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História Are you my clarity? - Surpresa


Escrita por: itsmejubs

Notas do Autor


Postando cedo no final de semana pra ir adiantando essa parte da história kkkkk Geralmente não atualizo assim tão rápido sempre. Rezando aqui pra vocês gostarem!

Capítulo 2 - Surpresa


Mais uma vez minha mãe e meu irmão discutiam no carro sobre alguma coisa que eu não prestava muita atenção porque estava quase babando de tanto sono. Dessa vez, parece que minha mãe ligou para a mãe do tal Pedro e ela disse que o Guilherme não apareceu na casa dele quando disse que estaria lá jogando videogame. Às vezes eu realmente me preocupo com meu irmão, depois eu vou conversar com ele sobre essa saída estranha. Geralmente nossa conversa é mais tranquila, ele me conta as coisas muito mais do que para minha mãe. Mas não conversaria com ele hoje. Hoje eu estava preocupada com o Eric. Depois que nos falamos na escola ontem, ele não me ligou e nem retornou as minhas mensagens. A última vez que ficou online no whatsapp foi às duas da tarde de ontem, depois disso nem sinal de vida. O que será que tinha acontecido?

 

Procurei por ele nos corredores e não o encontrei. Não estava encostado no meu armário, me esperando, como habitualmente fazia. Aquilo já estava me deixando paranoica. Peguei o celular e enviei outra mensagem pra ele:

 

"Cadê você, amor? Não deu sinal de vida ainda. Tô preocupada de verdade, fala comigo quando puder."

 

Pensei em mandar uma mensagem para Alison também, mas eu não sabia o que tinha acontecido e não queria incomodá-la também. Alison é a irmã mais velha de Eric. Eles são muito parecidos fisicamente, já que em personalidade são pessoas bem distintas. A Alison é uma pessoa bem na dela, bem tranquila, diria que até meio misteriosa. Nós nunca tivemos muita proximidade, apesar de ela ser minha cunhada e eu praticamente viver na casa do Eric.

 

-- Bom dia, amiga linda! -- a cada segundo que passa e o fim de semana se aproxima Gabriela parece que fica mais animada. -- Eita, que cara é essa?

 

-- Bom dia, Gabi... Tô preocupada com o Eric! Você viu ele por aí hoje?

 

-- Não, Rê, ainda não vi... Acho que ele ainda não chegou. Vocês brigaram?

 

-- Nós não, mas os pais dele sim. Ele tava preocupado com isso, mas não me deu notícias ontem.

 

-- Estranho. -- ela respondeu, meio distraída. -- Já já ele deve aparecer. Não deve ter acontecido nada demais.

 

-- É, eu espero -- suspirei enquanto pegava meus livros no armário e a acompanhava até a sala.

 

Os primeiros horários passaram e nada do Eric dar sinal de vida. Agora é oficial, eu tô surtando. Ainda não vi ele hoje e ninguém sabe onde ele tá. Quando sinal tocou para o intervalo, eu voei para fora da sala na esperança de vê-lo por aí. Meu coração quase sai do peito quando eu o vi sentado na arquibancada da quadra, a mochila nas costas e a cabeça baixa. Estava olhando para o celular que estava na mão, parecia estar digitando algo. Eu corri e me aproximei dele.

 

-- Graças a Deus você apareceu! -- eu disse, ofegante, num misto de raiva e preocupação. -- Você tá bem? Aconteceu alguma coisa?

 

Ele me olhou com o cenho franzido. Tava com uma cara péssima, parecia que não tinha nem dormido direito. Eu me sentei ao lado dele e segurei sua mão.

 

-- Desculpa, amor, só vi sua mensagem agora. Já estava respondendo, mas você apareceu antes. -- ele disse num tom meio triste. -- Depois da conversa que tivemos lá em casa eu queria ficar um pouco sozinho. Pensar na vida.

 

-- Tudo bem, amor, não tem problema. -- eu fiz um carinho em sua mão. -- Quer me contar o que aconteceu?

 

-- Se eu contar, você não vai nem acreditar. Nem eu acreditei quando soube. -- ele respirou fundo, parece que tava procurando coragem. Eu esperei, olhando para ele ansiosamente. -- Quando eu cheguei em casa, meus pais já tinham parado de brigar mas o clima estava muito tenso. Segundo a Alison, eles passaram a manhã toda brigando e depois saíram juntos e só voltaram na hora do almoço.

 

Ele olhou em volta, para as pessoas na quadra, parecia absorto. Eu estimulei:

 

-- E aí? Vocês conversaram?

 

-- Sim, depois do almoço eles chamaram eu e Alison para conversar. Rê, você não tem ideia do que eles me contaram.

 

-- Ai, Eric, você tá me deixando mais nervosa ainda! O que você descobriu?

