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História Arranged Marriage - Prologue 01


Escrita por: JoyceMarqs

Capítulo 3 - Prologue 01


Fanfic / Fanfiction Arranged Marriage - Prologue 01

Castelo de veraneio em Stirling, Escócia
04 de Faoilleach de 186, 10h34min

Pensamentos de Blair

 

Acordei com um certo peso pulando em cima de mim e a luz do dia batendo em minha face.

— Acorda, acorda, acorda, Blair! — Escutei. Abri lentamente os olhos dando de cara com o ser de cabelos castanhos e olhos marrons meio esverdeados, Kyle. O empurrei para o lado, fazendo com que o mesmo caísse no chão. — Ai. — Reclamou.

— Qual o seu problema, Kyle? Me deixa dormir, céus. — Murmurei, me ajeitando novamente na cama, eu estava com sono. Cobri meu rosto com o travesseiro para que a escuridão reinasse conta de mim novamente.

— Tsc, tsc, tsc, princesa Drummond, por favor, tenha ânimo. Hoje é nosso aniversário, pelo amor de Deus. — Grunhi abafado. — Eu trouxe seu presente... — Falou arrastado.

— Certo, você venceu, cadê? — Perguntei me sentando rapidamente. Se tinha uma coisa que eu amava era receber presentes. Ele soltou uma gargalhada gostosa e me entregou uma caixa com um embrulho branco e um laço dourado. — Adorei a caixa. — A abri e dei de cara com um par de brincos e um cordão cheio de cristais, tão lindos e perfeitos. — Eu amei. — Exclamei rindo de orelha a orelha e dando um abraço no meu irmão.

— Claro que amou, fui eu que escolhi. — Ficou com a postura mais ereta e empinou o nariz.

— Convencido. — Murmurei.

— É a convivência. — Ri baixinho. — Vou chamar Violet para arrumar-te para o almoço, porque parece que alguém aqui dormiu muito. — Deixou no ar.

— Tudo bem. — Falei negando com a cabeça e rindo. Kyle Drummond, príncipe da Escócia, meu irmão gêmeo, minha cara metade, um dos seres que eu mais amava nessa vida. Ele era a pessoa mais extrovertida do mundo, e ele até podia estar completando 17 anos, porém, Kyle tinha a mentalidade de uma criança de 5.

Me levantei e fui até a janela; fiquei encarando aquela bela vista. Ouvi a porta principal ser aberta, me virei até ela e vi minha empregada pessoal passar pela mesma. De relance eu o vi fechando o pedaço de madeira com um sorriso discreto no rosto. Sua boca moveu-se e falou silenciosamente “Feliz aniversário, querida”, então a porta foi fechada por completo.

— Bom dia, Violet.

— Bom dia, Vossa alteza, feliz aniversário. — Fez uma reverência.

— Obrigada, Let. Ah, quantas vezes vou dizer que somente eu presente no cômodo não precisa me chamar com esta formalidade e fazer essas coisas, huh? — Fingi estar brava.

— Desculpe. — Riu. — Bom, irei preparar a banheira, quer escolher o vestido? — Assenti e fui em direção ao pequeno armário. Ele nem se comparava ao meu closet do castelo de Edimburgo, onde eu realmente morava, entretanto, era o que eu tinha no momento. Escolhi um vestido em tom azul bebê e rodado, com um decote 'v' fino, de alcinha, extremamente lindo.

O coloquei sobre a cama e alisei o tecido, peguei um salto prateado bem delicado e coloquei próximo a minha roupa. Violet anunciou que a banheira estava pronta, fui até o cômodo onde ela estava e estendi os braços, esperando que ela me despisse. Entrei no objeto e sentei-me, relaxando na água morna. Brinquei com a espuma enquanto minha empregada lavava meus cabelos e me ensaboava com agilidade.

Ao finalizar meu banho, sequei-me e voltamos para meu quarto. Coloquei minhas roupas íntimas e ela me ajudou com o espartilho. Confesso que Let tinha apertado tanto aquela roupa, que eu fiquei com falta de ar. Colocou meu vestido logo em seguida. Secou meus cabelos e meus cachos castanhos ficaram soltos sobre meus ombros. Coloquei as joias que eu houvera ganhado de meu irmão e com a ajuda de Violet, coloquei os saltos altos.

Duas batidas nas portas e as mesmas foram abertas pelos guardas, que fizeram uma reverência assim que me viram. “Vossa Alteza Real” falaram em uníssono. Os cumprimentei falando respectivos nomes, “McAvoy e... Malik”. Um sorriso involuntário se formou ao pronunciar o último nome. Me despedi da empregada e fui em direção ao salão principal, sendo acompanhada por ambos soldados atrás de mim.

Fui anunciada e adentrei no cômodo, atraindo todos os olhares da mesa para mim. Meu pai, meus irmãos, tios, avós e primos. Fiz uma reverência e fui recebida por meu Kyle, que entrelaçou nossos braços e guiou-me até meu assento. Sentei-me e ele fez o mesmo na cadeira ao lado.

— Boa tarde, querida. — Disse meu pai, o rei.

— Boa tarde, família. — Olhei para todos da mesa, ouvindo o coral da mesma expressão utilizada.

