História Are You Strange Like Me? - Prologue

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​Im Jae Bum

​​Sabe quando o mundo é extremamente grosso? Ou rude consigo? Não? Pois bem, me dê então a permissão de lhe contar então, pois este destino, não desejo a nem meu pior inimigo. As ruas que a noite parecem tão claras em um passeio noturno junto com sua família, se tornam escuras, nas esquinas e vielas por onde ninguém olha, por onde ninguém passa. Quem está na escuridão, vê só somente um filete de luz ou uma mão amiga a cada um ou dois anos, porque onde estamos não se pode confiar.

O pior em tudo que já senti ou vivi, foi a morte, o ser humano é cruel, irracional, completamente diferente próximos de um e na frente de outros. O ser humano é ganancioso e egoísta e por causa disso, não ajuda ou mantém sua própria espécie. Pisa nos menores e bajula os maiores, chora para uns e gargalha para outros. Isso é a completa loucura​, que só vê quem está nos becos.

Aos meus 3 anos, conheci a noite escura de uma viela, mas era inocente demais, abandonado demais, perdido demais para entender o que ali acontecia.

Aos meus 7 anos, já possuía a malandragem de um jovem, era astuto, era o suficiente para sobreviver. Porém, em um dia em que estava brincando, em meu lazer —que era o mais difícil de se existir — com meus amigos, os únicos que confiava: Mark e Jinyoung. Os dois eram mais juntos que unha e carne, era bom e confortável estar com eles, eles cuidavam de mim, Jinyoung de uma forma materna, Mark de uma forma paterna, por serem mais velhos que eu, eles tinham seus 12 e 14 anos respectivamente, mas que eram cúmplices do que eu precisasse.

Nesse dia eles foram buscar um almoço, que era dado pela "mãe das crianças de rua", a senhora Sun Hee, era calma, uma senhora serena e amável e eu fiquei os esperando, brincando com a bola velha e surrada, que havia recebido das doações a alguns meses. Até que um dos garotos mais velhos, acho que possuía seus 17 anos, era esguio, demasiado forte para um corpo que parecia tão simples e delicado. O mesmo tentou pegar meu brinquedo e eu obviamente, não permiti isso, puxava a bola com toda força que tinha. O menino me pôs contra a parede, e me deu socos e chutes e eu em meio aos gritos de dor, me perguntava "​Por que as pessoas são assim?". ​Veja bem, eu era uma criança, não sabia o porque da vida. Antes de apagar por completo, vi Mark socar o menino e em meio as lágrimas e sangue que desciam por minha face, me permiti sorrir, mesmo que ali houvesse dor, ainda assim haveria amor.

—Quebra de tempo: 11 anos depois; Seul, noite de 19/06. 23:30 —

​​Agora, com meus 18 anos, tinha uma casa para morar, comida na geladeira, e uma cama para se deitar. Quando completei 16 anos, comecei a trabalhar, cheguei até mesmo a estudar, e hoje tinha como viver, mesmo que com tanto tempo dormindo entre ratos e papelão, uma casa simples e aconchegante era basicamente uma mansão.

Me deitei no colchão que se afundou com meu peso, estava exausto pelo dia desgastante, quase dormia sem ao menos retirar meu uniforme. Porém fui acordado com batidas desesperadas na porta de minha humilde residência.

"​Quem seria essa hora da noite?"