 

-- Eu tenho outra irmã! -- ele cuspiu a frase, balançando a cabeça e fechando os olhos. Sorriu, mas acho que era de desespero mesmo.

 

-- O quê? -- eu ainda não tinha processado a informação direito. -- Como assim outra irmã? Filha... Dos seus pais?

 

-- Na verdade é uma meia irmã. Ela é filha só do meu pai. Mas não deixa de ser bizarro.

 

-- Mas como...? E por que você só soube agora? Ai meu Deus! O seu pai.. Sua mãe...? -- um milhão de dúvidas surgiram na minha mente. Se eu estava assim, imagina a cabeça do Eric como não devia estar?

 

-- Não, meu pai não traiu a minha mãe. Pelo menos assim ele diz. Eu só soube agora porque nem ele sabia que tinha uma filha. Mas o pior você ainda nem sabe.

 

-- Não imagino nada mais chocante que isso -- eu disse, sincera.

 

-- Ela vai vir morar com a gente!

 

Eu olhei para o Eric de olhos arregalados e a boca aberta. Gente, como assim? Muita informação pra um dia só.

 

-- Amor, por favor, resume a história toda pra eu entender -- eu pedi, realmente tava difícil criar a situação na minha mente.

 

-- Assim -- ele suspirou e começou a contar: -- Meu pai contou que antes de casar com a minha mãe, ele namorava uma moça da cidade dele, lá no Rio Grande do Sul. Essa moça acabou engravidando. Ela contou pro meu pai, ele decidiu que iria casar com ela. Ele já era formado, trabalhava, mas ela não tinha emprego ainda. Meu pai não via problema na situação, mas a mãe dele, minha avó, não via com bons olhos essa relação deles. Ela não gostava da mulher, achava que ela não era boa o suficiente para o meu pai, e se eles casassem e tivessem o filho seria o fim. Então a minha avó pagou para essa moça sumir da vida do meu pai. Deu uma boa quantia para ela sair da cidade e ir criar o filho em outro lugar, ou abortar, ou o que porra ela quisesse fazer.

 

Eu abria minha boca ainda mais a cada frase que Eric dizia. Prestava atenção compenetradamente. Ele continuou:

 

-- Então ela sumiu. Meu pai não teve notícia dela por meses, ela realmente meteu o pé da cidade, a família também não sabia ou não quis dizer o paradeiro dela. Ele tentou contato com ela de todo jeito. Aí um ano se passou, ele conheceu a minha mãe e ficaram juntos. Ele também não sabia que ela tinha decidido ter o filho, até que a avó dessa mulher apareceu para conversar com a mãe do meu pai.

 

-- Como sua avó teve coragem de pagar, assim, para uma pessoa simplesmente desaparecer com o filho? -- eu estava chocada.

 

-- Pois é, eu também não entendo... Isso só complicou mais a vida do meu pai. Enfim, minha avó não quis contar para o meu pai sobre a conversa que teve com a avó da moça, mas o meu avô descobriu e ele mesmo ligou para o meu pai ontem. Contou a história toda. A ex namorada do meu pai, que se chamava Adélia, morreu recentemente de um câncer de intestino e deixou a filha órfã. Aí meu pai finalmente descobriu que tem outra filha, que está sozinha e a única família que ela tem é a da tal Adélia.

 

-- Caramba, que história! E aí? Seu pai decidiu que ela ia morar com vocês para cuidar dela?

 

-- É por isso que ele e minha mãe estavam brigando. Minha mãe não acha certo trazer ela pra morar com a gente, na nossa casa, e "empurrar" ela pra ser minha irmã e da Ali, assim, do nada. Parece que a menina já é maior de idade, ela é um pouco mais velha que a Alison, então sob os olhos da lei ela não precisa de ninguém cuidando dela. Mas meu pai acha muito injusto abandoná-la numa hora dessas. Ele descobriu que tem essa filha e o maior desejo dele agora é conhecê-la, conviver com ela, recuperar o tempo perdido.

 

-- Meu Deus, isso tudo é muito louco! -- eu não tinha nem palavras pra expressar minha surpresa. Eu apertei com mais força sua mão na minha. Eric era alto, forte, mas parecia um bebezinho assustado naquela hora, todo encolhido com a cabeça baixa. Eu envolvi ele nos meus braços e abracei, fazendo um carinho nas suas costas. -- E você? O que tá achando de tudo isso?

 

-- É insano! Eu não tô preparado pra isso! Fiquei o dia todo pensando nisso ontem, tentando abrir minha mente pra o fato. Mas não sei se consigo! Como é que me aparece uma irmã do nada e que vai morar no mesmo teto que eu? Uma desconhecida, eu não sei quem ela é...

