História Are We Perfect? - Ciúmes?

Jimin ON

Qual era o meu problema?

Isso se passava diversas vezes por minha cabeça, enquanto a cena da Nathalie passando com um menino cujo eu desconhecia, repetia-se continuamente, voltando de trás para frente.

Quem era?

O que era dela?

O que estava fazendo com ela?

Era o que eu repetia para mim mesmo enquanto pegava algumas caixas que meu chefe havia pedido - vulgo mandado -, levando até o lugar adequado.

Puxei a alça da jardineira com raiva, vendo que esta estava prestes a cair.

- Tá estressadinho? - Chanyeol meu colega de trabalho, passou, debochando, carregando caixas para o lado oposto do qual eu estava indo.

-  Cala a boca!

- Ui. - Ouvi sua risada soar ao longe.

Eu queria pegar aquele menino que estava consigo pela camisa, e bater nele sem motivo algum. Ela tinha minhas marcas, não devia ficar saindo com outros...

Possessivo? Talvez...

Mas, acredite em mim, eu nunca iria admitir, só iria admitir em minha morte - ou se acontecesse algum caso extremo e fosse necessário.

Ele não deveria estar correndo com ela em plena calçada. Ele não devia estar segurando a mão dela... 

Ela devia ser minha

Ok, o que que eu estava pensando agora?!

Ah, nem eu sabia ao certo o que pensar. Ele poderia muito bem ser um membro de família dela, que possa ter vindo de longe visitar ela e...

Ele era asiático...

Ela é estrangeira, mas mesmo assim... Aish, acho que já estou pensando besteira. E se ele fosse um amigo dela? Não era tão ruim assim certo?

Se não era tão ruim assim, por que eu estava querendo esmurrar aquela imensa estante de ferro?

Poderia custar minha mão machucada? Poderia. Eu me importava? Aí é que tá, não.

Eu não me importava se machucasse algo do meu corpo no processo, eu só queria chutar, esmurrar, descontar em alguma coisa a raiva que eu estava sentindo - não era grande, mas era frustrante.

- Aish... - Resmunguei irritado dando um soco naquela droga de estante, que parecia tão tentadora e propicia a não ser derrubada por meros golpes.

Eu queria descontar minha raiva em algo, algo duro, alguma coisa que não quebrasse mesmo que eu esmurrasse com vontade. Eu queria pegar o motivo desse estresse todo pelo braço, joga-la na parede e dizer que ela era minha. Iria marca-la de todas as formas para que não se esquecesse disso, queria desenhar toda a sua pele com machucados. Mesmo que ela parecesse ser delicada, também parecia o tipo de garota que gostaria de uns tapinhas.

Já sentia meu corpo arrepiar todo só de lembrar como era bom sua língua na minha. Tão coagida, como se nunca tivesse sido abordada daquele jeito antes. Seu jeitinho "puritano" me encantava, devo admitir. Parecia ser perfeita por fora, uma perfeita menininha mimada e riquinha, que recebe tudo dos pais, mas se você conhece-la melhor, poderá ver, que a menininha "riquinha", é, na verdade, um mulherão coagido, cheia de espontaneidade, ousadia e além de ser muito sedutora sem saber, cai aqui entre nós. Ela era perfeita sem esforços.

Odiava quando ela usava aquele pó porcelana, sendo que sua pele natural já é linda, odiava quando ela olhava para as pessoas falando formalmente completando com um sorriso visivelmente forçado. Eu odiava isso nela. Eu odiava com todas as minhas forças.

Outra coisa que eu odiava, era ver ela e Mark juntos. Aquele garoto nunca gostou de mim, por ser filho do diretor, carismatico, simpático, doce e falsamente dócil, ele poderia conquistar qualquer garota que quisesse sem esforço algum, pois todas eram loucas por ele. Além de ser filho do diretor, querido entre as meninas, representante de turma, o filho da mãe ainda era fundador do conselho estudantil.

Eu odiava ele, e ele me odiava também

( Autora: Na verdade... Você odeia mas ele, ele não te odeia não e--- ) Cala a boca autora ( Autora: Ain T-T ). Voltando aqui... A questão era que: Ele era bem próximo a Nathalie, por, aparentemente, ter ajudado ela no primeiro dia de aula.

