Narração Normal.
-Cinco locais...- Começou Barnes.- ...todos foram incendiados.
-Desculpe senhor. -Garret se aproxima. - O laboratório ligou, falaram que usaram térmite e aceleradores sofisticados.
-Então estamos procurando por incendiários profissionais. – Jim se manifestou. – Obrigado, e Garret...-Fez uma pausa. – Bom trabalho ontem.
-Obrigado senhor. -Garret agradece antes de se retirar.
-É estranho.- Barnes olhou para o mapa em cima de sua mesa.- Um profissional fazer cinco trabalhos em uma noite, qual é a pressa?
-Hum. -Gordon deu de ombros- E se ainda não acabaram?
-Ache um padrão nos incêndios, antes que queimem a cidade inteira.- O capitão ordenou antes de se retirar.
Jim suspirou.
A cena muda e vemos Bridigit carregando uma caixa, ela está sozinha em casa, milagrosamente. Dentro do caixote de madeira há algumas tralhas, inclusive um lança-chamas. Após retirar material por material, encontra um tecido brilhoso, grande o suficiente para fazer uma roupa. Sorrindo, a morena começa o trabalho.
Um vulto familiar pode ser visto da janela, Selina adentra o local e encontra sua amiga costurando:
-O que tá fazendo?
-Oh...-Bridigit olha rapidamente pra ela.- Uma roupa. Para eu não me queimar de novo.
-Por que você se queimaria de novo?
-Hum...-A garota Pike suspira e mostra a perna enfaixada.
-Eles fizeram você começar o fogo?
-É...Senta ai, quer um refrigerante ,alguma coisa?
-Eu não posso, tenho que levar isso para o pinguim. -A castanha aponta para faca em cima da mesa, aquela que foi recolhida pelos Pike, antes do incêndio.
-Ah,ta.
-Olha... você vai acabar morrendo.
-Eu vou tomar cuidado.
-Cuidado não basta. Olha o que já aconteceu.
-Foi empolgante, Selina. Eu meio que curti.
-É?- Selina pega a faca. – Você vai virar churrasco.
-Meus irmãos falaram que eu fui bem. É o negócio da família.
- Eles não são sua família. Sua mãe costumava ficar com o pai deles, é só isso. Não precisa deles! Não precisa de ninguém. Olha pra mim, eu sou livre!
A outra zombou:
-Lembro quando era pequena e você apareceu em Narrows. Você procurava sua mãe, todos os dias. Ficava vermelha de tanto chorar, então não finja que não quer uma família.
-Não fala sobre a minha mãe.
-E daí que é livre? Que bem a liberdade te traz se está sozinha?!
- Que bem faz uma família se você é escrava?! Hum? – Vendo que Bridigit ignorou-a, suspirou. - Que se dane. -E saiu.
Mais tarde, Oswald estava analisando a faca que lhe foi trazida, o brasão estampado na ponta lhe era familiar, mas ainda sim...
-Não faz sentido. - Suspirou.- Esse é o emblema da família Wayne.
-E daí?- Butch se aproximou.
- Por que o Galavan quer uma faca antiga que pertencia aos Wayne? Não...tem alguma coisa aqui.- Apontou para o objeto. – Algo para entender o Galavan, para derrota-lo.
- Para saber sobre a velha Gotham, fale com a Edwige.
-Edwige?- O outro arqueou uma sobrancelha, como se quisesse dizer `` Quem?´´
-O que vocês querem com a minha tia ?- Arlequina adentra o salão.
- A dona da loja de antiguidades é sua tia?- Butch
- Por maioria dos votos. -Josie riu. – Ela me adora, eu sou uma das poucas que ouve suas histórias, claro, se tiver chá com biscoitos.
-Então a traga aqui, preciso saber o que essa faca representa para Galavan. -Oswald ordenou.
Pouco depois, uma senhora com cabelos brancos, aparentando estar na faixa dos 40 a 50 anos, usando óculos, adentra o salão.