 

Ele parecia nervoso, agitado, então eu continuei o carinho nas suas costas até ele ir se acalmando.

 

-- Você não é obrigado a aceitá-la da noite pro dia, amor... -- eu falei baixinho. -- É muita informação para pouco tempo. Mas você pode tentar aos poucos, não precisa tratá-la de cara como você trata a Alison. Mas eu acredito que irmãos têm uma conexão diferente, então pode ser que um dia vocês se deem bem.

 

-- É... -- ele se limitou a dizer. -- Tenho uma semana para me acostumar com o fato.

 

Eu peguei seu rosto entre as mãos e o fiz olhar para mim.

 

-- Uma semana? -- perguntei, surpresa. Ele assentiu com uma cara que dizia "olha aí o que eu tenho que passar". -- Nossa, é muito pouco tempo! Ela tá vindo de onde?

 

-- Parece que ela estava morando em São Paulo quando a mãe dela morreu. Uma amiga da Adélia da época em que ela namorava com o meu pai entrou em contato com a avó dela e a família quis que a garota fosse ficar com eles por um tempo. Ela tá lá, morando com eles, no Rio Grande do Sul. Tá só preparando tudo para vir morar aqui. Meu pai que quis que fosse assim, ele quer conhecê-la logo.

 

-- Vai ficar tudo bem, amor, calma... Eu vou estar aqui com você.

 

-- Eu sei. -- ele finalmente sorriu, meio entristecido, mas me deu um selinho e encostou a testa na minha. Ouvimos o sinal tocar, já era hora de voltar pra aula. Ele pegou a minha mão e me levou até a minha sala.

 

-- Quando ela chegar, eu quero que você a conheça -- ele disse, quando paramos na porta. -- Vai ser mais fácil se eu tiver você pra me dizer o que eu tenho que fazer, o que você achou dela...

 

-- Claro que eu vou querer conhecê-la. Vou até chamá-la de cunhadinha -- eu sorri e ele deu um sorrisinho também. -- Tomara que ela seja legal. É uma experiência nova, é só você se abrir pra oportunidade.

 

-- É muito difícil, mas eu vou tentar. Ei, será que você pode ir lá pra casa hoje de tarde? Quero muito ficar um pouco com você...

 

-- Não precisa nem pedir! -- demos um beijinho rápido e eu entrei pra sala.

 

Sentei no meu lugar de sempre, ao lado da Gabriela. Abri meu caderno para começar a anotar a aula quando ela coloca um bilhete na minha cadeira.

 

"Onde você tava o intervalo todo? Encontrou o Eric?"

 

A Gabi olhava para o professor explicando no quadro, enquanto eu respondia escrevendo no bilhete:

 

"Encontrei! Rolou uma coisa muito tensa, mas não posso contar agora. Na hora certa você vai saber"

 

Devolvi o papelzinho, ela leu e me encarou com uma cara de pura curiosidade. Se remexeu na cadeira e eu sabia que ela ia me atormentar mais tarde com esse assunto, mas eu não podia contar. Não ainda.

 

Encontrei o pessoal na saída do colégio. O Eric estava lá com eles, mas parecia nem prestar atenção na conversa. Estava distraído.

 

-- Tô te falando, eu acho que ela tá dando mole pra mim -- Amanda comentava com a gente, apontando discretamente para uma garota ruiva que passava pelo corredor. A Amanda é lésbica assumida. Na época foi muito difícil pra ela assumir algo que praticamente todo mundo já sabia. Mas depois que saiu do armário, parecia que ela estava compensando todos os anos que teve que se esconder.

 

-- Todas as garotas do colégio te dão mole, segundo você. Já reparou nisso? -- Felipe comentou, ácido.

 

-- Só porque você não pega ninguém, não quer dizer que eu não pegue -- ela devolveu. -- As mulheres sempre procuram em outras mulheres o que elas não acham nos homens.

 

-- E o que seria isso que elas procuram? -- Cássio perguntou, interessado.

 

-- Tudo. Carinho, atenção, sexo bom...

 

-- Eu nunca precisei procurar isso em nenhuma mulher até agora -- Ju falou.

 

-- Até agora -- Amanda repetiu, olhando pra Ju e sorrindo. Juliana revirou os olhos. -- Um dia, quem sabe...

 

-- Vamos pra casa? -- o Eric falou baixinho pra mim. -- Não tô a fim de ficar aqui batendo papo.

 

-- Claro -- eu assenti e ele pegou na minha mão. -- Ei, galera, a gente já tá indo embora. Nos vemos amanhã!

 

-- Tá tudo bem, Eric? -- foi a Gabi quem perguntou. Acho que não foi por maldade, ela parecia mesmo interessada na resposta.

Ele olhou pra ela com uma cara de dúvida.

