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História Armados and Perigosos - Dois Milhões?!


Escrita por: gabsdutt

Capítulo 3 - Dois Milhões?!


 

Calleb não havia dormido a noite inteira, ficará planejando o assalto a um banco internacional no centro da cidade, que ficava a quilômetros de onde estavam - então ele estava basicamente cansado, estressado, e completamente sem paciência.

- Bom dia, flor do meu lindo jardim! - disse Toby surgindo por trás de Calleb com um sorriso de orelha a orelha.

- Ótimo dia, meu anão que completa o jardim. - disse Calleb mal humorado e sério.

- Até parece, eu sou maior que você querido. Eu vou acordar as meninas, tá? Elas devem estar com fome. - disse Toby sorrindo e saltitando pelo corredor até o lugar onde as meninas se encontravam.

Dentro do quarto, as quatro meninas estavam dormindo. Spencer suava loucamente, assim como as outras meninas. Toby havia entrado no quarto de madrugada e colocado quilos de cobertor em cima delas.

- Bom dia, meninas lindas do meu coração! - disse Toby entrando no quarto todo sorridente. - Dormiram bem?

- É... sim, claro - disse Emilly esfregando os olhos.

- Que booooom lindinha! - disse Toby sorridente. - Estão com fome?

As meninas se entreolharam, pensando na pior das hipóteses sobre o que eles poderiam dar para elas comerem.

- Não, não, não estamos não. - disse Hanna, seguido de um ronco de seu estômago.

Toby fez cara de poucos amigos e sorriu logo em seguida.

- Sigam-me, crianças! - ele disse marchando.

As meninas tentaram se arrumar o máximo que puderam e seguiram-no, observando o lugar onde estavam. Era grande, muito grande, poderiam se perder lá facilmente, mas viam que em cada canto havia uma câmera, e o medo de serem massacradas por Calleb era bem, mas bem maior!

- Call, temos visita para o café. - disse Toby sentando em uma cadeira que dava para a mesa logo atrás dos sete monitores de computador que Calleb utilizava.

- Uhum. - ele disse prestando atenção ao que estava fazendo no computador.

- Ele não dorme não? - perguntou Aria, sentando e apontando para Calleb de costas.

- Sabe o que é? Ele se dedica muito às coisas, isso é bom no Call, porque a gente sempre se sai bem, hehe. - disse Toby olhando para as meninas e olhando para Calleb.

 

Hanna ficou observando Calleb de costas e o quanto ele se concentrava naquilo, e o pior, ela não entendia absolutamente nada de computador!

- Call, vem comer. - disse Toby um pouco sério.

- Não. - respondeu Calleb digitando rápido e analisando algumas imagens.

- Calleb não vou falar de novo! - disse Toby em tom de bravo e sério ao mesmo tempo. - Você tem que comer, senão além de ser um ignorante vai ser um desnutrido e morto de fome.

Calleb olhou para trás com uma cara de sério, via-se claramente suas olheiras e como seu rosto estava pálido.

- Tá. - ele respondeu simplesmente, levantando de sua cadeira e sentando-se à mesa junto a todos. Ele sentou e acendeu um cigarro olhando fixo para o nada.

- Ótimo, eu vou pegar as coisas. - Toby levantou sorrindo e saindo de vista das meninas. O medo delas havia aumentado, afinal, Calleb era um monstro comparado a Toby, e dele ninguém sabia o que esperar.

- Então, dormiram bem? - Calleb tentou ser amigável, mas ainda não encarava ninguém e falava friamente.

- Uhum. - respondeu Spencer - Só que ele veio cobrir a gente de noite e a gente acordou alagada, e estamos fedendo mais do que ontem depois do show.- Spencer disse colocando o cabelo pra trás da orelha, tentando parecer mais apresentável.

Calleb riu, é, ele riu, coisa que não fazia diariamente.

- É isso é bem a cara do Toby, ele é assim mesmo, se preocupa demais com as pessoas, às vezes até com quem não merece. - disse Calleb, ficando sério logo em seguida.

As meninas engoliram a seco. Será que ele estava falando delas?

- A gente não merece a preocupação dele? - disse Spencer agora com um olhar triste.

Calleb olhou para ela e percebeu o quanto ela se importaria com a resposta, mas a verdade é que Calleb não estava nem aí para aquelas meninas, elas eram incógnitas para ele, e não mudariam nada na vida dele.

- Na realidade, sou eu que não mereço. - ele disse levantando e saindo da sala, encontrando com Toby na porta com sacos na mão.

- Aonde você vai? - Toby perguntou sério.

- Não estou com fome. - Calleb disse passando reto por Toby e dando passos firmes.

Toby ficou parado na porta, fechou os olhos e respirou fundo, abriu-os novamente e sorriu.

