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História Are you my clarity? - Quem?


Escrita por: itsmejubs

Notas do Autor


Mais um porque sim, porque cês merecem <3

Capítulo 27 - Quem?


Quando a vida resolve unir um dia lindo de sol a um momento raro de paz na minha rotina, tudo que a gente tem a fazer é aproveitar.

 

Eu estava sentada em uma sorveteria perto da minha casa, esperando a Sara chegar. Nos últimos dias, estamos andando mais juntas do que nunca. Eu não estava nem aí se alguém estava desconfiando da gente, ou se estávamos dando muita bandeira, foda-se. Se pensássemos que éramos só amigas ou se rolava algo mais, para mim tanto fazia. Eu só queria ficar ao lado dela e era isso que importava.

 

A Gabi saber sobre nós duas meio que me aliviou bastante. Agora era menos uma pessoa de quem eu precisava ficar me escondendo ou mentindo. Quando eu precisava dar uma escapada e não queria que minha mãe desconfiasse, eu dizia que ia sair com a Gabi e ela confirmava. Ela fazia o mesmo comigo quando queria sair com o paquera dela, o Ítalo. Sinceramente, não lembro a última vez em que precisei mentir para minha mãe para sair com alguém. Acho que nunca fiz isso, visto que desde mais nova eu já namorava o Eric e não precisava disso. Mas agora era diferente. Não gostava de fazer isso, mas tinha medo que minha mãe achasse estranho que eu passasse tanto tempo com a Sara. Teoricamente, eu tinha acabado de conhecê-la, e nem com minhas amigas mais próximas eu era tão grudada. Não via a hora de tocar o "foda-se" de uma vez por todas e assumir nosso relacionamento.

 

-- Oi -- uma voz se aproximou de mim e me tirou dos meus pensamentos. Olhei para cima e vi um rapaz alto ao lado da minha mesa. Tinha os cabelos castanhos ondulados, no mesmo tom escuro dos seus olhos. Um sorriso muito bonito estampado no rosto. Usava uma regata preta e tinha um dos braços repleto de tatuagens, desde o ombro até o punho. Não tinha como negar que ele era lindo.

 

-- Oi -- eu respondi educadamente. Não o conhecia, não sabia quem era e me perguntei porque ele estaria falando comigo. Pedindo alguma informação?

 

-- Tá sozinha? Posso sentar aqui com você?

 

Ai, não. Será que ele estava me cantando? Olhei em volta rápido para ver se a Sara estava chegando. Certamente ela não gostaria de me ver sentada ali com ele. Ele era bonito, sim; em uma outra época, outra vida, se eu estivesse solteira eu diria que sim, que ele poderia sentar ali se quisesse. Mas não hoje. Desculpa, moço.

 

-- É que eu tô esperando uma pessoa agora -- respondi, tentando não soar grossa. Talvez ele nem estivesse dando em cima de mim de verdade. Talvez só quisesse pedir uma informação mesmo.

 

-- Ah, tudo bem -- ele continuava com aquele sorriso no rosto. Não era muito magro, nem muito forte, era bonitinho. Usava uma barba espessa e bem cuidada. Tentei não ficar olhando muito pra ele, rezei para que ele fosse embora antes de a Sara chegar. -- Eu só queria conversar um pouco. Não precisa ter medo de mim. Qual seu nome?

 

-- Não fiquei com medo -- sorri de volta pra ele. -- Renata, e o seu?

 

-- Eduardo. Agora que já nos conhecemos, será que eu posso sentar rapidinho? Prometo que você pode me expulsar a hora que quiser. Vou embora antes de a sua pessoa chegar.

 

Eu ri, tinha simpatizado com esse tal Eduardo. Fiz um gesto com as mãos como se dissesse "você venceu" e apontei a cadeira à minha frente. Ele se sentou.

 

-- Então, Renata... Nome bonito o seu. Você faz o que da vida?

