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História Are you my clarity? - You Need To Hold On Me


Escrita por: lovingtjane

Notas do Autor


boa noite, acordei inspirada hoje e resolvi escrever logo antes que as ideias sumissem da minha cabeça rsrs
capitulo cheio de revelações pra vocês
peço desculpas por qualquer erro novamente, não é facil corrigir e postar tudo certinho, mas prometo que não muda em nada o entendimento de vocês.
enfim, boa leitura a todas <3

Capítulo 5 - You Need To Hold On Me


-

Tomou um banho rápido. Não queria deixar Chloe por muito tempo sozinha. Deitou-se encontrando a bebê de bochechas avermelhadas que parecia sonolenta em sua cama. Tomou-a em seus braços e recostou-se entre travesseiros confortáveis. Chloe já tinha seus olhinhos fechados, mas segurava o dedo que Piper lhe oferecera, e segurava com precisão. “Preciso de você.”

*

Vasculhou a cama procurando por seu celular. Constatou que o havia deixado na sala. Confortou a bebê Chloe por entre travesseiros e lençóis sempre pensando em sua segurança e seguiu para a sala. A dor nas costas foi instantânea e incomoda. A TV ainda estava ligada, desligou-a, por fim. Catou seu celular visualizando o nome de Alex ali. Sorriu.

“ Vou deixar que você escolha pra onde quer ir amanhã. Estou em suas mãos.” Sorriu assim que o leu. “Estou em suas mãos.” O que era isso que passara por seu estômago e agora parecia a arrebatar de sí mesma. Felicidade? Com certeza era.

“Está em minhas mãos? Ok, você irá adorar a minha surpresa pra você.”  Respondeu sem ao menos saber pra onde a levaria, mas com certeza pensaria em algo bom. Voltou ao seu quarto para verificar o sono de Chloe. A bebê parecia sonhar com algo maravilhoso. Um sorrisinho deixara seu pequeno rosto enfeitado. Era aquecedor.

Pensou por alguns longos minutos enquanto enviada e-mails a alguns fornecedores de sementes e vasos. Sementes e vasos. “Perfeito.” A ideia que acabara de ter parecia ótima. Alex parecia gostar das flores. Chapman a viu tão encantada em sua loja. Mesmo que ela fosse durona e dissesse que havia gostado apenas das Gérberas. Um sorriso deu vida aos lábios.

*

Alex estava sozinha em seu quarto. Aliás, estava sempre sozinha. Mas parecia não importar-se com tal estado. Ela era silenciosa. Gostava de pensar. E pensava em voz alta. Ou trabalhava.

“Porra, que louco. A mesma mulher com quem já discuti num bar e já salvei de um maníaco na rua seria a mulher com quem teria de me envolver para colher informações.” Riu da situação. “Ela é boa, não desconfiará de nada.”

Vause conferia e-mails e pensava astutamente. Voltou seus pensamentos para o dia em que corria no Central Park. Quando sem querer esbarrou em Rose. Piper não fazia ideia, mas não era a primeira vez que as duas se viam. Aquela era apenas mais uma vez. Rose a conhecia bem. Tentou de todas as formas imaginar onde estaria o maldito namorado de Rose. O rapaz de nome Joe havia passado a perna em Kubra. Rose temeu, ela não sabia de tudo que Joe fazia. Mas sabia que logo viriam atrás dela se não saísse logo de Manhattan. Kubra era poderoso. Fazia o que queria e na maioria das vezes ele conseguia. No dia em que deram de frente na floricultura Alex ainda não saberia que teria de envolver-se com Piper. Kubra ainda estava no hotel naquela semana. Lembrava-se como hoje:

~ Tomou novamente outro banho, mas dessa vez preferiu o chuveiro para que lavasse também os cabelos. Lembrou-se do recente acontecido e fatos de quando era mais jovem vieram a sua cabeça. Sentiu por isso. "Merda"  

Caminhou até a varanda e encontrou-se com Kubra e outro de seus conhecidos. Recebeu um cigarro do mesmo antes de sentar-se. Alex olhou a grande cidade de Manhattan. "Aqui é tão lindo!"

As luzes já estavam acesas, a cidade se iluminava e os carros dançavam depressa no chão. 

Kubra a olhou discretamente fazendo sinal para que os outros dois rapazes saíssem ficando apenas com Alex em sua ampla varanda.

