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História Are you my clarity? - Au revoir


Escrita por: itsmejubs

Notas do Autor


O atraso na postagem vcs já sabem, né? To sendo consumida pela rotina! Mas tá aí, mais um <3

Capítulo 19 - Au revoir


Não tem nada no mundo que faça passar esse mau humor que eu tô esses dias. Parece que quando as coisas têm de dar errado, elas não vêm aos pouquinhos, a desgraça acontece toda de vez. Sua vida vira de cabeça pra baixo e você não faz a mínima ideia de como resolver. Já passaram por isso?

-- Amiga, tenho planos pra gente essa semana -- Gabriela sentou ao meu lado na mesa do pátio. Estávamos no intervalo, dessa vez eu tava sentada sozinha lanchando. Não encontrei o resto do pessoal porque não tava a fim de socializar naquele dia.

-- Ai, Gabi, não tô muito a fim -- suspirei. -- Tô bem desanimada esses dias.

-- É, eu ando percebendo -- ela passou a mão pelos meus cabelos, olhando pra mim. Eu tava de cabeça baixa. -- É por causa do seu namoro com o Eric, né?

-- É... É tudo -- tudo mesmo. Eu não tinha terminado com o Eric, mas era só questão de tempo. Depois daquela confusão toda eu estava no meu limite, não queria mais nem falar com ele direito. Não só pelo que ele fez, mas porque estava tudo acumulado. Eu e ele. Meu irmão aprontando mais do que nunca. Mas o maior motivo de todos era uma certa loira que já fazia quatro dias que eu não via. Quatro. Dias. -- Estresse acumulado, sei lá. Mas tô bem, vai passar.

-- Sabe que tô aqui pro que precisar, né? -- minha amiga passou o braço pelos meus ombros. -- Sério, pode desabafar, me procurar se quiser uma companhia...

-- Eu sei, Gabi -- sorri pra ela. -- Você é ótima, obrigada.

-- Eu sei que sou -- ela disse, jogando o cabelo pro lado. Eu ri e revirei os olhos. -- Ei, ia te perguntar uma coisa e acabei esquecendo. Cadê a Sara, hein? Faz um tempão que ela não vem pro colégio.

As borboletas no meu estômago se agitaram. Perdi até a fome do lanche que estava comendo.

-- Sei lá -- tentei parecer desinteressada. -- Tentei falar com ela depois da briga com o Eric, mas ela não responde as mensagens, não atende ligação. Perguntei pro Eric mas ele simplesmente não fala dela. Não responde quando eu pergunto.

-- Quer que eu tente perguntar? Às vezes é porque vocês estão brigados...

-- Não, Gabi, deixa pra lá. Esse menino é maluco, vai que ele se estressa de novo. Depois eu que vou ter que aturar.

Não fazia mais questão nenhuma de esconder o quão desapontada eu estava com meu namorado. Todo mundo percebia e ele também. Já tinha me pedido inúmeras desculpas, me mandado flores, até chocolate. Típico. Sempre que brigávamos ele tentava resolver depois, me dando um monte de presentes. Mas chega uma hora que só isso não basta.

Depois que o intervalo acabou, eu e Gabi fomos andando pelo corredor em direção às nossas salas. Eu ficava encucada com o porquê da Sara ter faltado todos esses dias. O fim de semana estava chegando e nada dessa menina dar sinal de vida. Não deveria ser nada grave, porque senão eu já teria ficado sabendo, mesmo o Eric não me contando. Não fui mais na casa dele esses dias, então não tive como encontrá-la pessoalmente. Whatsapp sem chances, ela nem chegava a visualizar, apesar de receber as mensagens. Será que estava doente? Matando aula por preguiça? Eu já estava enlouquecendo, pensando em bater lá só pra saber o que tava acontecendo. Tô nem aí se ela não quer falar comigo. Eu tô louca pra falar com ela.

-- Bazar beneficente? -- Gabriela me arrancou das minhas preocupações, parando em frente a um cartaz preso num mural do corredor. -- Que legal! Parece que eles abriram pra gente doar algo que não queria mais pra eles venderem e levantarem dinheiro pra caridade. Finalmente esse colégio fazendo algo que preste.

