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História Are you my clarity? - Ciúmes


Escrita por: itsmejubs

Capítulo 8 - Ciúmes


-- Sangue de Cristo tem poder -- Amanda, não disfarçando a cara de admiração. -- É ela mesmo? Não é miragem? Porra, Sara, aí é covardia...

Os meninos olharam também e fizeram sons de admiração. Cássio puxou o ar entre os dentes e mordeu o lábio. Felipe acho que tirou a roupa dela com os olhos.

-- E aí, galera -- a loira chegou cumprimentando. Ninguém respondeu de imediato, éramos 4 idiotas babando por ela. Como ninguém falou nada, ela cumprimentou cada um individualmente com um beijo no rosto.

Eu fui a última a quem ela veio dar o beijo, foi uma tentação sentir seus lábios na minha bochecha, seu cheiro tão perto de mim.

-- Tá linda nesse vestido -- ela elogiou baixinho, perto do meu ouvido. Me arrepiei inteirinha.

-- Sara, você... Você tá... -- Felipe queria elogiar, mas ficou literalmente sem palavras.

-- Maravilhosa -- Amanda completou e sorriu pra ela. -- Mais linda do que já é.

-- Vocês já estão bêbados? -- ela perguntou, rindo, e ficou vermelha. Tão fofa.

-- Se já estiver, saiba que bêbado só fala a verdade -- Amanda piscou. -- Quer beber alguma coisa?

-- Hummm, acho que nada, por enquanto. Daqui a pouco eu vou pegar algo.

-- Se quiser que eu vá pegar pra você, só pedir -- Cássio.

-- Obrigada -- ela sorriu, educada.

-- Achei que não viria -- eu disse pra Sara.

-- Eu não conheço a cidade direito, foi difícil explicar o caminho pro taxista. Demorei um pouquinho me arrumando também... Tenho preguiça -- riu leve.

-- Ai, eu sei como é isso -- sorri de volta. -- Também prefiro morrer a ter que me arrumar.

-- Mas você vale a pena a demora -- ela baixou o tom de voz. -- Ficou linda.

Senti meu rosto esquentar, fiquei totalmente sem graça.

-- Você também tá linda, Sara. Muito mesmo. -- devolvi, um fio de voz. Ela alargou o sorriso e meu coração foi bater na garganta.

A festa tava animada demais. O DJ acho que estava usando seu melhor repertório. Já tinha bastante gente, e um grupo beeeeem animado se acabava com tudo na pista no meio do jardim.

-- Ai, preciso dançar! -- Gabriela finalmente apareceu, já parecia meio alterada. Apoiou um braço no meu ombro e outro no ombro da Sara. -- Vaaamoooos, gente!! Anima aí!

-- Também tô a fim! Vamos, Gabi? -- Amanda.

-- Só se for agora! Anda, galera! Vamos Cá, Lipe, Rê, Sarinha... -- Gabi já falava meio embolado.

-- Eu não, vou ficar por aqui mesmo. -- Lipe. -- Aliás... Você quer dançar, Sara?

-- Quer sim! -- Gabi puxou ela pela mão antes que ela respondesse. -- Vamos todoooos!!

E fomos, só as meninas, pra pista. Os coitados dos meninos depois vieram atrás. Um garçom com uma bandeja passou pela gente e a Sara pegou um copo com vodka. Gabi virou uma dose, Amanda jogou mais vodka na roska dela. Iria ficar todo mundo louco em pouco tempo, já tava prevendo.

O DJ começou uma sessão nostalgia e começou a tocar umas músicas antigas, mas old but gold. A Sara dançava muito bem, era na dela mas bem sensual, já tava atraindo alguns olhares em volta. Mas ela não olhava pra ninguém, parecia absorta na batida, nos movimentos. Passava a mão no cabelo que caía no rosto, fechava os olhos, mordia os lábios. Eu dançava também mas tentava disfarçar e não olhar muito pra ela. Já a Amanda não sabe o significado de limites e tirava a roupa da menina com o olhar.