- Bom, vamos comer lindinhas? - ele disse, sentando e colocando as coisas em cima da mesa.

Toby comeu em silêncio e as meninas perceberam que algo estava errado.

 

Calleb andou a fábrica inteira até chegar ao último andar, onde se dirigiu ao topo do prédio onde pousavam helicópteros. Sentou-se lá e ficou pensando, pensando no seu passado, no que tinha se transformado hoje, e o que seria amanhã, mas isso ninguém poderia dizer, apenas ele.

- Então, vocês querem tomar banho, algo assim? - Toby perguntou ainda um pouco chateado.

- Ah eu... - Spencer ia falar quando foi interrompida por Emilly.

- Não, obrigado. - disse Emilly séria.

- Sabe, ele não tá fazendo isso por mal, é que a gente precisa do dinheiro meninas. - Toby disse olhando para baixo, as meninas estranharam vê-lo daquela forma.

- O motivo pra quê precisamos do dinheiro não é importante, Toby. - disse Calleb surgindo de repente. Ele sentou-se à mesa e pegou uma maçã.

- Agora você come, não é seu idiota? - disse Toby sorrindo.

- Eu fiquei com fome seu bestão. - Calleb disse sério.

As meninas observaram os dois, as expressões e o quanto eles eram diferentes um do outro, surgiam dúvidas na cabeça delas; por que eles foram presos, por que em um presídio de segurança máxima, por que eles eram daquele modo? Mas essas perguntas só seriam respondidas depois.

O telefone de Hanna tocou e um clima tenso se instalou no local.

- Me dá o telefone gatinha. - Calleb pediu o telefone seriamente.

Hanna não hesitou, entregou o telefone a Calleb de imediato.

- Alô. - disse Calleb calmamente olhando para as meninas.

- Alô, Hanna?! Hanna, é você?! - dizia alguém desesperado do outro lado da linha.

- Não, querido, quem tá falando? - perguntou Calleb.

- Quem tá falando? Como assim? Eu que pergunto! - a pessoa do outro lado da linha começava a se estressar. - Deixa eu falar com a minha namorada! - disse o menino dando um ataque histérico do outro lado da linha.

- Resposta errada meu caro imbecil. - disse Calleb se levantando.

- Calleb, pega leve. - disse Toby assistindo a cena.

- Com certeza. - Calleb colocou o telefone na boca de Hanna e apertou o pescoço da mesma com força, arrancando um grito de dor dela.

- HANNA! AMOR! O QUE TÃO FAZENDO COM VOCÊ? - perguntou o menino gritando desesperado do outro lado da linha.

- Amor, calma, tá tudo bem, eles seqüestraram a gente... - Calleb deu um peteleco na cabeça de Hanna, arrancando outro grito dela.

- AMOR MEU DEUS! - gritou o menino do outro lado da linha.

Calleb encostou sua boca na orelha de Hanna, fazendo-a se arrepiar toda.

- Fala que você ama ele, e que você quer que entreguem dois milhões em dinheiro em um lugar que eu irei definir logo mais. - ele dizia tudo bem baixinho no ouvido de Hanna, que fechou os olhos e começou a falar calmamente.

- Amor, escuta, eles querem que vocês entreguem dois milhões em dinheiro, ele vai entrar em contato pra falar o local. - Hanna disse mordendo a boca de dor pelo fato de Calleb ter apertado novamente seu pescoço.

- DOIS MILHÕES?! - gritou o menino.

- É, dois milhões. - Hanna dizia calmamente.

Emilly estava furiosa por ver Calleb machucar sua amiga, mas Toby fez questão de acalmá-la.

- Tudo bem, eu vou chamar a polícia, eu vou! - dizia o menino do outro lado da linha.

- A gente vai ter que desligar agora! - disse Hanna sentindo a respiração de Calleb em seu ouvido.

- O QUE? NÃO! - o menino berrava igual um louco, tentando evitar o fim da chamada.

- Tchau, amor... - Hanna disse e Calleb apertou seu ombro com força bem no osso da clavícula - ...ée, eu te amo! - ela disse por fim arrancando um sorriso de Calleb.

Ele desligou o telefone sorrindo e se dirigiu ao computador. Toby olhava com cara de mal para Calleb, assim como Aria, Emilly e Spencer.

- Poxa, Call, não dava pra pegar leve? - perguntou Toby.

- É, não dava pra pegar leve? - perguntou Emilly furiosa.

- Se eu pegasse leve, não teria sido um bom sequestro. - Calleb disse ainda sorrindo, olhando para o computador. - E afinal, que diferença faz? - disse o garoto, pegando um cigarro e acendendo. Virou sua cadeira para os cinco. - Ela não ama ele mesmo. - disse, sem deixar de sorrir.

 



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