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História Armadilhas do Amor - A amiga do ex


Escrita por: NessaFN

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 59 - A amiga do ex


Fanfic / Fanfiction Armadilhas do Amor - A amiga do ex

O meu pai é fã dos clássicos – o seu carro é um Puma GT 1966 – Percebo que senti saudade dessa lata velha ao entrar nela e sentir o cheiro de Doritos.

O nosso ritual era quando chateados ao invés de chorar, o meu pai e eu nos “refugiávamos” no puma cinza, ouvíamos Have You Ever Seen the Rain? Comíamos Doritos, até que o estômago embrulhasse e depois disputávamos quem chegava primeiro ao banheiro. O perdedor teria que contentar-se com o balde.

Samui costumava dizer que esse era um hábito estúpido e que iríamos morrer de tanto comer salgadinho. No fundo eu sabia que minha irmã sentia ciúmes, da mesma forma que eu sentia quando ela e a mamãe juntavam-se na cozinha e inventavam uma receita maluca, que sempre resultava em algo gostoso.

Ao julgar pelo forte cheiro de Doritos, o meu pai continua a praticar o nosso ritual – esconder-se no carro, escutar Creedence e empanturra-se de Doritos.

- Por que a Aika não veio? – Ele pergunta.

- Por medo do senhor brigar com ela, por causa da gravidez – Respondo, entretida com a paisagem da janela.

É bom estar em casa, eu conheço cada pedacinho desta terra, exceto aquela Choperia pela qual acabamos de passar, esse cinema, a loja de noivas e também não me lembro do Pet Shop Inuzuka.

Man o que fizeram com a minha cidade?

- Hum – Inochi resmunga, ele vira à direita e mudamos de bairro. Ao menos isso eu sei! – E quanto a você cadete, sua mãe me disse que estava namorando?

Engulo em seco. Não quero ter esse tipo de assunto com o meu pai.

- Er... – Desvio o olhar da janela e olho o homem no volante, ele parece concentrado na estrada – Eu estava, mas terminamos – Finjo desinteresse. Quero apenas mudar de assunto.

- E qual é o nome do sujeito?

O que fizeram com o meu pai? Antigamente ele evitava a todo custo falar sobre garotos na minha frente e agora cá está ele querendo saber de minha vida amorosa. Não! Isso é muito constrangedor!

- Sasuke Uchiha – Digo, Inochi me dá uma olhadela assustada e volta à atenção para a direção.

- Sasuke Uchiha, a escoteira? – Eu seguro o riso.

- Ele mesmo – Digo.

- Eu não acredito nisso, pelo menos não estão mais juntos, quando chegarmos a casa eu quero ver 100 flexões aspirante a oficial!

- Nossa pai o senhor está tão feliz com o término que até me promoveu? Por que odeia o Sasuke?

- O que posso fazer, aquele moleque queria levar a minha cadete ainda prematura para outra escola Militar!

Ciumento! Rio alto. Inochi pragueja.

O meu pai era contra o meu namoro com o Sasuke, porque ele dizia que eu era muito nova para namorar. Ele me proibia de ver o Sharingan666, o que fazia com que eu ficasse com raiva. Então ao invés de comer Doritos com o meu velho, eu ia “comer Doritos” com o Sharingan666. Lembro que a mamãe dizia para eu entender o meu pai, é que ele ainda não estava pronto para perder de uma vez as duas princesinhas. Porém, na minha cabeça o meu pai era o rei esnobe que não queria deixar a princesa casar com o plebeu.

Engraçado como eu não mais me assusto com o retorno de algumas lembranças. Elas simplesmente chegam sem pedir licença e encaixam-se em seus devidos lugares. Espero que isso seja algo bom.

- Pai eu nunca iria mudar de escola Militar – Pronuncio depois de cessado o riso – Sabe por quê? – Olhando para frente o meu pai maneia a cabeça – Porque Sasuke nunca entenderia o que quero dizer com; Eu quero saber, você já viu a chuva? Caindo em um dia ensolarado?

O meu pai sorri e liga o toca fitas, pois diferente do Sasuke e provavelmente de qualquer outro cara que eu venha a conhecer, ele entende que eu me referi a banda Creedence Clearwater Revival ao pronunciar a frase: Eu quero saber, você já viu a chuva? Caindo em um dia ensolarado? Porque isso é algo nosso, de pai para filha, um laço que eu quero ter com o meu filho.