 

-- Só estudo, tô no terceiro ano do Ensino Médio. E você, Eduardo?

 

-- Pode me chamar de Edu. Eduardo é muito estranho, parece que você tá brigando comigo -- ele sorriu e eu também. -- Eu atualmente não tô fazendo nada. Faz uns anos que eu terminei o colégio, mas ainda não consegui escolher um curso pra prestar vestibular. E você, já sabe o que quer?

 

-- Pra ser sincera, ainda não. Não consigo me identificar muito com nenhum curso até agora. Tenho medo de no meio do caminho desistir, mudar de ideia e ficar eternamente sem me formar em alguma coisa.

 

-- Você é indecisa que nem eu, então. Bom sinal. Temos uma coisa em comum.

 

O Eduardo parecia ser um rapaz legal. Tava sendo bom esse início de papo com ele, mas eu queria cortar qualquer maior aproximação nossa. Não queria que ele pensasse algo errado, que me interpretasse mal. Tentei achar uma brecha na nossa conversa que me permitisse isso.

 

-- Preciso de uma opinião sobre qual sorvete pedir -- ele pegou o cardápio na mesa e correu os olhos pelas páginas. -- Como eu disse, sou muito indeciso... Sou novo na cidade, é a primeira vez que venho aqui. Você me ajuda?

 

-- Eu sou muito suspeita pra te ajudar. Eu só peço o de morango sempre que venho aqui. A moça do balcão quando me vê, já pergunta se eu quero o de sempre.

 

-- Morango pode virar o meu "de sempre" também. Vamos arriscar. Você quer pedir o seu agora?

 

-- Na verdade, eu tô esperando uma pessoa pra pedir o meu -- tentei relembrá-lo que eu não ficaria sozinha por muito tempo. Aliás, cadê a Sara? Tava demorando muito.

 

-- Ah, sim, claro, a pessoa. É seu namorado?

 

-- Não -- ele tava sondando, eu sentia isso. -- Olha, Edu, você parece ser um cara legal, mas... Hã... Eu não tô interessada em nada mais além desse papo agora.

 

-- Tudo bem, calma -- ele levantou as mãos, em sinal de rendição. -- Eu só te vi de longe e te achei interessante. Linda, pra ser mais sincero, mas tudo bem se você não quiser nada. Podemos só nos conhecer, ser amigos, então? Prometo que não vou insistir nem tentar nada. 

 

-- Bom, eu...

 

-- Por favor -- ele fingiu ficar triste, fez um bico. Eu ri. 

 

-- Não vou prometer nada. A gente pode se esbarrar por aí outro dia, quem sabe. Você é novo aqui mas vai ver que a cidade não é muito grande. Devemos ter alguns amigos em comum.

 

-- Aposto que sim -- ele sorriu, confiante. -- Seria muito abuso se eu pedisse seu número agora? Pode me dar um fora, se quiser.

 

-- Não preciso dar, acho que você já está prevendo isso -- tentei prender o riso. Ele era engraçado, tinha vontade de rir toda hora. -- Não, Edu, não vou te dar meu número.

 

-- Eu entendo. Então vou contar com a sorte de "me esbarrar com você por aí outro dia" -- fez aspas com as mãos. -- Prazer te conhecer, Renata. Gostei de você. Sinto que vamos nos ver ainda.

 

Ele levantou da cadeira e estendeu a mão pra mim. Apertei, ele sorriu uma última vez e saiu andando, se afastando da sorveteria. Esqueceu do sorvete? Achei estranho, mas pensei que ele tinha ficado sem graça de ficar no mesmo ambiente que eu depois de um fora.

 

Questão de segundos depois, avistei a Sara ao longe, chegando. Usava um short jeans e uma blusinha folgada. Linda mesmo se estivesse usando uma burca. Não contive um sorriso.

 

-- Oi -- ela chegou cumprimentando, viu meu sorriso e sorriu também. Se inclinou um pouco e me deu um beijo no rosto. -- Que bom ser recebida com esse sorriso lindo.

