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História Are you saving me? - Dois


Escrita por: iwsnt

Notas do Autor


Segundo e último

Capítulo 2 - Dois


No dia seguinte eu toquei a campainha de Ryan no horário que havíamos combinado e ele abriu pouco depois. Eu queria dizer que ele estava perfeito. Usava uma calça jeans escura e justa, uma camiseta igualmente justa e seu cabelo estava igual sempre mas eu gostava tanto que sempre me causava alguma coisa estranha quando eu o via. 

Nós falamos poucas coisas no nosso caminho até o cinema. Ryan parecia envergonhado e talvez essas formalidades não fossem nossa cara, mas era tarde demais para pensar nisso.  

O filme era péssimo e Ryan ao meu lado era tentador. Mas ele estava na dele e eu tinha medo de tomar alguma iniciativa. E foi assim que eu consegui passar o filme inteiro: me perguntando se eu deveria tentar alguma coisa ou não, olhando para ele de vez em quando e não recebendo um olhar de volta, não prestando atenção no filme e movendo as pernas o tempo todo por nervosismo. 

Nós conversamos bastante enquanto comíamos e ele parecia agir mais naturalmente agora. Havia algo dentro de mim, algo que não podia ser as famosas borboletas no estômago, porque parecia maior que isso, e estava lá toda vez que ele sorria para mim, me olhava, falava e basicamente fazia qualquer coisa. 

 

Estávamos parados na porta de Ryan e eu não sabia como me despedir.  

- Então... Isso foi divertido. Certo? - Perguntei esperando uma confirmação. 

- Sim. - Ele sorriu de lado. 

Meu coração batia mais rápido do que nunca porque de repente eu fui tomado por uma onda enorme de coragem e eu queria fazer alguma coisa, qualquer coisa, para que ele soubesse que eu queria tanto tanto beijá-lo naquele momento. Eu dei um passo para frente e levei minha mão em seu quadril. Acariciei-o por cima da camiseta e ele olhou para baixo. Nossos pés quase se tocavam agora que eu havia diminuído a distância entre nós. E então ele olhou em meu rosto. 

- Bren, não vamos fazer isso agora. - Ele disse. 

- Hm? 

- Eu e você, não tenho certeza disso. 

- Por que? 

- Você é ótimo mas eu... Eu não tenho certeza se quero isso agora. 

- Olha, eu estou interessado em você, não vou fazer nada do que você pensa que vou fazer. Não quero nada com você do que eu tive até agora com outros caras, eu pensei que você tivesse entendido isso. 

- Você pode... Respeitar isso? Que eu não quero nada nesse momento porque eu não conheço você direito e... Tenho receio do que pode rolar.  

Hesitei. 

- Claro, tudo bem. 

- Que bom. Porque eu não quero deixar de te ver, eu... Gosto de ficar com você. 

- Você vai precisar se esforçar mais que isso se quiser se livrar de mim. 

Eu sorri e ele pareceu ficar menos nervoso em me ouvir fazendo gracinhas de novo, então ele abriu seu sorriso mais lindo, aquele que eu via seus dentes, que era completamente espontâneo mas terminava tão logo. 

- Boa noite então. - Ele disse. 

- Boa noite. 

Ryan entrou e eu virei as costas e fui em direção ao elevador sorrindo mais do que eu deveria para quem tinha acabado de levar um quase fora. 
 

Dar um tempo. Ok. Eu conseguiria fazer isso. Eu era uma pessoa completamente controlada. Eu não precisava beijar Ryan Ross naquele momento, enquanto eu o via sentado na sua cama dedilhando alguma música que não me era estranha no violão. Eu não precisava levantar daquela cadeira e sentar do seu lado, tirar aquele violão do caminho e o puxar para mim. Estava tudo ótimo. Eu nem mesmo o olhava com desejo. Claro que não. E também não havia deixado de beijar qualquer outro garoto que estivesse interessado em mim porque eu só queria saber de um garoto, que estava me dando um certo trabalho para ser conquistado. 

Talvez eu estivesse contando algumas mentiras para mim mesmo, mas era uma forma de tentar suportar essa amizade que eu estava começando a ter com Ryan e que não era exatamente minha intenção. Claro que era ótimo estar com ele e ser amigo dele, mas só eu sabia como eu queria bem mais que isso. Eu queria tudo. 

Ryan começou a tocar Karma Police, do Radiohead, e lembrei de três semanas atrás quando dançamos Creep, da mesma banda, naquele mesmo quarto. Pensando nisso eu comecei a naturalmente resmungar a música junto com a melodia, olhando para um ponto fixo no chão enquanto eu imaginava Ryan e eu em cenários românticos idiotas. 

