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História As 48 horas de Kim Jongdae - Dia 0.


Escrita por: yoonjinsiastic

Notas do Autor


Oi...Boa noite ^^'
Se a escola fosse menos maligna e eu fosse menos neurótica com os estudos, poderia postar isso com uma folga maior e dar um recado melhor...Mas como não rolou, só espero que vocês curtam a leitura <3
É clichezão, mas é de coração <3
Obrigada Miga e Aku por me aguentarem sendo dramática sobre isso aqui...
Obrigada pelas dicas também <3
Jaque, a capa ficou sensashow <3
Não foi betado, então...Me perdoem pelos erros ^^'
Ou não.

Capítulo 1 - Dia 0.


 

                        7:45

Manhã de quarta-feira – 31 de julho.

Antes do divórcio, Kim Minseok acordava pelo menos uma vez na semana querendo que Jongdae cuspisse fora as próprias bolas.

E isso não aconteceu só no fim do casamento, como durante o noivado, no namoro e na época em que ainda estavam de rolo.

Na realidade, isso se estendia desde o dia em que puseram os olhos um no outro e cometeram a besteira de achar que eles poderiam dar mais certo juntinhos como um combo gorduroso do Macdonald, do que separadinhos, feito União Soviética e Estados Unidos na Guerra Fria.

Uma puta besteira.

Mas quando estava de folga do trabalho e de ser pai por dois em período integral, Minseok até parava para analisar a situação.

E chegava a conclusão de que a culpa era dele.

Afinal de contas, quem espera uma decisão sensata de Kim Jongdae?

Minseok era o adulto ali.

Ele deveria ter dito quando era hora de parar – ou ter fugido assim que Jongdae sorriu para ele e fez seu coração bater estranho. Mas não.

Aceitou ser amigo.

Aceitou dar uns beijos.

Aceitou namorar.

Aceitou casar.       

Levou para casa, deu comida, deu banho, sexo de manhã, de tarde, de noite – e recebeu tudo isso de volta, claro.

Concordou com a ideia de adotarem uma bebezinha linda - único motivo daquela relação não ter sido um completo fracasso, e escolheram o nome dela de última hora, porque passaram tempo demais discutindo como decorar o quarto.

Cuidaram dela juntos como uma família feliz – barulhenta, esquentada e cheia de pormenores, passaram para ela cada pequeno princípio e deixaram claro cada ponto em cada ‘i’ da vida em sociedade no século XXI.

E ela cresceu.

Inteligente, esforçada, bem-educada, saudável, criativa como Jongdae, mal-humorada feito Minseok.

Mais teimosa que os dois juntos.

O que o levava ao tipo de situação em que se encontrava agora. A de mediador imparcial na relação entre pai e filha de Kim Sunhwa e Kim Jongdae.

-Pai, eu já disse. Se ele quiser vir, ele vem. Ótimo. Mas se não vier, melhor ainda. – Sunhwa resmungou, fazendo nó duplo no cadarço da sua chuteira rosa.

A distância entre Minseok e a menina, naquele assunto, era psicologicamente um abismo. Mas fisicamente, se resumia a uns dois metros horizontalmente dispostos da porta esquerda do sedã de Minseok para a porta direita.

- Sunhwannie...- O moreno suspirou, esperando que ela terminasse, mas ela não disse mais nada.

Sunhwa entrou no carro e jogou a mochila no banco de trás com a delicadeza de um elefante. Minseok, já ao volante para levá-la ao campeonato de futebol da escola, ficou sentido com o tamanho da tromba no rosto da filha.

Era incrível como Jongdae tinha o talento de deixa-lo em saias justas mesmo morando num outro continente.

 – Ele é seu pai também. - Começou o discurso de sempre. – Ele também ama você, como eu amo. Ele só...tem uma vida complicada demais para gente entender...

Não foi difícil para Minseok perceber que aquelas palavras não significavam nada para ela. Mas Sunhwa ficou calada, escutando com atenção e esperando que o pai terminasse para poder falar.