Eu também poderia ter ajudado ela, mas a questão é, eu sou o tipico "bad boy" da escola, eu não iria fazer isso, cai aqui entre nós. Isso poderia "sujar" minha ficha como menino "malzinho". Odeio as garotas que usam esse termo - tanto perto de mim quanto longe.

Ele tocava seu rosto com intimidade, ele olhava seu corpo com as pupilas dilatadas em desejo, seu sorriso ao ver o dela era irritante.

Ele queria ela, estava mais que claro isso.

Assim como meu maknae já a quis há um tempinho atrás. A Ashley tá sabendo cuidar bem do garotão - se é que me entendem.

Mas voltando aqui ao meu ódio intenso por Mark Tuan - que por acaso não tem nada contra mim, o que só reforçava mais o meu ódio por ele ser tão "de boa" com as coisas -, eu não gostava quando ele estava junto dela. Ela parecia se divertir e ele, bom, ele parecia bem divertindo-a.

Eu não queria ver ele tocando nela, eu não queria ouvir ele se insinuando para ela, eu não queria ver ele analisando ela como eu costumo fazer - o que?

Eu queria que ele ficasse longe dela...

Aqueles lábios só eu poderia beijar, aquela cintura só eu poderia tocar, aqueles cabelos só eu poderia puxar, sua paciência só eu poderia torrar, seu juízo só eu poderia tirar e aquela pele... só eu poderia marcar.

- Jimin? Park Jimin? - A voz de minha chefe me tirou do transe que era navegar por entre meus devaneios.

- S-Sim?!

- Acorda meu filho, tá dormindo em pé? Ou tá só sonhando acordado mesmo?

- Desculpe chefe.

- Como quer ganhar seu aumento desse jeito? - Ela sorriu sarcasticamente - Tsc, tsc, garoto. - Ela sorriu, tocando meu maxilar levemente - Tão desajeitado. Tome mais cuidado, imagine se quem te pegasse assim fosse o "capitão".

- Me desculpe. - Curvei-me levemente, vendo-a sorrir docemente - Não irá se repetir.

- Não me prometa isso, meu bem. - Disse divertida rindo soprado - Caso aconteça novamente, eu irei lhe cobrir, está bem?

- O-Obrigado, chefe. - Ela sorriu novamente piscando para mim de maneira fofa.

- De nada. - Ela disse de maneira dócil se retirando.

Minha chefe também era estrangeira, só que diferente da Nathalie, minha chefe era mestiça. Uma bela d'uma negra.

Tinha um corpão, um sorriso estonteante - quem fala estonteante?! -, além de ser casada e dona desse armazém junto de seu marido - este que ela vivia denominando "capitão".

Uma mestiça bem sensual que encantaria qualquer homem com apenas uma olhada. Eu seria louco por ela se minha mente já não fosse ocupada - lê-se atormentada - por uma certa pessoa.

- Channy pega aquela caixa ali 'pra mim?

- Só se a senhora sair comigo.

- De novo essa história Chanyeol?! Você sabe muito bem que eu sou casada. - Bateu o pezinho no chão impacientemente.

- Eu sei, mas o chefinho não iria se importar com isso. Por que não tenta me dar me chance?

- Tenho certeza que ele se importaria, sim. E eu estou muito bem obrigada.

- Ah, qual é? É mesmo como o Kyungsoo fala? Eu sou tão feio assim? - Ele fez um biquinho manhoso, olhando-a.

- Eu nunca disse isso...

- Me acha bonito, noona?

- Acho... - Ela sussurrou emburrada - E-E não me chame de noona! Você é só dois anos mais novo que eu.

- E se for verdade, eu ainda posso te levar 'pra sair?

- Não!

- Ah, se for assim também quero.. - Minseok apareceu todo felizinho.

- Volte a trabalhar Seok.

- D-Desculpe senhora.

- Aishh! - Resmungou ela passando a mão nos cabelos escuros, de maneira desleixada - Voltem todos a trabalhar! Principalmente você, Park Chanyeol.

- Só volto ao trabalho se receber uns tapinhas por ser um garoto mal, primeiro.

- Nyah, também quero uns tapinhas noona! - Seok disse de maneira manhosa me ocasionando um riso.

Eles eram sujos...

Ela corou por completo, passando a mão no rosto para disfarça a vergonha.