I want you to love me
Like I'm a hot ride
Keep thinkin' of me
Doin' what you like
So boy forget about the world
Cuz it's gon' be me and you tonight


O DJ jogou Rihanna pra galera e todo mundo soltou gritinhos. Amanda aproveitou e puxou Sara pela cintura para dançar mais perto dela, Sara cedeu e as duas começaram a dançar coladas. Senti de novo aquela sensação estranha por dentro, um impulso de ir lá e separá-las... Seria ciúmes?

Continuei na minha, dançando, mas sem tirar os olhos delas. Sara parecia só curtir o momento, Amanda tava cheia de segundas intenções, se esfregava bastante no corpo da loira. Eu engoli de uma vez todo o resto da roska no meu copo e saí pra pegar mais. Não precisava ficar ali vendo aquilo. O bar estava cheio, então aproveitei pra olhar o celular enquanto estava na fila. O Eric tinha me mandado mais uma mensagem.

Eric: "Como tá a festa, amor?"
Eric: "Amor???"
Eric: "Aff, Renata, tá tão bom que nem me responde mais?"
Eric: "Tá, tudo bem, se vai ser assim..."

E olha que não tinha nem 20 minutos que ele tinha mandado a primeira mensagem. Respondi:

Renata: "Tá boa, mas queria que você estivesse aqui! Quando chegar em casa te conto tudo."

Bloqueei de novo. Chegou minha vez na fila e pedi pro barman caprichar na roska, peguei e voltei pra pista.

Para minha alegria, Sara e Amanda já tinham se separado. Amanda conversava alguma coisa com Gabi, Sara estava só parada, ajeitando os cabelos com as mãos. Me aproximei dela.

-- E aí, gostando da festa? -- perguntei no ouvido dela, mesmo imaginando a resposta.

-- Muito boa -- ela respondeu no meu ouvido também. -- Acho que nem lá em São Paulo eu já vi uma festa em casa tão bem organizada.

-- Tá pensando que o povo daqui não sabe se divertir? Só porque não somos cidade grande? -- eu sorri.

-- Ainda não tirei minhas conclusões -- ela fez um biquinho, muito linda. -- Acho que vou tirar se você dançar comigo.

Ai meu Deus, acho que senti meu coração parar por um segundo. Dançar com ela? Sério? Será que eu aguentaria?

-- Não sei dançar direito -- eu inventei uma desculpa, mas era meia verdade. Como ela eu não sabia dançar mesmo não.

-- Besteira, ninguém tá ligando pra isso. Eu te ensino -- e me puxou pela mão pra mais perto dela, começamos a dançar.

Hot dive into frozen waves (Mergulho quente em ondas congeladas)
Where the past comes back to life (Onde o passado retorna à vida)
If I fear for the selfish pain (Se me preocupo com a dor egoísta)
It was worth it every time (Valeu a pena toda vez)
Hold still right before we crash (Fique parado bem antes de colidirmos)
'Cause we both know how this ends (Porque nós dois sabemos como isso termina)
A clock ticks 'till it breaks your glass (Um relógio faz tic-tac até quebrar seu vidro)
And I drown in you again (E eu me afogo em você de novo)

Não preciso nem dizer que o meu corpo inteiro acendeu quando Sara encostou em mim. Ela dançava de um jeito sexy muito natural, eu me deixava levar por esse movimento, por nossos corpos roçando de leve. Fechei os olhos e aproveitei aquilo, às vezes me arrepiava com tamanha proximidade, ela parecia absorta do mesmo jeito que estava quando dançava com Amanda. Nem olhei em volta pra ver se alguém nos olhava, pra mim só existia a gente ali.

'Cause you are the piece of me (Porque você é o pedaço de mim)
I wish I didn't need (Que eu gostaria de não precisar)
Chasing relentlessly (Perseguindo implacavelmente)
Still fight and I don't know why (Ainda luto e não sei por quê)
If our love is tragedy, why are you my remedy? (Se o nosso amor é tragédia, por que você é o meu remédio?)
If our love's insanity, why are you my clarity? (Se nosso amor é insanidade, por que você é a minha lucidez?)