-Tia Edwige! -Josie acenou na ponta dos pés.
-Oh,Josefine! – A mais velha ajustou os óculos.
- Josefine?-Tanto Oswald, quanto Butch, olham para Arlequina e a mesma suspira.
- Josette,tia Edwige.
-Oh,sim,sim,claro,eu sempre esqueço que...-A mulher para ao ver a faca.
É como se tivesse visto um fantasma, e tal comportamento não passou despercebido pelo pinguim:
-Pode pega-la, se quiser.
-Não,não precisa. -A mais velha se apressou. -Sinto muito, mas não posso ajuda-los.
-Tia Edwiges...-Cantarolou Arlequina. – Eu sei que conhece essa faca, dá pra ver o medo nos seus olhos, então...-Puxou uma cadeira e sentou-se. -Por que não nos conta uma história?
- Querida,não sabe com o que está lidando.
- Não, madame...-Oswald começou. – A senhora é que não sabe. Agora, conte-nos a história por trás desta faca, ou serei obrigado a usa-la!
Edwige suspirou:
- Essa faca tem uma história amaldiçoada. Há quase 200 anos, ela foi usada em um crime terrível. Naquele tempo, cinco famílias governavam a alta sociedade de Gotham. Os Elliot, os Kane, os Crown, os Dumas...e a mais poderosa de todas, os Wayne. Eles chamavam Celestine Wayne de a grande joia de Gotham. Uma verdadeira beleza. Ela foi prometida ao filho mais velho da família Elliot, mas havia outro que a cobiçava. Caleb Dumas. Uma noite, durante uma festa de Páscoa na Mansão Wayne, Celestine e Caleb sumiram. Os homens Wayne os acharam juntos em um enlace ilícito. Caleb insistiu que estavam apaixonados, mas Celestine jurou pelo tumulo de sua mãe que Caleb a havia violentado. Justiça, se é que se pode chamar disso, foi feita. O irmão de Celestine, Jonathan Wayne, realizou a punição, utilizando essa faca , para arrancar o abraço de Caleb.
-Essa está sendo a melhor história da minha vida. – Arlequina sussurrou para Oswald e ele sorriu.
- Os Wayne eram raivosos...-Edwige continuou. – Eles apreenderam os bens dos Dumas, e os baniram socialmente. Eles os destruíram. Caleb Dumas foi para o exilio, em terras distantes. Para uma penitenciaria de um grupo religioso, fundado pelo santo patrono de sua família. Celestine acabou morrendo solteira. Os Wayne proibiram a imprensa de mencionar os Dumas. Renomearam ruas e prédios. Os membros da família Dumas foram forçados a mudar de nome. Os Wayne apagaram os Dumas da história da cidade de Gotham.
-Os que restaram da família Dumas...-Oswald começou,já sabendo a resposta. - ... para qual nome eles mudaram.
- Você é rápido. -A outra sorriu.
- Galavan.- Josie falou sem rodeios.
-Sim, mudaram os seus nomes para Galavan.- Tia Edwige acenou com a cabeça.- Assim como o homem que está concorrendo para prefeito. E é por isso que eu temo esta faca. Este é um mergulho em aguas profundas, senhor Pinguim.
-Obrigado, Edwige. – Cobblepot começou. -É aí que pinguins mergulham.
Edwige fez uma referência e se retirou.
-Butch!-Oswald chamou.- Mande para Theo Galavan, o que ele quer.
Butch acenou com a cabeça e se retirou levando o objeto afiado consigo.
-Bom...-Arlequina começou subindo na mesa e se sentando de frente para Oswald- ... qual o plano?
-Hum...-Ele tinha um sorriso perigoso nos lábios.- ...eu tenho um mas...-Fez uma breve pausa.- ... se eu contasse, você me chamaria de louco.
Os olhos claros brilharam e ela bateu palmas:
-Uh! Conta, conta, conta!
