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História Árvore de Dagda - Sinal de amor


Escrita por: mensageira

Capítulo 90 - Sinal de amor


Depois do almoço, Sirius ficou pressionando Charlie a esclarecer o que ele havia dito na plataforma. Andrômeda estava preparando um chá para os quatro. Teddy estava ausente – na casa de Harry.

- Esquece isso, Sirius. – disse Lupin.

- É claro que ele tem que se explicar. – disse Black.

- Que assunto interessante é esse? – despertando a curiosidade de Andrômeda.

- Severus estava diferente hoje. – comentou Remus.

- Diferente, como? – perguntou a mulher.

- Estava mais leve. Pode se dizer sorridente. E Sirius ficou chocado com o fato dele trocar carinhos com Kingsley em público.

- Eu só achei estranho. – se justificou Sirius.

- Talvez isso tenha sido o resultado de uma noite de amor. – sugeriu a senhora.

- Foi isso que Charlie disse. Mas com outras palavras. – falou Remus.

- Charlie disse que ele estava sob efeito. Que efeito é esse? – dizia Sirius.

- Ai, que saco, Sirius! – reagiu o ruivo irritado. – Não é surpresa pra ninguém que Kingsley é bom de cama. É um negão gostoso de pele quente e rola incrível. Não é o maior pau que eu já vi. Mas é grosso, cabeçudo e pode fazer estrago.

- Charlie! Olha esse palavreado na presença de uma senhora. – repreendeu o marido.

Andrômeda não se incomodou. Até estava achando divertido.

- Pode continuar a falar, querido. Sirius pediu pra isso. – ela disse.

O ruivo continuou.

- Vou falar mesmo. Kingsley sabe fazer uma pessoa gozar pra valer. Sabe falar, tocar, todos os atalhos pra te levar à loucura. Ele beija muito bem também. Raramente dá a bunda, mas rola um boquete sem frescuras. E ainda tem os feitiços sexuais. Só uma vez, ele me enfeitiçou durante o sexo. Eu quase desmaiei, exausto de tanto gozar. Fiquei tonto por horas. É isso que deve ter acontecido com o Snape. Ele ainda devia estar sob efeito de algum feitiço.

- Isso não é perigoso? – perguntou Sirius. – Estou surpreso com essa atitude de Kingsley. Se fosse para ter feitiço envolvido, sempre achei que o atuante fosse o Snape.

- Magias do amor só são perigosas quando as pessoas não estão apaixonadas. Deve ser por isso que Kingsley só aplicou uma vez em você, Charlie. Ele não estava confiante no seu amor. – disse Andrômeda enquanto servia o chá.

- Eu sempre fui honesto com ele. – se defendeu Charlie. – Eu não me sentia preparado para dar aquilo que ele queria de mim. Adorava o sexo, admito. Mas não queria me comprometer. Se não tivesse tido o Archie, teria voltado a morar na Romênia.

O ruivo continuou a falar com enfoque em Severus.

- Agora é o Snape que está aproveitando. Estava todo alegrinho na plataforma. Com cara de quem levou rola até dizer chega e gozou horrores. 

- Falando assim, Kingsley para ser o homem perfeito. Por que você deixou esse homem escapar? – questionou Sirius.

- Vou te dizer: o maior problema de Kingsley é a intensidade. A paixão dele era sufocante pra mim. Eu sempre tive medo de ficar preso a ele e ser dominado. Porque ele é dominador. Pode ter certeza.

- Charlie, agora você exagerou. – disse Remus. – Kingsley sempre foi pacífico, diplomático e tolerante. Principalmente, quando vocês estavam juntos e ele não reclamava do seu comportamento.

- Mas eu sempre senti que ele queria me dominar. Como se ele quisesse algo em troca daquilo que tinha dado. Aposto que Snape faz tudo o que ele quer.

- Faz mesmo. – disse Sirius. – Kharim comentou que Severus cozinha, cuida da casa, faz de tudo para agradar Kingsley.

Andrômeda tomou a palavra.

- Então, seguindo esse raciocínio, eu era dominada pelo meu Teddy ao fazer com que minha casa ficasse sempre limpa e manter a minha filha bem cuidada. E o que dizer de Molly, ela é dominada pelo Arthur? Se nós optamos por cuidar da família, assim como Severus fez essa mesma escolha, foi por amor. E se vocês não conseguem entender isso, acho que não sabem o que esse sentimento significa.