-Você é meu pai. Ele aparece aqui quando quer e vai embora o mais rápido possível. Não venha me dizer que vai defende-lo agora. - Ela pontuou. Seu olhar é bravo e nitidamente magoado.

- Não me olhe assim, Kim Sunhwa. Essa sua carinha corta o meu coração, gatinha. - Minseok pede, apertando o nariz da garota. - Além do mais, é só uma tarde...

Sunhwa, que não esperava pela reação carinhosa, corou ao ser tratada como criança pelo pai, mesmo já tendo 17 anos. 

Acabou perdendo a pose.

-Uma tarde ou três? Nos e-mails, ele disse que ficava até quarta-feira, pai...eu não sei se consigo... - Choramingou manhosa, encostando a cabeça no ombro do mais velho.

-Consegue sim...- Ele ri, beijando a cortina de fios castanhos que era o cabelo da filha. - Você vai estar concentrada demais em ganhar o campeonato na sua primeira vez como capitã do time, que nem vai ter tempo de se preocupar com o seu pai sendo um imbecil.

-Então você admite? - Um sorriso de acende no rosto de Sunhwa.

-Claro que sim. Eu conheço seu pai desde que tinha a sua idade. Ele não mudou nada depois disso... acho que a sua avó o mimou demais. E eu, de menos...- Brinca, fazendo com que o clima melhorasse entre eles. - Mas não vai contar para ele que eu disse isso, hein?

Um sorriso sapeca emoldura o rosto de Minseok e o carro parte em direção a escola de Sunhwa.

 

 

                        10:40

Manhã de quinta-feira – 1 de agosto.

Ver a filha jogar, lembrava a Minseok a época em que ele mesmo participava do time de futebol da escola. Apesar de pai e filha definitivamente não apresentarem o mesmo estilo de jogo.

Sunhwa se posicionava de forma ofensiva em campo e embora fosse pequena, não tinha ninguém ali que tentasse se impor quando a garota tinha posse da bola.

Sendo muito sincero consigo mesmo, Minseok precisava admitir que Kim Sunhwa era, por vezes, uma adversaria bastante violenta.

Não que ela buscasse machucar os outros de propósito - na realidade, desde criança (por conta desse jeito) Sunhwa se chateava por os outros da sua idade não costumava querer brincar com ela.

Mas força que a garota tinha nos pés e nas pernas, somada a intensidade com que usava isso, era intimidadora. Sem falar na técnica. Em suma, sua menina jogava muito bem e tinha um espírito de liderança louvável – mesmo atrapalhado, mas sempre bem-intencionado.

Quando o arbitro apitou o final do jogo, Minseok viu Sunhwa correr entre as colegas para encoraja-las, beber um copo d´água e voltar para o banco. Afinal, era só um treino, o jogo era só no dia seguinte.

Quando Jongdae viria.

Ou pelo menos, quando Jongdae disse que viria. No que conversaram ao telefone, ele chegaria as três da tarde no dia do jogo. Sairia do trabalho direto para o aeroporto -  para não correr o risco da empresa inventar nem mais um de seus (famosos) projetos relâmpago e chegaria na Coréia a tempo de ver a filha jogar.

 A vida de Jongdae era corrida. O mais novo trabalhava como fotógrafo na Itália e dificilmente tinha uma folga. Então, quando não estava irritado demais com o fato dele nunca dar as caras, Minseok conseguia entender o porquê de isso acontecer.

-Sunhwannie! Vamos! – Minseok levantou na arquibancada de propósito. Chamando sua cria para perto. Querendo mesmo que ela passasse vergonha.

Assim que ele se pronunciou, a garota se escondeu entre as amigas.

Fingindo que não era com ela.

 

 

                        11:45

Manhã de sábado – 2 de agosto.

-Pai, você viu a minha escova de dentes?

