História Argent e Winchester o negócio da família - O Corpo

P.O.V. Scott
Desço do jipe.
-Valeu pela carona. 
-Boa noite, senhor. Diz ele de um jeito estranho.
-O que fi isso?
-Nada, acho que ainda estou um pouco noiado por causa da Lydia.
-Essa garota é uma idiota. 
-Não mais que eu.
-Realmente.
Ele respira fundo chateado e gira a chave do carro.
-Tchau. Ele me responde acenando e vai embora. 

P.O.V. Stiles
A unica coisa boa desse dia horrível é que irei investigar as investigações do xerife Stilinski, ele ficará até tarde na delegacia e eu tenho todo o tempo livre para ver se há algo interessante acontecendo na cidade.
Passo o carro na frente da casa de Erica, fede a queimado, olhando mais de perto, através da janela, vejo u fumaça grande vinda lá de dentro. Paro o carro e ligo para a delegacia.
-Alô!? Por favor, preciso de ajuda, tem uma casa pegando fogo... 

Ao terminar a ligação percebo que deveria ter ligado para os bombeiros, pelo visto a minha noite vai ser longa. Ligo para o celular de Erica e só chama e chama. Saio do jipe e dou a volta na casa, chuto duas ou três vezes a porta sem nenhum resultado, a vez seguinte acabo caindo no chão. 

-Merda. Reclamo. 

-Ei, garoto! Saia da área, esse é o nosso trabalho. 

Diz um bombeiro que passa por mim e com uma ombrada abre a porta, mas assim até eu, sei que meus chutes contribuíram para isso. Volto ao meu carro antes que os policias cheguem e meu pai apareça. 

Anteriormente no mesmo local

A avó de Erica ouve seu pedido de socorro e se assusta, deixando um fósforo cair sobre o tapete e começar uma pequena chama, sem perceber, a senhora de cabelos prateados corre até as escadas e acaba desmaiando por conta da fumaça que sobe, o fogo do tapete sobe para o pano de mesa até chegar nas cortinas, em meio a isso, Erica grita e chora soluçando. 

Um homem alto, de jaqueta de couro entra na casa pela porta da frente, chega nas escadas e passa pela senhora, vai até o banheiro e encontra Erica, ela não parece ter medo, ao contrário, acredita que ele faça parte de sua alucinação, o homem cobre a garota com um roupão branco e a carrega para fora da casa. 

Tempo atual 

Os bombeiros, já na casa com o fogo apagado, carregam a velha até a ambulância enquanto outros homens procuram mais pessoas, vasculham os quartos mas o único que parece distorcido é o banheiro, a ducha estava ligada e um celular encharcado jogado no box, sem nenhuma explicação. 

P.O.V. Scott

Sou acordado pelo celular que esta chamando, são 10:32 e eu estou morto de sono, atendo a ligação com maior má vontade:

-Onde é o incêndio?

-Na casa da Erica.

-Stiles?

-Você tava dormindo?

-Não, estava pulando corda. Falo com ironia e desconcentro ele um pouco.

-Escuta, acabo de sair da casa da Erica. 

-Finalmente, esqueceu-se da Lydia, mas quem é essa?

-O que?

-Que? Confundi.

-Nossa colega de mat, idiota. E eu não estava COM ela, a caa dela estava pegando fogo, cara, eu pasei e vi, chamei os bombeiros e... - eu queria prestar atenção no que ele estava falando mas sem querer ronquei um pouco e ele gritou: 

-SCOTT! Presta atenção, quando cheguei em casa e ouvi na radio do meu pai que ela foi dada como desaparecida e encontraram um corpo todo desformado no bosque do matagal.

-Não to entendendo nada. 

-Me encontra na entrada do bosque que to chegando. 

-Saco....

Ao desligar o celular saio da cama sem fazer barulho, minha mãe estava dormindo, pego meu casaco e a bombinha e vou até a varanda. 

-Cheguei. 

-AAAAAAAAAAAAaah!

-AAAAAAAaaaaarg!

Ele estava em cima da telha da varanda de ponta cabeça, levei um susto e gritei, ele acabou caindo no chão, todo atrapalhado fica em pé e ajunta o taco de baseball, nem vou perguntar pra que disso, pra quem faz isso nas telhas dos amigos o taco não é nada. 

-Caralho Stiles...

-Anda logo.

-O que aconteceu com a Erica? 

-Eu... não sei...- Diz ele fazendo bico e olhando com cara de besta para o chão.

-Será que o corpo da mata...?

-É isso o que a gente vai descobrir, e se for... eu terei culpa disso. 

P.O.V. Stiles

E se o fato de eu ter ido embora tem relação com o desaparecimento? Se eu tivesse chegado mais cedo, se ela tivesse atendido o celular, ela poderia estar viva. Fico em silencio e continuo a andar, já estamos na metade do caminho, eu acho. O Scott não fala nada, não sei se é pelo fato de estar bêbado de sono ou por medo. 

-Por que não trouce o jipe?

-Que tipo de investigador usa um carro para investigar na floresta?

-O tipo... que tem... um ajudante asmático... e sedentário. Responde ele com a voz falhando, quando viro-me para trás ele está fazendo bombinha e resmungando sobre nebulização. 