Meu avô e avó paternos, Owen e Marie. Meus tios e tias, tanto paternos quanto maternos, Jacob, Jake, Dylan, Evie, Katie e Emma. Primos e primas, Sophia, Lyandra, Vinícius, Leonard e Jacob II. Irmãos, Kyle — meu gêmeo —, Stephen — irmão do meio, 14 anos —, Thomas — 10 anos —, Elliot e Ethan — os gêmeos de 5 anos. E por último, nem por isso menos importante, meu pai, Andrew Samuel Drummond de Gévaudan III, rei da Escócia e França.

Sim! Eu era a única mulher da família Drummond, minha mãe houvera sido assassinada há 3 anos por um grupo de rebeldes. Foi um dos marcos mais tristes da minha vida, apesar deu não ser tão apegada assim à ela, eu a amava muito. Sendo a princesa herdeira, eu não tinha tempo para ficar de bobeira, fazendo as mesmas coisas que meus irmão faziam. Eu era a sombra de meu pai, para onde ele ia, eu seguia-o.

Eu tinha um dever a fazer, eu iria me tornar rainha e iria ajudar o meu povo. Estávamos sofrendo na economia, estávamos entrando em crise, já que toda nossa renda estava sendo investida em soldados, para a segurança total do país por conta dos rebeldes que estavam cada vez mais brutos. Eu tinha que encontrar uma solução.

— Feliz aniversário, Blair. — Disse minha vó, entregando-me uma caixa. — Abra somente mais tarde. — Assenti.

— Pois é prima, nossos presentes estão em uma mesinha, mais tarde você abre, ninguém quer saber o que você ganhou. — Falou Sophia, a prima mais invejosa. Possuía a total certeza de que ela queria ser eu, usar uma coroa de verdade e com um significado de verdade. Eu já flagrara a mesma em meus aposentos, usando uma de minhas tiaras e se achando na frente do espelho.

— Obrigada, Sô. — Falei revirando os olhos.

— Hey, é meu aniversário também. — Fingiu, Kyle, estar indignado, trazendo risadas de todos da mesa.

— Seu presente está lá fora, filho, mais tarde iremos ver. — Falou meu pai dando uma piscadela e comendo um pedaço de carne de seu prato. Comemos todos em silêncio. Era extremamente desconfortável para mim comer com todos ali, não que eu não gostasse da companhia de minha família – tá, eu odiava a presença da minha família –, mas eu me sentia desconfortável com as pessoas brigando e querendo se mostrar superiores. Essa era uma família super gananciosa, algo que eu odiava.

Depois de todo o pesadelo do almoço, fomos ao quintal para ficar ao ar livre, petiscando algumas comidas e bebericando vinho ou champanhe. Todos ou jogavam croque ou brincavam com o cachorro que Kyle ganhara enquanto eu ficava deitada em uma espreguiçadeira, lendo um dos diários de meu tataravô. Eu tinha esperanças que com as coisas de meus ancestrais, eu acharia a resposta para o hoje.

Senti alguém se sentar próximo aos meu pés, levantei meu olhar e dei de cara com o ser louro de olhos castanhos.

— Ora, querida, aproveite seu dia, não pense nessas coisas agora. — Pegou o livro de mim.

— Ah, Andrew, você sabe que eu não gosto de aniversários, prefiro fazer algo para ajudar meu país. Eu nasci para servir e não para ter esses luxos quaisquer. — Falei movimentando a mão para dar ênfase no que eu estava dizendo.

— Minha menina. — Suspirou pesadamente. — Quando foi que você ficou tão grande? Nem de pai me chama mais. — Sorri de canto.

— Estou fazendo 17 anos, papai. Eu mudei.

— Fato, querida. Mas prometa-me. Prometa-me que irá curtir o dia, que não irá pensar nisso hoje, por favor, por mim.

— Tudo bem. — Me dei por vencida. Ele saiu assentindo com a cabeça e um leve sorriso formado em seus lábios.

 

20h05min

 

— VOCÊ IRÁ DESTRUIR A VIDA DELA. — Ouvi alguém gritar da sala do trono. Me levantei de minha cama rapidamente, e com passos largos cheguei até a porta do cômodo onde viera o tal grito. Deparei-me com meu irmão saindo do local e batendo a porta brutalmente, fazendo com que eu pulasse de susto. Seu olhar estava tão perdido e com uma nítida raiva, que eu nem o reconhecia.

Ele se aproximou de mim e tomou meu rosto com ambas de suas mãos, me deu um selinho e encostou nossas testas, me encarando fixamente.

— Eu sinto muito, Blair. Me desculpe. — Sussurrou. Eu não estava entendendo nada. Meu pai saiu exasperado da sala.

— Blair. — Murmurou. — Entre, querida. N--Nós temos que conversar. — Um medo tomou conta de todo o meu corpo. Algo estava muito, muito errado. Kyle passou reto por mim, indo para seu quarto.

Adentrei no cômodo onde meu pai estava e eu o vi indicar para que eu sentasse em seu trono, que um dia seria meu. Sua expressão facial era de desespero, medo e... pena? Ele enrolou, gaguejou, fraquejou, mas por fim falou a única frase que eu nunca pensei que iria sair de sua boca:

— Blair, você irá se casar dentre 1 mês.


Notas Finais




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