Depois de ter rolado um boato BDSM - curtia ser dominadora e os negócio lá - com o "capitão", os meninos passaram a atentarem-na, principalmente o Chanyeol.

- Mommie... - Escutava-se Channy provoca-la - Me dá umas palmadas.. Eu fui um menininho tão ruim.

- Vo-Voltem ao trabalho agora, antes que eu conte tudo ao capitão! - Ela apontou para as caixas que haviam ali, indicando-nos, saindo andando enfurecida em seguida.

Me aproximei de Chanyeol, achando a cena engraçada, ele sempre tinha esse tipo de interação com ela.

- Não foi dessa vez, não foi tigrão? - Mas continue ligando, tá parei.

- Tigrão?

- O Jin-hyung vive falando isso.

Parando para pensar eu deveria parar de andar com ele, o Jin hyung só fala coisas ultrapassadas... Mas ele é a Omma do grupo, não podia ignorar.

- Releva, bem, como eu ia dizendo... - Dei uma breve pausa - Não vai desistir?

- Desistir? Nunca.

- Pois deveria, tá na cara que ela é fiel.

- Aish.. - Ele fez um bico emburrado.

- Eita que ele tá apaixonado.

- Faz é tempo. - Ele suspirou - Ah, que inveja do chefinho, ter aquele violão todo só 'pra si...

- Aish. Sai daqui, vai, seu pervertido.

- Só se for pra ir atrás da minha mommy.

- Nos seus sonhos só se for.

- A esperança é a última que morre.

- Eu que o digo.

- Melhor voltarmos a trabalhar... - Jongin passou carregando duas caixas enormes.

- É ele tem razão. - Chanyeol assentiu.

Eu soltei um riso soprado, voltando a fazer meu trabalho. Isso havia me distraído um pouco da raiva que eu estava.

Um pouco, nem tanto.... 

~....~

No caminho de casa eu ajeitava a alça da jardineira que insistira em cair o caminho todo até meu apartamento. Eu ainda estava zangado.

Caminhava à passos pesados até o andar de meu apartamento, subindo de elevador até o mesmo, caminhando pelos corredores até chegar em minha porta.

Respirei fundo abrindo a porta logo adentrando-o. Olhando para os lados, observando-o estar bagunçado assim como eu deixara ao sair. Eu teria que arrumar aquilo tudo depois.

Algumas horas depois...

Depois de arrumar aquela bagunça que eu chamava de apartamento, me sentando nno sofá cansado, descansando por um segundinho antes de me levantar e ir tomar um banho para tirar todo o suor e resquícios de cimento e poeira do meu corpo.

Com o pensamento de estar sujo sentado em meu sofá - passando toda a sujeira, consequentemente, para ele -, me levantei rapidamente indo em direção ao banheiro, desabotoando minha jardineira no caminho, tirando as alças logo em seguida, abaixando-a por completo ao chegar no banheiro.

Eu precisava tomar um bom banho, e comer algo antes de ir dormir para enfrentar o dia seguinte...

~....~

Depois de fazer tudo pendente, eu finalmente resolvi por minha cabeça no travesseiro e descansar devidamente, mas foi aí que a coisa se complicou.

Assim que eu pus a cabeça no travesseiro, o sono resolveu dar um adeus para mim. Logo 'pra mim. Eu sentia cansaço mas não conseguia dormir, como isso era possível?

Virando de um lado para o outro, tentando encontrar uma posição confortável para pegar no sono. Nada.

Estava começando a ficar frustrado com aquela droga de insônia que apareceu, aparentemente, do nada.

Estava começando a ficar irritado novamente naquele dia.

- Aishh... - Resmunguei me virando novamente para o outro lado.

Eu não conseguia entender o porquê daquilo estar presente em mim. Eu tinha cansaço mas não tinha sono? Logo o sono, que é o essencial?

Como isso funcionava?!

Deveria ser considerado um novo método de tortura, "insônia".

- Ah, droga, dorme! - Disse repetidamente enquanto virava para os lados socando meu travesseiro.

Eu sabia que não conseguia dormir por simples e comum afobamento, mas por que eu estava tão afobado?

Ah, eu sabia bem o motivo...

Meu sistema nervoso ainda estava reagindo com as coisas que aconteceram hoje. O que eu vi, o que eu ouvi, o que eu fiz

O que eu senti

Acho que essa era a pior parte, o que eu senti... Eu não conseguia nem explicar...

