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História Are you my clarity? - Entrelinhas


Escrita por: itsmejubs

Notas do Autor


Galera que tá comentando/favoritando: já disse que amo vocês hoje?

Capítulo 13 - Entrelinhas


-- Acabei de lembrar que não estou falando com você -- Gabriela andava ao meu lado, estávamos no corredor da escola indo para a sala. Ela tava puta da vida comigo porque eu não tinha escolhido ela para ser minha dupla no trabalho. -- Vai lá procurar a Sara, vai.

-- Sério, Gabi? -- eu revirei os olhos, rindo, e puxei ela pra um abraço apertado. Meu astral estava melhor impossível nos últimos dias. Culpa de uma certa loira aí. -- Tá com ciúmes da Sara? Não é você que não sente ciúmes de ninguém?

-- Corrigindo, não sinto ciúmes dos boys que eu pego. Dos meus amigos eu tenho, e muito -- ela disse, tentando me afastar do abraço, mas eu apertei mais forte. -- Minha salvação foi que o Fabinho, aquele nerdzinho lá da sala, aceitou fazer o trabalho comigo. Joguei todo o meu charme e ele fez até a minha parte.

Eric vinha na nossa direção, mas não estava sorrindo como de costume. Ele estava assim desde o dia em que a Sara foi fazer o trabalho lá em casa. Ele continuava batendo o pé, dizendo que não gostava dela e não queria que andássemos juntas. Eu ignorava e não dizia nada para não criar confusão. Mas aquele ciúmes dele já estava me irritando. Isso porque ele nem tinha ideia do que se passava entre eu e ela.

-- Bom dia -- ele cumprimentou, seco, e me deu um beijo na testa. Fomos caminhando os três juntos pelo corredor.

-- Chupou limão no café da manhã, Eric? -- Gabriela inconveniente. -- Que cara amarrada é essa?

-- É a minha cara de sempre, Gabi -- ele, num tom pior ainda.

Estávamos passando na frente do vestiário masculino do Ensino Fundamental. Alguns garotos estavam saindo, de uniforme, indo para a quadra para a aula de Educação Física. Um grupinho ficou mais pra trás, conversando. Nem reparei muito neles, até que de repente um dos garotos atravessa na nossa frente rapidamente. Parecia ter sido empurrado por alguém. Num piscar de olhos, o garoto já tinha partido pra cima de quem o tinha agredido, e os dois caíram no chão. Os outros rapazes fizeram uma rodinha em volta, soltando gritinhos e olhando. Eu, Gabi e Eric nos assustamos e olhamos para a briga que tinha começado. Demorei dois segundos pra reconhecer quem era o menino que havia empurrado o outro: era meu irmão, Guilherme, que agora estava levando vários socos do outro garoto.

-- GUILHERME! -- eu gritei, meu coração acelerando, e não pensei duas vezes antes de começar a puxar aquele outro menino de cima dele. -- PARA! SOLTA ELE!

-- Ei, larga o cara!!! -- Eric puxou o garoto que estava por cima com força, tanta que ele foi parar do outro lado do corredor. Ele quis ir pra cima de novo, mas o Eric se pôs na frente. Meu namorado era bem mais alto e mais forte, o rapaz só ficou encarando, mas não fez nada.

-- Meu Deus!!! Gui, você tá bem?! -- eu me ajoelhei ao lado dele no chão. Meus olhos encheram de lágrimas quando vi que ele estava com um corte no canto da boca, sangrando, e um olho roxo. -- Você tá machucado! Deixa eu ver... -- e segurei o rosto dele com as mãos, mas ele bruscamente me empurrou.

-- Sai! Eu tô bem! -- e foi levantando, ajeitando a camisa do uniforme. Sua expressão era de fúria, ele encarava o garoto que Eric segurava. -- Deixa ele vir, Eric! Solta ele!

A Gabi só sabia observar a cena toda de boca aberta, as mãos no rosto. O Eric continha o outro menino. O resto dos rapazes do grupo só gritavam, atiçando mais a briga.

-- Gui, me escuta... Para com isso, você tá sangrando! Precisa ir ao médico -- agora minhas lágrimas já escorriam pelo rosto, eu tava super nervosa. Meu irmão nem me olhava, estava quase espumando.