Eu fui me empolgando mais conforme a música passava e eu já cantava claramente durante o refrão, mas eu ainda estava distraído e pensando em coisas completamente aleatórias como meus dedos embolados no cabelo de Ryan, os penteando, os bagunçando. Não tinha nada a ver com nada, nada a ver com a música, mas eu apenas fui levado para outro mundo. Um mundo onde Ryan não tinha receio de ser usado e jogado fora por mim. Porque era isso que eu pensava que ele tinha receio de acontecer. E talvez ele quisesse esperar um pouco para me conhecer melhor ou ter certeza que eu não desistiria. E eu disse que iria respeitar isso, então era isso que eu iria fazer. Eu o queria muito e eu o esperaria. E até lá eu talvez não conseguisse mais beijar nenhum garoto porque parecia traição, até lá eu olharia para ele e teria que me conter, mas eu estava de acordo com isso. 

Valeria a pena, eu pensava sempre.  

Ryan terminou a música e eu finalmente voltei para a realidade. Eu o olhei e ele me olhava surpreso. 

- O que foi? - Perguntei. 

- Sua voz, você... Não me disse que cantava tão bem. 

Eu abri um sorriso com seu comentário inesperado e ele sorriu de lado, fazendo a expressão de susto desaparecer. 

- Hm, eu não sabia disso.  

Ryan riu. 

- Eu estava te olhando surpreso esperando que você notasse mas você estava tão distraído. 

- Eu nem mesmo notei que eu estava cantando. 

- Vou pensar em outra música. Pra você cantar. 

Eu sorri porque Ryan parecia encantado com essa descoberta de um suposto talento meu. Eu sorri porque ele estava sorrindo e era estranhamente gratificante toda vez que ele sorria assim por causa de mim. 
 

Eu fui abrir a porta da minha casa depois de ouvir a campainha tocar duas vezes em uma sexta-feira à tarde, momento que eu queria aproveitar a solidão e o silêncio em minha casa para dormir a tarde inteira. Mas minha decepção desapareceu quando vi Ryan na minha porta, então eu sorri. 

- Vamos fazer alguma coisa, eu vou morrer de tédio. - Ele disse. 

- Ok. O que você quer fazer? 

Nós estávamos sempre fazendo as mesmas coisas desde que nos conhecemos, há quase dois meses atrás. Nós falávamos sobre música, tocávamos música, conversávamos sobre mil coisas diferentes e voltávamos a falar sobre música. Quase nunca saíamos, mas quando isso acontecia era pra comer alguma coisa e depois voltávamos. Nunca mais fizemos uma tentativa de encontro, como ir ao cinema.

E eu estava perfeitamente bem assim, eu adorava estar com ele e tudo que fazíamos juntos. Eu o adorava cada dia mais. 

Eu especialmente adorava quando fazíamos alguma besteira para comer e sentávamos no chão da cozinha, falávamos sobre assuntos complexos como se soubéssemos algo sobre eles, jogávamos video-game como melhores amigos, mas sorríamos um para o outro com uma intimidade que ia além da amizade. Pelo menos eu gostava de pensar assim. 

E eu estranhava que estávamos sempre na sua casa e eu nunca havia visto seu pai, mas nunca falávamos sobre isso porque deixava Ryan desconfortável. E ele também sempre vinha na minha casa de tarde, quando todos estavam fora, então ele também não havia tido a oportunidade de ver meus pais, e eu agradecia por isso. 

E depois desse tempinho que estávamos sempre nos vendo quando podíamos, passando tardes e madrugadas juntos simplesmente por não ter o que fazer, meu momento favorito ainda era quando Ryan acidentalmente dormiu em sua cama enquanto eu via algo na internet e eu tomei a liberdade de sentar no chão e passar os dedos por seus cabelos antes de ter que me afastar e acordá-lo para dizer que precisava ir embora. Sua expressão estava tão pacífica e eu pude observar todos os detalhes de seu rosto sem que ele notasse, mesmo que eu já os soubesse de cor.  

- Vamos sair. - Ele disse e eu assenti porque aceitaria qualquer convite que ele me fizesse. 

 

Eu levei Ryan até dentro de seu quarto aquela noite porque ele estava um pouco bêbado e eu estava preocupado. Eu sabia que não podia acontecer muita coisa com ele estando dentro de casa, mas mesmo assim eu o quis ver deitado para ficar tranquilo. Eu também estive um pouco bêbado em algum momento da noite, mas agora eu parecia normal. 

Ryan sentou em sua cama e me olhou.  

- Deite. - Falei. 

- Vem aqui. - Ele falou e eu não soube bem o que ele queria dizer com isso. 

Ainda assim sentei ao seu lado achando que ele me diria algo, e eu queria saber o que era porque Ryan era engraçado bêbado e eu tinha escutado várias pérolas que o envergonhariam quando eu o contasse, da próxima vez que eu o visse. 

Ele me olhou nos olhos. Ele parecia cansado. Então seu olhar foi parar em meus lábios, e de volta para os meus olhos e eu não estava gostando do jeito que ele me olhava. Ok, eu estava gostando, mas não deveria estar acontecendo. 

- Seus lábios são incríveis. - Ele disse. 

- Ry, por que você não deita para dormir? 

Ele aproximou seu rosto do meu e tocou meus lábios com os seus por menos de um segundo, porque eu recuei imediatamente e me levantei bruscamente. 