- Alex, Joe sumiu. Aquele filho da puta não atende quando eu ligo. Confiei coisas a ele. Confiei drogas a ele. Eu vou mata-lo assim que aquele rato sair da toca em que se meteu. –Vause apenas o ouvia. Sabia que não deveria falar. – Ele tem mulher e um filho. Já a vi uma vez. Ela fez alguns trabalhos pra mim, mas nada demais, era burra, não vendia bem. Ele deve amar o filho dele, qual pai não ama o filho, não é mesmo? –Continuou ouvindo. - Darei a ele até amanhã, se ele não aparecer, vamos caçá-lo. Rose trabalha no centro de Manhattan. Joe confiou a mim essa informação. Mais precisamente numa floricultura. Vá atrás dela. Faça-a falar onde aquele animal se meteu. Se não conseguir até amanhã a noite eu darei fim nela e talvez não seja tão piedoso com sua criança. –Alex dera conta agora de quem Kubra falava. No dia em que esbarrou com Rose ficara tão chateada que nem percebeu de quem se tratava ou talvez o chapéu ridículo que usava dificultasse o reconhecimento. “Parecia com ela, não parecia? Será que... Puta merda.” –Ok, irei lá amanhã. –Disse ela.

 

No dia seguinte...

 

Alex se preparava para sua caminhada matinal. O gosto da salada de frutas que haviam lhe servido no restaurante do grande hotel agora se misturava com uma bala de menta em sua boca. A noite não foi fora tão agradável para a morena mas ela não sentia surtir efeito. Já estava acostumada. Caminhou pelas ruas próximas ao Central Park de Manhattan chegando ao mesmo. Parou abaixo de uma árvore e fez seu alongamento como de costume. Sentia na mesma hora a tensão do seu corpo sendo aliviada.

Parou no Quiosque próximo a floricultura como se repetisse todo o trajeto da ultima vez que passara por ali. Solicitou mais uma vez uma água e fora atendida. Observou. Procurou com os olhos por alguém mas não encontrara nada. Olhou para dentro da Flowers of Garden enquanto passara e não encontrara ninguém. “Ok, eu vou lá, só pra...comprar uma flor”. Adentrou a loja observando cada detalhe dali. Encantou-se com algumas Gérberas num vaso de barro decorado com pedrinhas brilhantes. Aproximou-se tocando-as e admirando cada detalhe. A textura era incrível. Quase esquecera o que fora fazer ali. A branca com a ponta rosa foi a que mais lhe chamou atenção. Rose não havia ido naquele dia.

~ Horas depois 

-Alex! –Um grito vibrou em sua porta e Alex quase engasgou-se com a fumaça que saíra rapidamente dos seus pulmões. Levantou-se e abriu a porta rapidamente. A voz era de Kubra.

- O que aconteceu? –Perguntou assustada e rapidamente.

- Pegaram um dos nossos. Puta merda. Você sabe de alguma coisa? Viu alguma coisa? – Kubra tinha um pó branco em suas narinas, o que denunciou que ele estava drogado.

- O que? Não, claro que não. Eu sou uma de vocês. –Respondeu rapidamente. Alex temia Kubra e não sabia como agir quando o via totalmente fora de controle.

- Ok, ok... Espero que aquele filha da puta não abra a boca. Amanhã irei embora, manterei contato.  –Deixou o quarto da morena que olhava-o indo embora.

 

Sentou-se já sabendo de quem se tratava. “Pegaram um dos nossos.” Talvez a polícia? Quem havia capturado Joe? Kubra havia ordenado horas depois que Alex deveria descobrir por conta própria. Deveria aproximar-se de pessoas próximas a Rose caso ela também tivesse sumido. Isso seria aproximar-se da loira a quem já tinha visto algumas vezes. “Ok, eu posso fazer isso.”

 

                                                                                    ***

Terminou de trocar alguns e-mails e mensagens via celular e deitou-se para dormir. “Amanhã.”

O sol não invadiu seu quarto desta vez. Chovia muito e por longos minutos hesitou em levantar-se da cama quentinha. Buscou por seus óculos de armação negra ao lado do travesseiro. Nenhuma mensagem e nenhuma ligação. Cuidou de levantar-se tomando seu banho para em seguida descer e tomar seu café matinal no restaurante. Assim o fez. Minutos depois enviou uma mensagem para Piper.

“Bom dia. Está tudo certo para hoje?” Mordeu a torrada a sua frente enquanto esperava por uma resposta.

“Sim, tudo certo. Pode me encontrar na floricultura às 15h30min?” Alex não entendeu visto que ela não abriria a loja aos finais de semana. Mas confirmou mesmo assim.

