História Arte são seus olhos azuis. - Os olhos mais doces que já vi.

Quando eu estava quase adormecendo o ouvi sussurrar quase que pra si mesmo:

- Ninguém nunca mais vai tocar em você além de mim, minha pequena.

Adormeci sentindo seu cheiro.

Acordei sentindo uma de suas mãos acariciando meus cabelos enquanto a outra me envolvia num abraço apertado na medida certa. Resolvi que ficaria um pouco mais em silêncio para aproveitar mais aquele momento gostoso. Quase pude me esquecer do que havia acontecido.

Já fazia um tempo que não tínhamos alguma coisa tão próxima assim, em geral era mais ‘profissionalismo’ do que qualquer coisa.

Depois de algum tempo, abri meus olhos ainda colada em seu corpo naquele abraço. Passei meu braço em torno de seu corpo retribuindo aquele abraço, sentindo seu cheiro tão gostoso. Após cessarmos aquele contato sem nenhuma pressa, o senti se afastar um pouco e erguer meu rosto com sua mão pelo meu queixo e me dar um breve beijo em minha testa.

- O-ohayo, Deidara-sama.  – Falei com a voz um pouco rouca lhe dando um sorriso carinhoso.

- Ohayo, princesa. – Ele ficou todo vermelho ao perceber como tinha me chamado, mas sorriu enquanto estava  acariciando meu rosto.

Ele me olhava fixamente nos olhos com aquele olhos azuis tão profundos.

Aquele momento com certeza foi melhor do que qualquer outro que já tivemos juntos.

- Aposto que está com fome, hm – disse ele

- Um p-pouco sim. – Sorri um pouco sem graça.

- Hoje vou te levar em um lugar pra gente comer, pode ser? – ele disse sorrindo em seguida.

Apenas concordei com a cabeça.

- Então ta, hm.. vamos nos vestir. – ele disse se levantando vagarosamente

Levantei-me pegando um vestido branco, de alças final e um pouco rodado que ia até metade da minha coxa prendi meus longos cabelos vermelhos em um rabo de cavalo, enquanto ele estava no banheiro colocando suas roupas.

Ao vê-lo sair do banheiro não pude deixar de fazer cara de boba, ele estava lindo (como sempre), mas estava com seus cabelos soltos, uma camiseta preta um pouco aberta e uma calça preta. Estava surreal.

- Ei não fica me olhando assim, hm – ele disse coçando a parte de trás da cabeça e corando muito logo em seguida.

- Gomen!  – falei abaixando a cabeça me sentindo envergonhada.

- V-você e-stá- .. é.. está l-linda – disse completamente envergonhado se aproximando de mim.

- a-arigatou.. e você está.. está..  uau.. – falei me sentindo corar ainda mais.  

Trocamos um sorriso envergonhado e ele foi até a porta e a abriu para mim enquanto eu pegava um casaco fino caso sentisse frio. Um cavalheiro, quem diria! Sorri em agradecimento.

Ele me levou em um lugar que havia não muito longe dali e comprou algumas coisas pedindo para viagem.  Em seguida usou uma meu casaco para vendar meus olhos e disse que era surpresa.  Subimos na sua ave de argila e fomos até o local dessa forma.

Chegando lá, ele me ajudou a descer pois ainda não tinha me deixado ver onde estávamos.

- Espera, ainda não olha – ele disse enquanto eu o ouvia andar para lá e para cá.

Depois de um tempo, senti suas mãos tocarem meu braço e subirem até a venda em meu rosto. Quando ele a tirou, logo reconheci onde estávamos.

- D-Deidara-sama.. – falei sorrindo deslumbrada percebendo estar em frente aquele rio que eu sempre olhava da janela do quarto que ficava no horizonte, mas nunca tinha conseguido ir até ele.

