Lá não havia cor. Tudo era negro, cinza, sem vida. Os pássaros já não cantavam mais. Os sorrisos viviam apagados. Não tinham propósitos, apenas vazio.
Todos se sentiam um pedaço de nada. Mas aí um dia ela apareceu.
Foi como a luz no meio das trevas. E por um segundo, enquanto ela passava, o mundo ganhava vida mais uma vez. As pessoas sorriam, sentiam.
Os pássaros? voltaram todos a cantar.
Antes, tudo era morto. Até crianças vestiam o escuro. Mas no meio de toda escuridão, ela usava um simples casaquinho vermelho, e um amontoado de cores na mão, em forma de balão.
No meio de todos os olhares tristes, o dela era pura alegria.
E quando choravam, ela ria.
Quando sofriam, ela era euforia.
O mundo voltou a ter cor. O povo voltou a sorrir.
Ela enchergava beleza até mesmo na podridão, até mesmo nos lugares mais perdidos.
E aí, ela se foi.
O mundo morreu de novo.
Ficou enterrado, de um jeito que ninguém mais poderia cavar.
Tudo que era sorriso sumiu. Tudo que foi alegria virou lágrima.
As pessoas lamentavam, enquanto pensavam:
Por quê?
Por quê tudo que é lindo, sempre se vai nesse mundo feio?
Por quê tudo que é vivo, se vai nesse mundo morto?
Por quê tudo que é bom, se vai nesse mundo mau?
Deveríamos todos ter a chance de viver mais uma vez. De poder sentir, não importa o quê. E quando estivéssemos aqui de novo, seriamos finalmente como um arco íris entre as cinzas.
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