Cobblepot se endireitou e abriu a boca.
A cena muda para o departamento de polícia, Harvey está ao telefone:
-Olha aqui, se souber alguma coisa sobre incêndios me avise, e quem sabe eu te arranje um passe livre da cadeia. –E desliga. -Hum...-Avista Jim Gordon se aproximando. - Não gostei dessa cara.
-Estão com cognomes coorporativos, mas todos os prédios que queimaram têm um proprietário. – Joga os envelopes na mesa. - Empresas Wayne. Eles agiram de Leste a Oeste. Se agirem hoje, mantendo o padrão, há um alvo certo. Um velho prédio, também das Empresas Wayne. Depósito de livros da cidade de Gotham.
-Tá, então você vigia. Eu compro um lanchinho.
- Eu não quero cachorro-quente de novo. – Jim alertou. - Vou chamar a Arlequina. -Retirou o celular.
-O quer?! Aquela guria come mais que nós dois juntos!
- E trabalha melhor que nós dois juntos.
-Ai, essa doeu.
-Hum...Ah !-O outro deu de ombros. – Vou falar do plano com o Barnes. - E saiu andando.
De volta a casa de Oswald, o mesmo se encontra sentado à mesa, em frente a lareira, com uma garrafa de bebida e um copo vazio.
-Já mandei a faca pro Galavan.-Butch entra e olha em volta.- Cadê a maluquinha?
-Jim Gordon ligou.- Oswald falou com desgosto. – De qualquer forma, venha...-Gesticulou para a garrafa.- É o seu favorito, não?
Butch inclinou-se para ler o rótulo:
-Crosswhite,20 anos. É coisa boa, de fato.
-Bom...tome um gole.
-Hum, não, agora não, mas obrigado.- O outro recusou.
-Tome um gole, Butch.- A voz do pinguim tornou-se mais autoritária. Estalando o pescoço, o homem obedeceu, para satisfação de Oswald.- Seu condicionamento segue ótimo. Não pode dizer não a mim.-Cantarolou.- Você é o único em que posso confiar agora.
- Você está um pouco paranoico chefe.
Oswald riu com raiva:
-Estou?!- Respirou fundo.- Como não enlouquecer quando aquele demônio tem minha mãe em suas garras? Beba mais um bole,Butch. – Assim que Butch se sentou, e colocou mais um copo, continuou. – Talvez esteja enlouquecendo. Ou, talvez, eu tenha achado a fraqueza do Galavan.
-É mesmo?
-A faca Butch. A faca que mutilou o ancestral dele. Esse é um conflito entre famílias para Galavan. Ele quer vingança contra os Wayne. Ele age com emoção, e isso pode ser manipulado. Beba mais gole.- E assim que outra golada foi dada, a conversa continuou. – Você vai até o Galavan, vai dizer que eu enlouqueci e que te acusei de forjar a batida no local do dinheiro. Com medo pela sua vida, você vai pedir um emprego. Entendeu?
-Sim chefe.
-Assim que entrar na organização, vai achar minha mãe e recupera-la.
-Certo chefe, mas, o Galavan é um cara esperto. E esse plano é simples. Ele não vaia creditar que eu sou traidor.
-Não. Mas vai acreditar que eu ache que você é um traidor. Ele vaia creditar, se fizermos direito. Mais um golinho.- Deu-lhe uma piscadela.
-Como vai fazer?- O outro começou a beber.
-Eu já vendi minha paranoia pra ele, mas é você que fechará o negócio. Como te venderemos? Como o faremos ele confiar e ter compaixão por você? Eu não tinha certeza,mas Celestine e Caleb me disseram como.
-Como?- Butch piscou confuso.
De repente, Oswald se levantou, segurou a mão de Butch em cima da madeira, puxou uma faca que estava embaixo da mesa e., bem, digamos que o grito foi ouvido do lado de fora da casa.
