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História Arma final de Atena - Blue Sea


Escrita por: Klemz

Notas do Autor


Eae pessoal, desculpe pelo longo tempo sem escrever, novamente. Faculdade, aulas particulares e monitoria estão me esgotando e como eu não gosto de fazer algo mal feito, acabei nem fazendo hahaha. Mas está ai, capítulo 14 espero que gostem.

Capítulo 14 - Blue Sea


Ao saírem do hotel em que estavam hospedados o grupo, que tinha pedido informações para a recepcionista, seguiu na direção em que foi apontada pela moça. Com um ritmo mais baixo, a caminhada demorou cerca de vinte minutos, em que Phoebe apresentava algumas das particularidades da sociedade humana para Percy, que pouco conhecia da mesma. Com o recente ataque dos Ciclopes, a Tenente das Caçadoras se mantinha vigilante a todo momento, com medo de serem encurralados novamente.

— Temos que evitar todo tipo de confronto possível, pois nossa condição física não vai aguentar mais lutas como aquela — Pensava consigo mesma.

    O clima do grupo estava confortável, com as duas meninas interagindo com o garoto mesmo que minimamente, no caso de Zoe, que ainda tinha uma certa barreira em relação ao companheiro. Phoebe, por outro lado, com a aceitação da mais velha, não escondia o carinho que detinha pelo menor, tratando-o agora como um amigo de longa data.

    Ao chegarem no porto, os três semideuses compraram as passagens para o transporte que os levariam para o Porto de Gênova, na Itália. As meninas deixaram Percy esperando em um dos bancos, enquanto iam em direção ao banheiro.

— E então Zoe, você tem que admitir que ele é diferente dos outros — Começou a mais nova.

— Talvez ele seja Phoebe, mas não é estranho acreditar que realmente exista um homem que se diferencie dos demais, depois de todo esse tempo? —

— Desde que tenha a educação certa, eu acredito que ele possa se tornar um homem justo e que não vá ferir as mulheres — Afirmou, fazendo com que a mais velha a olhasse com os olhos surpresos.

— Essa educação, você está dizendo de viver conosco? — Perguntou e a menor somente acenou afirmativamente. — Isso é impossível pois, mesmo que aceitemos essa situação, as outras jamais aceitariam e tem Lady Ártemis… ela nunca deixaria isso acontecer —

— Sobre as outras meninas realmente seriam difíceis, mas, com a autorização da nossa Senhora, elas com certeza aceitariam —

— Com certeza, mas ainda há o fato de Ártemis nunca aceitar que isso ocorra —

— Nesse ponto eu discordo de você Zoe imagino que, nesse momento, Lady Ártemis está fazendo o mesmo questionamento que estamos nos fazendo —

— E em que você se baseia para dizer isso? — Perguntou confusa.

—Ontem, enquanto você dormia o Percy teve pesadelos e não conseguia voltar dormir… eu pretendia falar com ele, por causa do escândalo que você tinha feito — Disse Phoebe, deixando a mais velha envergonhada. — Mas, em um momento, ele se sentou em frente a janela que tinha no quarto e o seu corpo começou a ter uma aura prateada, enquanto ele olhava diretamente para a Lua —

— Não pode ser — A mais velha estava chocada com a narrativa pois, o fato de ele ter essa aura, significa que ele havia uma afinidade rara ao domínio da Deusa da Lua.

— É exatamente isso Zoe, eles estavam conectados naquele momento e nem mesmo a gente consegue fazer isso, não é estranho pensar que nossa Deusa está intrigada em relação a ele, gerando esse envolvimento —

— De fato, e se esse é o caso ela vai querer mantê-lo por perto, aceitando-o na caçada de forma provisória ou algo do tipo — A mais velha finalmente chegou ao raciocínio que Phoebe estava propondo, gerando um consentimento entre as duas.

    Enquanto as garotas faziam teorias sobre a relação entre o menino e a Deusa da Lua, ele esperava paciente no banquinho em que foi deixado ficando, porém, entediado com a demora das companheiras.

— Esse lugar é bastante bonito, acho que não vai ter problemas se eu der uma olhada —

    Com esse pensamento, ele começou a explorar o local em que estava olhando a arquitetura, antiga, mas fascinante que o cercava. Porém, ao colocar os olhos no horizonte ele pôde ver a visão mais bonita em que já havia colocado os olhos anteriormente.

    Uma imensidão azul claro, que estava particularmente brilhante por conta do Sol sem nuvens naquele dia, dominava todo o campo de visão de Percy que, maravilhado, só pôde se aproximar hipnotizado pela sensação contagiante que entrava em seu peito. Era como se em toda sua vida ele estivesse no lugar errado e agora, olhando para o mar, ele sentia como se fosse lá o local onde deveria estar.

