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História Arte são seus olhos azuis. - Em apenas 2 dias.


Escrita por: Mizuki_

Notas do Autor


Espero que gostem!

*---*

Capítulo 4 - Em apenas 2 dias.


"_Como eu vou olhar pra ele amanhã? – Pensei me lembrando do que havia feito, escondendo meu rosto no cobertor.

E depois de alguns minutos, apenas adormeci."

 

Já era de manhã, acordei com a luz do sol pela janela em meu rosto.

Aproveitei que Deidara ainda dormia para tomar um banho rápido.

No chuveiro não pude deixa de viajar nas lembranças da noite anterior. Quero que ele precise de mim. Quero ser útil para ele, até mesmo ‘dessa forma’. Não sei como ele vai agir comigo quando acordar, mas preciso me manter calma e agir como se não tivesse significado algum além de satisfazer um desejo de meu mestre.

Perdida em meus pensamentos, saí do banheiro com a toalha em volta em meu corpo levanto um pequeno susto ao ver acordado sentado na cama.

- Ohayo, Deidara-sama! – Falei com um sorriso leve em meu rosto.

Ele apenas me respondeu inclinando brevemente a cabeça para frente, voltando seu olhar para a janela.

Coloquei a roupa que estava quando cheguei no dia anterior, um vestido que ia até metade da minha coxa, sendo frente única na parte de cima, preso apenas ao meu pescoço, mantendo minhas costas expostas.

Me dirigi novamente à ele.

- Gostaria que eu preparasse algo para seu café da manhã? – Perguntei controlando o tom da minha voz para parecer o mais calma possível.

- Pode ser, hm. – Respondeu um pouco seco e sem olhar para mim. – A cozinha é no final do corredor à direita. – Disse apontando, mas ainda sem me olhar.

- Hai, volto logo. – Falei com um estranho nó na garganta.

Saindo do quarto, segui pelo corredor e ao chegar na cozinha haviam dois homens sentados à mesa. Um era moreno com um olhar sério que me deu um pouco de medo, o outro tinha cabelos vermelhos e um sorriso muito simpático ao me ver.

- Ohayo! – Falou o ruivo. – Você deve ser a moça que veio com o Deidara ontem, meu nome é Sasori! – Continuou com uma voz gentil – E esse emburrado é o  Itachi. – Apontou brevemente para o rapaz ao lado dele.

- Ah, Ohayo! Me chamo Hiko. – Falei reverenciando brevemente – Espero não incomodá-los, vim preparar algo para Deidara-sama. – Falei demonstrando um sorriso em seguida.

- Deidara-sama? – Eles riram – Desde quando alguém se refere ao Deidara desse jeito? Ele é só um moleque – Disse Itachi debochado.

- Permita-me discordar de você, ele é um homem facinante. – Respondi em tom firme porém amigável.

- pff, claro que é. – Revirou os olhos para mim.

            - Diga-me Hiko – Disse Sasori – Você sabe quem somos?

            - Sinceramente não, mas detalhes como esse não me importam. – Falei indiferente. Me virando brevemente e não pude deixar de reparar para onde Itachi olhava. Ele estava me comendo com os olhos, aquilo foi realmente estranho.

            Sasori apenas assentiu e começou a conversar aleatoriamente com Itachi que ao olha-lo de tempos em tempos, percebia que continuava a me olhar.

            O que será que esses caras estão pensando que eu sou?

Passei por Itachi que ainda me acompanhava com o olhar sem perceber que eu já havia notado. Ao passar ao seu lado, levei minha mão até seu queixo e levantei brevemente seu rosto.

            - Cuidado pra não olhar demais. – Falei debochada recebendo um olhar sacana da parte dele e apenas peguei a bandeja que preparei sobre a pia saí do local logo em seguida.

Estava levando um pouco de suco e alguns pãezinhos com uma tigela de frutas sortidas. Aquele lugar tinha uma geladeira bem cheia, o que não é de se esperar vendo que até então só vi homens estranhos nessa casa.

Adentrei o quarto e Deidara-sama não estava mais na cama, e pelo som vindo do banheiro, notei que estava no banho. Deixei a bandeja em cima do criado mudo que há ao lado da cama e fui até a janela, era realmente linda a vista que tinha dali, havia algumas arvores não muito juntas e no horizonte da paisagem se podia ver um rio pequeno passando.

Ele saiu do banheiro, novamente somente com a toalha em torno de seu quadril mas dessa vez ele apenas me ignorou indo até o armário e pegando algumas roupas para se vestir, como se eu não estivesse ali. Permaneci calada, tentando não olhar muito para ele, estava um pouco sem jeito.