- Andrômeda, não é bem assim... – tentou se justificar o primo.

- Sirius, não fique pensando que você perdeu alguma coisa. Siga adiante. Kingsley e Severus reconstruíram a vida deles juntos e me agrada saber o quanto são felizes. Eles merecem. Principalmente, depois de tudo o que aconteceu. Eu não estava ciente do que acontecia na época, mas Remus me esclareceu algumas coisas. Acho, sinceramente, que você e Charlie deveriam pedir desculpas aos dois ao invés de inventar motivos para caluniá-los.

- Eu? – questionou Charlie surpreso.

- Sim. - afirmou a senhora. - Kingsley só queria uma coisa de você: fidelidade. Isso é uma das qualidades mais marcantes que Severus tem. Uma vez, Narcissa me disse que Kingsley deu o lar seguro que Severus sempre quis. Sem violência, sem falta de respeito. E ele, obviamente, deve ser muito agradecido. Não acredito que os dois tenham tido um caso antes de se casarem.

- Eu também não. – disse Remus.

- Cada um tem sua opinião. – disse Sirius. – Charlie e eu acreditamos o contrário.

Andrômeda resolveu botar uma pá de cal no assunto.

- Não é opinião, Sirius. A própria Sra. Shacklebolt confidenciou a minha irmã que eles demoraram a viver como um casal de fato e ela ainda teve que dar um empurrão para eles se juntarem. Isso é um claro sinal de que eles não se conheciam intimamente.

A senhora deixou o cômodo.

- Eu acredito na Andrômeda. – declarou Remus. – Vou deixá-los pensando um pouco.

O lobisomem saiu deixando Charlie e Sirius se sentindo desconfortáveis.

 

 

Muitos irlandeses começaram a deixar a Mansão Malfoy antes mesmo do almoço. O movimento era tranquilo. O flu fazia ligação direta até a Viela dos Trevos e o pó foi ofertado de cortesia.

Lucius estava à espera de seu filho e nora para almoçar e teve a desagradável surpresa de ver Henry Greengrass chegar junto com os parentes. O homem pediu uma audiência com o patriarca dos Malfoy, que acabou aceitando.

- Vamos, Henry, o que você quer? Saiba que não estou muito paciente hoje.

- Eu vim pedir desculpas pelo que Daphne acabou dizendo para o Profeta Diário. Já a repreendi devidamente por seu comportamento irresponsável. E também pedi que ela conversasse com o marido sobre o comportamento dele. Úrsula e eu...

- Henry, esse seu discurso já me cansou. Não se preocupe, o nosso acordo está mantido.

- E quanto à Daphne?

- Não faço questão de olhar na cara dela, nem daquele marido por um longo tempo.

- Muito bem.

O homem se preparou pra sair quando Lucius falou novamente.

- Henry, sabe que Astoria abrirá um novo negócio. Faça o favor de não aparecer. E mais, não ouse pedir nem um nuque a ela. Astoria é uma Malfoy. E eu cuido dos meus.

- Certo. Adeus, Lucius.

 

 

Uma grande surpresa estava reservada para Lily. A menina encontrou uma sacola em sua cama. Ao abrir, ela encontrou um uniforme da Escola Primária de Starllinford e uma mochila com cadernos, lápis, estojo, entre outros. Com a camiseta em mãos, ela foi ao encontro de seus pais.

- O que é isso? – perguntou a menina insegura.

- É um uniforme. – respondeu o pai – Você não disse que queria ir pra escola?

- Mas a gente mora longe. Vocês falam isso toda hora. – argumentou Lily.

- Bom, seu pai resolveu comprar uma casa em Stallinford. – disse Gina e assistiu a filha ficar boquiaberta. – Vamos nos mudar nesse fim de semana. Assim, você vai poder ir pra escola na segunda.

Lily gritou de felicidade.

- Isso é sério? – perguntou a ruivinha histérica.

Os pais sorriram e confirmaram com a cabeça. A menina soltou outro grito e correu para abraçá-los. Ela abraçou Teddy também que achou graça de sua reação.

- Cuidado com o uniforme. Vai amarrotar tudo. – alertou a mãe. – Agora, vai guardá-lo.