♦♠ ♥ ♣
Arlequina
-É a cebola que dá o toque especial. – Harvey estava tentando convencer Jim a comer comida indiana. – Diz pra ele Arlequina.
- Por mais que eu concorde que não é de todo o mal, nem eu comeria esse negócio. - Rebati.
-Odeio ficar de vigia. -Jimmy comentou.
-Metade do bom trabalho policial é a habilidade de sentar e esperar ser chamado.- Harvey rebateu e eu zombei.
-Se fosse assim, você não deveria ser comissário?
Bullock me deu um olhar de morte e Jimmy riu.
Foi então que um furgão passou por nós.
- Fique atento.- Harvey apontou.
-Todas as unidades aguardem, temos alguma coisa. -Gordon falou no rádio.
-Entendido.- O comando veio.
-Arlequina...-Jimmy me olhou.- Vai por cima que a gente se vira aqui em baixo.
-Deixa comigo Jimmy.
Saímos do carro, Harvey e Jim tomaram a frente e eu me apressei em subir pela escadaria lateral do prédio. Quando cheguei no topo, uma mão me puxou pela gola da camisa...QUE INDELICADEZA!
-Ei!-Reclamei, afinal, roupa não está barata não.
-Preciso da sua ajuda.- E lá estava um rosto que eu não via a muito tempo.
-Selina.- Sorri.- Como vai essa força garota?
♦♠ ♥ ♣
Narração Normal.
-Só tem livros velhos aí, é bem fácil. – Dentro da vã, Joe dava as instruções para Bridigit. – Derruba o napalm, acenda e caia fora, sem estresse.
Bridigit, agora em seu traje especial, olhava insegura para o lança-chamas:
-Essa coisa me assusta.
-É, é pra assustar mesmo. Agora anda logo e acaba com isso, ainda temos mais três lugares pra ir hoje.
A garota Pike sai do transporte e olha a sua volta, agora, ela está vestindo uma máscara revestida com panos, dentre outros elementos que puderam ser costurados.
Perto dali, Jim fala no rádio:
- Todas as unidades, venham ao nosso local, agora.
-Estamos a caminho.- Alguém responde e encerra o contato.
Harvey e Jim tiram suas armas e se revelam:
-Polícia de Gotham!
-Corra!-Joe grita e seu irmão gira a chave. -Corra!-Ele grita pra Bridigit.
Jim passa pelo rádio as coordenadas da direção em que o furgão foi.
-Para trás!-Bridigit grita apontando o lança-chamas para eles.-Por favor! Para trás!
-Solte isso!-Jim fala.
Bridigit aciona o lança chamas e cria uma linha de fogo para separa-la dos policiais, contudo, algo dá errado e seu lança-chamas para de funcionar. Ela se distrai, tentando ver o que houve de errado, e Garret a agarra por trás:
-Peguei ela!
-Não!-A garota grita.-Não, me solta.!-E começa a se debater.
Garrett tenta faze-la largar a arma, mas a Pike escorrega por debaixo dele e aciona o lança-chamas em sua perna. O jovem policial pega fogo.
-Garrett!-Jim grita.
Garrett atravessa a linha de fogo e se joga no chão, Jim pega uma manta velha que estava em cima do lixo e joga por cima do garoto, apagando parcialmente o fogo. Enquanto isso, Harvey tenta ir atrás da incendiaria.
E por falar nela, Bridigit está praticamente encurralada no beco. Ela não sabe o que fazer, ou pra onde ir, está assustada.
-Bridigit!-Selina chama, ela e Arlequina estão nas escadarias do prédio. -Rápido, vem aqui!
As meninas descem as escadas de ferro.
-Vem logo!-Arlequina chama ouvindo as sirenes.
-Pra onde vamos?-Bridigit questiona.
-Pra casa.- Selina responde.
Pike aceita a ajuda e se apressa em subir.