Ele se sentou na cama, começou a comer as coisas que eu havia trago. Ele estava estranho, sua postura estava diferente.

Ao terminar sua refeição, ele apenas levantou-se foi ao banheiro, escovou os dentes e saiu do quarto.

Eu não sabia muito bem como agir, deveria segui-lo? Deveria aguardar? Olhei novamente pela janela e o vi saindo, subindo em seu grande pássaro de argila e voando pra longe.

Senti um nó no meu estômago e decidi tentar não pensar muito, limpei e arrumei todo o quarto, organizei algumas coisas que estavam fora do lugar e resolvi sair do quarto.

Fui até a sala e lá estava Itachi, sentado sozinho com os pés apoiados numa mesinha ao centro.

- Itachi-san! – O comprimentei com um sorriso amigável. – É seguro me sentar aqui? – Brinquei.

Ele me olhou e pude jurar que vi um riso se formar em seus lábios.

- Não sei, por que você não descobre? – Ele disse um pouco sério e um pouco debochado. Acho que ele não é dos melhores agindo com outras pessoas.

Sentei me ao seu lado me dirigindo à ele.

- E ai, sério, qual é o seu lance? - Ele riu da forma como fiz a pergunta

- Meu lance? Quem fala desse jeito? – soltou o ar pela boca como se fosse rir mas brevemente. – Eu não explodo coisas, se é o que quer saber. – respondeu me olhando de lado.

- Humm, então você não deve ser fascinante. – Debochei

- O que? Eu sou incrível – Ele falou sério, o que chegou a ser engraçado – Facilmente derrotei Deidara em uma luta quando nos conhecemos. E não foi preciso esforço algum.  – Sorriu vitorioso.

- Uhum, derrotou sim. Eu duvido que alguém seja páreo para o mestre Deidara. – O olhei com desconfiança.

Ele apenas riu debochado.

- E você, qual é seu “lance” com o Deidara? – Disse serio, novamente me dando vontade de rir da sua falta de expressão.

- Eu sempre o assistia escondido fazendo suas artes explosivas. O achei fascinante desde a primeira vez que o vi, então decidi que gostaria de acompanha-lo, sabe? dar emoção à minha vidinha monótona. Passei muito tempo indo até algumas cidades vizinhas, visitando as bibliotecas. Sei algumas coisas sobre muitas coisas. Mas isso não é lá muita emoção.

- Humm, e achou que servir um moleque ia ser melhor?

- Hai! – respondi com um sorriso. – Ainda não tinha sentido nem metade das sensações que ele me faz ter.

- É, a casa toda ouviu as sensações de vocês ontem a noite. – Ruborizei como nunca e ele continuou – Essas sensações eu também sei passar. – Falou me puxando bruscamente para seu colo.

O olhei assustada, o que ele pretendia com aquilo? Tentei me retirar dali, mas ele é visivelmente mais forte do que eu. Ele é alto, com um corpo bem definido pelo que pude ver pela camiseta preta sem mangas que ele vestia. Ele é bem bonito, admito. Mas, o que ele acha que pode fazer?

- Itachi-san, o que você esta fazendo? – Perguntei tentando me soltar.

- Você não pode mesmo achar que aquele moleque é tudo isso? Precisa tentar com um homem de verdade. – Falou sério me olhando nos olhos.

Nesse momento, a porta é aberta e por ela entra ninguém menos que meu mestre Deidara, com algumas sacolas nas mãos.

Ele me olhou confuso e retribui o olhar dele torcendo para que ele não entendesse aquilo de forma errada. Mas não foi bem isso que aconteceu.

Ao ver Deidara, Itachi me soltou e me levantei depressa. Itachi passou por mim e sussurrou:

_ Depois terminaremos isso.

E se retirou do local apenas olhando debochado para Deidara.

Deidara seguiu até o quarto e eu o segui. Ao entrarmos, fechei a porta.

- Pelo visto você já arrumou algo pra fazer quando eu não estiver por perto. – Falou ríspido.

- Deidara-sama, permita que eu ex- ele me interrompeu.

- Não me importa, contanto que isso não tome seu tempo enquanto eu precisar de você, não dou a mínima, pode trepar com quem você quiser. – Falou extremamente grosso.

- Não é is- Interrompida novamente.

- Apenas fique em silêncio agora. – Ele disse me fuzilando com o olhar.

Ele retirou algumas roupas da sacola e as jogou sobre o sofá.