O corpo da estrangeira era viciante...

Tão gostoso de sentir, tão gostoso de tocar, tão gostoso de marcar. Era tão viciante eu gostaria de fazer isso todos os dias.

E o jeitinho como ela reagia as provocações, era o melhor. Meu corpo estremecia só de lembrar.

- Ah, que merda. - Resmunguei baixinho tocando em meu membro por cima de minha cueca.

Eu não via necessidade em dormir de roupa, eu estava em minha casa mesmo

- Que que eu faço? - Murmurei, pensando alto.

Era a terceira vez - só naquele dia - que ela me deixava excitado apenas em com um pensamento.

Essa menina era a perdição para mim... Precisava de uma punição por me fazer perder a cabeça assim, tão fácil.

Só de pensar em seu corpo sobre o meu, com aquelas coxas fartas e aquela bunda redondinha rebolando em cima de mim, eu já me sentia extasiado. Imaginava ela cavalgando gostoso em meu pênis, gemendo meu nome me pedindo para enfiar mais fundo em si, toda manhosinha.

Merda

- Cacete.. - Apertei meu membro sentindo-o mais duro. Imaginar essas coisas impróprias havia me deixado mais quente do que antes.

Eu teria que fazer o que eu costumava fazer sempre que pensava muito nela

Isso com certeza me deixaria bem cansado e sonolento depois, mas, se bem que...

Eu preferia que ela me cansasse.

~....~

Acordando no dia seguinte, com meu alarme soando sem parar.

Era hora de me levantar..

- Aish. - Resmunguei me sentando na cama.

Teria que ir para a escola, enfrentar a minha tentação denominada Nathalie.

Fui para meu banheiro, tomando um banho um tanto demorado, saindo do banheiro e me arrumando. Faltava algum tempo até eu ir para a escola, então usei desse tempo para me arrumar e fazer meu café.

Queria ver se aquele cara que estava com ela, e o Mark cujo ela parece ter tanto assunto, eram melhores do que eu...

~....~

Parando para analisar por um instante, eu estava competindo por atenção com aqueles dois?

Era ridículo só de pensar, que eu estava me deteriorando só 'pra ter a atenção da morena, toda para mim.

Ridículo...

Pensei já chegando na escola a passos calmos, para que ter pressa se eu cheguei cedo?

Muito cedo por sinal, não tinha perigo d'eu topar com a Nathalie até por que esta sempre chegava um pouco mais tarde e--

- Jimin! - Meus pensamentos foram interrompidos quando eu senti uma mão me puxar acompanhada de uma voz melodiosa me chamando - Chegou agora?

- Hm? - Olhei para o lado me deparando com a pessoa que eu mais queria evitar - Ah, Nathalie, estranho. - Murmurei a última parte.

- O que foi?

- Você não costuma "aparecer" cedo assim.

- Ah, eu vim mais cedo para poder falar com o representante de turma. - O que?

- O que? - Estreitei os olhos - "Representante de turma"?

- Sim, o Mark! - Disse animadinha.

- E... Por que você iria falar com ele? - Perguntei tentando deixar minha obsessividade não aparente - Tipo, por que você quer falar com ele?

- Ah, isso é surpresa. - Ela piscou para mim de forma inocente, me deixando vermelho na mesma hora(?)

Surpresa?

- Surpresa? - Estreitei os olhos novamente, arqueando uma de minhas sobrancelhas.

- Se tudo der certo, você irá vê-la mais tarde. - Disse com um sorriso dócil.

Mais tarde?

- Certo. - Assenti levemente com a cabeça, trincando os dentes interiormente - Então eu vou seguir meu caminho, para não te atrapalhar. - Ditei sarcástico voltando a andar.

- Você nunca atrapalha. - Disse docemente segurando minha mão.

Qual era o problema dela?

- Q-Quero dizer, eu não me importo. - Ela sorriu coçando a nuca sem graça - Eu posso ir vê-lo depois.

- Ele é muito ocupado, acho melhor ir vê-lo agora.

- Não, tudo bem! Eu queria conversar com você mesmo e---

- Acho que você está se confundindo de pessoa, não sou o Mark. - Disse revirando os olhos levemente - Se me der licença.

Puxei meu braço rudemente, deixando-a paralisada no mesmo lugar, me olhando ir embora.