Ele levantou em seguida e se aproximou de mim, mas eu segurei seus braços. Nossos rostos estavam muito próximos e eu sentia o cheiro da sua respiração. Concentrei-me no que precisava ser feito, ignorando o quanto eu queria poder ceder e beijá-lo. 

- Ryan... 

- Eu só quero... Beijar você. - Ele sussurrou e meu deus, como eu fazia para resistir? 

Eu suspirei.  

- Ry, eu quero você. Quero tanto, você nem imagina. Mas não assim. Então apenas... Pare de me olhar desse jeito e deite na cama, ok? Você vai se arrepender depois se não fizer isso. 

Ele suspirou. Virou as costas e se jogou na cama, virado para a parede. Eu tirei seus tênis e os coloquei no chão, em seguida jogando a coberta dele por cima de seu corpo. E então voltei para a minha casa. 
 

Eu ouvi minha campainha tocar no dia seguinte e eu sabia que era ele. Fui até a porta rápido antes que alguma outra pessoa pudesse abrir. Ele sorriu de lado quando me viu. 

- Você tá sozinho? - Perguntou. 

- Não. 

- Queria falar com você um minuto. 

Assenti e saí, ficando no corredor com ele. Fechei a porta atrás de nós e sabíamos o que fazer, então fomos juntos até a cobertura e nos sentamos no chão, no lugar usual. 

- Desculpe por ontem, infelizmente eu me lembro do que aconteceu. - Ele riu seco. - E obrigado por... Você sabe. 

- Não se preocupe. 

- Sério, foi muito legal da sua parte e... 

- Ry. - Interrompi. - É o que qualquer pessoa decente faria. Ok? Não se preocupe. 

- Você é incrível. Não acredito em como eu te julgava mal antes de te conhecer. 

Ele me olhou e eu sorri. Não acharia ruim o que ele disse, afinal todo mundo sempre julgava todo mundo e ele não era o primeiro.  
Ele chegou o rosto perto do meu e me pediu desculpas, e eu queria dizer que estava tudo bem e ele não precisava se preocupar, mas eu não conseguia. Ele me olhava nos olhos, eu sentia seu cheiro e meu coração batia tão rápido que pensei que ele podia ouvir de onde estava. 

Ryan sentou mais perto de mim e nossas testas se encostaram. Eu fiquei quieto, não me atreveria a abrir a boca para falar qualquer coisa. 

Ele deslizou o nariz pelo meu rosto até meu ouvido e eu me arrepiei.  

- Eu amo seu cheiro. - Ele disse baixinho e eu estremeci. - Faça alguma gracinha agora e eu mato você. 

Eu sorri e ele beijou meus lábios. Eu segurei em sua nuca e correspondi. Eu não podia parar e ele também parecia que não pararia, então nos beijamos por tanto tempo que eu não sabia dizer ao certo. Separávamos os lábios apenas por segundos para respirar fundo e chocávamos nossos lábios novamente como se mantê-los afastados fosse muito difícil. E eu quis tanto aquilo, desde que o conheci. 

Nós estávamos ligeiramente sem ar e eu arfei entre seus lábios. Ryan levou a mão que estava em minha nuca para o meu rosto e acalmou nosso beijo. Segui seu ritmo. Ele me beijava lentamente agora, eu sentia seu cheiro e seu gosto precisamente, e era a melhor sensação que eu já tinha provado. Seu toque, seus lábios, sua língua, seu gosto e seu cheiro. Tudo me dominava, me hipnotizava.

Então ele separou nossos lábios e apenas olhava em meus olhos. Ele estava ofegante. Metade do seu rosto estava iluminado pela luz da lua e eu via apenas um de seus olhos brilhar, enquanto o outro estava ligeiramente escondido embaixo de uma mecha de cabelo. 

- Eu gosto muito de você, Ryan. - Eu sussurrei perto de seu rosto, sério para que ele soubesse que eu não estava brincando. - Você acredita em mim?  

Ele beijou meus lábios e por mais incrível que isso fosse, eu queria que ele respondesse. Mas ele não respondeu e eu não conseguia interromper aquele beijo por nada. Ele de repente se afastou de mim. Eu vi seus lábios mais avermelhados que o normal e era lindo e excitante pensar que estava assim de tanto me beijar. 

Ele se levantou e esticou a mão para mim. Eu a peguei e me levantei também. Ryan e eu andamos de mãos dadas em direção a escada. Eu não sabia quais eram os planos dele, mas parei entre um lance de escada e outro e o puxei para mim. Juntamos nossos corpos e voltamos a nos beijar. Eu o prendi contra a parede. Não acreditava que finalmente estava o beijando. E era tão intenso. Meu coração parecia que não voltaria a bater normalmente nunca mais, ele estava acelerado desde que Ryan me beijou pela primeira vez. Suas mãos estavam em meus quadris inicialmente, mas agora eu não sabia mais. Elas passeavam por meu corpo e eu sentia ele me tocar todo, mesmo que ele só estivesse com as mãos em minhas costas, em minha nuca, ou onde mais ele alcançava. 