- V-Você gostou? – o ouvi perguntar baixinho, sorrindo sem graça.- Eu queria te agradecer pelas coisas que fez durante todo esse mês, você me ajudou em muitas coisas e facilitou muito mais as coisas, até o Pain eu ouvi agradecer por você estava lá pra me por na linha! – colocou as mão atrás da cabeça e deu uma risada gostosa demais de se ouvir – E v-você tem sido u-uma ótima companhia, e-eu me divirto muito enquanto estamos.. j-untos – ele falava parecendo um pouco nervoso se aproximando de mim. – e.. eu.. ai que difícil haha – ele riu sem graça, respirou fundo e continuou – Quando te encontrei ontem desacordada.. pensei que havia perdido você e.. e eu não quero.. perder.. v-você.. – ele terminou pronunciando as palavras bem baixinhas, fechando as mãos que estavam ao lado de seu corpo e abaixando a cabeça.

Meu coração batia descompassado com o que eu ouvia, mas ele continuou

- E-eu sei que eu já te magoei, e olha que a gente nem se conhece a tanto tempo, mas eu queria começar d-denovo.. – ele continuava com a cabeça abaixada olhando para o chão. –Quero que você continue aqui me ajudando, mas não como aprendiz ou para me servir ou coisas assim, quero que você f-fique..  mas que fique.. co-migo.. – Parecia que ele estava lutando uma batalha tentando dizer todas aquelas coisas. – Eu não sei se agora era a melhor hora para dizer tudo isso pra você, mas eu não podia esperar.. meu coração quase parou de bater quando pensei que podia .. perder você de verdade..  – E então ele levantou a cabeça e me olhou nos olhos – Eu não sou uma pessoa ruim.. não sou.. e você sempre tenta ver o melhor em mim  – disse voltando a olhar para o chão.

- Você tem os olhos mais doces que eu já vi. – Falei me aproximando dele, tocando seu rosto e o fazendo olhar para mim – não tem nada nesse mundo que eu queira mais do que ficar com você. Você não vai me perder, eu não vou a lugar algum. – Sorri carinhosamente para ele.

Ele então me abraçou pela cintura me levantando do chão momentaneamente, e ao me colocar no chão, trocamos um beijo demorado e apaixonado.

_ Aquilo estava mesmo acontecendo? – pensei explodindo de felicidade por dentro.

Cessamos aquele beijo sem pressa, trocando alguns singelos selinhos no final.

Comemos o que ele havia deixado arrumado e o resto da nossa manhã foi dessa forma, trocando beijos apaixonados e calmos deitados no gramado na beira daquele rio.

Perto do meio do dia, resolvemos voltar para a casa.

Pain nos esperava na sala, nos recebendo sério e fazendo sinal para que nos sentássemos no sofá.

- Agora quero que me contem o que aconteceu aqui ontem. – Ele falou calmamente.

Contei tudo à Pain e ele parecia furioso, parecia que explodiria a qualquer momento, o que me deixou um pouco feliz, ele era muito sério mas era uma pessoa muito boa e parecia gostar muito de mim.

Ao terminar de contar tudo à ele, ele me pediu para falar com Deidara sozinho, então me retirei do cômodo, indo até o quarto. Não muito tempo depois, Deidara entra pela porta e parecia transtornado.

- Aquele covarde fugiu, ele fugiu! Eu .. Eu vou acabar com aquele filho da puta. Se ele acha que pode se esconder, eu vou encontra-lo e ele vai pagar pel- O interrompi selando seus lábios com um beijo calmo e abraçando sua cintura. Findei o beijo colando nossas testas.

- Tudo vai dar certo, com você do meu lado ele não como me fazer mal algum..  e faremos ele pagar pelo que fez. – sorri tentando acalmá-lo.

Ele fechou os olhos e continuamos daquele jeito mais um pouco.

Ele colocou suas mãos nas minhas e entrelaçou nossos dedos.

- Gosto da cara de louco que você faz quanto está bravo. – falei rindo um pouco

- Eu não tenho cara de louco, tenho? – ele riu de volta

- Claro que tem, você parece um psicopata as vezes. – Ri tentando imita-lo

- Você é malvada – ele disse fazendo um bico e indo até o sofá e se sentando de braços cruzados.

- Nãããão, pera, volta aqui – falei rindo e o seguindo até o sofá.

- Você é lindo! – falei me sentando em seu colo e lhe dando um beijo apaixonado.

Ele me abraçou apertado e deitamos abraçados no sofá pegando no sono de novo.