Okay, estou tentando me controlar para ir 'pra minha sala sem passar no conselho estudantil antes e meter um murro na fuça do Mark.

" Eu irei para minha sala, minha sala, minha sala... "

~....~

Batucando minha caneta na banca impacientemente enquanto o Kookie copiava o dever de casa, eu pude me sentir observado.

Estava quase me virando para a cadeira do Taehyung para pedi-lo 'pra parar de olhar a minha bunda como sempre fazia.

Aquele muleque era estranho.

- Olha... - O Kim me fitou me entregando um papelzinho - É 'pra você.

- Quem mandou? - Perguntei fitando o mesmo que permanecia com uma expressão indecifravel, pegando o papel de sua mão.

- Ali. - Disse indicando o lado com seu polegar.

As meninas: Ashley e Nathalie.

- Ok... - Disse antes de abrir o papelzinho minunciosamente fechado.

 

" O que você tem? Está se sentindo bem? "

By - Nathalie

 

Ri interiormente, esboçando um sorrisinho de lado ao ver a nota me deixada. Ela estava preocupada?

Olhei para si vendo-a desviar o olhar de mim para o quadro, voltando a copiar com um beicinho manhoso.

Fofa.

Fofa, mas eu ainda estava bravo consigo, então...

 

" Estou ótimo, melhor impossível "

 

Escrevi abaixo de sua notinha, respondendo a sua preocupação.

- Entrega isso à ela TaeTae. - Disse lhe dando o papelzinho.

- Tá. - Ditou simplista, entregando o papel a amiga da mesma, fazendo esta dar o papel para Nathalie.

E assim começou nossa conversinha entre papeis.

- Aqui. - Disse o Taehyung me entregando o papel novamente após um tempinho.

 

" Tem certeza Jimin? Estou preocupada de verdade. "

 

Por que, preocupada comigo?

Me perguntei interiormente enquanto escrevia a resposta para aquela pergunta.

 

" Absoluta, não tem o porquê de você ficar preocupada comigo. 

Vá se preocupar com coisas mais interessantes. "

 

Olhei em sua direção enquanto a mesma lia o bilhete rapidamente, franzindo o cenho após ter lido este, pegando sua caneta e escrevendo com dúvida aparente.

 

" Você não costuma me responder assim, o que houve?

Diga, por favor, eu quero saber "

 

Tá bom, que esse bilhete me "elevou" um pouquinho da situação atual e do que se passava na minha cabeça antes dela me envia-lo, mas eu não poderia desistir tão fácil assim.

 

" Não aconteceu nada

Apenas esqueça isso. "

 

Terminei de escrever, dando-a para o Taehyung, e logo chegou as mãos da estrangeira, que aguardava impaciente. Ela fez uma expressão incrédula ao ver minha curta resposta, pegando a caneta tinteiro pondo-se a responder à altura.

 

" Se não aconteceu nada, por que anda falando assim comigo? "

 

Ri interiormente, achando uma graça como a garota estava posta à achar a resposta que queria devidamente.

 

" Não sei do que está falando "

 

Entreguei ao menino correio - vulgo Taehyung -, vendo-a escrever na rapidez, devolvendo a "cartinha" em menos de um minuto.

 

" Pare de mentir, eu sei que está com raiva de mim.

Só quero saber o motivo "

 

" Eu realmente não sei do que está falando.

Eu? Com raiva? De você?

Olhe novamente. "

 

" Por favor, não minta para mim.

Eu sei o que se passa! "

 

" Ainda não sei do que está falando "

 

" Pare com isso! É irritante! 

Pare de agir assim! "

 

" Assim como? "

 

" Tão indiferente. Pare com isso! "

 

" Não estou indiferente com você

Estou agindo como eu sempre ajo "

 

" Como um babaca? Conta outra. "

 

" Ainda não sei do que você está falando "

 

" Pare logo com isto!

Achei que tinhamos "subido um andar"

Achei que você me odiasse menos agora.

Achei que fossemos amigos "

 

Okay, isso me quebrou um pouco agora.

 

" Eu não odeio você. "

Escrevi rapidamente, sem pensar nas "consequências", acabando por passar um risco - talvez uns três à quatro - por cima disto.

 

" Eu não odeio você. "

" Eu nunca disse nada sobre isso.