Os únicos sons que eu ouvia vinham de nossos lábios que se separavam de vez em quando apenas para se encontrarem em seguida de um jeito diferente, e Ryan arfando, Ryan suspirando, Ryan ofegando. 

- Fica comigo. - Ele sussurrou entre nossos lábios. 

- Hm? - Perguntei, sem entender na hora o que ele estava pedindo. 

- Essa noite, dorme na minha casa. 

- Sim. - Respondi prontamente. 

Nunca poderia negar tal pedido. Ryan sorriu entre meus lábios e eu o puxava como se ele pudesse chegar mais perto. 

Eu parei de beijá-lo uns instantes para olhar seu rosto. Seus lábios estavam ainda mais avermelhados, e eu sabia que os meus também estavam pois eu os sentia formigar. Ele me olhava nos olhos sério, com desejo, e era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Mas eu queria que isso fosse especial para ele, e que ele soubesse que era especial para mim. Tudo bem, eu estava completamente duro e eu sentia que ele estava também, mas eu não me importava com isso agora. 

Eu queria aproveitar cada segundo e cada parte de Ryan. 

- Ry. 

- Hm? 

- Preciso ir em casa avisar meus pais primeiro. 

- Ok. 

Eu sorri. 

- Eu vou lá e depois vou até sua casa, ok? 

Ele assentiu. Beijei seus lábios de novo porque eu não achava possível me acostumar com aquilo um dia. Então nos separamos. 

Fui até meu apartamento pensando em como falaria isso para a minha mãe. Eu não falava com ela nem com meu pai direito ultimamente, e além disso eu teria que dizer que dormiria na casa de um amigo, o que com certeza os faria pensar que estaríamos nos pegando. O que provavelmente seria verdade. 

Entrei em casa e não os vi por perto. Os dois deveriam estar no quarto então tomei uma decisão que provavelmente traria consequências ruins, mas eu arriscaria. Peguei algumas coisas e coloquei na minha mochila, escrevi um bilhete dizendo que tinha ido dormir na casa de um amigo e o deixei na minha cama. Pensei duas vezes antes de colocar um lubrificante na mochila, mas acabei colocando. Eu não sabia o que aconteceria e, se não acontecesse nada, eu não ligaria. Eu queria quando ele quisesse. Se ele quisesse. Resolvi não pensar nisso muito e saí rápido antes que alguém me visse. 

Toquei a campainha de Ryan e ele abriu a porta pouco depois.  

- Já? - Perguntou e me deu passagem, então eu entrei. 

- Eu deixei um bilhete. 

- Você achou que era uma boa ideia? 

- Não, mas eu não falo com meus pais direito desde que eles descobriram que eu era gay, a gente briga o tempo todo e eu não achei que eles deixariam eu dormir na casa de um garoto depois de tudo isso. 

Ryan sorriu de lado. 

- Você tá ferrado quando você voltar. 

- Vai valer a pena. 

Ele sorriu e eu o segui para o seu quarto. Coloquei minha mochila no chão e ele sentou na cama. Sentei ao seu lado e não sabia bem o que ele queria fazer. Queria continuar de onde paramos mas tinha receio de tomar iniciativa. 

- Então, onde você vai me colocar pra dormir? - Perguntei. 

- No chão. Mas eu não tenho outro colchão, então espero que você não se importe em dormir no duro. Claro que eu vou te dar uma coberta, mas travesseiro não vai rolar. Você se vira. 

Eu o olhei e ele sorriu. 

- Você está muito engraçadinho, Ryan Ross. 

- Você achou que ia dormir na minha cama? 

- Hm, eu achei que ia dormir em uma cama. 

Ryan riu. 

- Você estava enganado. 

Eu sorri e puxei as duas pernas de Ryan, o fazendo deitar na cama. Debrucei-me sob ele. 

- Só vou ficar aqui porque você é muito bonito. Mas você precisa melhorar suas ofertas. 

Ele sorriu e me beijou e eu ainda estava fascinado que isso estava de fato acontecendo. 

- Ok, eu deixo você ficar na minha cama. - Ele disse entre nossos beijos. - Mas saiba que vamos ficar apertados aqui. 

- Melhor ainda, então. 

Nós voltamos a nos beijar sem interrupções. Eu abracei seu quadril e ele fez o mesmo, deslizando uma de suas mãos por baixo da minha camiseta. Entrelaçamos as pernas de qualquer jeito, um lençol da cama embolado entre nós. 

Não demorei muito para ficar completamente excitado novamente. Larguei os lábios de Ryan para beijar seu pescoço e ele ofegou. Passei minha mão lentamente por cima do volume em sua calça simplesmente porque a vontade e a curiosidade estavam me matando. Senti-o pulsar contra a minha mão. Não tinha a intenção de fazer isso, mas naquele momento eu não consegui me conter e abri o botão de sua calça. Eu queria tanto senti-lo que não pensei em mais nada. 

- Bren? - Ele sussurrou. 

Parei onde eu estava e o olhei no rosto. 

- Hm? 

- O que... Você está fazendo? - Ele me olhou sério e eu sorri de lado. -  Eu só... Estou com um pouco de receio porque eu nunca... Você sabe. Estou com vergonha.  