-- Ei, o que tá acontecendo? -- a voz que tinha se juntado a nós era conhecida. Olhei pro lado e vi a Sara. Olhou pro Guilherme, olhou pro Eric, por fim olhou pra mim. -- Você tá chorando, Rê? O que houve?

-- Isso não é da sua conta! -- dessa vez quem bradou foi o Eric. -- Não é assunto seu!

-- E nem seu! -- eu gritei de volta pra ele. Não bastava a confusão que já tava acontecendo, ele ainda queria instalar outra discutindo com a Sara. A essa altura quase metade do colégio parava pra nos olhar. Me voltei pro que realmente importava: -- Guilherme, você vem agora mesmo comigo!

E saí puxando ele pelo braço, atravessando a multidão de espectadores que tinha se formado. Ele tentou se soltar mas eu não deixei. Pelo canto do olho, vi que Eric, Sara e Gabi vinham atrás de nós.

-- Me larga, Renata! -- Guilherme se soltou quando já estávamos mais afastados. -- Não preciso que ninguém me defenda!

-- Você ficou maluco, garoto?! -- eu disse, numa voz brava, mas baixo pra não chamar mais atenção. -- Tava brigando por quê? Tá todo machucado!

-- Tava apanhando, cara? -- quem soltou essa foi o Eric. Meu irmão se virou pra ele e, se possível, ficou ainda mais irritado.

-- Não estava! -- ele berrou. -- Se vocês não tivessem aparecido, eu teria quebrado a cara dele!

-- Cala a boca, Eric! -- dessa vez não medi o tom de voz. -- Não tá vendo que tá piorando a situação??

-- Eu só tava brincando, calma! Essas brigas de colégio são normais, Renata.

-- Não são não -- a Sara falou, a expressão toda séria.

-- Quem é você pra estar falando alguma coisa? -- Eric, pirraçando de novo. Aquilo tava passando dos limites, ele tava piorando mais do que ajudando.

-- Eric, quer saber de uma? Sai daqui -- eu fechei os olhos e praticamente rosnei pra ele. -- Você não tá ajudando. Vai embora.

Ele arregalou os olhos e me olhou, sem acreditar no que eu tinha dito. Depois estreitou os olhos, deu as costas e saiu pisando firme. A Gabi me olhou rápido e disse:

-- Vou acalmá-lo -- e saiu correndo atrás de um Eric furioso.

-- Olha pra mim, amigão -- eu falei numa voz mansa, outra vez tentando segurar seu rosto para olhar melhor os machucados. Dessa vez ele deixou. Senti um aperto no peito, uma vontade enorme de chorar. Doía muito ver meu irmão ferido desse jeito. E eu sabia que não era só fisicamente. -- O que foi que aconteceu? Por que você tava brigando?

-- O Mateus disse umas coisas que eu não gostei -- ele falou, entredentes. -- Esse cara é muito otário. Eu vou quebrar ele ao meio na saída.

-- Ei, não procura mais confusão! Esquece isso... O que ele te disse pra você ficar tão bravo?

-- Disse que eu era um bastardo, que minha mãe me criava sozinha porque o meu pai saiu de casa por minha causa -- os olhos dele também encheram de lágrimas dizendo isso. Ele tava num misto de raiva e mágoa.

-- Não é verdade! -- eu disse, puxando ele pra um abraço forte. Fiz um carinho em seus cabelos, agora chorávamos juntos. -- Você sabe que não é... Nosso pai te ama, nossa mãe também. Não é verdade, Gui...

Ele se soltou abruptamente do nosso abraço, limpou as lágrimas com o braço e saiu andando. Eu não o impedi. Sabia que ele estava magoado e que conversar com ele não adiantaria nada agora.

-- Calma -- a Sara veio me abraçar. Eu me soltei nos braços dela e afundei meu rosto em seu ombro. Adorava isso de ela ser um pouco mais alta que eu, me sentia segura no seu abraço. -- Vai ficar tudo bem... -- e passava a mão nas minhas costas para me tranquilizar.

-- Vai mesmo? Eu não acho que vá -- confessei, soluçando.

-- Quer que eu converse com ele? -- ela falou baixinho no meu ouvido. Eu me afastei um pouquinho pra olhá-la.

-- Ele não ouve ninguém, Sara. Eu já conversei com ele, minha mãe também, meu pai, até psicóloga ele já frequentou. Não adianta.

