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História Are You Strange Like Me? - I'm the king of the castle.


Escrita por: Gangs_jjb

Notas do Autor


Não vou dizer nada, se não me perco. Enfim, curtam bem a fic.

É TIPO PARA CURTIR MESMO, TIPO OI FAV SEU DEDO VAI AMAR O FAV Q

Perdão, mas vamos lá.

Capítulo 4 - I'm the king of the castle.



  ✙ ✚ ✛ ✜ [✝] ✞ ✠

​​  Jackson Wang

Como posso explicar o sentimento de sufocamento? Bem, explicar além de uma simples falta de ar, porque sinceramente, não era só isso. Doía muito mais. Não, não estou dizendo o sentimento de ser enforcado por outras meras mãos humanas. É bem pior que isso, se sentir sufocado com palavras. Elas são o pior veneno, porque machucam, com espinhos, rasgando sua garganta até chegar em seus pulmões e ai sim acabar com seu oxigênio, mas bem antes disso elas se infiltram em seu coração e criam raízes ali e essa dor era insuportável. 

Eu posso ser a pior pessoa que vocês já possam ter conhecido, porém, eu ainda sou humano, ainda sinto dor e sinto muito, não uma física, os cortes de uma faca, não eram nada comparados a dor da solidão. 

Naquele mundo em que habitava, com as pessoas que conhecia, com as pessoas que me mantinha, eu não podia confiar. E talvez, por nunca ter confiado, eu nunca fiz questão de tentar, mas esqueci que era humano, esqueci que ainda tinha um coração que pulsava incessantemente, esqueci que tinha necessidades, esqueci que também necessitava de atenção. Eu esqueci o que era existir.


Semanas passaram após minha quase morte e eu não conseguia esquecer o sentimento de calor que o local onde passei uma única noite era bom, me senti seguro, pelo simples fato de não estar sozinho e eu me assustei por nunca ter presenciado tal sentimento anteriormente.

Durante minha vida toda tentei dispersar a solidão com o sexo, era idiota, eu sei. Mas, após um tempo percebi o quão vazio eram aqueles toques, o quanto os lábios que percorriam minha pele, não demonstravam nada e parei quando nem mais prazer eu sentia. Meu jeito extrovertido escondia esse lado tristonhos, minhas piadas constantes independente da situação, escondiam minha dor que só fui perceber ser preenchida pelas cicatrizes fisicas que eu tinha, cada corte que eu levava, cada tiro de raspão, me dava uma alegria, um sorriso aberto, porque aquilo doía menos que a solidão e eu sabia merecer aquilo.

Era tarde da noite, meu corpo queimava em febre enquanto eu tentava respirar normalmente, minha camisa estava no chão e minhas mãos arranhavam meu peito com força, tirando sangue daquela área. Queria sentir dor, porque mais um surto, mais um entre muitos acontecia de novo. Acordar sufocado, com essa dor inconstante era comum, meu peito subia e descia, junto com as lagrimas que escorriam de minha face, cada arranhão era uma tentativa de melhorar, mas era impossível, não estava dando e eu só sabia gritar por socorro, mas quem iria me responder? Eu estava sozinho. Sorri em escárnio com minha situação desesperada.

Meus pesadelos e dores, não eram pelas pessoas que matei, afinal sei o quão pior que eu elas eram, nunca matei um inocente, nunca faria isso. Mas, mata-los, não me fazia pior que os mesmos? Eu era tão ruim assim? 

Me desconcertei assim que meu telefone tocou, não tinha nada a perder, quem me "conhecia", sabia de minhas crises. Atendi o aparelho com a voz rouca, e a respiração demasiadamente ofegante, além do simples "alô" ter saído falho.

— Ah... Eu queria falar com um jovem, ele é loiro, possui alguns piercings, mas acho que deve ser engano, me perdoe. — A pessoa ao fundo iria desligar, se eu não tivesse impedido com um fom falho.

— Esse jovem se chama Jackson Wang e você fala com o próprio. — Mantive a seriedade assim como pude, podia ser qualquer, talvez alguém vingativo.

— Pensei que tivesse me dado um número falso. Quem assina como "loira do banheiro" — Aquela voz, era o moreno, com certeza o rapaz que agora devia minha vida.— Você se apresentou agora, e como eu não me  apresentei naquele dia, sou Im Jaebum. — Por algum motivo a risada suave e que ainda tinha um nivelamento um pouco sério, me fez relaxar, me pondo a sorrir fechado e de lado. Como era possível?

— Assinei como loira do banheiro, por estar sagrando quando nos conhecemos, o que não é diferente de agora — Disse rindo fraco, porém me lembrei do porque ter deixado o bilhete com meu número, para o caso de perigo. Me sentei na cama, sentindo meu corpo reclamar. — Você esta bem? Aconteceu algo?