Aquele refrão batia na minha mente e me fazia viajar mais ainda. Sara abriu os olhos e olhou diretamente nos meus, aquele mar azul esverdeado parecendo que queria adivinhar meus pensamentos. Sustentei aquele olhar, sentindo meu corpo todo esquentar, uma coisa estranha subir dentro de mim. Eu estava ficando excitada com aquilo.
Desci os olhos para a boca dela, que estava entreaberta, e pelo movimento do seu peito subindo e descendo ela tava respirando muito rápido. Voltei a seus olhos e o tom natural, que era meio indecifrável, agora claramente parecia mais azul do que nunca. Não sei se era porque estava escuro ou se era porque sua pupila estava dilatada. Mas era um azul claro muito lindo, atraente...

De novo aquela atmosfera de atração que rolou entre nós na casa do Eric, naquele dia na sala. Fechei os olhos e busquei forças dentro de mim pra resistir, mas minha cabeça começou a inclinar de novo em sua direção. A batida da música martelando na cabeça, o álcool correndo no sangue. Eu ia beijar ela ali mesmo??? Ia??? Quando abri os olhos de novo para ver sua reação, ela já tinha se afastado. De novo tinha quebrado aquela tensão. Eu engoli em seco e me senti totalmente envergonhada, me recompus e dei um gole beeem grande da roska.

-- Você dança bem -- Sara quebrou o gelo, sorrindo, mas parecia meio tensa também. -- Agora sim eu acredito que o pessoal daqui sabe se divertir.

-- Eu disse, não disse? -- respondi e forcei um sorriso, tava totalmente sem graça.

-- Quer ir beber uma água? Tô com calor -- ela disse.

-- Também tô, vamos -- e tava mesmo, mas não era por causa da dança.

Fomos ao bar juntas e pegamos uma água cada uma, em silêncio. O clima tinha ficado estranho depois daquilo. Ela abriu a garrafa dela e deu um gole, me observando. Senti meu rosto esquentar.

-- Que foi? -- perguntei porque ela ainda me encarava. -- Meu cabelo deve estar uma bagunça, né? -- e passei a mão pelos fios.

-- Não -- ela sorriu. -- Tava aqui tentando adivinhar se o seu cabelo é ruivo ou castanho.

-- Indecifrável -- respondi do mesmo jeito que ela no dia em que perguntei sobre a cor de seus olhos. -- Depende da luz. No escuro ele é castanho, mas quando bate alguma claridade ele fica meio avermelhado. Ele não muda com o meu humor, como os seus olhos. -- e dei uma risadinha.

-- Você sabia que os seus olhos também mudam com o humor? O de todo mundo muda -- ela deu outro gole na água. -- Você só não percebe porque não tem como olhar os próprios olhos.

-- Sério? -- acho que meu rosto ficou mais vermelho ainda. -- Como eles ficam quando meu humor muda?

-- Depende do seu humor.

-- Quando eu tô normal?

-- Eles são castanhos, meio cor de mel, sei lá.

-- Quando tô triste?

-- Acho que nunca te vi triste. -- sorriso lindo que fez as borboletas no meu estômago acordarem.

-- Quando tô com raiva?

Ela não respondeu. O sorriso dela mudou a expressão, ficou com um ar meio misterioso, sei lá.

-- Ah é, você nunca me viu com raiva também, né? -- eu disse, já que ela ainda não tinha respondido.

-- Raiva? Não, acho que não -- resposta vaga, deu mais um gole na água.

-- Aí estão vocês! Achei! -- Felipe apareceu, se aproximando de nós perto do bar. -- Sumiram, hein? Me dá um gole dessa água aí, Rê.

Ofereci minha garrafa e ele bebeu quase a metade. Meu Deus.

-- Tá se divertindo, Sara? -- ele se voltando pra loira. Se aquela paquera começasse na minha frente eu ia me retirar.

-- Bem legal a festa -- ela respondeu, animada.

-- Já cansou ou acha que consegue dançar mais um pouquinho?

-- Se for pra dançar, eu nunca canso -- ela riu.

-- Aceita dançar comigo? A Amanda já foi, a Rê também, acho que tenho o direito de pedir pra dançar também...

Sara me lançou um olhar rápido, voltou a olhar pro Lipe e disse:

-- Claro -- ele estendeu a mão, ela pegou e os dois saíram em direção à pista.