-- Acho que ele precisa ser ouvido por alguém que realmente entenda o que ele está passando.

Meu cérebro deu um estalo. Claro. Se o Guilherme estava se sentindo assim porque achava que o nosso pai não o amava e não o queria, se tinha uma pessoa que poderia entendê-lo era ela. Alguém que passou a vida lidando com a ausência do pai.

-- Você faria isso? Acho que vai ser até bom ele ouvir os conselhos vindos de você...

-- Claro, Rê. Converso com o maior prazer. Só deixa ele se acalmar disso tudo.

Olhei pra ela e ela sorriu. Não resisti, sorri também. Ela era linda. De todos os jeitos, de todas as formas. Meu coração ficava mais leve só de estar ao lado dela, era algo que eu não sentia com mais ninguém. Estava me apaixonando pela Sara, e quer saber? Eu tava adorando isso.

Estávamos num canto mais afastado do corredor, ali quase não estava passando ninguém. Ela olhou pros lados, me deu um selinho rápido e depois riu. Meu coração bateu forte com a adrenalina de alguém poder ter passado e visto.

-- Louca! -- eu ri e dei um tapa em seu braço. -- Já pensou se alguém passa e vê?

-- E fica com inveja de mim, por eu estar te beijando? -- ela voltou a me abraçar e sussurrou no meu ouvido: -- Pena que não posso fazer mais que isso... Tô com saudade do seu beijo gostoso...

Me arrepiei inteirinha ouvindo aquilo. Um fogo subiu com força dentro de mim. Naquela tarde na minha casa não tinha rolado nada de fato, só uns beijinhos, umas provocações, mas nada demais. Eu até tentei, mas ela evitava a todo custo.

-- Tá? Acho que podemos dar um jeito nisso mais tarde -- eu falei baixinho, mordendo o lábio. Ela levantou uma sobrancelha.

-- Podemos? Posso saber como?

-- Você indo lá pra casa de novo -- sugeri, dando outro selinho rápido nela. Nós éramos malucas, alguém realmente poderia passar e ver aquilo.

-- Hummm... E se você fosse lá pra minha casa dessa vez? Se eu for pra sua de novo, o Eric vai desconfiar -- ela disse, num tom meio triste, e eu tive de concordar. Sempre que tocávamos no nome dele o clima ficava tenso. Mas né, tinha motivo. -- Ele tem treino de futebol de novo hoje à tarde.

-- Ótimo! -- eu confirmei, não escondendo o sorrisão e a cara de alegria.

Saímos juntas pelo corredor, já estávamos atrasadas para a aula. Eu sabia que tinha que procurar o Eric mais tarde para conversar, mas internamente eu não queria nem um pouco. Sabia que iríamos discutir e eu não tava a fim. Só queria passar mais tempo sob o efeito da anestesia daquela mulher maravilhosa.

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Eric: "Amor, tá aí?"
Eric: "Rê, me desculpa. Preciso conversar com você."
Eric: "Me responde quando puder, eu sei que vc tá recebendo as mensagens."
Eric: "Não fica chateada comigo, eu realmente tô mal. Quero te ver. Posso passar na sua casa mais tarde?"

Eu estava em casa, jogada no sofá, com o celular na mão. Olhava as mensagens que o Eric me mandava, mas não tinha coragem de responder. Estava com um sentimento estranho dentro de mim. Nosso namoro não era mais a mesma coisa. Nós não passávamos mais tanto tempo conversando, como antigamente fazíamos, e eu também não sentia mais aquela necessidade de passar o tempo todo com ele, como já senti um dia. Me sentia muito mal quando constatava isso. Eu sabia que isso era por causa da chegada da Sara nas nossas vidas. Claro, nossas briguinhas nós sempre tivemos, como qualquer casal, e costumávamos passar por elas numa boa, sem nos abalar. Ou melhor, EU sempre tentava fazer isso, já que nas nossas discussões era sempre eu quem perdoava primeiro, eu quem buscava pra conversar primeiro. Em outra época, eu teria ido logo atrás dele depois da confusão com o Guilherme, embora soubesse que não deveria. Pediria desculpas por algo que não fiz, ele desculparia e ficaríamos bem. Mas conhecer a Sara e sentir tudo o que eu sentia por ela começou a empurrar o que eu sentia pelo Eric lá pro fundo, pra um cantinho escondido onde não tinha tanta importância. E o pior de tudo? Eu não estava tão aflita com isso como deveria estar.