-- É, bem legal mesmo -- comentei, sem nem olhar pro cartaz.

De repente, meu olhar pensou ter captado um vulto conhecido passando ao longe. Estava saindo da sala da coordenação, no fim do corredor, e ia seguindo pelo pátio até o portão do colégio. Era ela??? Olhei melhor. A mulher não usava uniforme, não deveria ser ela. Opa, deixou algum papel que estava no bolso cair no chão. Um menino a chamou e devolveu. Quando ela virou e sorriu, agradecendo, meu coração parou. Sorriso mais lindo do universo. ERA ELA!

Saí correndo enquanto ouvia Gabi chamar meu nome, sem entender esse surto. Corri até chegar bem perto dela, ela já estava quase saindo pelo portão. Puxei seu braço com força e a fiz virar pra mim.

-- Sara! -- falei, ofegante. Ai, gente. Era ela mesma. Linda como sempre! Meu coração acelerou.

-- Oi, Rê -- ela cumprimentou de volta, sem muita emoção no rosto. Nem sequer sorriu.

-- O que aconteceu? Por que você não tá vindo pra aula? -- desci o olhar pelo seu corpo, que corpo lindo, meu Deus. Mas ela não usava a blusa do uniforme. -- Tá fazendo o que aqui sem farda?

Ela não respondeu, só ficou me olhando por alguns segundos. Os azuis dela no castanho dos meus. Que saudade de olhar naqueles olhos...

-- É, eu vim entregar um atestado -- ela respondeu por fim. 

-- Atestado de quê? Tá doente? -- não parecia estar, só aparentava estar um pouco cansada.

-- Não, eu tô bem -- ela soltou o braço que minha mão ainda segurava. -- Tô atrasada, Rê, preciso passar em outro lugar ainda. A gente se vê.

-- Não! -- eu exclamei alto, algumas pessoas me olharam. Segurei seu braço de novo e comecei a puxá-la em direção ao banheiro. Único lugar onde teria privacidade pra falar com ela. Ela não relutou, só me deixou arrastá-la pelo braço até lá. 

Pra minha sorte, estava vazio. Empurrei ela lá dentro e fui logo questionando:

-- Sara, olha pra mim, sério! O que é que tá acontecendo? Por que você tá fugindo assim de mim?

-- Fugindo? Não estou fugindo -- ela olhava pra baixo. -- É que eu realmente estive ocupada esses dias. Eu juro.

-- Tão ocupada que não teve um minuto pra responder minhas mensagens, pelo menos? Me dizer se tava bem? Eu tava preocupada com você! -- já tava ficando agitada. Olhei pra aquele rostinho lindo, parecia meio triste. Queria beijá-la, abraçá-la, matar minha saudade que já tava ficando insuportável.

-- Eu sei. Desculpa, Rê.

-- Para de me pedir desculpas! -- não aguentei, aproveitei que o banheiro estava vazio e me aproximei dela. Percebi seu corpo ficando tenso. -- Deixa pra lá... Eu tava morrendo de saudades de você, sabia?

Falei isso baixinho e encostei de leve meus lábios nos seus. Ela não reagiu, não correspondeu, não sorriu. Que porra é essa? Insisti. Coloquei as mãos em sua cintura e beijei de novo, dessa vez pedi passagem com a língua mas ela não cedeu de jeito nenhum. Nem sequer me beijou de volta. 

-- O que foi, hein? Me dá um beijo, eu tava ficando louca sem te beijar -- sussurrei perto de seu ouvido, ela estremeceu. Tá querendo mas tá se prendendo. Por que isso agora?

-- Rê, não... -- ela falou, numa voz rouca, foi quase um gemido. Isso me atiçou.

-- Eu sei que você quer -- tentei beijá-la outra vez. Dessa vez ela correspondeu. Começamos a nos beijar, que delícia, que saudade. Mordi seu lábio inferior, ela suspirou. Fui aumentando o ritmo mas do nada, como se tivesse saído de um transe, ela me empurrou pra longe.

-- Ai! -- eu reclamei. Quando tava ficando bom ela para??? -- O que foi? Não me diga que você não quer, Sara. 