Ryan escondeu o rosto no meu ombro e eu sorri comigo mesmo porque ele era tão adorável.  

- Ry. - Chamei-o. - Olha pra mim. 

Ryan afastou seu rosto e olhou em meus olhos, seu rosto levemente avermelhado. 

- Vou te dizer o que eu pretendia fazer e você me diz se você está a fim. - Eu sorri e Ryan parecia ainda mais envergonhado. - Ok? 

- Ok. 

- Eu estou nervoso e com vergonha também, não se engane. - Eu disse enquanto deslizava o nariz por seu pescoço. - Eu só finjo bem. - Eu o vi sorrir e beijei seu pescoço. - Sabe o que eu queria fazer agora? - Comecei a falar baixinho perto de seu ouvido. - Tirar sua camiseta, beijar todo seu peito, seus ombros, sua barriga. Abaixar sua calça e o que tiver embaixo dela, te colocar todo na minha boca. 

Eu vi Ryan separar seus lábios soltando um gemido baixo. Eu não podia negar que havia imaginado Ryan gemendo várias vezes, eu até havia sonhado com isso. Na maior parte do tempo eu parecia um idiota apaixonado que imaginava cenários românticos e me pegava sorrindo sozinho em meu quarto com isso. Mas muitas vezes as coisas mudavam e eu o imaginava sem roupas, o imaginava fazendo mil coisas diferentes comigo e sempre que imaginei Ryan emitindo qualquer som, eu nunca seria capaz de imaginar que seria tão maravilhosamente excitante como aquilo havia sido. Eu quase gemi também só de ouvi-lo, mas não o fiz. Eu o olhei nos olhos, tirei seu cabelo da frente de seu rosto e o beijei lentamente. 

- Você quer? - Perguntei entre nossos lábios. 

- Sim. - Ele ofegou. 

Eu tirei a camiseta de Ryan e fiz exatamente o que eu disse que faria. Beijei todo seu corpo até chegar na barra de sua calça. Eu o olhei e ele me olhava de volta com desejo, sua expressão tão linda que bastava aquilo para me deixar louco. Tomei uns segundos para apreciar seu corpo. 

Puxei lentamente sua calça para baixo e mordi meu lábio inferior quando vi Ryan duro daquele jeito, preso a uma boxer preta. Puxei-a para baixo e o vi diante de meu rosto. Eu queria enrolar, beijá-lo todo, fazê-lo pedir, mas eu não conseguiria. Segurei seu pênis e comecei a chupar a glande enquanto o masturbava lentamente. Ele soltou um gemido longo quando o toquei e isso me estimulou a ir um pouco mais rápido. Eu estava sofrendo para resistir a urgência de me tocar também. 

Ryan gemia e até puxava um pouco os meus cabelos enquanto eu o chupava da melhor forma que eu conseguia, porque eu só queria que ele ficasse louco de prazer, eu queria que ele não esquece daquilo jamais, não esquecesse de mim. 

- Brendon. - Ele gemeu e eu olhei para cima para vê-lo, sem parar o que eu estava fazendo. - Eu vou...  

Ele não terminou a frase mas eu já sabia. Senti ele gozando na minha boca e não parei de chupá-lo até ele terminar. Ele gemeu alto e moveu o quadril contra mim, puxando meus cabelos com um pouco mais de força, e enfiando as unhas em meu ombro com a outra mão, por cima da minha camiseta. 

Eu puxei suas roupas de volta para cima e deitei ao seu lado. Fiquei observando o rosto de Ryan enquanto ele recuperava sua respiração. Ele estava de olhos fechados, lábios entreabertos, respiração ofegante. Finalmente ele abriu os olhos e virou o rosto no travesseiro para me ver.  

Eu sorri e ele suspirou. 

- Você é lindo. - Falei. 

Ryan sorriu e olhou em meus olhos. 

- E você é incrível. Eu... Isso... Meu deus. 

Eu ri e ele fechou os olhos novamente, ainda sorrindo.  

Eu deslizava meus dedos pelos cabelos de Ryan já havia um bom tempo e eu não sabia mais se ele estava acordado. Mais um tempo passou e ele respirava profundamente, então soube que ele dormia. Afastei-me dele da forma mais delicada que encontrei para pode levantar e apagar a luz, mas Ryan abriu os olhos e me olhou com estranhamento. 

- Onde você vai? - Resmungou.

- Desculpe, eu ia apagar a luz só. - Falei. 

- Hm. Dormi sem querer. 

- Volte a dormir, vou apagar a luz, tá? 

Ryan assentiu. Levantei e apaguei a luz. Quando voltei Ryan estava jogando sua calça no chão e se ajeitou na cama em seguida.  

- Posso tirar a calça também? - Perguntei. 

- Uhum.  - Falou, sonolento.

Eu fiz isso e deitei ao seu lado. Não tirei a camiseta para não ficar tão semi nu, apesar de Ryan estar apenas de boxer ao meu lado. Abraçou meu quadril com um de seus braços e eu fiz o mesmo com ele. Ele voltou a dormir logo, mas eu demorei um tempo. 