Renata: "Não precisa vir aqui, eu passo aí. Eu e a Sara ainda não terminamos o trabalho, e já é pra amanhã. Vou pra aí daqui a pouco."

Não demorou um minuto e ele respondeu.

Eric: "Mas hoje eu tenho treino do futebol, só vou chegar à noite. Você me espera pra gente conversar?"
Renata: "Tá, eu espero sim."

Não queria, mas fazer o quê. Ele pelo menos não implicou com nada dessa vez, tava mesmo tentando fazer as pazes. Em outra conversa, com a loira...

Renata: "Já posso ir? Hein, hein?"
Sara: "Por que a demora? Já era pra estar aqui!"

Abri um sorriso enorme e fui logo me vestir. Pedi pra minha mãe me deixar na casa dela antes de voltar para o trabalho. A cada nova oportunidade que eu tinha de ficar a sós com ela, eu imaginava as coisas que poderíamos fazer. Eu queria muito, MUITO, m u i t o dar um próximo passo, mas ao mesmo tempo tinha medo. Ficava nervosa. Ela era a primeira garota em tudo na minha vida: que eu tinha me atraído, que eu tinha beijado, que eu tinha gostado. Mas bastava um toquezinho pra eu querer arrancar minha roupa inteira e me entregar pra ela. Naquele dia na minha casa eu senti que ela queria também, mas se segurava. Acho que por causa da situação toda, que era complicada.

-- Oooi! -- eu cumprimentei quando ela abriu a porta pra mim. Olhei em volta, ninguém na sala, na cozinha, nem na escada. Ninguém podia nos ver. Aproveitei e dei um beijinho rápido nela. Ela arregalou os olhos e me encarou, assustada.

-- Ai meu Deus! Tem alguém em casa? -- fiquei tonta com o susto que levei também. Não tinha visto ninguém! Por que ela se assustou desse jeito?

-- Não, não tem ninguém não -- ela confessou e começou a rir. Eu a empurrei de leve, irritada.

-- Não teve graça! -- mas comecei a rir também. -- O Eric já saiu?

-- Saiu pouco antes de você chegar. Vocês conversaram?

-- Ainda não, só à noite, quando ele chegar. Estamos sozinhas mesmo?

-- Estamos, a Alison tá no cursinho. Os pais dela estão trabalhando.

-- Você nunca vai chamar seu pai de pai, não? -- eu perguntei, ela ficou séria. Me arrependi de ter aberto a boca.

-- Não dá pra chamar de pai da noite pro dia um cara que você acabou de conhecer, né? -- ela não pareceu ter ficado chateada. -- Não me sinto à vontade.

-- Eu imagino. Desculpa pela pergunta.

-- Ah, cala a boca, vai -- ela sorriu e me puxou pra ela, íamos andando até a escada.

-- Vem me calar -- provoquei, e ela colou os lábios nos meus. Delíciiiiiiia de beijo, queria passar o resto da vida beijando ela.

Subimos os degraus aos amassos. Quando chegamos no andar de cima, puxei logo ela pro quarto. Ela soltou uma risadinha super sexy.

-- Alguém já disse que você tem muito fogo? -- ela colou a boca na minha orelha pra dizer isso. Tremi e arrepiei.

-- Primeira vez que dizem -- eu respondi, arranhando seu pescoço de leve. Ela colava meu corpo no seu apertando minha cintura com uma pegada sensacional. -- Quer apagar?

Sara olhou nos meus olhos, a pupila dilatando. Me levou até perto da cama e depois me empurrou no colchão. Sorri do jeito mais safado que pude. Ela deitou seu corpo sobre o meu e voltamos a nos beijar. Sentia sua pele quente, não tenho palavras pra dizer o quanto era bom sentir aquela menina gostosa em cima de mim. Já estava ficando molhada. Ela desceu os beijos para meu queixo, depois foi para o pescoço, começou a dar umas chupadinhas. Eu gemia baixo, desci as mãos e apertei a bunda dela. Epa, que é isso aqui?

-- Tá vibrando... -- eu disse numa voz entrecortada entre gemidos.