- Vão pelo lado Oeste.- Josette fala para gata. -Eu invento uma desculpa.
-A gente se fala depois.- Kyle puxou Bridigit.
Arlequina acenou coma cabeça e saltou.
A cena muda, estamos dentro do departamento de polícia. Jim estava preocupado com Garrett, mas na opinião de Josie, ele parecia estar se culpando.
-Ei.- Harvey trouxe o café.
-Obrigado.-Jim olhou pra ele.- Alguma coisa?
-Ainda não. Ele é durão, aposto que sai dessa. Ah! O teu amigo está aí. -Bullock se vira e olha para entrada, onde, Theo Galavan cumprimenta algumas pessoas.- Não pare de pressionar a ferida.
-Ele quer é aparecer, isso sim.-Josie mordeu o lábio inferior enquanto olhava para Theo.- Eu é que não vou ficar aqui com ele por perto.
-É bom mesmo. -Harvey começa.- Ele é muito saidinho.
Queen corou.
-Sua atenção por favor!- Barnes aparece fazendo Josie parar, o resto da Força de Ataque também se aproxima. – Luke Garrett faleceu as 17:23.
-Droga.-Bullock suspira.
-Não é justo. -Martinez começa.- Morto, queimado até a morte em um beco.- Ele está segurando as lagrimas.
-Ele seria, um grande policial. -Pinkney comenta, mas é corrigido por Barnes.
-Ele era um grande policial. Ficaremos de luto por ele, mas agora não. - Nessa, Josie revira os olhos e sai de fininho, era impressionante como Barnes tentava dar uma de durão. - Temos um assassino de policiais à solta. Isso é intolerável. Vamos achar a pessoa que matou nosso irmão e vamos detê-lo usando cada método legal disponível.
-Com licença.-Jim se retirou.
Barnes acenou com a cabeça e entrou em sua sala.
Harvey observou seu amigo descer as escadas e ir na direção de Theo Galavan.
-Seu colega morreu.-O mesmo começou com a aproximação de Gordon. -Posso ver em seu rosto.
-É,está. -Gordon afirmou,
-Eu sinto muito.
-Os bandidos da cidade estão mudando. Eles não jogam mais com as velhas regras, ou com qualquer regra. Precisamos de cada método a nossa disposição. E eu não falo apenas de armas.
-Hum, você tem que ir aonde tem que ir, pressionar quem tem que pressionar e ter o controle de volta.
-Correto. Eu não sei como é que vai ficar. Mas se der a sua palavra, de que não estaremos sozinhos, aí você terá o meu apoio.
-Eu prometo que você vai ter tudo o que precisar.
Eles apertam as mãos por um minuto antes de se separarem, Jim volta ao seu posto e Theo do departamento, com um enorme sorriso no rosto.
-Vamos pra casa.-Galavan fala para seu chofer antes de entrar no carro e...
-Ei Theo! -A imagem de Arlequina sentada no banco ao seu lado o fez saltar e bater a cabeça. -Uh, isso deve doer.
Esfregando o local dolorido, Theo rosna:
-Como entrou aqui?
-Oh isso...-Ela fez uma pausa, como se estivesse pensando. - Abri a porta e entrei.
-Inacreditável.
-É eu sei, agora, vamos conversar.
-Não temos nada pra conversar.
-Não seja tão rude Sr. Dumas.
Ao ouvir o nome da sua familia,Theo agarrou a garota pela garganta e a derrubou no banco:
-Como sabe disso?
Arlequina sorriu, ela não parecia incomodada:
-Eu poderia dizer tudo o que sei, mas quer mesmo fazer isso na frente do DPGC?
Galavan suspirou, essa garota podia ser a sua morte, mas ele ia arriscar:
-O que você ainda está esperando?!-Gritou para o motorista, que, até agora, assistia tudo de boca aberta.
O carro saiu do lugar e Theo soltou o pescoço da outra.
