chegou.

— Alguém entrara naquela sala naquele dia? Uma visita, uma pessoa do colégio...?

Ela pensou por um momento. — Hmmm, sim, tenho certeza que sim. Mais ou menos uma meia hora antes de começar toda a confusão, a madre recebeu um jornalista. Ele saiu uns quinze minutos antes de toda a confusão começar, eu indiquei as escadas para ele e tudo mais...

— Um jornalista? Você sabe qual o nome dele, qual jornal ele representava... Esse tipo de coisa? — Itachi disse, ajeitando-se na cadeira com mais interesse.

— S-sim, ele se chamava Sai Sasaki, e era de um jornal chamado Notícias de Tóquio. Ele veio fazer uma entrevista sobre um dos trabalhos de caridade do colégio, uma feira beneficente para ajudar a arrecadar fundos para reformar o abrigo de sem-tetos do distrito.

— Você tem o telefone dele?

— Sim, creio que sim. Ele deixou o telefone e o endereço também. Eu devo ter anotado na minha agenda, que está na minha sala. — Mei explicou.

(...)

Quando Hinata terminou a autópsia, o depoimento de Mei Terumi ainda não havia sido finalizado, mas ela não teve que esperar muito para que os quatro pudessem se reunir novamente. Dessa vez, o relatório parecia bem mais sério do que foi da vez anterior: já eram duas vítimas, e tinham um modus operandi nítido. Não havia como não pensar em um mesmo assassino, que pelo visto, planejava fazer outras vítimas.

— Bem, a hora da morte é compatível com o esperado, entre meio dia e meio e duas e meia da tarde, sendo mais perto das duas o horário mais provável. A causa da morte foi o corte na garganta, os outros ferimentos secundários parecem ter sido ante mortem, mas não foram tão graves quanto esse. São, ao todo, com o ferimento na garganta, vinte e uma facadas, exatamente isso. Nenhum sinal de violência sexual. Pedi um exame toxicológico por segurança, mas não acredito nessa possibilidade, porque houve luta corporal. O sangue das paredes era falso, mas aquela poça no chão sob a qual o corpo estava caído era verdadeiro. Acredito que pertença a ela, mas ainda preciso da confirmação da análise. — Hinata disse — Ela não estava com documentos, mas era de fato a madre Rin Nohara, não há dúvidas quanto a isso. Achei uma coisa estranha, mais como uma curiosidade, mas não é pertinente ao caso, eu acho. Deixemos para lá.

— Isso tudo é tão estranho... Na sala dela, havia uma placa, não é? Dizia madre Rin "Joan" Nohara. Por quê? — Pain questionou.

A namorada já sabia a resposta. — É um pseudônimo. Muitas vezes, pessoas religiosas escolhem outros nomes para si quando são ordenadas, como os papas fazem. Enquanto Rin é um nome tipicamente japonês, Joan é algo que pode-se usar de maneira mais abrangente mundo afora, especialmente países de língua inglesa, além de ser o nome de várias santas. Uma delas é bem conhecida, a padroeira da França, Joana d'Arc, a mártir da Guerra dos Cem Anos. Mas também temos outras Joanas pela história e mitologia... Uma delas foi, inclusive, papisa, a primeira e única mulher a ocupar o cargo de papa, ao menos cita a mitologia.

— Uma mulher como papa? Que eu saiba, não passa de lenda. — o Uchiha indagou, descrente.

— Uma mulher chamada Joana, que, passando-se por homem para poder estudar, chegou ao papado por sua grande inteligência sob o nome de João VII, tendo como amante um guarda da Guarda Suíça. Por causa disso, ficou grávida, e o filho que teve a denunciou como mulher. Foi apedrejada até a morte. De fato, é uma lenda, mas por muito tempo, as pessoas acreditaram nela como se fosse verdade. Tanto é que a carta da Sacerdotisa do tarot também é chamada de Papisa, em referência a ela: a representação da figura materna, do conhecimento e dos segredos.



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