Afinal eram só algumas tequilas e uma noite louca, oque poderia acontecer de tão ruim assim?
-Vou ligar pra Kim. –ele assentiu e eu disquei o numero dela, ela atendeu na quinta chamada
-Oi coisa mais linda da minha vida. –ela disse, eu ri.
-Não te vi hoje, como foi seu dia?
-Você estava dormindo quando sai, foi incrível, tive uma aula de dança inesquecível.
-Que bom que gostou, quero saber tudo depois. Você pode me fazer um favor?
-Claro, oque é?
-Preciso que pegue uma roupa pra mim e traga na casa do Nathan.
-Que tipo de roupa?
-Vou para uma balada, você decide.
-Então ta, to entrando em casa, daqui a uns 20 minutos to ai.
-Você é a melhor.
-Eu sei. –ela riu e desligou
Eu simplesmente amava a Kim, acho que ama-lá é uma das coisas mais fáceis que já fiz na vida.
-Como ela está? –ele disse e encheu a boca de sorvete
-Ótima, ela continua visitando o psicólogo e eu consigo ver uma incrível melhora.
-E a escola?
-Ela vai bem, ela só precisava de uma chance sabe?
-Sei sim. Fico feliz que você tenha sido corajosa o suficiente pra enfrentar o Bieber e tudo mais por ela. Ela teve aqui semana passada, e tava toda feliz.
-Sabia que eles se adoram? –sorri- Fui correr outro dia e quando voltei eles estavam rindo enlouquecidamente na sala.
-Você faz esse tipo de coisa. –ele disse, e bagunçou meu cabelo
-Que coisa?
-Coisas improváveis acontecerem, as pessoas acreditarem e confiarem em você.
-Não seja idiota Nathan.
-Defeito genético garota. –ele disse sorrindo, e eu revirei os olhos- posso fazer uma pergunta?
-Claro.
-Oque aconteceu entre você e a Elizabeth?
-Ela foi uma péssima mãe.
-Numa escala de zero a dez, o quão ruim ela foi?
-Doze. Olha Nathan, eu já disse isso se quiser conhece - lá ta tudo bem.
-Não quero, é mais curiosidade sabe? Eu não tive nem mãe nem pai, fico curioso só de imaginar como eles eram.
-Você teve o Scoot, e sinceramente ele foi à melhor coisa que você poderia ter.
-Eu sei, ainda assim eu estou curioso.
-Olha, eu realmente acho que você deveria conhece - lá, um café, um almoço. Sei lá.
-Você iria comigo?
-Odeio dizer não para você, mas eu não sou capaz de conviver com ela no mesmo espaço sem que a situação fique ruim, mas posso ligar pra ela por você.
-Serio?
-Sim.
-Eu te amo sabia?
-Eu também querido, você foi uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida.
Deitei no colo dele e ele ficou acariciando meu cabelo, nos assustamos quando ouvimos um “clcik”
-Essa foto ficou ótima. –uma sorridente Kim estava de pé, com uma câmera na mão e duas mochilas
-Você quase me matou do coração. –eu disse sentando
-Não seja dramática. –ela beijou minha bochecha, e fez o mesmo com o Nathan
-Iai branquela. Como entrou sem interfonar?
-Ah, o porteiro disse que temos os mesmos olhos e com certeza éramos parentes, ai ele me deixou subir- ela pegou o sorvete e começou a comer
-Trouxe oque pedi?
-Sim, o Bieber tava em casa e tava estranho pra cacete. –Nathan me encarou
-Hum... Você veio com o motorista? –perguntei a primeira coisa que passou pela minha cabeça
-Sobre isso. –ela deu um sorriso amarelo- vim com um amigo da escola, ele mora no apartamento da frente.
-O irmão do Trevor? –Nathan perguntou
-É. Nós vamos sair pra fotografar. Tudo bem Kath? –os dois me olharam com expectativa
-Claro, apenas tome cuidado está bem?
-Você é incrível. –ela disse sorrindo- Vocês voltam quando?
-A noite é uma criança Kim. –Nathan disse se levantando
-Então ta, vou indo. –ela disse largando o pote de sorvete
-Vou com você ate a porta. –eu disse me levantando, Nathan entrou no corredor e desapareceu
-Tudo bem.
-Esse Cam é legal? –eu disse enquanto saímos do apartamento
-É sim, ele é incrível. Você vai gostar dele. –ela bateu na porta do apartamento da frente, Trevor abriu a porta vestido apenas com uma calça de moletom cinza. Gostoso pra caralho
-Oi de novo Katrina. –ele sorriu para mim- e essa linda senhorita seria?
-Sou a Kim –ela sorriu- vim buscar o Cam.