    Ao se aproximar da ponta do píer, em que somente um pulo o distanciava da água cristalina abaixo dele, o movimento de seus pés foi inevitável em direção a mesma. O contato com a água foi, assim como na banheira, a melhor sensação possível, porém dessa vez em uma escala absurdamente maior. No banho, ele sentia lentamente as suas forças se recuperando e suas dores, sumindo. No mar, no entanto, sua fadiga foi extinta rapidamente, como se nunca tivesse existido e, no lugar dela, uma força e vigor que o menino nunca havia sentido tomaram conta do seu corpo.

    Ele se sentiu livre.

Enquanto afundava cada vez mais em direção a escuridão oceânica, ele pôde ouvir vozes ao longe gritando seu nome porém, naquele momento, nada mais importava para ele, até se sentir abraçado por braços firmes que o puxavam para cima levando-o novamente para a superfície, onde sua hipnose foi cortada ao olhar o rosto desesperado de Phoebe, enquanto verificava se estava tudo bem com o menor.

— O que pensa que está fazendo seu idiota? Podia ter se afogado — A mais velha brigou com ele, enquanto o abraçava, com medo de que o menor voltasse submergir na água. — Dissemos para ficar no banco, você podia ter morrido se não tivéssemos vindo a tempo —

    No momento em que escutou essas palavras, ele rapidamente entendeu a situação em que havia se colocado. Como nunca havia visto o mar antes e, sempre que entrou em contato com a água ele sentiu uma sensação maravilhosa, o menino não sabia que ela poderia ser perigosa para ele e, ao ter isso constatado por uma Phoebe trêmula, ele se sentiu mal por ter a preocupado.

— Me desculpe Phoebe, eu só queria ver a arquitetura daqui e quando, eu vi o mar, não consegui me controlar — Disse envergonhado.

— Está tudo bem, graças aos deuses não aconteceu nada, vamos sair da água e se secar para não pegar um resfriado —

    Ao saírem, no entanto, a menina que estava encharcada, com um assombro constatou que Percy não estava molhado e suas roupas estavam iguais de quando o deixaram no banco para irem ao banheiro.

    Era como se ele nunca tivesse entrado no mar.

— Não pode ser, como ele entra na água e sai totalmente seco? — Se indagava olhando para a criança, que não entendia a razão do olhar incessante dela. — Pensando bem tudo que sabemos é que ele é o Campeão de Atena, mas nunca foi dito qual é o seu parentesco divino... não pode ser… ele não pode ser filho de Poseidon —

    Enquanto sua mente martelava essa questão Zoe, que não havia pulado na água e ajudou os dois a subir, entendeu o que se passava na cabeça da mais nova. Até agora, Phoebe havia sido a pessoa que mais se aproximou do menino Percy, pois ele a lembrava de seu pequeno irmão, porém, a teoria de o garoto ser filho de Poseidon poderia ser um tabu para complicar a situação dos dois.

— As parcas são cruéis, fazendo com que Percy, que é a lembrança do irmão de Phoebe, ter o mesmo parentesco divino do homem que acabou com sua vida — Pensou Zoe, enquanto olhava com pena para a “irmã”.

    O garoto, no entanto, notou a troca de olhares que as meninas fizeram e, por não saber da história dela, se sentiu pior do que antes por achar que havia estragado tudo.

— Me desculpa — Disse com uma voz chorosa. — Eu não queria preocupar vocês, eu não vou fazer mais isso então, por favor, não fica brava comigo —

    Com essa cena, o coração de Phoebe amoleceu novamente. Não havia como aquele pequeno ser, que se preocupava com os outros ao ponto de sair prejudicado, ser igual ao monstro filho de Poseidon que havia feito aquilo com ela.

— Não importa se são filhos do mesmo pai, o Percy é o Percy —

— Está tudo bem, eu não estou brava com você, só não faça mais isso, tudo bem? — Disse com uma voz gentil, enquanto afagava os cabelos do menor, que afirmou o máximo que pôde, tirando risadas das duas garotas. — Agora vamos, que está quase no horário de pegarmos nosso navio —

    Ao entrar no navio, o trio logo seguiu para o local que foi disponibilizado para eles. O garoto não demorou a adormecer, enquanto as duas mais velhas conversavam a respeito do ocorrido.

— Está tudo bem com você Phoebe? — Perguntou, preocupada com o emocional da companheira. — Afinal, tem grandes chances de ele ser um filho perdido de Poseidon —

—Estou bem Zoe, na hora que eu vi as roupas dele secas me passou um sentimento horrível — Começou, com a voz baixa, pois era um assunto complicado para a garota. — Mas eu não posso culpar o Percy pelos erros de Tales… ele não tem nada a ver com isso —

— Você amadureceu muito “irmã”, se fosse antigamente você teria o matado com toda certeza, essa mudança é por sua causa, pirralho? —


Notas Finais


Se puderem comentar o que acharam mesmo que seja só pedindo o próximo, saibam que motiva bastante e eu fico bem feliz de ler. Até o próximo


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