 

-- Vai ser recebida sempre assim. É impossível te ver e não sorri.

 

Seu rosto ficou vermelhinho, ela ficou tímida. Se sentou na cadeira à minha frente, onde antes Eduardo estava.

 

-- Nossa, essa cadeira tá quente. O sol tá tão escaldante assim?

 

-- É porque tinha uma pessoa sentada aí -- eu apenas disse, mordendo o lábio pra conter outro sorriso. Queria ver a reação dela. 

 

-- Uma pessoa? -- ela ergueu uma sobrancelha. -- Quem?

 

-- Um menino que estava por aqui pediu pra sentar. Queria conversar comigo, pediu meu número. Disse que me achou bonita.

 

-- É? -- ela tentou disfarçar pegando o cardápio e olhando os sabores. -- Eu, no lugar dele, teria feito a mesma coisa.

 

Sua voz estava estranha. Eu já a conhecia o suficiente para saber que aquela pontadinha de ciúmes estava emergindo.

 

-- Não vai me perguntar se eu dei meu número a ele? -- provoquei, falhando terrivelmente em conter o sorriso.

 

-- Você deu? -- ela ergueu os olhos pra me encarar.

 

-- Claro que não. Ele era bonito, mas não dei.

 

-- Legal -- voltou a olhar pro cardápio. -- E por que não? Ele era bonito. Pelo seu sorriso, deveria ser interessante também. 

 

-- Estou me perguntando o porquê também... Acho que fiquei tímida na hora.

 

Observei sua mandíbula se contrair. Ela estava tentando não demonstrar os ciúmes, mas já estava escapando. Linda. Sabia que estava provocando sem necessidade, mas estava adorando vê-la assim.

 

-- É, talvez você devesse ir atrás dele. Cadê ele?

 

-- Já foi embora. Acho que sei porque não dei meu número a ele.

 

-- Porque ficou tímida.

 

-- Porque estou apaixonada. Ele chegou tarde. E ele não me despertou nem um terço da atração que o meu amor me desperta.

 

Ela voltou a me olhar, mas dessa vez estava surpresa. Não esperava que eu finalizasse aquela provocação daquele jeito. Vi sua expressão mudar, ela ficou derretida mas não deu o braço a torcer. Puxei uma de suas mãos que segurava o cardápio e entrelacei os dedos na minha.

 

-- Você fica linda com ciúmes, sabia? Acho que vou te provocar mais vezes.

 

-- Já vi que você gostou de fazer isso -- ela se rendeu e sorriu. -- Mas não precisa me irritar toda vez que quiser se declarar, tá? Pode fazer isso a qualquer hora que eu vou amar.

 

Dei um tapinha em sua mão e sorri.

 

-- Só falei a verdade, convencida. Já escolheu o sabor do sorvete?

 

-- Meu Deus, a lista é imensa. Tem sabor aqui que eu nem sabia que existia.

 

-- O de morango é o melhor de todos.

 

-- Sério? Então acho que vou pedir um de flocos.

 

Revirei os olhos. Falou isso só pra me provocar de volta. Pedimos nossos sorvetes ao garçom.

 

-- Quer ir lá pra casa depois daqui? -- perguntei. -- Assistir algum filme, série...?

 

-- Assistir? Hummm, acho que não. Esse convite não me interessou muito.

 

-- É mesmo? E que convite será que eu posso fazer para a senhorita se interessar?

 

Ela abriu um sorriso quase indecente e ergueu uma sobrancelha. Gargalhei.

 

-- Vou pensar no seu caso. Tô a fim mesmo é de atualizar meus episódios atrasados.

 

-- Posso te fazer mudar de ideia.

 

Eu ia devolver falando alguma outra coisa, mas o garçom chegou com nossos pedidos. Gente, melhor sorvete da vida. Eu ia naquela sorveteria desde que era pequena, e parecia que o sabor nunca mudava. Continuava delicioso como minha memória guardava. 