E eu achei que NÓS fossemos amigos "

 

" Somos amigos! "

 

" Então, por que me esconde as coisas?

O que você tiver de falar, por favor, eu peço que fale. "

 

" Do que está falando? Está falando do lance com o Mark? " 

 

Ri soprado ao vê-la usar uma giria, "lance".

 

" Por que se for isso, é realmente um segredo "

 

" Ah, agora você anda de segredinhos com ele é?!

Atraente, muito interessante. "

 

" Do que está falando, agora?!

É uma coisa boba "

 

" Se é tão boba assim, então, por que não me conta? "

 

" Por que é entre mim e ele!

Quando tudo estiver certo, contaremos a todos "

 

Isso me fez pensar em um possível relacionamento entre os dois.

Ela não podia fazer isso comigo... Podia?

 

" Contaremos? Vocês viraram um só agora?

Que lindo! Maravilhoso. Continuem. "

 

" Jimin para. "

 

" Por que eu deveria?! 

Você parece estar se importando até demais com ele

Está tão próxima à ele.

Tão íntimos."

 

" Por que, eu preciso dele. "

 

Essa frase me parou. 

Ela precisava dele?

- Estou cansado de ser pombo correio, Jiminie. - Escutei Taehyung suspirar, se apoiando em mim de maneira manhosa.

- .... Não se preocupe... - Rasguei o papel, grosseiramente, em pedacinhos, jogando estes para trás - Não precisa mais TaeTae. - Olhei este que permanecia com uma expressão incrédula com os olhos arregalados - Fez um ótimo trabalho. - Toquei seus cabelos com delicadeza vendo este ficar desnorteado por um segundo - Obrigado.

- Por-Por que fez isso?

- Cansei de falar. - Olhei para a garota, vendo esta com a mesma expressão que Taehyung tinha anteriormente.

Ele assentiu novamente com a cabeça levemente ainda assustado, se encostando em mim aos poucos.

Parecia querer dormir...

~....~

Ao chegar na quadra, olhei para o chão de madeira desta me sentindo cansado, eu queria esmurrar alguém, mas se eu fizesse iria para a secretária... E além disso quem eu socaria? Esse era o mais importante até por que, ninguém realmente se importa de ir para a secretária, bom, pelo menos eu não.

- Vamo começar logo com isso. - Disse ligando a música, estava tão estressado que sentia que só a música poderia me manter estável.

Errado, assim que a música começou e eu tentei acompanha-la no freestyle com passos aleatórios, acabei por pisar em falso caindo no chão, logo em seguida.

Incrível...

Pensei, rindo comigo mesmo, frustrado, me levantando para recomeçar os movimentos, dessa vez tentando ser mais suave.

 

" Tell me pretty lies

 Look me in the face

 Tell me that you love me

 Even if it's fake

 Cause I don't fucking care

 At all "

 

Escutei o primeiro estofre da música, sentindo minha raiva voltar novamente.

 

" You've been out all night

 I don't know where you've been

 You're slurring all your words

 Not making any sense but

 I don't funcking care

 At all "

 

A letra da música era irritante aos meus ouvidos, eu não queria compara-la a mim atualmente, pelo simples fato de ser irritante e idiota demais a qualquer um que visse.

Eu não queria comparar minha situação à música...

 

" Cause I have hella feelings for you

 I act like I don't fucking care

 Like they ain't even there 

 

 Cause I have hella feelings for you

 I act like I don't fucking care

 Cause I'm so fucking scared "

 

Me enrolei em meus próprios passos, ao escutar o terceiro estrofe.

Eu não estava assustado com nada... Certo?

 

" I'm only a fool for you

 And maybe you're too

 Good for me

 I'm only a fool for you

 

 But I don't fucking care

 At all "

 

Tropecei novamente, sem paciência para voltar a música desde o começo, continuei mesmo tendo errado. Dando passos continuamente pesados.

 

" Tell me pretty lies

 Look me in the face

 Tell me that you love me

 Even if it's fake

 Cause I don't fucking care

 At all

 

 You've been out all night

 I don't know where you've been

 You're slurring all your words

 Not making any sense but

 I don't funcking care

 At all

 

 Cause I have hella feelings for you

 I act like I don't fucking care

 Like they ain't even there "

 

Foi aí que eu caí no chão. Acabei tropeçando novamente com raiva, caindo de cara no chão.