Dentro do rádio está a fita certa e quando Have You Ever Seen the Rain? começa a tocar, eu sinto um arrepio nostálgico percorrer todo o meu corpo.

- Alguém me falou há muito tempo. Há calmaria antes da tempestade, eu sei – Cantamos em uníssono - Faz algum tempo que ela está vindo. Quando termina, assim dizem, choverá num dia ensolarado, eu sei. Brilha como água caindo.

...

Encontramos o Boris no corredor da entrada da casa. A bolinha de pelos marrom me lança um olhar desconfiado e foge para o quintal, passando por entre as pernas do meu pai.

Também senti a sua falta Boris!

- Gato safado! – O meu pai ralha e fecha a porta às suas costas.

Seguimos pelo pequeno corredor e nos deparamos com uma ampla sala de visitas – depois do meu quarto, o melhor lugar da casa, porque tem uma lareira – Passando pelo arco aos fundos, encontramos a copa, à direita do cômodo há a sala de TV, um banheiro e uma escada que nos leva ao piso superior, onde ficam os quatro quartos e outro banheiro. À esquerda da copa deparamo-nos com a cozinha, a área de tanque e uma portinha que leva ao escritório do meu pai vulgo porão.

A minha mãe está na cozinha, fazendo pudim. Ela é a melhor mãe do mundo.

- Como foi o voo bebê? – Ela pergunta, após desfazermos o abraço.

- Tranquilo – Quando abracei a mamãe eu quis chorar, no entanto, não consigo. Não com o meu pai aqui.

- Vá tomar um banho e depois desça, irei esquentar a janta – A minha mãe é tão gentil, por que eu não sou igual a ela?

- Obrigada, mas eu estou muito cansada, vou tomar banho e cama – Digo, os meus pais aquiescem.

...

Tomo banho no banheiro do primeiro andar – o outro não me trás boas recordações – o meu quarto por outro lado é um mesclar de lembranças boas e ruins.

As paredes verde claro, a cama de solteiro entre os dois criados mudos, os abajures sobre eles, a penteadeira e o guarda-roupa branco, o baú sob a janela, a mesa do computador e o próprio computador são testemunhas das minhas noites de insônia, de quando eu olhava o céu pela janela, sentia-me enclausurada e só queria correr sem rumo. O computador Windows XP foi o “responsável” por me apresentar a Karui. Foi neste quarto que eu parei de esconder as paredes com pôsteres de bandas, artistas e séries favoritas, também foi morando neste quarto, que eu me desfiz de todas as minhas bonecas – consenti que mamãe às doasse para uma creche - e foi nesta cama que kiba e eu fizemos amor.

Hana está sentada à cama. Man o que fizeram com o meu santuário? Os meus pais não entravam em meu quarto sem bater – exceto em casos extremos.

Cansada demais para discutir sobre privacidade, eu deixo a toalha que antes secava os meus cabelos, cair no chão, deito-me na cama e aconchego a cabeça no colo da minha mãe.

- A Karui ela... – Desabafo – Ela morreu mãe e eu me lembro do Lee! – Entrego-me às lágrimas.

Mamãe alisa os meus cabelos, eu fecho os olhos e não fujo da dor.

...

O vento gélido da noite atravessa as persianas e mesmo que eu esteja debaixo das cobertas, ele me incomoda.

Contenho-me para não levantar e fechar a janela. O Boris deve voltar a qualquer momento e é aqui que ele dorme. Ao menos isto não mudou. Hana disse que todas as manhãs quando ela passa em frente ao meu quarto, enxerga a minha bolinha de pelos marrom, encolhida na cama.

 

 

Acordo assustada - novamente atormentada pelo pesadelo do cemitério – ao mesmo tempo em que o meu gato invade o quarto pela janela aberta e acomoda-se ao meu lado na cama. Enrolo-me ainda mais na coberta e encosto o meu corpo ao seu corpo peludo.

- Boa noite Boris – Sussurro e fecho os olhos, apesar do pesadelo eu quero voltar a dormir, sinto-me feliz por estar aqui, em casa.

...

Algo de errado não está certo. Acordo cedo e desço para o café da manhã, entretanto ao invés de encontrar uma mesa farta – bolos, panquecas, pães de sal e doce, biscoitos, bolachas, achocolatado, café, chá, suco, quicky e leite morno – Eu encontro uma mesa que não atiça o meu apetite – pães integrais, uma vitamina estranha e dois ovos cozidos para o meu pai.