 

-- Como era o nome do rapaz que conversou com você? -- Sara perguntou, dando uma colherada no sorvete e levando à boca.

 

-- Eduardo. Esquece isso, eu só tava te enchendo o saco. Não dei meu número a ele, provavelmente nunca mais vamos nos ver.

 

-- Eu espero -- ela fingiu uma cara de brava. -- Não aguento mais ter que ficar te disputando com esses seus homens.

 

-- Meus homens? -- eu ri. -- Até parece. Sou só de uma pessoa. Ciumenta, linda, perfeita.

 

-- Quem é essa? Vou ter que disputar com ela também?

 

Sorri. Meu coração flutuava em estar ali ao lado dela.

 

Terminamos nossos sorvetes e fomos andando para minha casa. Era ali perto. Aproveitei e entrelacei nossas mãos durante o caminho. Poucas pessoas passavam por aquele trajeto, mas as poucas que passavam pareciam nem notar que estávamos de mãos dadas. Sara me olhou, surpresa com minha atitude.

 

-- Quer mesmo andar assim? -- perguntou.

 

-- Quero. Você não quer?

 

-- Claro que sim -- ela sorriu. -- O que eu mais quero no mundo. Mas não tá com medo de alguém ver? Desconfiar?

 

-- Não dou a mínima -- dei de ombros. -- Afinal, amigas também podem andar de mãos dadas por aí. A sociedade vai ter que aceitar isso.

 

Ela riu e apertou minha mão com mais força.

 

-- Ei, será que eu posso te fazer uma pergunta? -- falei. Precisava tirar uma dúvida.

 

-- Hummm, quando alguém pergunta isso é porque não é coisa boa. Mas tudo bem. Pode falar.

 

-- Juro que não é coisa ruim. É só uma curiosidade, a Gabi me perguntou e eu não sabia o que responder.

 

-- A Gabi perguntou? Então definitivamente eu devo ter medo dessa pergunta.

 

-- Besta! Ela só queria saber se você era lésbica ou bi. Mas a verdade é que eu também não sei, então... Foi mal se fui muito intrometida...

 

-- Claro que não, meu amor. Tenta chutar uma resposta.

 

-- Bi? -- arrisquei. -- Você fica com homens também?

 

Ela fez o sinal da cruz. Soltei uma gargalhada.

 

-- Não! Sou lésbica -- ela riu também. -- Não gosto de homem de jeito nenhum. Até tentei, mas não funcionou.

 

-- Você já ficou com algum?

 

-- Eu quase transei com um! Ainda bem que eu tive um momento de lucidez e interrompi antes mesmo de começar.

 

-- Sério? Meu Deus, não acredito! E o cara?

 

-- Era um cara com quem eu já tinha ficado umas duas vezes antes. Ele era muito legal, bonito, tinha pegada, mas não. Não senti tesão algum. Diria que senti nojo, até. Não consegui passar das preliminares. Empurrei ele na hora, tentei pedir desculpas e ele foi super compreensivo. Um ano depois eu já andava assumida por aí, ele ficou sabendo e inclusive cheguei a ficar com uma amiga dele.

 

-- Nossa! Deve ter sido bem impactante pra ele.

 

-- Não foi. Ele foi nosso cupido.

 

-- Você já namorou alguma vez?

 

-- Algumas vezes. Quando morava em Goiânia. Em São Paulo não namorei ninguém.

 

-- Foi uma época bem difícil, né?

 

-- Péssima. Mas não quero falar disso, o clima tá tão gostoso agora.

 

Peguei sua mão unida à minha e beijei o dorso. Ela repetiu o gesto com a minha.

 

-- Alguém está me devendo um desenho -- eu falei, destrancando a porta de casa e puxando-a para dentro. Eu sabia que minha mãe estava trabalhando, e como meu irmão passava a maior parte do tempo fora de casa, estávamos sozinhas. Bem mais privacidade do que teríamos na casa dela. Sem falar que teríamos de encarar o Eric lá. -- Já que o último não me deixaram ficar.