-- Tá sim... -- ela disse, a boca abafada no meu pescoço. Acho que não entendeu o que eu quis dizer.

-- O seu celular, Sara. Tá vibrando no bolso.

Ela resmungou, se afastou e tirou o aparelho do short. Olhou por alguns segundos pra tela e depois simplesmente começou a gargalhar.

-- O que é que tá tão engraçado? -- eu perguntei, tentando me manter calma, mas tava puta porque tinham interrompido nossa pegação. E agora ela tava rindo.

Então ela virou o celular pra mim e me mostrou. Uma conversa no whatsapp estava aberta. Li atentamente.

Amanda: "Oi, Sara, e aí? Tá, não sei como dizer isso sem parecer estranho kkkk Então lá vai: tava pensando se você não estaria livre nesse fim de semana, pra gente sei lá, sair alguma hora. Pra qualquer lugar, você escolhe. Só me responde e diz se tá ou não. Beijo!"

A safada começou a rir ainda mais da minha cara de cu lendo aquilo. Quer dizer que a Amanda tava chamando ela pra sair e ela tava toda sorridente? Que legal.

-- Muito bom -- eu resmunguei, irônica, não consegui disfarçar o ciúme. Tentei empurrar pra ela sair de cima de mim e eu levantar da cama, mas ela empurrou mais o corpo pra baixo.

-- Ficou com ciúmes? -- ela provocou, bloqueando o celular e jogando pra um lado da cama.

-- Não -- não ia dar o braço a torcer. Tentei me levantar de novo, ela me empurrou de vez na cama.

-- Ficou sim -- se aproximou e começou a roçar o nariz pelo meu rosto, minha boca, meu queixo. Aquele toquezinho de leve estava me arrepiando. Suspirei, não conseguia resistir muito tempo a ela. -- Não precisa ter... Quer saber o que você vai ter que a Amanda não vai?

-- O que? -- perguntei, mas era mais um gemido.

Ela não respondeu, voltou a me beijar. Beijo intenso, com mordida, com chupões. Escorregou de novo a boca pelo meu pescoço, deu mais beijos e lambidinhas, desceu para o meu colo. Eu me contorcia embaixo dela, não me controlava. Abracei sua cintura com minhas pernas. Sara levantou minha blusa sem tirá-la completamente e minha barriga ficou à mostra. Encostou os lábios num beijinho suave e eu arqueei minhas costas. Ela continuou beijando, subindo a boca e minha blusa junto. Estava quase nos meus seios, eu só queria que ela arrancasse minha roupa toda logo. O celular dela começou a vibrar de novo na cama. Merda, Amanda, vai procurar o que fazer, vai. Sara não parava com a boca e nem eu com os gemidos. Mas o celular dela também não parava.

-- Que inferno -- eu resmunguei, de olhos fechados, e senti ela sair de cima de mim. Tem gente que não transa nessa vida, aí fica empatando a foda dos outros.

Ela pegou o celular e olhou pro número que chamava. Seu rosto dessa vez ficou tenso. Vi ela rejeitar a ligação e colocar o aparelho de lado. Não continuou o que estava fazendo, só me deu um beijo rápido e levantou da cama. O QUÊ? Que que tá acontecendo?

-- O que houve? -- perguntei, agora preocupada, porque ela simplesmente tinha parado tudo e agora parecia nervosa. -- Quem era?

-- Ninguém importante -- ela disse, mas seu tom de voz me deixou ainda mais preocupada. -- Rê, eu tinha esquecido que tinha marcado um compromisso importante hoje. Desculpa, de verdade... Vou ter que sair. Quer que eu te leve em casa?

-- Hã? -- fiquei verdadeiramente confusa. -- Aconteceu alguma coisa?

-- Não -- ela nem me olhava direito. -- Só esqueci mesmo, tô com a cabeça voando. Vamos? Prometo que te compenso depois.

Lancei um olhar estreito enquanto ela pegava a bolsa e se dirigia à porta. Essa loira está definitivamente escondendo alguma coisa.
 


Notas Finais


Gente, desde já tenho que pedir desculpas pq não sei se vou conseguir postar todos os dias essa semana. Faculdade e estágio tão me consumindo, to sem tempo nem pra me coçar. Mas vou tentar manter td atualizadinho. Valeuuu!


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