-Ah sim, entrem. – ele abriu a porta, e entramos. O apartamento era bonito, tinha um jeito masculino e elegante. –Cam, sua amiga esta aqui.
Trevor vestiu uma camiseta, infelizmente. Droga, para de pensar bobagens Katrina.
-Vocês são primas? –ele questionou me tirando do devaneio
-Irmãs. –respondi sem vacilar, Kim sorriu
-Vocês tem os mesmo olhos. São lindos.
-Obrigada. –Kim disse, no mesmo momento um garoto que era uma copia perfeita do Trevor entrou na sala
-Oii. –ele .lançou um sorriso pra Kim, que retribuiu –Você deve ser a famosa Katrina, prazer em conhece - lá.
-E você deve ser o Cam, o prazer é meu.
-Se vocês não se importam nós vamos indo. –Kim disse ficando de pé e segurando a mão do Cam
-Te vejo depois tudo bem? –Cam disse ao irmão que assentiu
-Se precisar me liga ta?
-Ta bom Kath.
-Cuide da minha irmãzinha Cam. –eu disse de forma ameaçadora
-Pode deixar. Tchau. –ele arrastou ela porta a fora
-Eles são uma graça não acha? –Trevor perguntou
-Acho, já vou indo também. –eu disse me pondo de pé
-Porque tenho a impressão que você esta fugindo de mim? –ele se levantou e caminhamos ate a porta
-Não estou, não faço o tipo que foge das coisas. –ele abriu a porta e eu sai
-Nem eu. –ele disse me encarando
-Tenho um compromisso, nos vemos por ai.
-Pode apostar que sim. –revirei os olhos ele gargalhou, entrei no ape. Peguei a mochila no sofá e fui pro quarto me arrumar. Joguei a mochila na cama e comecei a tirar minha roupa, caminhei até o banheiro e abri o chuveiro, me lavei e esfoliei minhas pernas, quando ficaram macias enxagüei e desliguei o chuveiro. Me enrolei em uma toalha e fui pro quarto ver oque a Kim havia trago, um conjunto de lingerie vermelho, um vestido preto, sapato, e minhas maquiagens. Essa garota é demais.
Uma hora depois uma Katrina matadora me encarava no espelho. Retoquei meu batom e sai do quarto.
-Uau, que beldade. –Nathan disse me encarando, ele parecia um adolescente rebelde, seus cabelos estavam bagunçados naturalmente, e ele tinha um sorriso irônico
-Valeu a pena esperar? –eu disse sorrindo
-Com certeza, agora vamos. –ele abriu a porta e saímos, descemos ate a garagem em silencio e entramos no carro.
-Aonde vamos? –perguntei enquanto passávamos pela parte de condomínios da cidade
-Uma boate nova, inauguração. Dizem que talvez você tenha um concorrente a altura. –ele deu de ombros e eu ri
-Você nunca foi à The Hurricane né? –gargalhei- duvido que seja tão boa assim.
-Você é convencida garota.
-Sou sincera querido, só trabalho com o melhor. –ele ri e eu consigo ver uma fila enorme
-Puta merda. –ele disse enquanto estacionava o carro
-Seja lá quem for o dono fez um bom trabalho.
-Como vamos entrar? –ele disse depois que descemos do carro
-Aprenda com sua irmã. –pisquei pra ele e enganchei nossos braços enquanto atravessávamos a rua e cruzávamos toda a fila. Quando chegamos a porta dois seguranças nos barrarão
-Quem são vocês? –ele disse de forma ameaçadora
-Diga ao dono desse lugarzinho que Katrina Grey esta aqui. –ele me encarou antes de pegar o radio
-Que merda você ta fazendo Kath?
-Observe. –eu disse e sorri, o grandão voltou e nos encarou
-Estenda o braço por favor. –estendi e ele colocou uma pulseira no me braço, fez o mesmo com o Nathan- Tenham uma excelente noite.
-Obrigada- puxei Nathan e entramos.
-Kath... –ele disse olhando o lugar
-Eu sei, foda. –o lugar era de cores escuras, davam um ar caótico ao lugar, a pista estava cheia e os bares também
-Vai precisar de carona? –ele perguntou enquanto observava uma loira sentada sozinha
-Não, eu me viro. Vai se divertir.
-Pode deixar. –ele saiu de perto de mim, e eu fui até o bar, me sentei em um banquinho e um barman veio me atender
-Oque a bela moça gostaria de beber?
-Um shot de tequila. –ele se virou e em dois minutos colocou oque pedi na minha frente, coloquei o sal e o limão na minha língua e virei o copo. –obrigada.
Me levantei e fui pra pista, comecei a rebolar e logo uma garota morena se juntou a mim.
-Ta sozinha? –ela perguntou
-Estava. –pisquei pra ela que sorriu
-Dia ruim?