- Mas e essa casa? Quem vai ficar com ela? – questionou a filha.

- Teddy vai morar aqui. – disse Harry. – Só não vai morar sozinho porque Monstro virá para impedir que isto vire um chiqueiro.

- Eu já disse, tio Harry. Vou tomar conta de tudo. – garantiu o rapaz.

- O treinamento de auror é muito exaustivo. A última coisa que você irá pensar é em limpar ou arrumar alguma coisa.

 

 

Em Hogwarts, James ainda não conseguia acreditar no que aconteceu com Roxanne.

- Cara! A Roxanne... Não acredito!

- Ela não morreu, James. – disse Molly. – A Lufa-lufa não é uma casa ruim. E ela parece que já se enturmou. Olha aquelas garotas conversando com ela.

- Mas era pra gente estar junto. O que foi que aconteceu? – questionou o primogênito dos Potter.

Rose estava um pouco decepcionada, pois achava que iria dividir o dormitório junto com a prima. Pelo menos, Albus estava com ela. A parte desagradável era que Megan McLaggen também estava na casa. A menina já virou a cara pra ela quando se esbarraram no corredor do Expresso Hogwarts.

 

Um intruso apareceu na mesa da Grifinória. Era Wes Irwin. O menino se sentou entre a irmã Wendy e Claire.

- Como vão as minhas meninas? – perguntou o garoto sorridente.

- Você é muito bobo, Wes. – disse Claire rindo. – Está gostando da Sonserina?

- Só fiquei olhando pra Violet e tentando ser mais bonito que o Scorpius.

- Como é que se fica mais bonito que o Scorpius? – perguntou a irmã.

- Sorrindo. E estou fingindo que sou rico também.

As meninas riram.

- Ei, o que você está fazendo aqui? – perguntou James irritado com o sonserino.

O jovem Potter assistiu toda a interação e achou o novo garoto muito folgado.

- Estou participando do jantar. – respondeu o garoto loiro.

- Você devia estar na mesa da sua casa. – disse o grifinório.

- Eu também acho. – disse Leonard Burke.

- A primeira noite é para você conhecer seus colegas de casa – opinou Megan McLaggen.

James ficou surpreso e empolgado com o fato de ter ganhado apoiadores. Ele se encheu de autoconfiança e quis impressionar os novatos.

- Pode ir, garoto. – disse James.

- Nossa, não sabia que a Grifinória era uma casa de metidos. Vou saindo. Boa sorte, irmãzinha. – ele deu um beijo na irmã e na Claire – Tchau, gracinha. Zack, a gente se vê.

O menino voltou para a sua mesa. Claire olhou irritada para James.

- Não precisava disso, James. – disse Archie.

- Você é um traidor, Archie. É claro que vai ficar do lado deles. Eles não respeitam nada. Por isso que fica essa bagunça.

Um aluno do quinto ano comentou.

- Pronto. A babaquice do Potter começou cedo esse ano.

 

Roxanne estava arrumando suas coisas no dormitório das meninas da Lufa-lufa. A menina achou a casa bem legal e todos estavam sendo gentis. Depois de colocar o pijama e escovar os dentes, ela foi convidada a se juntar a Missy e Maddie.

- Roxy, senta aqui com a gente. O que você está achando da casa? – perguntou Maddie.

- Legal. É que eu nunca pensei que fosse parar aqui.

- A sua família está na Grifinória, não é? – comentou Missy.

- Meu irmão e meus primos estão lá. Os meus pais, meus tios e meus avós também foram da Grifinória.

- Nossa! A minha mãe era da Lufa-lufa, mas ela só estudou até o quarto ano. – disse Maddie. – Meus avós não deixaram ela continuar depois que aquele bruxo das trevas voltou. O meu pai é trouxa. Ele trabalha com frutos do mar, tem uma fazenda marinha. Papai produz uma das melhores ostras de Galway.

- Os meus pais nem chegaram perto daqui. – disse Missy. – Eles foram educados para magia em casa. A minha avó, mãe da minha mãe, nem queria que eu viesse. Ela é trouxa e tem muito medo.

- Mas Hogwarts é segura agora. – disse Roxanne.

- Ainda bem. – falaram Missy e Maddie juntas.

Elas riram e Roxanne se deixou contagiar.

- Escuta, eu vi você sorrindo para o Kharim. De onde vocês se conhecem? - perguntou Missy.