Eu estou mesmo em casa?

Assusto-me ao ver Inochi usando uma calça moletom, tênis de corrida e abrigo de frio. O que aconteceu com o robe azul? Ao invés de tomar o desjejum altamente calórico e sentar-se na poltrona para assistir o noticiário local, o meu pai come os dois ovos cozidos, toma um pouco da vitamina estranha e sai para caminhar.

Quanto a minha mãe, ela está atrasada para a aula de Pilates, a mulher que preocupava-se em preparar o melhor café da manhã, que obrigava toda a família a comer todas as guloseimas e depois arrumava a cozinha para não acumular louças, está atrasada para a aula de pilates? Céus onde está a minha casa?

...

A minha mãe me disse que Sakura continua a morar no nosso bairro antigo, mas não na casa dos pais e sim em uma república mista.

Recordo-me perfeitamente de uma vez, quando nós duas planejávamos o futuro e chegando ao tópico faculdade, Sakura disse ser totalmente contra a morar em uma república, principalmente em uma república mista.

- Garotos são uns porcos, só vou viver no mesmo teto que um quando não houver outra escolha, ou seja, casada! – Sakura disse categoricamente.

- Ah deve ser foda morar em uma república mista. Eu darei um fora em todos os meus colegas de teto e serei conhecida como, Ino a inalcançável! – Eu disse a ela na época.

Céus! Eu sempre fui uma vaca.

O engraçado é que Ino a inalcançável está dividindo o apartamento com uma colega de faculdade, enquanto Sakura mora com os boys.

 

 

No caminho para o meu antigo bairro eu passo em frente ao Pet Shop Inuzuka. Por um segundo eu penso em sair do carro da minha mãe – Fiat Palio 2014 – entrar no estabelecimento e dizer oi, apenas para aumentar o meu ego. Entretanto, a sanidade retorna e me impede de ser impulsiva.

  O meu antigo bairro também mudou um pouco. Eu não me lembro dessa praça com a estátua de uma sereia no meio dela, também não me lembro de que houvesse tantos prédios residenciais.

Bato campainha no número 512. Demoram um pouco para atender a porta, mas quando isto acontece, eu entro no inferno, porque a tentação está bem na minha frente.

O boy é alto, os cabelos castanhos desgrenhados e os olhos acinzentados. A barba aparada enfeita o queixo pontiagudo. O delicinha está sem camisa, há pelos castanhos – na quantidade exata – em seu peitoral másculo e gominhos em sua barriga chapada. A xana chega a bater palminhas.

- Em que posso ajudar? – A voz dele entra em meus ouvidos e esquenta a minha virilha.

- Estou procurando a Sakura Haruno – Digo.

- Entra aí – O boy me dá passagem e eu entro na república.

Há mais corpos – em sua maioria com menos roupas do que deveriam estar usando – do que copos sujos no chão da casa. Sobrepondo-se ao cheiro de álcool, vômito e drogas há um forte cheiro de gozo, mas não é um cheiro de sexo comum, é um cheiro podre, que incomoda.

Argh, que porra aconteceu aqui?

Provavelmente aconteceu uma daquelas festas, que anos atrás Sakura usou como argumento para não morar em uma república. Segundo ela, como uma futura médica, a testuda não poderia viver em meio à bagunça, ela precisava dedicar-se inteiramente aos estudos. Olhem a ironia, hoje onde está a Haruno? Vivendo em meio à bagunça.

Encontro a Sakura saindo de um dos banheiros. Igual ao Gustavo, o delicinha que atendeu a porta e me guiou pela casa, Sakura está mais sóbria que a maioria, mas não totalmente livre do cheiro de álcool.

A vaca ficou bonita, o cabelo rosa combina mais com a sua pele clara e com os olhos verdes, do que o cabelo castanho.

- Ora... ora... ora, o que temos aqui? Sakura Haruno em uma república mista, como isto aconteceu? – Pergunto zombeteira.

Após o espanto inicial por me ver, Sakura revira os olhos e responde.

- Os meus pais mudaram da cidade, eu não encontrei ninguém que quisesse dividir um apartamento e todas as repúblicas femininas estão lotadas, não tive muita escolha – Diz ela dando de ombros.