— Como assim sangrando? Você esta bem? — Perguntou o outro e ri de sua preocupação.

— Eu quem perguntei primeiro, me responda.  

— Eu estou ótimo, senhor Wang. — senhor Wang!? Esse cara estava me chamando de velho!? Assim na cara dura!? Eu era um novinho muito bem conservado, uma "ninfeta enxuta" -fora um apelido nada bonito que recebi — E sim, aconteceu algo, estava a vasculhar minhas coisas e achei seu número, lembrei do almoço que havia deixado para mim e pensei se não custava lhe pagar um jantar, já que foi tão bom em me fazer comer algo diferente de salgadinhos. — Esse rapaz era louco? Ao menos me conhecia e me chamava para jantar?

— Primeiramente, senhor é o seu... Aishi. E você não sabe nem quem eu sou, como poderia me chamar para sair? Vamos ficar brincando nesta troca de favores? — Disse em um tom debochado.

— Eu só fui educado, seu estressadinho. Bem, se eu não sei quem é. Que tal jantarmos para eu descobrir quem você? E você esta me devendo sua vida, não aceitar isso seria muita falta de educação. — Ele disse em um tom risonho. Será que ele era sempre assim? Ouvi alguém dizer ao fundo algo como "por que esta rindo tanto". Ri com o tom de voz brincalhão do terceiro e percebi nervosismo na voz do outro.— Me encontre na estação principal, às 20:00, se não estiver lá, eu juro que tiro a vida que salvei. — Disse apressado e logo em seguida desligou. Fiquei a encarar o telefone em minhas mãos com um rosto incrédulo, como ele poderia ser tão abusado? Mas, depois daquela conversa, esqueci a dor que me sufocava e só resmungava das dores dos arranhões em meu peitoral. Como era possível um efeito desses depois de uma simples ligação?


                       ♛ ♚ ♝ ♞ ♜ ♟

                         Im Jae Bum

Naquela manhã onde minha casa parecia ter recebido um furacão de tão desarrumada. Decidi deixa-la em um estado descente, antes de Mark e Jinyoung aparecerem para conversarmos, descontrair. Eles sempre faziam aquilo para eu não me sentir sozinho ou infeliz. 

No meio da arrumação, achei aquele bilhete, daquele mesmo dia louco, em que nada fazia sentido, porque aquela criatura loira tirava o sentido das coisas. "Como esperava que eu ligasse depois de me ameaçar em minha propria casa? "

Cinco minutos depois desse pensamento eu estava com o celular em mãos, discando o número que havia me sido dado. Eu sei, contraditório. 

Durante a conversa, me preocupei o outro não parecia nada bem, mesmo que fizesse piadas sem graças e agisse com certo deboche, uma pessoa bem não estaria arfante daquela forma, ou com uma voz tão chorosa.

Me embalei tanto naquela voz que nem percebi quando Mark e Jin invadiram minha casa e escutaram minhas risadas e logo vieram indagando, não sei o que me deu, mas talvez pela vergonha, agi no impulso e marquei um jantar e ainda desliguei o telefone desesperado, sentindo minhas bochechas rubras.

— Parece que o senhor azedo estava ouvindo uma ótima piada — Mark disse meio risonho.

— Ah! Im JaeBum, não acredito que não nos contou que estava com alguém, finalmente. — Jinyoung supôs e o americano ao seu lado pôs as mãos em seu ombro dizendo:

— Jin, você ja esta exagerando, as vezes era só um amigo.

— E desde quando esse ser ranzinza tem alguém além de nós como amigos? Ele nunca gostou de se aproximar dos outros e olha esse rosto todo vermelho.

— Eu só acho que vocês poderiam parar de discutir minha propria vida enquanto eu assisto— Falei de forma indiferente e voltei a fingir arrumar minha casa.

— Não precisava comentar, Jinyoung. Olha só, ja voltou a ficar carrancudo de novo. —  Mark falou enquanto ria contido, fingindo brincar com o namorado.

— Ah, mas eu resolvo isso agora — O moreno disse e pulou em minhas costas, começando a fazer cócegas em todo meu tronco.

Depois daquilo muitas coisas aconteceram, principalmente eu olhando para Jinyoung de forma repreensjva e esse se esconder atrás de Mark e naquilo passamos a tarde brincando, rindo, comendo, vendo filmes, nos aconchegando entre si, com a felicidade.

Eu sempre fui dono do meu castelo, sério e trancado a sete chaves. Mas, o loiro tirou minha seriedade. Depois desse jantar

Eu ainda serei rei do castelo?





Notas Finais


É isto
Amo vocês.


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