-Mas a noite vai ser boa. –rebati e ela segurou em minha cintura enquanto eu rebolava, ela mordeu os lábios
-Pode apostar que sim. –ela me puxou e colou nossos lábios, enquanto invadia minha boca com sua língua ela apertava minha bunda, quando finalmente me soltou rebolei pra ela e sorri
-Gostosa. –ela sussurrou e continuamos a dançar
-Vou pegar uma coisa para nos. –sai da pista e fui até o bar, pra minha infelicidade o Bieber estava lá- uma garrafa de Jack Daniel’s.
-Você ta bêbada? –Justin perguntou antes que eu pudesse pegar a garrafa e dar o fora
-Não, e se estivesse não seria da sua conta. – barman colocou a garrafa no balcão e sorriu pra nos dois
-Ela é das bravas. –revirei os olhos
-Você estava beijando uma garota.
-Idai?
-Não achei que esse fosse seu tipo.
-Quando você vai entender que não sabe nada sobre mim? –eu disse e sai antes que ele pudesse responder
Horas depois
Minha cabeça girava enquanto eu me esfregava na Bea, ela sorria enquanto me apalpava. Resolvi entrar na brincadeira e subi na mesa mais próxima e ameacei começar a tirar meu vestido. Todos os homens do recinto aplaudiam e gritavam.
-Hey babys. –gritei e eles gritaram mais ainda
-Katrina desce daí. –Trevor disse perto da mesa, lambi os lábios. Ele parecia um deus do rock.
-Não quer ver meu show? –pisquei pra ele
-Não, não quero. –ele me pegou de cima da mesa e começou a cruzar a multidão me carregando como se eu fosse um saco de batata enquanto eu ria loucamente- Você vai se arrepender disso amanhã.
Ele me colocou dentro do carro e deu a volta entrando do lado do motorista.
-Você é muito chato. –mostrei a língua e ele revirou os olhos- mas é gostoso, parece um deus do rock sabia?
Ele riu alto
-Sério? Acho que gosto mais da sua versão bêbada.
-Não, você deveria dizer “Katrina você parece uma deusa do sexo”, ai eu ia dizer “eu sei”. Você estragou meu script.
-Meu deus garota. –ele sacudiu a cabeça incrédulo
-Porque não trouxe a Bea? Podíamos fazer um ménage. Eu ia pirar você.
-Um ménage? O quanto você bebeu?
-Ainda posso pirar você. –eu disse e beijei o canto dos seus lábios
-Você ta bêbada Katrina.
-Chato. Pode me chamar de Deusa. –ele gargalhou enquanto estacionava o carro, ele desceu e me ajudou a descer
-Vamos subir deusa. –ele disse me levando em direção ao elevador.
-Dormir é? Tenho outros planos. –eu disse me encostando nele
-Quando tiver sóbria podemos por seus planos em pratica. –revirei os olhos, saímos do elevador e entramos no ape
-Acho bom, você ser incrível na cama pra me deixar feliz pelo ménage que perdi.
-Pode apostar que sim garota. Agora vamos por você pra dormir.
-Não quero. –eu reclamei enquanto entravamos no quarto
-Tira o vestido. –ele me mandou enquanto pegava algo em uma gaveta
-Oque vai fazer? –eu disse enquanto tirava, ele balançou a cabeça e me jogou uma camiseta
-Veste e vai dormir. –abri o fecho do sutiã e sorri pra ele, ele suspirou e virou de costas- vai logo Katrina.
-Chatoo. –vesti a camiseta e caminhei até ele passando meus braços por sua cintura
-Hora de dormir Katrina. –ele disse sem se mover
-Porque não me conta seus segredos?
-Me conte os seus. –ele disse tirando meus braços e me encarando, gargalhei
-Não sou uma bêbada burra. –ele sorriu
-Aposto que não. Deita aqui. –ele tirou a colcha da cama e eu deitei- você é do tipo que vomita?
-Não, sou do tipo bêbada fogosa. –ele riu
-Você é impossível. Boa noite.
-Aonde você vai?
-Dormir. –ele disse como se eu fosse idiota
-Dorme comigo. Não gosto de ficar sozinha. –ele me encarou e eu bati na cama
-Você não parece o tipo indefesa.
-Eu não sou, mas to bêbada. Não vou te atacar. –levantei dois dedos e os beijei- prometo.
-Ta bom. –ele tirou os sapatos à camisa e se deitou do meu lado- Só dormir Katrina.
-Ninguém me chama assim sabia? Você ta dormindo comigo, pode me chamar do que quiser.
-Ta bom jujuba. –ele disse e eu ri
-Eu gosto jujuba. –ele se aproximou e sussurrou no meu ouvido:
-Boa noite.
Aconcheguei-me e me deixei ser levada pelo sono.
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