Rimos, eu a abraço e ela retribui.

...

Como a egoísta que eu sou, arrasto a Sakura até o precipício onde há 6 anos o carro do Sasori caiu.

- Por que estamos aqui Ino? – Sakura pergunta. Ela mantém-se afastada da mureta, que foi reconstruída.

Forço a bílis descer pela garganta e olho a superfície rochosa metros abaixo. O Sasuke tem razão, é impossível que o Sasori tenha sobrevivido à queda! Giro nos calcanhares e encaro a testuda. Próxima ao carro, com a expressão enjoada, Sakura devolve o olhar.

- Porque o Sasuke disse que não encontraram o corpo, mas que era impossível o Sasori ter sobrevivido. Decidi conferir com os meus próprios olhos a altura deste precipício!

- Ele não sobreviveu Ino, agora podemos ir? – Sakura está desconfortável. Imagino que ela sempre evite esse trecho da cidade.

Aquiesço e voltamos ao carro.

- Sakura eu pretendo ir á uma floricultura e depois visitar o túmulo do Lee – Aviso. Em resposta, ela apenas concorda com a cabeça.

 

Eu não sei quais eram as flores preferidas do Lee ou se ele gostava de flores. Talvez fossem Sakuras. Porém, eu comprei um buquê de flores Copo de Leite, que significam paz, tranquilidade e pureza. Sakura optou pelo mesmo buquê que eu.

É como se eu pudesse ver a Karui e o Lee do meu lado. Este cemitério é diferente do cemitério de meus pesadelos, mas continua sendo assustador. Temo aproximar-me do túmulo e ser empurrada ou puxada para o seu interior.

Eu tenho que fazer isso, ele era o meu amigo!

Leio o seu epitáfio.

Um amigo animado e um filho atencioso. R.I.P Lee Rock.

Palavras verdadeiras! Lee era pessoa mais empolgada que eu já conheci.

- Olá Lee – É muito estranho conversar com uma pedra. Por que as pessoas morrem? – Eu espero que você esteja bem - Fungo e deixo as flores sobre o lapide – Desculpa por ter me esquecido de você? Por ter sido covarde e não ter vindo me despedir? Você era um amigo muito animado lee, sempre te levarei no meu coração! – Sakura aperta de leve o meu ombro.

- Adeus Lee – A testuda se despede.

- Adeus – Eu repito o que ela disse.

...

Hoje descobri que sou capaz de dizer adeus. Ainda tenho um pouco de medo, mas sei que consigo dizer tchau ao passado. Como isso me afetará daqui pra frente? É o que descobriremos juntos.

Sentada ao lado da testa de marquise no banco da nova praça, eu encaro a estátua da sereia. Essa é a Ariel, do filme A pequena sereia.

- Qual é a da Ariel? – Indago, curiosa.

- É uma homenagem ao Instituto Ariel – Sakura cruza as pernas.

- Ah!

O Instituto Ariel, é uma clínica para pessoas paraplégicas. A personagem Ariel foi escolhida como o símbolo da clínica, porque sendo uma sereia ela não pode caminhar em terra firme. Apesar de que no filme ela “ganha” pernas e tal, mas esta é outra história.

- Mudando de assunto Testuda, o que rolou ontem na sua residência, o ar estava podre?

- O famoso bacanal – Sakura responde constrangida.

Argh, que nojo, Surubas do nível bacanal são mais que nojentas.

Prefiro não saber se a Sakura participou. E assim o silêncio ganha espaço.

O abismo entre nós é enorme. Eu não sei mais o que dizer e se ela sabe, Sakura prefere não dizer. A minha vontade é de voltar para a casa dos meus pais, entretanto, algo me diz que Sakura e eu ainda não acabamos.

No fim, eu é que corto o silêncio.

- Testuda – Suspiro cansada – O próximo destino é a casa dos pais do Lee, eu preciso me desculpar.

- Entendo – Um vento balança os nossos cabelos – Ino me desculpe – Ela diz, abro a boca surpresa – Antes eu sentia raiva de mim mesma, por saber que se estivesse em seu lugar, eu teria feito à mesma escolha – Do que é que ela está falando? Sakura não sabe do quanto eu me lembro, resolvo deixá-la continuar – Eu estava com tanta raiva de mim mesma, que mal conseguia me olhar no espelho, então achei mais fácil transferir esse sentimento e passei a sentir raiva de você, porque nós estávamos lá juntas e eu...