Paro de ouvir a voz dele e olho em volta, fico nervoso ao ver a imagem na minha mente do corpo de Erica destroçado, como descreveram na radio, me encosto em uma árvore e respiro fundo.

-Stiles? Ta bem?

-Eu deveria ter ficado lá.

-Cara, para com isso, Não é culpa sua, seja lá o que aconteceu com a Erica, você não tem nada com isso, pense em outra coisa. 

Saio andando cabisbaixo fazendo sim com a cabeça. Andamos mais uns minutos em silencio quando mais adiante enxergo luzes de sirenes, está em um relevo mais abaixo, me agacho atrás de um tronco grosso de árvore caído para ouvir a conversa dos policiais e enfermeiros, Scott faz o mesmo. 

-Ele está todo destruído.

-Parece que foi rasgado, essa mata deve estar cheia de animais selvagens. 

Nessa hora eu e Scott nos olhamos rapidamente, seguro firme o taco de baseball como prova de proteção, mas meu amigo não parece muito confiante com isso. 

-Pobre homem, teve uma morte horrível. 

-Não foi a Erica...! 

Tapo a boca se Scott com a mão para ninguém nos ouvir, ele tira e acaba se jogando para outro lado do barranco. A queda foi desastrosa, acabamos caindo uma para cada lado, não sei onde ele se meteu. Me ergo do chão e vejo algo entre as folhas da floresta, me aproximo para ver melhor, não é o Scott. 

P.O.V. Scott

Caio de joelhos no chão, estou todo ralado, literalmente, afastado de Stiles, mas ainda enxergo ele, esta de costas para mim e olhando para o nada intrigado, me sinto vigiado, é estranho, ouço algo atrás de mim e me viro: tem um animalão peludo de olhos brilhantes entre árvores e arbustos, parece acuado.

-Ei, está ferido?

Eu realmente estava com medo, mas depois de dois meses trabalhando com o Doutor Deaton no consultório veterinário, peguei mania de "protetor dos animais", foi estupidez. O animal saiu dentre as folhas e se mostrou gigante, parecia ter 2 metros, me afasto um pouco e ouço passos apressados vindo de trás do urso, ou seja lá o que é isso, homens armados se aproximavam. Ele se assusta e me empurra para longe. Caio no chão, novamente no chão. 

Quando me levanto o urso não estava mais lá, saio correndo para fora bosque e vou parar no meio da estrada, quase sou atropelado, pulo para o outro lado e ando pela estrada até achar Stiles andando igual a uma barata tonta, ele me olha assustado. 

-Vamos embora. 

-Scott acho que vi algo...

-Depois você me conta, temos que sair daqui.

Andamos até minha casa sem falar nada, não estava longe, eu não sei o que ele viu, mas não deve ter sido tão horrível quanto o urso que eu encontrei. Ele me olhou de boca aberta arregalando os olhos. 

-Scott, o que aconteceu contigo?

Quando vejo, uma mordida na minha barriga, fico branco, mas a ferida parece antiga pois estava cicatrizando, mas eu nem lembro de ser mordido, minha roupa estava manchada de sangue seco.

-Foi o urso.

-Que urso?

-Dos olhos brilhantes, tinha caçadores atrás dele... ele me empurrou, mas não pensei que me morderia.

-Scott, não pode ter sido isso.

-Sério, acredite. 

-Não é isso, eu acredito, mas não foi um urso.

-O que?

-Não existem ursos nessa região do estado. 

-O que você acha que foi?- Falo preocupado. -Eu nem sinto dor.

-Eu vi um negócio lá, foi confuso... mas não deve ser nada... eu pesquiso amanhã sobre os animais selvagens do bosque, pede para a sua mãe dar um jeito nisso. 

-De jeito nenhum, ta certo que ela é enfermeira, mas ela não precisa saber que andei na floresta a noite e ainda por cima fui mordido por um sei lá o que... 

Ele sorri com os lábios e vai embora e eu entro em casa. 

P.O.V. Chris Argent

Pego meu celular e ligo para os Winchester

-O trabalho vai atrasar um pouco, temos que investigar mais sobre esse caso.

-O que vocês tem aí?

-Um Alpha abatido, deixamos ele ir para rastrear a alcateia.

-Alcateia? 

-Dean, você precisa fazer o dever de casa. 

Termino a ligação. 

P.O.V. Erica

Me acordo sem saber muito bem onde estou, é um lugar úmido e escuro, fede a mofo, não enxergo muito bem, pra ajudar... estou vestida com meu roupão branco, ele estava sujo de sangue, ao passar a mão na minha barriga sinto uma ardência, fui mordida, mas nem lembro disso, parece cicatrizada apesar de recente, me sinto tonta. 

-Isaac, ela acordou. -Diz um garoto que até agora eu não tinha notado, estava sentado no chão, como eu, acorrentado pelos braços a uma barra de ferro, percebo que também estou acorrentada a um. 

-Quem é você?- Pergunta o outro, que está na mesma situação. 

-Me chamo Erica...

-Ah, então já estão fazendo amizade.- Diz uma voz feminina que invade a sala.- Sou Cora Hale.

Nos olhamos e em seguida um silencio é quebrado por um uivo que invade o local, não sei explicar, mas aquilo me incomodou, como se fosse um pedido de ajuda, e ela continua a falar: 

-E esse é o meu irmão... 

-