- Eu conheci ele ano passado na casa do tio Harry. - respondeu Roxanne

- Harry Potter? Claro! Você é uma Weasley. Que boba eu sou. - disse Maddie – Kharim é bem reservado. Ele é amigo da minha irmã, mas eu mesma só comprimento. Não é que ele seja metido. Talvez um pouco. É que sempre tem gente em volta dele. O que vocês conversaram?

- Nós falamos muito pouco. A minha prima Rose era que falava com ele.

- A ruiva que não parava de falar na estação? - perguntou Missy.

- É. - confirmou a jovem Weasley.

- Mas ela cansa, não é? Eu acho que você teve sorte de estar aqui com a gente. - disse Maddie sorrindo.

Missy também riu. Roxanne não conseguiu segurar o riso. Ela teve de concordar que se estivesse na Grifinória, sua prima iria falar na sua cabeça sem descanso.

 

No café da manhã, Roxanne chegou ao salão principal ao lado de suas mais novas amigas. Elas estavam rindo de algo que Missy estava dizendo. A menina Weasley logo foi chamada para a mesa da Grifinória onde seus primos estavam.

- Olá. - disse Roxanne.

- Como foi a noite na nova casa? - perguntou Victória.

- Foi bem legal. As meninas são muito legais.

Roxanne respondeu mais algumas perguntas e deu a impressão de que estava bem satisfeita. Rose e Albus ainda estavam se sentindo bem deslocados. Os dois estavam sentados juntos e observaram a prima se despedir para logo se juntar aos novos amigos.

- Como é foi sua noite com os meninos? - perguntou Rose.

- Foi normal. Eu já conhecia o Zack de vista. Ele é legal. A cama dele fica do lado da minha. A gente conversou um pouco ontem. Ele disse que eu era mais legal que o James.

- Eu ainda não me enturmei com as meninas. A Megan McLaggen acha que é uma rainha e as outras meninas a seguem. Menos eu e tal Wendy. Seria mais fácil se a Roxanne tivesse ficado com a gente.

 

Na Corvinal, Archie estava sentado com Kharim, Joshua, Scorpius e Wins. Ele escolheu não se sentar na mesa da Grifinória, pois estava irritado com James por tê-lo chamado de traidor. Os meninos conversavam sobre muitos assuntos e Archie acabou gostando dos amigos do irmão.

 

O primeiro dia de aula foi tranquilo para os novatos. Rose se comportou como sua mãe e respondeu todas as perguntas. Albus era seu companheiro e se sentou ao seu lado em todas as aulas.

Roxanne estava se entrosando com os novos colegas. Ela se impressionou com a inteligência deles e prometeu a si mesma que não iria ficar pra trás.

 

 

Os Potter passaram o dia arrumando as coisas para a mudança. Lily parecia imensamente feliz. Todos os seus brinquedos e vestuário já estavam guardados. E ela contava os minutos para conhecer a casa nova.

A família foi jantar na Toca para se despedir dos parentes. Além do casal residente, Rony, Hermione e Hugo estavam presentes.

- Vocês vão amanhã? –  perguntou Arthur.

- Nós já arrumamos nossas coisas. Estamos prontos pra ir. – respondeu Harry.

- E como é a casa? – perguntou Molly.

- Muito boa, mãe. É bonita, limpa, arejada. Tem um bom quintal. E fica bem perto da rua principal da vila. A vizinhança tem muitas crianças. – respondeu Gina.

- Vão vender a antiga casa de vocês? – perguntou Rony.

- Não. – respondeu Harry – Teddy vai morar nela. Queremos ter um lugar para ficar quando viermos visitar.

- Entendi que Lily vai pra escola. E o que vocês vão fazer lá? – respondeu Hermione.

O amigo fez questão de responder.

- Gina arrumou um emprego, Hermione. Simas a convidou pra se juntar ao programa dele. E a rádio quer conversar com ela para participar de outras atividades lá. Já eu decidi ficar em casa.

- Como assim? – questionou a amiga

- Vou fazer o serviço de casa, levar Lily ao colégio, essas coisas. Gina teve que abrir mão de uma carreira para cuidar da família. A gente conversou e eu achei justo agora dar suporte para essa segunda chance dela.

Todos desejaram boa sorte para a família nessa nova jornada.



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