A primeira coisa que Minseok viu no final de sua manhã de segunda, infelizmente, não foi a escova de dentes da filha. Mas sim a própria, com o uniforme completo de futebol nas mãos e o cabelo completamente bagunçado.

Ele riu.

-Sunhwa, na sua idade, eu poderia perder a minha cabeça. Mas não perderia a escova de dentes.- Brinca, mas logo se arrepende - Quer dizer, esquece. Na verdade, mesmo que seja nojento. Eu fico feliz que você não saiba onde ela está. Isso significa que você não está interessada em beijar ninguém. E eu não sei se você sabe, mas o beijo é o primeiro passo para a gravidez na adolescência.

Sunhwa encolhe o nariz numa careta de nojo.

-Pai, eu não sei se você percebeu. Mas realmente não tem um único garoto na minha sala que mereça uma segunda olhada. Que dirá um beijo...-Resmunga. 

-E garotas? Nunca se deve descartar as possibilidades. Há alguma garota? – Minseok continua.

-Tudo bem, eu já entendi. Você não sabe onde a minha escova de dentes está. – Ela riu dessa vez, saindo da cozinha e deixando o pai para trás. – Já que você não viu, e eu também não. Posso pegar uma nova?

-Claro! Quer que pensem que eu eduquei uma porquinha? – Ele grita, separando os legumes na tábua.

-Onde estão as escovas novas?!

- Na terceira gaveta do banheiro! – Minseok riu, terminando seu trabalho com os temperos.

 

 

 

                        13:05

Tarde de sábado – 2 de agosto.

Depois de tudo pronto - almoço, mesa do almoço, os dentes de Sunhwa e o cabelo dela, pai e filha sentaram no sofá para ver TV. Esperando Jongdae chegar.

-Será que ele não vem mais? – Sunhwa é a primeira a quebrar o silêncio, feliz com a possibilidade.

Minseok ri novamente.

-Eu sei que é o que você queria, gatinha. Mas você sabe, seu pai nunca vem. Mas quando ele diz que vem, sempre chega...-O moreno abraça a filha – pelo menos esse mérito ele tinha que ter...

Sunhwa faz careta e volta a se concentrar na televisão. Estava tentando se importar mais com a apresentadora fazendo perguntas imbecis, que com a sensação esquista de abandono pelo fato do pai não ter chegado ainda. Até que toda a programação do canal começou a se repetir e a hora do jogo se aproximava, a comida esfriava na mesa. Mas nada de Jongdae chegar.

A agonia de Sunwha só aumentava.

Minseok, no seu papel de pai, se preocupava em silêncio. Por um momento, cogitou a possibilidade de ele ter sofrido algum acidente no meio do caminho. Mas se tranquilizou logo em seguida, eles provavelmente seriam os primeiros a saber.

Afinal, Jongdae não tinha família na Coreia – ou pelo menos família além daqueles dois.

-Gatinha...-Minseok coça a garganta, levanta do sofá e beija a cabeça da menina.– Acho que ele não vem hoje... Vou arrumar sua comida no bentô que a sua avó te deu e nós já vamos, certo? - Ele tenta não parece muito chateado na frente da filha. – Se não formos agora, você vai se atrasar. Depois eu ligo pro seu pai para saber o que aconteceu.

E assim o mais velho sai do campo de visão de Sunhwa.

Esparramada no sofá e vestindo seu uniforme, Kim Sunhwa não poderia gostar menos de Kim Jongdae.

 

 

   20:05(fuso-horário da Itália)

Noite de sábado – 2 de agosto.

Por outro lado, o dito Kim Jongdae, mal sabia o que tinha feito enquanto planejava passar a noite acordado organizando seu plano infalível para conquistar sua família de volta.

   

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então? O que acharam? O próximo capítulo sai hoje mesmo, ou eu não participo do sorteio xD...
Se não gostaram de algo ou tem uma dica, estou aberta para ouvir - ou ler <3


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