- Isso é pra você até podermos ir à sua casa pegar algo, pegue algo para se trocar, tentei adivinhar seu tamanho então, apenas sei la, faça caber. – Falou seriamente

Respondi apenas com uma reverencia, mantendo-me em silêncio como ele pediu.

Fui até o sofá peguei uma peça de roupa e fui caminhando lentamente até o banheiro ao entrar, coloquei a roupa sobre a pia mas quando me virei para fechar a porta ele veio rapidamente em minha direção e num movimento rápido me levantou sentando-me na pia, ficando entre minhas pernas e invadindo minha boca com um beijo quente e apressado. Apenas correspondi.

Ele cessou o beijo colando nossas testas e me olhou de um jeito que parecia estar com raiva. Então apenas se virou e saiu dali.

Permaneci o olhando e ele pegou um copo que estava em cima do criado mudo e o atirou na parede dando um breve grito raivoso. Eu não entendi o que aquilo significava.

Então saiu outra vez, me deixando sozinha de novo.

Me troquei e apenas me sentei no sofá esperando por quase todo o dia ele voltar, até que adormeci.

Acordei com o barulho da porta do quarto abrindo e a visão que tive por algum motivo que eu ainda não entendia bem, um nó novamente se formou em meu estômago e senti um desespero invadir meu peito.

Era ele, entrando aos beijos e amassos com outra mulher.

Ele fechou a porta atrás de si, e continuou indo com a mulher ate caírem na cama e começarem a se despir. Ele passava suas mãos pelo corpo dela e ela o arranhava as costas e os braços.

_Então era isso que o cara quis dizer quando cheguei aqui. – pensei olhando aquela cena.

Ele sequer se deu o trabalho de olhar para mim apenas pronunciou enquanto ainda se pegava com a mulher.

- Saia e espere lá fora.

Não respondi, apenas saí. Desnorteada, completamente confusa.

_Que segundo dia perfeito. Tomo sempre as melhores decisões. – Pensei sentindo meu coração apertar.

Aquela cena passou e passou na minha cabeça e eu não consegui fazer nada além de sentir meu ar faltar até que uma lagrima teimosa caiu dos meus olhos. Eu já o amava, desde sempre, desde que o vi pela primeira vez. E ao admitir isso pra mim mesma, só pude deixar meu coração desmanchar.

Adormeci enquanto ainda chorava naquela sala gelada.

Na manhã seguinte, acordei cedo, mais cedo que todos e fui em direção ao quarto. Toquei a maçaneta, hesitei brevemente, mas decidi entrar, eles dormiam nus deitados quase abraçados com suas roupas pelo quarto.

_Pelo visto ele nem hesitou. – pensei com um nó na garganta. – Acho que talvez eu deva ir embora, até agora ele não precisou verdadeiramente de mim, por fim, só fui mais uma de suas vadias mesmo.

Peguei minha roupa, troquei-me rapidamente deixando a peça que usava que ele me deu dobrada em cima do sofá. E saí da casa.

Não sabia muito bem onde estava, nem por qual caminho seguir. Decidi que antes de ir embora eu deveria ir até aquele rio que vi pela janela.

Comecei a caminhar lentamente até lá. Aproveitei o momento sozinha, sem ninguém por perto para levantar meu rosto em direção ao céu enquanto caminhava deixando mais algumas lágrimas caírem.

_Poderia jurar que isso duraria mais tempo, que eu não fosse me deixar levar pelos sentimento que eu tinha por ele desde que o vi pela primeira vez. Que droga! – praguejei baixo.

- Você não pode sair assim, eu não permiti que você fosse embora – ouvi uma voz aos berros e me virei. Era ele, Deidara vinha agora correndo em minha direção.

Esperei que ele se aproximasse.

- Gomen, Deidara-sama. Não acho que posso continuar com isso. Sei que faz apenas dois dias. Mas eu não acho que vá funcionar. – Falei baixo com um ar meio triste.

- Achei que você não se importaria, você nem quis dormir do meu lado e ainda por cima estava quase se agarrando com aquele idiota na sala. Se eu não tivesse chego aposto que teria deitado e rolado com ele. – Falou fazendo um beicinho.

- O que você acha que eu sou? Acha que eu faço essas coisas com qualquer um? – Comecei a me alterar com ele –  Eu vim aqui com o único proposito de ficar perto de você, não queria estragar tudo permanecendo na sua cama e te assustar achando que agora me devia algo e me mandasse embora, MAS PELO VISTO NÃO TINHA NECESSIDADE MESMO PORQUE NO FIM DAS CONTAS SÓ SOU MAIS UMA DE SUAS VADIAS! – finalizei aos gritos.