-Bom, ninguém pode dizer que você não tem um aperto forte. -A menina riu.
-Diga-me tudo o que você sabe.
-Bom, sei que você está usando o pinguim para serviços sujos, tentando atingir Bruce Lindinho Wayne, porque a família dele apagou os Dumas, sua família, do mapa, forçando vocês a mudar de nome, daí Galavan, horrível por sinal. E graças a Celestine Wayne, o braço de Caleb Dumas foi decepado com aquela faca horrorosa, a qual você já deve ter em mãos...acertei tudo até aí?
Theo lhe deu um olhar de incredulidade por alguns segundos antes de sorrir:
-Sim, boa parte, fez uma pesquisa bem rasa, no entanto.
-Ei, eu tenho um emprego, é difícil tirar tempo para essas coisas.
-Mas agora que você sabe de tudo isso...-Novamente, a pressionou contra o banco, segurando em seus braços, desta vez.- ... não posso mais te deixar solta.
Josie fez bico:
-E o que vai fazer? Me prender na sua casa, como antes?
Theo zombou, ele tinha tantos planos, e agora que Jerome estava fora da jogada, podia coloca-los em pratica.
-Prender você?- Começou cheirando o pescoço dela. – Não.- Ronronou.
-Epa! Espera um minutinho aí, você não vai...-Ela foi calada quando Theo capturou seus lábios de forma rápida. - ..., mas não é que foi? - Agora ela o beijou.
Contudo, Theo Galavan não era o tipo de homem com que Josette Queen dormiria, mas era o tipo que levaria um chute no estomago.
-Argh!-Ele soltou os braços dela e abraçou seu próprio abdômen. -Sua...!
-Nem se esforce em terminar a frase. - A garota correu para porta e abriu, saltando do carro em movimento.
Ele pensou em ir atrás dela, pensou, mas não seria agora. A imprensa não precisa de tal escândalo. Com esforço, conseguiu fechar a porta do carro.
-Senhor Galavan, o senhor está bem?-O motorista abaixou o vidro escuro que havia acionado no minuto em que deu a partida no carro.
-Só dirija. -Galavan rosnou deitando-se e olhando para o teto. – Ah, essa garota ainda vai estar nas minhas mãos.- Lambeu os lábios.
A cena muda e temos uma visão privilegiada de Gotham.
-Eu só precisava de um ambiente mais vantajoso e ela não escaparia... - Quando Theo Galavan adentra sua sala, ele nota algo diferente no ar, até começa a andar cautelosamente. Há uma figura encapuzada, sentada de frente para sua lareira. A mesma se vira quando percebe sua presença e Galavan sorri em reconhecimento. – Padre Creel.
O homem puxa o capuz, vemos que um senhor de idade, sem cabelos, ou barba:
-Theo. -Sorrindo,ele estende os braços.- Faz muito tempo.
Ambos trocam um abraço.
-Ah, você está ótimo. -Galavan fala.
O padre o olha de cima a baixo:
- Você tamb...isso no canto de sua boca, é batom?
Theo arregala os olhos, de fato, agora vemos um pouco de batom vermelho na parte inferior de seus lábios:
-Não é nada.
-Oh sim, é, se cercou da luxuria.
Galavan suspirou:
- Tive que jogar assim, padre. E como pode ver...-O mais novo vai até a mesa e recolhe a faca. - ..., está valendo a pena.
Padre Creel sorri ao se apoderar do objeto:
-Ainda afiada, depois de todos esses anos. Tem o Bruce Wayne?
-Ainda não. Nós temos alguns assuntos importantes para resolver. Algumas peças para colocar no tabuleiro, para terminar. Mas em breve.
-Depois de 200 anos, nós podemos ser pacientes. O ajuste de contas está chegando. Nossos irmãos estão cruzando os mares neste momento. Guerreiros como essa cidade jamais viu. Gotham vai se arrepender com sangue. E Bruce Wayne, morrerá.
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