- Aish.. - Resmunguei massageando meu rosto, provavelmente vermelho.

- J-Jimin! - Escutei aquela voz que me perturbava se aproximar - Você está bem?

- Estou, não precisa se preocupar--- Espera ai. - Interrompi a mim mesmo, vendo esta cena estranha - O que faz aqui?

- E-Eu só estava passando quando vi você caindo, resolvi ajudar---

- Você estava me espiando? - Ela olhou levemente para o lado, desviando seu olhar do meu.

- N-Não sei do que está falando. - Bem convincente.

Bem convincente, se eu fosse o Taehyung.

- Além de mentirosa, é stalker. - Repeti rindo levemente.

- Ah, esqueça isso. Me deixe lhe ajudar. - Disse pegando minha mão.

O que não deu muito certo, até por que esta que tentara, inocentemente me ajudar, caiu em cima de mim por conta da força que eu coloquei em si sem querer.

- Ah, meu Deus. - Murmurou se apoiando no chão com as mãos, ficando centímetros de distancia de meu rosto - Desculpe.

- Não tem problema, foi um acidente.

- ... Então.. Quer dizer que você está melhor?

- Olha, não estamos na melhor posição para discutir isso.

- Eu não me importo, responda a pergunta. - Ditou sem expressão alguma no rosto.

Bang

- Não. Não estou melhor. - Olhei-a friamente tentando manter a postura mesmo com nossos rostos tão próximos - E não há ninguém que possa mudar isso.

- Sério? Nem eu? - O que?!

 - Que? - Perguntei incrédulo.

- O que eu posso fazer 'pra te tirar do mal humor, Jiminie? - Ela me chamou informalmente? - Não gosto de te ver assim...

- P-Pois vá se acostumando.

- Deixe-me ajuda-lo.

- Não.

- Por favor!

- Não!

- Jiminie... - Ela fez um beicinho manhoso, colando seus seios ao meu peito - Me desculpa se eu disse algo que não devia.

- Não devia mesmo. - Disse revirando os olhos.

- Me desculpa, Jimin. - Ela disse quase num sussurro roçando seus lábios nos meus.

Apertei sua cintura com impulso, sentindo seu ofegar ir de encontro ao meu pescoço, me arrepiando.

- Não aceito suas desculpas. - Disse apertando sua cintura novamente, ouvindo um gemido sôfrego de sua parte.

- Então deixa eu tentar de novo. - Ditou vermelhinha, pegando impulso e me beijando.

Enroscando desleixadamente sua língua na minha, arrancando um ofegar de si mesma em meio ao beijo, o ar se fez necessário após uns minutos, fazendo-a se separar de mim.

- Me desculpa.. - Pediu ofegante.

Eu também, estava mas uma coisa se passou por minha cabeça...

Talvez um fetiche...

- Me chama de oppa.

- Ah? - Murmurou sexymente por estar ofegante.

- Me chama de oppa. - Repeti vendo-a corar mais - Aí eu penso se aceito suas desculpas.

- Ahn, okay. - Ela olhou para meu rosto sem jeito - M-Me desculpa, Oppa. - Ela roçou sua cabeça em meu peito, manhosa.

Estava parecendo uma gatinha querendo carinho...

- Agora, diz que só precisa de mim. - Ela me olhou espantada com outro pedido.

- Eu só preciso de você, Oppa. - Ela acrescentou algo que eu não havia pedido me vendo sorrir abobado.

- Por último... - Comprimi os lábios vendo-a me olhar com curiosidade - Diz que me quer.

Eu precisava ouvir tudo, mesmo que fosse apenas por eu estar pedindo, eu precisava ouvir isso saindo da boca dela.

- Jimin-ah... - Ela mordeu o lábio inferior corando mais.

Ela me beijou novamente, roçando seu joelho levemente em meu membro, me ocasionando um gemido, que logo foi abafado pelo beijo.

- Eu quero você. - Disse após nossas línguas se desgrudarem formando uma linha de saliva totalmente erótica - Te quero... muito. - Disse voltando a me beijar.

Por um segundo, sentindo seu corpo contra o meu, seu calor se exalando contra mim, tão gostoso que por um minuto eu achei que poderia ter sido verdade.

Eu queria que fosse verdade...