1. Spirit Fanfics >
  2. .artificial love; kaisoo >
  3. .he don't love me;

História .artificial love; kaisoo - .he don't love me;


Escrita por: whitesnoises

Capítulo 1 - .he don't love me;


Fanfic / Fanfiction .artificial love; kaisoo - .he don't love me;

거짓 미소 fake smile

거짓 눈물 fake tears

거짓 사랑 fake love

Não descobri que te amava no momento em que te vi. Não te amei na primeira vez que trocamos gestos carinhosos, como olhares e sorrisos, nem mesmo na primeira vez que fizemos amor, e nem em todas as outras vezes depois.

Te amei num dia de uma semana qualquer, nublado, um daqueles dias que parecem estar cansados por apenas estarem ali. Não me lembro se era segunda, quarta, ou final de semana. O sol não brilhava e o céu estava tão cinza quanto tuas orbes perdidas na imensidão do mesmo, essas que pareciam com as cinzas naquele cinzeiro na mesinha de centro que você se preocupava tanto em deixar cheio. Tu estavas deitado no sofá, encarando as nuvens fazerem uma festa no céu, indo e vindo de um lado ao outro, anunciando a tempestade que estava por vir — e mantinha sua expressão indecifrável. Tuas mãos corriam pelo teu corpo, tão inquietas quanto tua mente. Tu modelavas para si, para mim, sozinho ou não, mesmo quando minha câmera não estava capturando teus melhores ângulos.

E eu, do outro lado da sala, te observei. Via como você se mexia e a insatisfação que teus enormes olhos castanhos me passavam quando trocaram olhares com os meus. Tão expressivo. Eu só não sabia dizer se estava insatisfeito com teus próprios pensamentos, teus próprios mistérios e tuas próprias mentiras ou insatisfeito por me ver. Talvez uma mistura amarga de todos.

Você poderia ter qualquer um que quisesse, Jongin. No fundo, você também sabia disso. E de todos, me escolhera. Tu poderias ter alguém que pregasse sorrisos sinceros em teu rosto, alguém que aquecesse teu coração verdadeiramente, alguém que não é eu. Tu poderias ter alguém encantado por ti, mas que não está preso por tuas garras. Sou como um jogo para você, seu jogo favorito. E você não passa de um jogador fanático.

Queria eu poder dizer não aos teus jogos, desde as primeiras vezes, mas eu voltava sempre para você. Voltava para o teu apego de plástico — sufocante, como minhas mãos envolta do teu pescoço quando brincávamos de fazer amor; tu me deixaste preso de uma forma que eu jamais iria querer ir embora.

Tuas fodas. Tu me conhece por inteiro, Jongin. Cada toque, cada fio. Mas toda vez que tu me tens em teus braços e eu te tenho aos meus, descobrimos mais um pouco de nós mesmos. Eu navego suavemente pelos teus devaneios, te beijo em teus lugares mais sensíveis e você me leva ao paraíso. Sou um mapa que você já sabe todas as trilhas de cor, mas sempre há lugares mais onde podemos explorar. E no meio de todas as juras falsas ditas por ti ao pé do meu ouvido e dos gemidos que eu tiro da tua boca, na cama eu te tenho em minhas mãos.​

Ainda assim, meu coração se enche de lágrimas a cada mentira que tu profere e eu me envolvo em tuas palavras como um tolo que sou. Elas me abraçam forte, tuas mentiras, chegando ao ponto de eu já não conseguir respirar mais. Teu amor artificial me encanta, me captura e me mantém em teu feitiço. Mas, o quê posso fazer, quando adoro cada uma de tuas mentiras?

Artificial. Acho que essa palavra se encaixa bem contigo. Como grande parte das plantas que mantemos nessa casa, como grande parte dos padrões de beleza das modelos que eu fotografo, como a maior parte de tudo que temos em nossa volta. Artificial cai bem em ti.

Assim como teu amor por mim, Jongin. É artificial. Artificial como teus sorrisos apaixonados, os mesmos que você abria quando estava em ensaios fotográficos. Tuas lágrimas foram vistas por mim poucas vezes, desesperadas e embriagadas. Nem elas eram capazes de acabar com a tua beleza extasiante. As mesmas lágrimas vistas talvez uma ou duas vezes em algum programa de televisão onde você colocava outra máscara sobre a que já usava dentro de nossa própria casa. Tuas juras de amor cresceram logo que saíram manchetes nos jornais sobre Kai estar saindo com o seu fotógrafo. Mas e eu? O quê sou para ti? Verdadeiramente? O que és para mim? Sou apenas teu passaporte para o sucesso, para fama? Teu passatempo?