Aff, que ódio. Eu ia perguntar a ela o porquê daquela resposta vaga sobre já ter me visto com raiva, aí o Felipe apareceu. Na minha mente eu tentei revirar algum momento em que já tenha demonstrado irritação perto dela. Acho que até agora, nunca. Eu sei disfarçar bem quando estou chateada, respiro fundo e tento não brigar. Desenvolvi essa habilidade depois de começar a namorar o Eric, já que ele era o mestre em arrumar briga por coisas bobas e eu preferia não me estressar com isso. Mas ficar com raiva na frente da Sara? Não, realmente não lembro...

Quando eu pensei em voltar pra pista da dança, uma criatura passa com pressa por mim e puxa meu braço. Eu já ia gritar quando vi que era Amanda, estava me levando pra um canto mais afastado da festa, onde a música não era tão alta.

-- Ai, sua maluca! Tá machucando meu braço -- eu reclamei, ela parou numa árvore ali no jardim e me soltou. -- O que foi que aconteceu?

-- Você. Precisa. Me ajudar. É sério, Rê. -- o ar dela totalmente sério.

-- Ai meu Deus, aconteceu alguma coisa? Te ajudar por quê? -- fiquei preocupada.

-- Eu tô apaixonada pela Sara -- ainda séria. Eu revirei os olhos.

-- Quer me matar de susto, garota? Não tá não, isso é fogo no rabo.

-- É sério, idiota! Tá, talvez não apaixonada, mas tô muito encantada... Quero muito ficar com ela, mas não sei se ela quer também.

-- E por que não chega nela? -- essa era eu dando dicas pra uma amiga minha ficar com a menina que eu também estava atraída. A única diferença era que eu era supostamente hetero, namorava, e o meu namorado era irmão dela. Quem tinha mais chances, eu ou Amanda?

-- Eu não sei se ela gosta de meninas! Meu gaydar fica confuso perto dela. Quando a gente dançou eu fiquei louca, quis agarrar ela ali mesmo, mas ela só parecia estar curtindo na dela. Ela não parece lésbica, nem bi. O que você acha?

-- Eu acho -- respirei fundo pra não demonstrar impaciência -- que não tem como você descobrir isso se não chegar nela. Nesse momento, o Felipe está lá dançando com ela, então se ela for no mínimo bi, quem chegar primeiro leva.

-- Não brinca -- ela ficou boquiaberta. -- Filho da puta! O Felipe puxou ela pra dançar? Valeu, Rê, depois a gente se fala -- e saiu praticamente correndo pra pista.

Eu TINHA que me acalmar, não ia deixar aquilo estragar minha festa, minha paz espiritual. Aproveitei e passei mais uma vez no bar antes de voltar, peguei uma dose de vodka pura e fui dançar.

O Felipe ainda dançava com a Sara, enquanto uma Amanda furiosa jogava laser com os olhos nos dois. Gabi estava praticamente se comendo com Ítalo na pista, e nem sinal do Cássio. Deveria estar se pegando com alguma menina por aí. Eu, como a boa vela, que sou, só fiquei dançando na minha. Alguns rapazes chegaram em mim pra dançar junto, mas eu dispensei todos sem muito papo. Já tava ficando meio alta por causa da vodka, assistindo de camarote aquela disputa pela loira gostosa do pedaço.

Um segundo que o Felipe desgrudou da Sara e Amanda puxou a menina pra dançar. Eu não sei como que a Sara estava aguentando aquela disputa toda, deveria estar adorando, né. Já percebi que ela não nega dança pra ninguém, já que a Amanda começou a dançar com ela, ela se jogou e dançou também. Senti meu sangue todo correr pros pés quando minha amiga puxou Sara pela nuca para colar sua boca no ouvido dela, tava sussurrando alguma coisa. Dei um gole generoso na vodka e fiquei olhando a cena. Sara deu uma risadinha do que quer que a Amanda esteja falando, e encostou no ouvido dela pra responder. Amanda não se deu por vencida, sussurrou de novo e a Sara riu mais uma vez. Meu corpo inteiro formigava de curiosidade e... Ciúmes?