Eu esperava a chegada desse dia, mas eu nunca pude ter certeza que ele chegaria. Eu só torcia. E agora Ryan estava dormindo ao meu lado e eu sorria sozinho sem conseguir parar de pensar nisso. Ele estava me abraçando, respirando contra a minha pele, eu sentia seu cheiro, ele estava ali de fato e eu podia passar os dedos por seus cabelos se eu quisesse. 
 

- Ry. - Eu ofeguei entre nossos lábios no que nos beijávamos intensamente. 

- Hm? 

- Eu preciso ir pra casa. 

- Não. 

- Sim. - Eu ri entre nossos lábios pois Ryan não me deixava separar o beijo, sempre encontrando meus lábios com os seus novamente. Segurei seu rosto delicadamente para que ele parasse e olhasse para mim. - Eu queria poder ficar mais, mas meus pais estão me enchendo muito o saco ultimamente, você sabe. Eles meio que imaginam que eu não sou apenas seu amigo. 

- Eu te vejo amanhã? 

- Claro. 

Ryan sorriu e eu levantei da sua cama. Ele foi comigo até a porta e me beijou mais uma vez antes de me deixar ir. 

Meus pais estavam desconfiados que eu passava muito tempo fora de casa. Eu nunca falei nada muito específico sobre Ryan e desde que nos conhecemos eu tenho de fato passado mais tempo fora do que nunca. Eu não poderia dizer nada a eles porque eles nunca acreditariam que éramos apenas amigos (com razão).

Tudo que eles sabiam era que eu às vezes dormia na casa dele, mas eu nunca disse que ele morava no mesmo prédio que nós. Meus pais estavam pegando mais no meu pé desde que dormi na casa de Ryan na semana anterior, na primeira vez que ficamos. Parecia que eles sabiam, mas talvez eu só estivesse aparentando que estava mais animado desde aquele dia.

Ryan e eu, desde a semana passada, não fizemos mais nada além de nos beijarmos por horas. Havíamos tido oportunidade mas eu não sabia se estava tudo bem para Ryan ou se semana passada havíamos nos precipitado. Eu havia me precipitado, na verdade. Eu o queria muito mas não tinha nenhum sinal da parte dele, então estava esperando um certo tempo. 

Eu entrei em casa e fui interrogado pela minha mãe, que não ficou satisfeita em ouvir que Ryan era meu amigo e insistiu no que eu fazia passando tanto tempo com ele. Eu disse que nós tínhamos certa afinidade musical, o que não era mentira, e nós tocávamos violão e cantávamos juntos, o que também não era mentira. Eu tive que ouvir ela me chamar de tudo, afinal ela não acreditou em nada que eu disse. 

Ela gritava para eu abrir a porta do meu quarto no que eu jogava uma roupa qualquer dentro da minha mochila, jogando no chão os cadernos que antes estavam lá. Eu abria a porta e ela me seguiu, ainda gritando comigo sobre ir "dormir na casa de algum bichinha", e eu pretendia fazer exatamente isso no que saí e bati a porta atrás de mim. Eu apertei o botão do elevador várias vezes, olhando para trás para checar se ela havia me seguido. 

Toquei a campainha de Ryan. Lágrimas escorriam por meu rosto e eu me senti patético. Eu estava da mesma forma que quando encontrei ele pela primeira vez. E graças a ele eu não subiria até a cobertura. Eu não faria nada além de tocar a campainha dele e torcer para ele ser meu refúgio, como ele tem sido nos últimos meses. 

Ele abriu a porta e seu rosto ficou imediatamente triste e surpreso quando me viu. 

- Bren... 

Ele me puxou para dentro e me abraçou. Eu correspondi. 

- Posso dormir aqui com você? - Perguntei e notei minha voz chorosa. 

- Claro, claro que sim. 

- Obrigado. - Resmunguei. 

- Não é nada, está tudo bem. Seus pais de novo? 

- É. 

- Pare de chorar, ok? É muito ruim te ver assim. 

Eu tentei me acalmar, ainda com o rosto escondido no pescoço de Ryan. 

- Bren, você não merece isso, eu queria tanto poder fazer alguma coisa. 

- Você já está fazendo. 

- Vem. 

Ryan me levou até seu quarto. Eu coloquei minha mochila ao lado de sua cama e deitei. Ele fechou a porta, a trancando em seguida.

Deitou do meu lado. Percebi sua cama quente e só então estava prestando atenção em Ryan direito. 

- Você estava dormindo? - Perguntei. 

- Quase. 

- Desculpe. 

Ryan me reprovou com o olhar e eu sorri de lado.  

- Eu estava pensando em você. 

- O que você estava pensando? 

- Em você, só. 

- Eu fazendo o que? 

Ryan sorriu envergonhado. 

- Não vou te falar meus pensamentos. 

- Nem um pouquinho? Era tão ruim assim o que você estava pensando? 

- Cala a boca.  