-- Não quero -- ela respondeu, mas não me olhava. 

-- Eu não acredito -- estreitei os olhos pra ela. -- Seu corpo reage quando eu chego perto, como você me diz que não quer?

-- Eu não te quero mais, Renata. Não vou mais continuar com você.

Ok, essa doeu. Doeu bastante, bem no coração. Não esperava ouvir isso. Eu sabia que ela estava chateada, sem querer me ver, mas daí a dizer que não me queria mais? Machucou ouvir isso, porque eu a queria mais que tudo.

-- O que tá acontecendo, Sara? Eu fiz alguma coisa? Por que você não quer mais? -- minha voz falhou, senti um nó na garganta. Não, não vou chorar, não posso chorar. Respira.

-- Porque não quero -- sua voz era firme, mas ela não me olhava nos olhos. Logo ela, que era uma pessoa essencialmente de olhares. -- Você é namorada do Eric, Renata, eu não sou sua amante ou algo assim. A gente não pode ficar se agarrando escondida pra sempre. Desculpa, não vai mais rolar.

Meu estômago embrulhou. Impossível segurar mais o nó na garganta, deixei que algumas lágrimas escorressem. Fiquei sem reação porque ela estava certa, mas eu queria prová-la do contrário. Queria que ela não tivesse um argumento tão forte pra dar. 

-- Eu vou terminar com ele! -- eu disse, nervosa, chorando. -- Eu vou terminar com o Eric. A gente não tá se dando mais... Eu tô apaixonada por você, Sara. Eu só penso em você, só quero ficar com você...

Tentei me aproximar de novo mas ela segurou meus ombros. Dessa vez olhou nos meus olhos:

-- E você terminaria pra ficar comigo? Abandonaria mesmo sua vida perfeita pra me assumir? 


Fiquei em silêncio outra vez. Cheguei a abrir a boca pra falar, mas hesitei na hora. Diria que sim? O jeito que ela fez a pergunta fazia parecer que eu teria de enfrentar muita coisa pra isso. E era verdade. Eu magoaria fortemente uma pessoa que, embora eu não fosse mais apaixonada, ainda tinha respeito e é meu amigo há muito tempo. E meus amigos, aceitariam isso? Me julgariam pela traição? Por eu estar com uma mulher? E a minha família, aceitaria? Titubeei na resposta porque simplesmente não sabia se queria ou não assumi-la. Não sabia se tinha essa coragem toda.

-- É disso que eu tô falando -- ela entendeu meu silêncio como um "não". Soltou meus ombros e foi saindo do banheiro. 

Fiquei lá sozinha. Parada, em pé, chorando muito, soluçando. Me senti fraca, burra, estúpida, deixei a pessoa por quem eu era louca sair por aquela porta achando que eu só a queria por diversão. Disse que ela não era minha amante. Doeu muito ouvir isso! Me senti péssima, me senti a pior pessoa do mundo. Queria gritar que ela era a pessoa mais incrível, mais interessante e mais linda que eu já conheci. O que eu sentia com ela era diferente, e isso independia de ser homem ou mulher. Era ela. Sara Fernandes. Me dei conta do quanto sou idiota de desperdiçar isso.

Saí rápido do banheiro, secando as lágrimas com as mãos, olhei em volta mas ela não estava mais à vista. Parecia que tinha uma pata de elefante em cima de mim, de tanto que o meu peito doía. Pro meu azar, quem estava passando na hora? Eric.

-- Rê? -- ele arregalou os olhos quando me viu com o rosto inchado. -- Tá chorando? Aconteceu alguma coisa?

-- Não -- eu disse, engasgada, me esquivando de um abraço que ele tentou me dar. -- Eu tô bem. Desculpa, preciso ir pra aula.

Saí e deixei ele ali, totalmente perplexo me olhando, e voltei pra sala.