O olhar da Sara encontrou o meu, acho que ela finalmente percebeu que eu tava ali. O sorriso sumiu, ela cochichou mais alguma coisa pra Amanda e minha amiga se afastou. Eu já tava meio bêbada e nem pensei duas vezes, corri pra Amanda pra saber o que tinha acontecido.

-- E aí, aconteceu o que? -- perguntei, a voz meio fina demais denotando meu interesse.

-- Nada -- ela suspirou, frustrada. -- Eu joguei umas indiretas pra ela, disse que ela tava linda hoje, perguntei se pretendia ficar com alguém... Ela disse que não, que estava tranquila. Perguntei quem dançava melhor, eu ou o Felipe, esperando que a resposta dela acalmasse meu gaydar... Mas...

-- Mas...? -- incentivei, o coração acelerando.

-- Ela disse que os dois eram ótimos dançarinos -- revirou os olhos. -- Assim não dá pra saber.

-- Quer que eu pergunte pra ela? -- eu disse, sei nem fazer ideia do que porra eu tava dizendo. A verdade era que eu tava mais louca do que ela pra saber a resposta.

-- Você faria isso? -- os olhos de Amanda brilharam. -- Eu vou te amar pelo resto da vida, mais do que já amo.

-- Lógico -- respondi, sorrindo. Bingo! -- Espera, já volto com sua resposta.

Amanda me puxou e me deu um beijo estalado na bochecha, que eu limpei com a mão, brincando, e ela riu. Me dirigi até Sara, encostei nela e sussurrei em seu ouvido:

-- Posso conversar uma coisa com você?

Ela se contraiu de leve, parecia que tinha tremido. Percebi que seu pescoço ficou arrepiado. Eu sorri involuntariamente, satisfeita com essa reação. Mas não era pra estar! Não era! Porra, Renata, acorda! Olha a merda que você tá fazendo...

-- Pode sim -- ela respondeu numa voz rouca. Mantinha uma certa distância. Quebrei esse espaço entre nós me aproximando mais, mesmo sabendo que não deveria.

-- Acho que você percebeu que tem umas pessoas aqui disputando você, né?

-- Tem? -- ela me olhou, parecia surpresa de verdade. Ela era tão lerda assim mesmo?

-- Tem. E eu não aguento mais essa galera brigando pra saber quem vai ficar com você no final...

Ela me olhou, me analisou e por fim sorriu.

-- Não percebi, de verdade.

-- A Amanda você já sabe que te quer, mas o Felipe também. O Cássio tava esperando uma oportunidade, mas acho que se engraçou com alguém por aí, até agora não apareceu. E a pergunta que o Brasil quer saber é: com quem você ficaria, afinal?

A pergunta pegou ela de surpresa, acho que não imaginava que eu fosse tão direta. Pensou bem antes de responder:

-- Não estou interessada em nenhum deles, Rê. Sério, eu só estava dançando porque gosto mesmo. Danço com todo mundo, até com poste, cachorro, a tia do isopor...

-- Tá, mas me responde mais uma coisa: se fosse pra ficar, seria quem? -- ela pensou mais uma vez, não deixei dúvidas quanto ao teor da pergunta: -- Homem ou mulher?

Agooora sim a menina arregalou os olhos e me encarou. Acho que tava pensando que eu só poderia estar bêbada.

-- Hã... Agora você foi bem direta na pergunta, né? -- ela riu, desconversou.

-- Responde -- não era pra ter soado tão rude, mas foi. Meu rosto estava sério, eu encarava ela firme.

-- Seus olhos estão mudando com o seu humor agora -- Sara alargou o sorriso, eu só faltei soltar fogo pelo nariz. Não muda de assunto agora, na boa, não vem com esse papo de olhos. Quando abri a boca pra falar algo, senti alguém me puxar com força e me arrancar dali violentamente.

-- VAMOS DANÇAR!!! -- Gabriela gritou na minha frente, ainda me puxando e me levando pro meio da pista. Olhei pra trás depressa, à procura de Sara, ela me olhou e saiu dali quase correndo. Gabi não me soltava de jeito nenhum. Porraaaaaaaaaaaaaa... Não tinha palavrão no mundo que expressasse a raiva que eu tava sentindo na hora.
 


Notas Finais


Não tá permitido odiar a autora nesse capítulo KKKK


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