 

-- Posso fazer outro a qualquer hora que você queira. Quer um agora?

 

-- Querer, eu queria -- falei, enroscando meus braços pelo seu pescoço e lhe dando um selinho demorado. -- Mas pode ficar pra depois. Agora eu quero outra coisa.

 

Não dei tempo para ela responder e engatei um beijo mais profundo. Ela entendeu o recado e correspondeu, passando o braço pela minha cintura e a outra mão acariciava meu pescoço. Fomos andando para o meu quarto, que já tinha sido palco do nosso amor uma vez. Meu corpo já reagia só de imaginar como era bom fazer isso com ela.

 

Sara foi me guiando até a cama, ainda nos beijando, e ia me deitar no colchão, ficando por cima de mim. No último segundo, inverti nossas posições e a empurrei, ficando por cima dela. Sentei em seu quadril e a fiquei olhando por algum tempo. Sorri, ela sorriu de volta.

 

-- Você é linda -- me inclinei e fiz menção de que ia beijar um olho seu. Ela os fechou. Beijei um de leve, depois o outro. A ponta do nariz e por fim um selinho. 

 

-- E você vai ficar só olhando? -- ela sussurrou, imediatamente lembrei da nossa primeira vez. Estávamos em papeis inversos, ela me disse que eu era linda e eu quem falei isso. 

 

-- Olhando não. Admirando -- mordi seu lábio inferior. Ela suspirou. -- Mas isso eu tenho muito tempo pra fazer ainda. 

 

Encaminhei os beijos pelo seu rosto, passando pela mandíbula e chegando à sua orelha. Fiquei uns segundos ali respirando antes de morder o lóbulo. Ela estremeceu embaixo de mim, arfando. Comecei a descer a boca pelo pescoço, enquanto minha mão entrou debaixo da blusa e acariciou sua barriga quentinha. Ela abriu mais as pernas, senti que ela queria me passar um recado. Sorri entrei um beijo e outro no seu colo. Com a outra mão, eu passava a ponta dos dedos no seu braço, fazendo um carinho muito de leve e sentindo-a se arrepiar. Parei o que estava fazendo só para tirar sua blusa. Ela ergueu os braços e facilitou. Não demorei muito e agarrei seus seios com as duas mãos. Apertei, senti, massageei. Como era bom fazer isso, eu amava. Ela gemia baixinho, de olhos fechados, e eu não perdi a chance de admirar.

 

Aproveitei e tirei minha blusa também, logo depois tirei seu sutiã. Eu me sentia no controle. Adorava quando ela me pegava de jeito, mas deixá-la entregue era uma coisa que me dava muito prazer. Voltei a beijá-la, dando atenção aos seios. Enquanto chupava e mordia um, acariciava o outro com uma mão. A outra tentava a destreza e coordenação de abrir o botão do seu short sem perder o ritmo com a boca. Como claramente estava difícil fazer isso, ela mesma abriu o zíper, facilitando meu trabalho. Eu só não esperava que ela pegasse minha mão e enfiasse de vez dentro de sua calcinha. Eu pretendia provocá-la um pouco ainda.

 

Quando meus dedos a sentiram, foi a minha vez de gemer. Delícia, estava molhada. Minha calcinha encharcou ainda mais só de perceber seu estado. 

 

-- Caralho, Sara... -- só mesmo soltando um palavrão pra descrever o sentimento.

 

Ela me puxou pelos cabelos para sair de seus seios e voltar a beijá-la na boca. Ela beijou forte, mordeu, chupou meu lábio inferior. Estava com vontade mesmo.

 

-- Você me deixa louca -- ela sussurrou no meu ouvido, a voz falhada. Não sei como tem coragem de dizer isso, quando claramente é ela que me deixa louca.