**

“Ok, encontro você exatamente às 15h30min, nenhum segundo a mais.” Sorriu novamente. Parecia algum tipo de ritual sempre que falar com Alex sorrir. Parecia boba. Mas era bom. Ela gostava. Chloe estava recostada sobre o colo da babá. Brincava com um peixinho de borracha o qual já estava totalmente molhado por sua baba de bebê. Piper sorrira assim que presenciara a cena. Rose ainda não havia ligado e os dias iam se passando. Por alguns segundos pensar que ela poderia voltar e que Chloe simplesmente sumiria de vez da sua vida fez algo dentro de sí doer profundamente. Aproximou-se do sofá depositando um beijo nos cabelinhos negros. Abaixou-se segurando a mãozinha que ainda apertava o peixinho de cor laranja. Olhou-a fundo como se dissesse “Esteja aqui quando eu voltar, por favor.”

O lugar que Chapman escolhera seria nada mais do que sua floricultura. A chuva era insistente mas parecia que só melhorava. Chuva era bom, não era? Chegou a Flowers of Garden às 14h00min. Carregava consigo algumas sacolas de papelão. A mesa posta ao centro da floricultura estava forrada com uma linda toalha em tons bege. O lugar era perfeito. As flores coloriam tudo a sua volta e exalavam um cheiro familiar maravilhoso. O vinho tinto e os aperitivos foram retirados lentamente e postos a mesa ao centro da floricultura. Decidiu que não ofereceria um almoço. “Quem almoça às 15h30min?” Demoraria um pouco até que Alex chegasse. Buscou por seu celular e procurou o número.

- Alô? Pepe? –A voz era experiente e Piper sorriu na hora em que ouvira.

- Pai, por favor. Nós já falamos sobre isso. –Riu. –Estou com saudades. Como você está?

- Eu também sinto sua falta, Pepe. Você abandonou seu velho pai.

- Eu não o abandonei. Só cresci. Mas ainda o amo, William. –Provocou sabendo que ele detestava o nome de batismo. Bill era seu apelido. Aliás eles não entendiam porque diabos no país deles o apelido para o nome de William era Bill. Mas por ora o pai de Piper agradecia ao louco que inventara isso.

- Ok, Piper. Sente-se melhor assim? –Bufou, rindo. – Onde está agora? Prometa que virá logo. Todos estão com saudades.

- Eu prometo, Papai. –Respirou fundo como se quisesse o ter perto naquele exato momento.

- Eu amo você, Pepe. Esteja bem. –Piper contaria sobre Chloe, mas decidiu que faria isso depois. Ou apareceria de uma hora para outra em sua fazenda deixando-o orgulhoso por conseguir cuidar de alguma coisa que não fosse uma flor.

- Eu o amo. –Finalizaram a ligação. Não tinham muito o que falar. Mas ambos pareciam precisar de ligações vagas como essa, apenas para no final lembrarem um ao outro “Eu amo você.” Era o suficiente.

A hora correu e tudo parecia pronto. A chuva havia ficado ainda mais forte e as lojas estavam todas fechadas. Perguntou-se por breve segundos se Alex apareceria mesmo. “Deveríamos marcar para algum outro dia quando Manhattan não resolvesse cair sobre nossas cabeças.”

Um toc toc foi ouvido insistente pelo vidro. Percebeu que Alex estava batendo sobre o vidro embaçado. Apressou-se para abrir a porta. Ela estava molhada. Os cabelos escorriam em água e a jaqueta negra de couro pingava.

- Meu Deus, você chegou há muito tempo? Eu não a vi aí, me desculpe. –Afastou-se dando espaço para que Vause entrasse.

- Eu acabei de chegar. Não sou fã de guarda-chuvas. –Retirou a jaqueta assim que entrou, Piper adiantou-se a apará-la. Alex não demorou a perceber que elas passariam o final da tarde ali. A mesa estava linda. As taças estavam expostas esperando por quem as enchesse. E as flores... Essas estavam maravilhosas. Sentiu que não poderiam estar em melhor lugar do que ali.

- Deixe-me pegar sua jaqueta. Tenho toalhas aqui. Só um minuto. –Voltou-se para a parte de dentro da loja, no depósito. Alex ficou no centro da floricultura. Cada vez que ia ali parecia estar mais lindo. As flores ganhavam mais vida. Olhou por sobre as portas de vidro. Não era possível ver nada devido a chuva, mas as luzes de postes já estavam acesas e faziam contrate com as luzes de dentro da floricultura. Era acolhedor. Por ora adorava estar ali. Mas precisava ter foco. “Eu tenho um propósito e irei cumpri-lo.”

**

Sentaram-se a mesa assim que Alex achou que já havia se secado o suficiente. Chapman havia servido as taças e o vinho não parecia ter caído tão bem em outras ocasiões. Alex sentiu-se esquentar desde o primeiro gole. Engajaram então uma conversa.