Ele me beijou, ele não disse nada, só me beijou, outra vez. Eu o empurrei com toda força que tinha.

- Como você ousa me beijar? Tem uma mulher na sua cama, vc me mandou sair enquanto trepava com ela. – Falei esbravejando.

- VOCÊ DISSE QUE ME SERVIRIA, QUE FARIA MINHAS VONTADES E AGORA ESTÁ COM ESSA, VOCÊ NÃO É NADA MINHA, NÃO TEM O DIREITO DE FICAR COM RAIVA. – Deidara disse igualando seu tom de voz ao meu.

_”Você não é nada minha” – aquilo soou umas 300 vezes por segundo na minha mente.

-...  Você tem razão, Gomenê.. Deidara-sama. – Virei em direção a casa e comecei a andar vagarosamente de volta.

- Espera – ele disse – Eu não queria ter dito isso.

- Não, tudo bem, você tem razão. Estou aqui pra ver a sua arte, aprender algumas coisas e em troca servi-lo da melhor forma possível. – Sorri fracamente. Respondendo sem me virar totalmente para ele.

- Eu sabia – ele falou baixo

- Sabia sobre o que? – Perguntei confusa.

- Eu sabia que você estava ali, desde a primeira vez. Por que você acha que eu voltava sempre ao mesmo lugar? Eu sabia que quando me ouvia, você vinha e ficava me olhando escondida sempre no mesmo lugar, olhando só pra mim. – Ele disse parecendo frustrado.

O olhei surpresa e não consegui dizer nada.

- Por favor, me espere aqui. – Ele disse correndo em direção à casa.

Aguardei como ele pediu e sem demorar muito ele voltou.

- Vamos começar de novo. Eu sou Deidara – Ele fez uma borboleta de argila que voou e brevemente explodiu no ar . Foi encatador.

- Sou Hiko – falei com um fraco sorriso – Apreciadora da sua arte. – fiz uma breve reverencia

Ele sorriu fraco de volta pra mim.

- Já tomou café da manhã? O que você fez com aqueles pãezinhos horríveis que o sasori compra foi fantástico. – Ele falou tentando normalizar o clima.

- Eu faço mais para você, deidara-sama.

Caminhamos lado a lado sem trocar muitas palavras depois disso.

Chegamos na casa, entramos e eu fui preparar o café da manhã.

- Sua convidada vai comer conosco? – Falei tentando parecer normal.

Eu estava em pé de frente para a pia quando senti seus braços envolverem minha cintura.

- Gomen, Hiko.. já a mandei embora.. – Ele afundou seu rosto em meu pescoço e continuou – Agi porque fiquei com raiva ao te ver com aquele idiota, mas acho que exagerei...

- Não há porque se desculpar, eu realmente não tenho nenhum relacionamento com você além de ser você ser meu m- Senti suas mãos girarem meu corpo e tive meus lábios tomados por ele novamente.

Dessa vez não retribui, permaneci imóvel.

- Por favor, me retribua. – ele pediu quase num sussurro colando sua testa na minha

- Como quiser.. – respondi baixo

- Não, só quero que retribua se estiver com vontade. – Ele disse me olhando nos olhos.

- Eu tenho vontade de você desde a primeira vez que te vi. – respondi baixo olhando em seus lindos olhos azuis tão próximos de mim.

- Então por que não retribui meu beijo? – Perguntou baixo, porém afoito fazendo um bico.

Ele realmente me fez ter todas as sensações do mundo em 2 dias. Em 2 dias ele me levou ao céu e ao inferno.

O beijei, segurando no tecido branco da camiseta que usava, sentindo o me abraçar forte pela cintura. Adorei aquilo.

Deixei tudo pela metade na cozinha e ele foi nos guiando pela casa, passando pelo corredor, esbarrando em tudo sem cessar aquele beijo. Ele abriu a porta do quarto a fechando atrás de nós logo em seguida.

Fomos até o sofá e ele se sentou comigo em seu colo de frente para ele com uma perna de cada lado de seu corpo, onde continuamos aquele beijo por um tempo que eu nem consigo contar.

Decidi naquele momento que não importava mais nada se eu pudesse tocá-lo assim, ainda que ele não sinta nada por mim além de prazer. Meu desejo agora é fazer todas as suas vontades.


Notas Finais


Tem aquele hentai poderoso no próximo capitulo!

Comentem ai se gostaram!

Arigatou!! =*


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