 

-- Tá sim -- respondeu rapidamente e me puxou pra sairmos dali.

 

-- Você contou pra ela? -- ele me questionou enquanto andávamos até sua casa. Ele morava perto do colégio, na ida ele ia de carro com os pais mas geralmente voltava a pé.

 

-- Não! -- eu respondi. -- Só disse que você andava preocupado. Mas você sabe como a Gabi é, ela fica querendo saber as coisas.

 

-- É -- ele finalizou e continuamos andando, de mãos dadas, em silêncio.

 

Eu tinha enviado uma mensagem para a minha mãe avisado que almoçaria na casa do Eric e não voltaria com ela hoje. Ela já estava acostumada, a casa dele era praticamente meu segundo lar, daqueles que você já deixou uma escova de dentes e roupas lá.

Os pais dele não estavam em casa esse horário, o que era estranho. Geralmente eles têm uma pausa no trabalho e a família inteira almoça junta. O Eric percebeu e comentou essa falta, mas não disse mais nada. Estava mesmo amuado.

 

-- Oi, Ali -- eu cumprimentei, sorrindo, vendo a irmã de Eric sentada na mesa da sala. Parecia anotar alguma coisa num caderno, vários livros espalhados pela mesa. Ela fazia cursinho pré-vestibular para Medicina, e parecia que a menina vivia as 24h do dia estudando. Assim como o irmão, Alison era uma garota bem bonita. Os cabelos pretos e ondulados, os olhos quase no mesmo tom de verde dos do Eric. Os dois tinham um tom de verde meio puxado pro castanho, era lindo. Herdaram do pai. Se não fosse pela aparência mais velha da Alison, que tinha 19 anos, ela e o Eric se passariam por gêmeos.

 

-- E aí, Rê -- ela só respondeu, voltando a se concentrar nos livros. Não era uma pessoa de muito papo.

 

Esperei o Eric trocar de roupa no quarto e descer para almoçarmos juntos. A Ali logou se juntou a nós e comemos em silêncio. O clima naquela casa estava realmente tenso, dava pra sentir.

 

-- Vamos subir -- meu namorado falou, recolhendo o prato da mesa e colocando na pia. Eu fiz o mesmo. -- Quer assistir alguma coisa? Filme, série...?

 

-- Pra mim tanto faz, só quero descansar um pouco... -- eu disse, me espreguiçando.

 

-- É, eu também. Não dormi nada essa noite -- subimos as escadas para o quarto dele.

 

Eric trancou a porta e pegou o notebook para procurar alguma coisa para a gente assistir. Deitei esparramada na cama de casal dele, dava vontade de dormir ali toda noite. Era mil vezes mais confortável que a minha. Ele escolheu um filme aleatório de luta, do tipo que ele gosta, e colocou o notebook no colo enquanto se deitava ao meu lado.

 

Ele passou um braço por baixo da minha cabeça e eu deitei em seu peito. Começou a fazer carinho em meus cabelos com a mão, e eu em sua barriga. Ficamos juntos assim até se passarem mais ou menos uns vinte minutos de filme, quando Eric puxou meu queixo para cima para me dar um beijo. Começou lento, devagar, só curtindo um pouquinho, quando ele aprofundou sua língua na minha boca. Eu correspondi, e logo ele tirou o notebook do colo e largou no chão ao lado da cama. Segurou meus cabelos entre os dedos e me beijava forte, me puxando para mais perto dele. Minhas mãos passeavam por suas costas largas, e com a outra mão livre ele apertava minha cintura. Quando eu achei que as coisas estavam esquentando, ele simplesmente foi diminuindo o ritmo do beijo até pararmos e nos afastarmos com um selinho.

 

-- Tudo bem? -- eu perguntei, fazendo um carinho em seu rosto enquanto ele olhava bem nos meus olhos. Aquele verde escuro penetrando fundo no castanho dos meus. Eu sabia que ele não negava fogo em absolutamente hora nenhuma que tivéssemos oportunidade de transar. Eu gostava de transar com ele. O Eric tinha sido meu primeiro e único cara até então, então meu patamar de sexo perfeito era só com ele. Eu gostava, ele gostava, a gente tinha química e sintonia... Isso que importava. Mesmo sabendo que eu não era a primeira garota dele.

 

-- Tudo -- ele suspirou. -- Acho que só estou cansado. Podemos dormir um pouquinho?

 

-- Lógico, amor -- eu dei um selinho demorado nele. Ele fechou os olhos e soltou o ar com força pelo nariz.

 

Dessa vez, eu puxei ele pra encostar a cabeça no meu peito e fiz um carinho em seus cabelos. Em poucos minutos ele já ressonava forte, tinha adormecido. É, não tava tudo bem...

 



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