- Voce vem sempre aqui, Senhorita Chapman? –Olhou-a. Piper mexeu as pernas cruzando-as tentando controlar algo que despertara agora dentro de sí. “Porra, isso soa tão sexy.”

- Olha... Sempre que posso. –Sorriu repreendendo-se por dentro por dar resposta tão idiota. “Sempre que posso? Qual é, Piper? Você pode fazer melhor que isso.” –E você, Alex... Vem sempre aqui?

- Apenas uma coisa me interessa aqui, Senhorita Chapman. –Sorriu de canto. Aquilo pareceu queimar dentro de Piper que deu um gole generoso no líquido que preenchia sua taça.

- É mesmo? E o que te interessa aqui? –Perguntou.

- Infelizmente não posso revelar. Seria como usar um guarda-chuva. Vai de encontro aos meus princípios. Mas, boa tentativa. –Piper bufou. “Que balde de água fria.” –Riram juntas.

- Ok, ok. –Estendeu as mãos.

- Onde está sua bebê? Tudo corre bem? –Olhou-a tomando para sí o líquido.

- Está bem. Está em casa. –Imitou o gesto.

- Quantos meses ela tem?

- Cinco lindos meses. Está tão esperta. Você tem que ver. –Sorriu.

- Eu tenho mesmo que ver. Mas... Ela é sua sobrinha ou algo assim? –Tentou aprofundar o assunto. A essa altura Piper já conseguia conversar abertamente com Alex. Ela passava essa confiança.

- Ok, lembra a primeira vez que nos vimos? Quando você ficou coberta de terra e... –Deu uma pausa gesticulando com as mãos sobre sua roupa.

- Claro que lembro. Foi constrangedor chegar ao meu hotel coberta por lama. –Sorriu leve. - Mas o que tem aquele dia? –Perguntou já sabendo o que seria dito a seguir.

-  A moça em quem você esbarrou era minha funcionária. O nome era Rose e... –Foi interrompida.

- Era? Ela morreu? –Perguntou tão rápido que derrubou sem querer um pouco do líquido sobre a mesa.

- O que? Claro que não morreu. –Riu. –De onde tirou isso?

- Desculpe. Usei mal as palavras. Ela não trabalha mais aqui? –Apressou-se a perguntar. Estava chegando onde queria.

- Não, ela precisou ir embora e pediu para que eu cuidasse da Chloe, sua filha. –Chapman não via problema algum em conversar abertamente com Alex, afinal, se ela fosse alguém ruim não teria a ajudado no outro dia, não é?

- Ah, olhando bem elas parecem uma com a outra. –Comentou aleatoriamente apenas para amenizar a situação. "Ok, ela é mesmo a filha de Rose, ótimo." Decidiu que por ora já havia colhido informação demais. Precisaria mudar o rumo da conversa. Se Chapman soubesse mais logo ela revelaria. 

A noite acomodou-se por todo o céu do de Manhattan. A conversa evoluiu de Rose e seus interesses para a fazenda onde o pai de Piper morava. Em algum momento Vause perguntou porque ela decidira pelas flores. Não que achasse irrelevante, mas quem responde a “O que você quer ser quando crescer?” com “ Eu quero ser florista.” Ok, Piper respondia, o amor pelas flores vinha de berço. A paixão fora herdada de Bill.

No fim da noite Alex oferecera uma carona em sua moto. A chuva já havia cessado um pouco e Piper aceitou sem hesitar.

- Você não está bêbada, está? –Perguntou quando percebeu que Piper atrapalhava-se com o capacete. Riram juntas. O som da risada de Chapman era agradável aos ouvidos de Alex.

- Não, eu não estou bêbada. –Encaixou o objeto à sua cabeça.

- Ótimo, Senhorita Chapman. –Ergueu a mão para ajudar Piper a sentar-se na moto atrás de sí. “Por que diabos ela me chama assim? Eu adoro que me chame assim.”  Subiu a moto segurando na parte traseira, talvez por vergonha de tocar em Alex. O gesto não passara despercebido.

- Piper? –A moto ainda estava parada em frente a floricultura.

- O que?

- Você precisa segurar.

- Estou segurando. –Alex riu buscando pelas duas mãos de Piper atras de sí e as envolveu em sua cintura.

–Agora você está segurando. “Obrigada por fazer isso.”  Pensou Chapman.


Notas Finais


me alertem caso eu tenha me embolado um pouco com a historia, semana corrida...
vou viajar amanhã então o prox capitulo só na proxima semana
espero que estejam gostando da historia, e obrigada a todas que sempre comentam
beijo <3


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