Ah, você adorava os holofotes, adorava ter seu nome nas manchetes até dos renomados jornais ocidentais, aparecer em todas as capas de revistas. Adorava causar a discórdia e o interesse nas pessoas. Gerar a dúvida. Não passava de uma incógnita, fria e calculista. Tu variavas constantemente entre predador e presa, mas era visível como isso era apenas uma tática sua de ter todos em tuas mãos. E quem não se interessaria por Kim Jongin, um lindo e jovem modelo sul-coreano envolvido com drogas (i)lícitas e alguém do mesmo sexo? Você nasceu para isto. Para o sucesso.

Aceito esse teu amor artificial são e de braços abertos, e seguro as três palavras na ponta da língua. Cedo-me aos teus cruéis eu te amos não ditos e ditos só pela boca, não pelo coração. Só queria o amor verdadeiro que tu me prometeste. Por que mentes para mim, Jongin? Por que queres que meus olhos brilhem por ti, sabendo que os teus não brilham por mim de volta?

Agora teus olhos de vidro pairavam sobre mim, já entediados com imensidão cinza de um céu cansado e transtornado. Tua necessidade de transmitir algo era maior do que tudo, e nem sempre o quê tu transmitia era real. Teu romance é calculado, frio, e esse é teu limite. Às vezes me deixo fantasiar que um dia conhecerei ou que um dia já conheci sua verdadeira forma. Será que mereço desvendar-te? Ou, na verdade, não há nada debaixo de toda essa beleza?

Você joga seu olhar para cima de mim de novo, e me olha como se eu fosse a coisa que você mais precisa. Acredito na necessidade que teu olhar me passa, tolo eu. São aqueles milésimos que trocamos tudo apenas por um breve olhar que concretizam tudo: eu te amo. Eu amo como você joga o cabelo para longe dos olhos, como me olha, umedece os lábios e como ri de coisas estúpidas. Amo teus cabelos lisinhos e amo puxá-los, retribuindo o amor que eu sinto quando te tenho dentro de mim. Amo tua hiperatividade e também amo tua falta de vontade nos dias que passamos apenas emaranhados sob o cobertor e jogados no sofá. Amo quando lê para mim e amo até quando me trata como nada. Amo tua artificialidade. Amo quando mente pra mim.

Amo quando mente pra mim. 

Amo quando mente pra mim.

Amo quando mente pra mim.

"Jagiya, você só vai ficar aí me encarando?" Você umedece os lábios e joga a cabeça de um lado para o outro, inquieto. Vou até ti com uma única intenção: te ter em minhas mãos mais uma vez. A sala pequena parece ter dobrado de tamanho, e me dirijo em passos lentos e arrastados. E depois, me vejo em seu colo, rebolando devagar enquanto você já arfava debaixo de mim. Mexo tanto assim com você, jagi?

"Sabe, tenho que admitir algo, Jongin-ah," desabotoo os botões de sua camisa um a um, sem pressa alguma. Levo uma de minhas mãos até sua nuca e puxo sua cabeça para trás, deixando beijos por sua mandíbula e pescoço. "Acho que eu te amo."

O conceito de amor é estranho, não acha? 

Amo-te. Completamente. Verdadeiramente.

E sei, aqui dentro, que não me amas de volta.


Notas Finais


oioi!!! essa sou eu dois anos depois da publicação fazendo algumas correções e complementos

queria deixar aqui nas notas a reflexão que eu tive escrevendo essa one: eu geralmente não trabalho com primeira pessoa (não por falta de vontade) mas nessa eu acabei trabalhando pela vontade que eu tive de passar uma certa ambiguidade sobre a perspectiva, e gerar uma certa desconfiança sobre o narrador, bem estilo dom casmurro mesmo hihi
até porque fontes que o kyungsoo tem de que jongin não gosta dele: juro por deus
porém, eu percebi que eu não consegui transparecer isso na minha escrita, o quê no inicio me incomodava muito, mas no geral eu percebo que o que mais importa nessa estória é o kyungsoo assumir o que sente pelo outro, mesmo sentindo falta de reciprocidade

de qualquer maneira, logo depois da publicação dessa brincadeirinha aqui no spirit, o exo lançou o repackage do the war e com isso surgiu sweet lies, que me hypou muito pra escrever um spin offzinho dessa daqui, na perspectiva do kai, o que confirmaria que o kyungsoo tava certo kkkkkkk mas enfim, isso nunca passou de uma ideia que talvez possa ser executada algum dia, mas já me sinto satisfeita com minha obra até esse ponto

enfim, muito obrigada por terem lido. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...