Eu ri e ele revirou os olhos, e então percebi o que Ryan fazia comigo. Nós éramos nós mesmos novamente, quando estávamos juntos, e eu nem pensava mais no que tinha acontecido minutos antes de eu estar ali, deitado na cama de Ryan, vendo seu rosto ficar levemente avermelhado porque eu era um idiota - mas ainda assim ele sorria. 

- Não estava pensando em nada demais. - Falou depois de ficarmos quietos alguns segundos. 

- Se você não vai me contar então vamos mudar de assunto porque eu estou ficando curioso. 

Ryan não disse nada. Mexia em meus cabelos lentamente, mas eu não estava com sono. Estava tarde e ele provavelmente queria dormir, mas eu sabia que não conseguiria. 

- Ry? 

- Hm? 

- Você já dormiu com uma garota? 

Ele ergueu a sobrancelha, provavelmente estranhando minha pergunta. 

- Hm, não. Nem com um garoto, antes que você me pergunte. 

- Você é tão diferente das outras pessoas. Você me diz a verdade. 

- Acho que você só está romantizando o fato de eu ser virgem. 

Eu ri. 

- Claro que não, você sabe do que estou falando. Como as pessoas mentem para parecerem interessantes. Isso não me atrai. Você sim, é interessante. Como você revira os olhos quando eu falo alguma coisa idiota. Como você me beija, como você age naturalmente perto de mim. Você foi a primeira pessoa que fez eu sentir que minha companhia importava. 

Ryan sorriu e me beijou.  

Eu achava estranho como o garoto mais bonito que eu já tinha visto se isolava tanto e não se relacionava com ninguém. Mas eu sabia que o achava mais interessante por ser assim, por não ser como ninguém que eu já tinha conhecido antes.  

Ryan arfava entre os meus lábios. Eu já estava por cima dele e não pensava nenhum segundo sobre o que tinha acontecido para eu ir parar na sua casa. Ryan, eu, aquele quarto, nossos beijos, nossas mãos no corpo um do outro, era tudo que existia no meu mundo aquele momento. 

- Bren... - Ele disse meio gemido. Eu o olhei nos olhos. - Eu não consigo mais... Eu preciso que você me toque. 

Eu sorri de lado e avancei em seu pescoço. Beijei-o ali enquanto abria sua calça calmamente. Eu não sabia como estava fazendo qualquer coisa calmamente. Mas eu precisaria disso agora, com as intenções que eu tinha. Coloquei uma mão dentro de sua calça e o senti por cima de sua boxer. Ele gemeu perto de meu ouvido, o que me levou a morder de leve a pele de seu pescoço. Passei a mão por toda sua ereção lentamente, apertando de leve em minha mão para o sentir o melhor que eu podia por cima da roupa íntima. 

- Ryan. - Falei perto de seu ouvido. 

- Hm? 

- Você quer fazer amor comigo? 

Eu não obtive resposta de imediato, então olhei Ryan nos olhos. Ele me olhava com desejo, mas parecia não saber o que dizer. 

- Eu... Quero, mas... 

- Você quer me foder? 

Ryan parecia que não esperava que eu fosse dizer algo tão direto. Mais uma vez senti que ele não sabia responder. 

- Se você quiser, eu te deixo fazer isso agora mesmo. 

Ele me olhou nos olhos. 

- Ok. - Sussurrou. 

- Você quer? 

- Sim. 

Eu sorri. 

- Que bom, porque eu quero você demais. 

Ryan gemeu e me beijou. Ele nos trocou de posição e nós nos despimos com certa rapidez enquanto nos beijávamos. Estávamos ambos apenas com roupa íntima quando Ryan separou nossos lábios e me olhou. 

- Você já fez isso antes? - Peguntou. 

- Não. - Respondi. 

- Não? - Ryan perguntou surpreso. 

- Você acha que eu transo com todo mundo, não é? 

- Não... - Ryan pareceu arrependido. - Não é isso, desculpa. Eu... Achei que você tinha proposto porque seria mais fácil. Porque você já tinha feito. Eu estou com receio agora. 

- Eu confio em você. 

- Mas eu não confio em mim e... 

- Ry, não é nada complexo. Ok? Eu já estive no seu lugar. O contrário não, mas já fiz do outro jeito e... Vai ser incrível, tá? Eu é que deveria estar com medo aqui. 

- E se eu fizer algo errado? Eu não quero machucar você. 

- Ry, pega o lubrificante na minha mochila. Vamos devagar, tá? 

Ryan esticou o braço e abriu uma minha mochila. Revirou minhas coisas e encontrou o lubrificante. Eu puxei para baixo minha roupa íntima e só me toquei que Ryan nunca tinha me visto nu quando notei seu olhar fixo na parte do meu corpo que agora estava descoberta. Senti um pouco de vergonha, mas o olhei e vi ele mordendo discretamente o canto do lábio antes de desviar a atenção para a embalagem na sua mão. 

- Brendon, você tem certeza? 

- Absoluta. 