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Noite de sexta-feira. Melhor dia da semana, dia de sair, encher a cara e se divertir, certo? Errado. Primeiro, estou sem clima pra isso. Segundo, estava passando minha noite no colégio. Era o dia do tal bazar beneficente, onde estavam sendo vendidos alguns objetos que tinham sidos doados pelos pais e alunos. Se estivesse em bom estado e você não precisasse mais, era um ótimo candidato a estar ali pra ser comprado por quem quisesse. Os preços eram baratos, os objetos eram de boa qualidade. Estava bombando. Eu só tinha ido porque os pais também tinham sido convidados, e minha mãe insistiu para irmos. Mas acabou encontrando a mãe do Eric por lá, as duas se uniram depois de alguns gritinhos de cumprimento e saíram juntas em direção à parte das roupas. Eu e Eric ficamos sozinhos, perambulando pelas mesas e barracas. Eu quase não falava, era ele quem puxava assunto a maior parte do tempo.

-- Olha. Isso. Aqui! -- ele exclamou, parando em frente a uma mesa que vendia artigos esportivos. Pegou uma bola de futebol que estava ali, tão velha que já estava amarela, com a costura soltando. -- Meu Deus!!! É autografada pelo Garrincha?! 

-- É sim -- o rapaz que estava por trás do balcão, fazendo as vendas, falou. -- Essa é um pouquinho mais cara, tá custando cinquenta reais. Mas é uma relíquia.

Eric quase babava em cima da bola. Os olhos dele brilhavam. Eu estava sem ânimo nenhum pra estar ali, tava achando tudo uma chatice. Não vi mais a Sara depois da nossa discussão no banheiro. Era inútil tentar entrar em contato com ela. Queria reparar nossa relação mas não sabia como. Era complexo, queria que fosse mais fácil pra nós duas... Eu sabia que a estava magoando também, agindo desse jeito. Ela estava certa em terminar comigo, a egoísta era eu. Mas me doía. Essa rejeição doía pra caralho, eu realmente tava apaixonada por ela. Ela nunca disse nada, mas eu imaginava que também gostava de mim. Queria estar nos braços dela agora, não nesse bazar chato com um monte de gente chata. Eu mesma havia doado algumas coisas minhas que não usava mais, e acabei vendo uma mulher passar por mim usando uma jaqueta que era minha há anos. É estranho isso.

Enquanto o Eric engatava com o cara das vendas um papo sobre futebol, que eu não entendia absolutamente nada, aproveitei pra passar o olho pelo resto das mesas. Tinha uma com objetos de cozinha, outra com móveis, outra com chapéus... Me detive em uma que fazia exposição de artesanatos. Muito bem feitos. Alguns jarros de cerâmica, alguns crochês... Quadros... Meu coração quis sair pela boca quando notei um em especial.

Um imenso jardim verdejante com algumas flores coloridas, uma casinha de madeira pintada ao fundo. Eu conhecia esse quadro. Minhas mãos suaram. A Sara havia doado isso? Ela estava ali??? Já havia rodado todo o pátio desse colégio e não a tinha visto. Olhei em volta, ansiosa, mas não vi ninguém. Eric finalmente decidiu comprar a bola e se aproximou de mim. Olhou pro quadro em minhas mãos e fez uma careta.

-- Isso é da Sara, não é? -- eu perguntei, embora a cara dele já dissesse tudo.

-- Não sei, deve ser -- seco. -- Ou então alguém pintou muito parecido.

-- Não, é dela mesmo -- afirmei, não me importando com o mau humor repentino dele. -- Achei que esse quadro tinha significado pra ela. Por que doaria pra outra pessoa comprar?

-- Boa ação do dia -- ele disse, irônico. -- Talvez não quisesse mais, sei lá. Bota isso aí de volta, vamos olhar mais coisas.

-- Eu quero comprar -- eu disse, num impulso. Eric bufou. Eu chamei a moça que estava vendendo ali e falei: -- Quanto tá esse aqui?

-- Esse tá vinte reais. Muito bem feito, né?

-- Lindo! Você sabe me dizer quem foi que doou?

-- Não, infelizmente eu só faço as vendas. Queria que a pessoa doasse mais pinturas, ela realmente tem talento.

-- Vou levar -- tirei minha carteira da bolsa, peguei uma nota de vinte e dei à mulher.

-- Não acredito que você comprou isso -- Eric reclamou quando nos afastamos. -- Joga essa porcaria fora.