- Não poderia detestar o homem que você ama! – Solto o que esteve entalado em minha garganta desde quando li o diário do Sharigan666 – É eu sei Sakura que você é apaixonada pelo Sasuke! – Não camuflo a mágoa.

Éramos amigas, as melhores, ela deveria ter me contado que também gostava dele.

- Como você soube? – Sakura pergunta surpresa.

- Não importa, importa? – Ela maneia a cabeça.

- Ino... Eu não queria ter gostado dele, mas aconteceu... Me desculpe, não por gostar dele, mas por ter me afastado de você? – Fico sem palavras.

Eu não quero e não vou desculpar a Sakura. Caralho nós nos conhecíamos desde a pré-escola e mesmo assim, ela preferiu me virar às costas, por causa de um garoto que nem gostava dela? Por favor, eu tenho amor próprio.

Antes que eu a responda a figura da Shizune desvia a nossa atenção. A mulher emagreceu consideravelmente, ela passa por nós como se fossemos sombras, se nos viu, finge que não.

- O que houve com ela? – Pergunto, observando a Shizune distanciar-se.

- Porca algumas coisas mudaram desde que você foi embora – Sério? Eu nem notei! – A Shizune noivou com o Kiba o seu ex-namorado e recentemente eles desmancharam o compromisso e ela está assim, nessa sofrência! – Sakura comenta sem pausas, provavelmente, temendo que eu a interrompesse.

Esqueço-me de que não somos mais amigas e confidencio.

- Eu sei. Sakura eu sou o motivo da separação deles!

Imediatamente ela levanta-se do banco, eu faço o mesmo.

- Você está com o Kiba de novo e quanto ao Sasuke, pensei que tivessem voltado? – Ela tenta, mas não consegue esconder o sorriso feliz e isso me irrita.

- Ué o seu amiguinho não te contou, que terminamos? – Levo as mãos à cintura.

- Por causa do Kiba? Ino o Sasuke é um homem muito melhor que ele! – Sakura ignora a minha alfinetada. Um vinco forma-se entre suas sobrancelhas.

- Mas é claro que pra você o Sasuke é um homem muito melhor e não finja raiva Sakura, pode dizer que está feliz com o término do meu namoro. Chega de falsidade. Aposto que quando eu me esqueci dele, você também ficou feliz, imaginando que assim ele te enxergaria! – Eu juro que não queria jogar sujo, mas antes que eu percebesse as palavras, simplesmente, saíram.

- Ok Ino... Já que estamos jogando esse joguinho, eu realmente estou feliz e é verdade, quando você se esqueceu dele também fiquei feliz. Não por você não se lembrar de nada, mas porque isso nos aproximou. Enquanto você fugia da dor, nós dois a enfrentamos juntos! Não é justo que ele continue correndo atrás de você, uma garota mimada que nunca sabe o que quer! – Sakura cospe as palavras.

Ela sabe do Gaara?

Retiro as mãos da cintura e cerro os punhos. Espero que a minha expressão de fúria, seja tão assustadora quanto à da Sakura.

- A vida não é justa! Lide com isso sua invejosa!

- Eu invejosa? – Sakura ri.

- Sim sua testuda horrorosa. Sempre foi só porque eu sou mais bonita! Eu era a sua amiga antes do Sasuke aparecer, mas você o escolheu ao invés da nossa amizade! E ficou com raivinha quando ele não te quis!

- Eu o amava sua porca retardada e você ficou com ele! – Sakura rebate.

- Hello! Eu não sabia, você não me contou... Quer saber, bem feito. Ele me ama, sempre amou e eu também o amo, quanto a você? Não passa de uma amiguinha, que no máximo seria uma segunda opção!

Sakura segura-se para não avançar sobre mim. E eu agradeço, levar uma surra não é uma opção.

- É ISSO O QUE VOCÊ PENSA? – Sakura grita.

- É EXATAMENTE ISSO O QUE EU PENSO! – Devolvo o grito.

- Adeus Ino – Sakura diz, magoada.

- Adeus – Eu respondo triste.

Sakura vira-se de costas e afasta-se. Eu percebo dolorosamente, que ela não é mais a minha melhor amiga e sim a amiga do meu ex-namorado.


Notas Finais


Eu amei escrever esse capítulo.
Obrigada por ler e até a próxima :*


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