Ryan sujou seus dedos de lubrificante e me olhou um pouco perdido. Eu abracei seu quadril com as pernas, as abrindo um pouco para facilitar seu acesso. Ele levou um de seus dedos até a minha entrada e o forçou para dentro. Ele observava meu rosto o tempo todo e eu achava adorável como ele estava preocupado. Então ele empurrou mais um. Um dedo era normal, dois dedos já começaram a me incomodar. Mas eu o deixei prosseguir.  

- Você acha que eu deveria pôr mais um? 

- Sim. 

Ryan tinha agora três dedos dentro de mim. Ardia um pouco. Movi o quadril contra seus dedos e os senti indo mais fundo. Ele aumentou um pouco a velocidade e me acertou a próstata, então eu soube que esse era o motivo de eu estar fazendo aquilo, porque era sensacional. Eu gemi e Ryan parou os dedos onde estavam, me olhando desconfiado. 

- Tá doendo? - Perguntou. 

- Não, Ry, isso foi incrível. 

Ryan sorriu aliviado e me acertou de novo ali.  

- Ry, eu... Quero você agora. 

Ele beijou meus lábios enquanto gentilmente deslizou os dedos para fora de mim. Passou lubrificante por todo seu pênis e o posicionou perto da minha entrada. 

- Avise se quiser que eu pare. Ok? 

Assenti. 

Algumas vezes pensei em pedir para que ele parasse, mas então eu pensava em como aquilo ficaria melhor em breve. Ou então eu o olhava e ele mal conseguia se conter, deixando sua boca abrir e seus gemidos escaparem tão eroticamente que eu nunca me atreveria a pedi-lo para parar. 

Ryan era lindo, era a coisa mais excitante que eu já tinha visto. Quando ele ia e depois voltava. A forma como ele mordia os lábios. Como ele me olhava para checar se estava tudo bem, quando ele mesmo não parecia bem. Ele parecia completamente dominado pelo prazer. E quando eu o senti me acertar no lugar certo, nós gemíamos juntos desesperadamente. E era maravilhoso. Vê-lo, senti-lo, apertar sua pele com minhas unhas, beijá-lo e ouvi-lo gemer, arfar, ofegar, tentar dizer meu nome e terminar com palavrões ou gemidos, às vezes ambos. 

Ele jogou a cabeça pra trás e gozou, e gemeu alto meu nome, apertou meu quadril contra si com força, e eu não pude evitar e gozei na minha mão, sujando nós dois e gemendo ainda mais alto que Ryan. 
 

Ryan voltou do banheiro e deitou ao meu lado. Eu deslizei o dedo por suas costas. Ele me olhou nos olhos mas não dissemos nada por longos minutos. Ele virou para o outro lado. Passei meu braço em volta da sua cintura e beijei sua nuca, chegando mais perto e encostando o peito em suas costas. 

- Bren. - Ele sussurrou. 

- Sim? 

- Você vai perder o interesse em mim? 

A princípio fiquei incomodado com a pergunta, pensando que mesmo depois de todo esse tempo Ryan achava que eu só queria transar com ele. Mas pensei direito no que dizer. Eu gostava muito dele, e estávamos em um momento tão incrível que a última coisa que eu queria era estragá-lo. E ele não tinha culpa de ser inseguro. Eu faria o melhor para fazê-lo ver como eu queria estar ao lado dele e só. 

- Não seja bobo. - Eu disse e o puxei para que ele se virasse. Ele me olhou. - Você é a coisa mais linda que já aconteceu comigo. Você acredita em mim? 

Ryan sorriu de lado e assentiu. Eu não pude evitar sorrir também.

- Você quer ficar comigo, Ryan?  

- O que você quer dizer? 

- Você quer ser meu namorado? 

Ryan sorriu e senti meu coração batendo rápido. Eu não tinha planejado aquilo e realmente não ligava pra rótulos, mas queria que ele entendesse que era sério assim que eu o levava. 

- Eu... Não sei, nunca fui namorado de alguém. 

Eu ri. 

- Nem eu.

- Não sei o que dizer. 

- Diga sim. 

Ele ainda sorria e eu o olhava na expectativa de que ele também me quisesse como eu o queria. 

- Ok... Sim. 

Eu sorri e beijei seus lábios, o puxei em meus braços e o segurei forte como se ele pudesse fugir, mesmo que ele estivesse me abraçando de volta. E eu adoraria me apaixonar por ele. Eu adoraria que ele fosse meu primeiro amor. E eu sabia que, por causa dele, eu nunca mais subiria na cobertura daquele prédio pensando em pular. E eu faria de tudo para que ele também nunca mais quisesse fazer aquilo.


Notas Finais


GENTE
Eu sei que poucas pessoas leem fic ryden pq já faz 600 anos que o Panic! se separou e etc mas pfvr se vcs são ainda alguns dos poucos, registre aqui sua existência com um review pra eu saber o que vc achou <3
Esse foi meu pedido encarecido pq eu nao queria parecer uma desesperada MAS seria bem legal se vcs falassem algo pq eu sempre escrevo pensando no que vcs, os shippers dedicados, acharão

OBRIGADAAAAA
Amo vcs mesmo se vcs nao quiserem dizer nada <3


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