 

-- Ainda não fiz nada -- sussurrei de volta e voltei ao que estava fazendo lá embaixo.

 

Beijei um pouco mais seu colo e desci para a barriga. Algumas mechas do meu cabelo acariciam sua pele e ela arqueou as costas. Ela gemia e ofegava, as mãos agarradas no meu cabelo tentavam empurrar mais pra baixo. Acariciei suas coxas e tirei seu short com certa pressa. Estava doida para chupar essa mulher, sentir seu gosto, ouvi-la e senti-la se derreter.

 

Agora ela estava só de calcinha pra mim. Olhei para seu rosto e ela me encarava com uma expressão de puro desejo, puro tesão. Queria aquilo tanto quanto eu. Sem tirar meus olhos dos seus, sentada de frente a ela, afastei sua calcinha para o lado e acariciei bem em cima do clitóris. Ela fechou os olhos, abriu a boca e gemeu alto. Continuei massageando e observando suas reações, aquilo me excitava em níveis surreais. Não consegui resistir e coloquei a outra mão dentro da minha própria calcinha e comecei a me tocar. Ela abriu os olhos e viu a cena. Vi o fogo acender em seu olhar.

 

-- Vem cá -- ela falou e me puxou com força. Caí por cima dela e perdi nosso contato, o meu e o dela. Beijo intenso, selvagem, gostoso. Suas unhas arranharam minhas costas, eu gemi. Estava quase me entregando mas queria terminar o que tinha começado.

 

Sara não deixou. Num movimento rápido, inverteu nossas posições e ficou por cima de mim. Tirou meu sutiã com pressa, começou a chupar meus seios. Agora definitivamente eu estava entregue, totalmente passiva. Suas mãos apertaram minha bunda com vontade, ela desabotoou meu short e o desceu pelas pernas. Aproveitou e tirou a calcinha logo depois. 

 

-- Não precisa se tocar sozinha -- ela voltou a falar no meu ouvido. -- É só pedir que eu faço isso pra você, com o maior prazer...

 

Quase tive um orgasmo ouvindo isso. Abri bem as pernas e senti quando sua mão encontrou meu sexo e trabalhou nele. Não me contive, gemi, gritei, arfei, rebolei na mão dela. Ela colocou um dedo lá dentro, devagar, me fazendo senti-lo; quando sentiu que era a hora, colocou outro. Ficou revezando esse contato dentro e fora, estava uma delícia mas eu queria gozar logo, senão enlouqueceria. Segurei sua mão para que mantivesse o ritmo que estava, que me dava mais prazer, e senti que estava quase chegando lá. Meu corpo denunciava isso. Ela percebeu também, e quando faltava pouco, ela simplesmente parou e tirou a mão. Fuzilei ela com os olhos, busquei forças para me recuperar e dei um tapa forte em seu braço.

 

-- Sério isso? -- reclamei, com raiva. Ela riu, safada, e desceu para o meio das minhas pernas. Quando sua boca me encontrou, eu me joguei de novo na cama. Delícia, maravilha. Fui aos céus. Não consegui segurar muito, queria aproveitar aquilo mas logo me entreguei e gozei. Muito intenso. Tremi da cabeça aos pés.

 

-- Nossa... -- meu corpo parecia pesar duzentos quilos em cima do colchão. Estava totalmente mole, sem forças. Mas me obriguei a puxar aquela loira divina pra deitar em cima de mim, e fiz um carinho em seus cabelos. -- Deixa eu me recuperar aqui...

 

-- Cansou? -- ela deu uma risadinha. -- Ainda não comecei.

 

Puxei seus cabelos de leve e a fiz me olhar. Ergui uma sobrancelha, ela riu com mais vontade. 

 

-- Não cansa não?

 

-- Nunca, você sabe disso -- uma piscadinha pra mim.

 

Me senti desafiada. Voltei a ficar por cima dela, joguei seu corpo para baixo. Desafio aceito.



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