-- Eric, não fala assim -- repreendi, irritada. -- Eu vou dar de volta pra Sara. Ela deve ter doado pra ajudar o bazar, mas esse quadro tem história pra ela. Vou devolver pra dona, a caridade já foi feita.

-- Caridade? -- Eric riu, totalmente sarcástico. -- Deve ter sido mesmo. Típico dela querer pagar de boazinha.

-- Cala a boca! -- eu falei, sem me controlar. -- Eric, que coisa horrível! A Sara não se faz de boazinha, ela não precisa provar nada pra ninguém. Ao contrário de certas pessoas...

Falei pra atingi-lo mesmo. Mas queria encerrar essa discussão, porque não tava a fim, tava irritada e falaria besteira. E estávamos ali no meio do bazar, discutindo baixo mas a qualquer momento poderia virar um escândalo.

-- Como é que é? Você tá me comparando àquela... -- eu olhei bem pra ele, furiosa, só esperando pra ver o que ia falar dela. Não pensaria duas vezes em dar um tapa na cara dele, se ele a xingasse. -- Não sou igual a ela.

-- E nunca será -- devolvi. -- Queria você ser uma pessoa igual a ela. Passar pelo que ela passou e continuar com o coração bom, com a alma boa.

-- Eu não entendo como é que você pode defender tanto essa garota -- ele disse isso e pegou o quadro da minha mão. Olhou pra pintura, fez uma expressão de nojo.

-- Devolve, Eric -- eu rosnei, tentando pegar o quadro de volta. Ele esticou o braço pro alto pra eu não alcançar.

-- Isso aqui vai voltar sim pra onde veio... -- falou, num tom sinistro. -- ...o lixo.

E então, pra minha completa surpresa, ele segurou com as duas mãos e quebrou com tudo o quadro. Bateu contra a coxa com força, a moldura se partiu em duas, a tela de tecido rasgou no meio. O barulho foi tão alto que as pessoas ao redor se voltaram pra ver, assustadas. Eu fiquei boquiaberta, os olhos arregalados. Senti meu sangue subir pro rosto, agora eu tinha virado um monstro.

-- SEU IDIOTA! -- eu empurrei ele com força, ele chegou a se desequilibrar. -- POR QUE FEZ ISSO??? 

Comecei a bater nele nos lugares onde podia. Braço, peito, ombro. Ele tentava se defender, se esquivar, mas eu estava possessa.

-- VAI SE FUDER, ERIC! -- gritei mesmo, tava vendo a hora de minha mãe aparecer e me puxar dali pela orelha, por eu estar fazendo esse barraco. -- NUNCA MAIS, TÁ ME OUVINDO? NUNCA MAIS VOCÊ VAI ENCOSTAR EM MIM. Acabou! A gente terminou, Eric!

Tava entalado isso na minha garganta. Que bom poder finalmente botar pra fora! Peguei o que tinha sobrado do quadro do chão, ele tinha destruído o desenho. Mesmo que consertasse não ficaria igual, se é que tinha conserto. Eu tremia de raiva enquanto dava as costas e saía andando rápido, pisando firme no chão. Queria chorar mas era de raiva. 

-- Tudo isso por causa daquela loira nojenta?! -- ele teve a coragem de vir atrás de mim, desaforado. Continuei andando e ele latindo atrás de mim, me seguindo. -- Não acredito nisso. Tá fazendo isso por uma pessoa que nem é tão sua amiguinha assim, né? Ela nem te contou que vocês não vão mais se ver, bela amizade.

O quê? Parei de andar bruscamente e me virei pra ele. Que papo é esse?

-- Você tá falando de quê, Eric? -- perguntei entredentes. Coração na boca, tremendo, nervosa de raiva e ansiedade.

-- Pelo visto ela nem ia se despedir, né? Eu nem ia te contar, mas... -- ele sorriu, cínico.

-- Se despedir por que, Eric? -- me aproximei dele e empurrei outra vez. -- Fala logo!

-- Porque ela vai se mudar, Renata. A Sara vai embora!


Notas Finais


Eitaaaaaaaaa


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