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História As 48 horas de Kim Jongdae - Dia 2.


Escrita por: yoonjinsiastic

Notas do Autor


I'm a survivor (What?)
I'm not gon give up (What?)
I'm not gon stop (What?)
I'm gon work harder (What?)
I'm a survivor (What?)
I'm gonna make it (What?)
I will survive (What?)
Keep on survivin' (What?) --------> Sobre estar enviando isso ainda essa noite <3

Capítulo 3 - Dia 2.


 

                        14:05

Tarde de segunda – 4 de agosto.

Sunhwa queria que fosse um pouco mais tarde, para que ela pudesse pedir ao treinador que ligasse as luzes como faziam em jogos noturnos. A emoção de jogar parecia maior quando os holofotes estavam ali – ela os apreciava bastante, não podia mentir.

Jongdae e Minseok estranharam quando a filha os pediu que vestisse roupas leves e disse que queria voltar para escola. Ainda mais porque ela ainda não tinha vestido o uniforme do time quando saíram.

Era uma surpresa, na verdade.

E uma surpresa maldosa. Porque se tudo funcionasse como ela queria, seu pai Jongdae ainda jogaria futebol tão mal quanto costumava jogar quando era mais nova.

-Então...? – Jongdae coçou a garganta, se sentindo um pouco mais à vontade na presença dos outros dois.

Sunhwa sorri para ele, diabólica.

-Então? Bom...achei parecesse obvio. Eu trouxe vocês aqui para jogar comigo. Você principalmente, já que não faz isso a muito tempo...-Alfineta.

-Sunhwa...Por favor...- Minseok reclama, com mais cuidado do que da última vez.

Sunhwa dá de ombros e vai atrás da bola na sua bolsa. Dando o passe para Minseok que a pega com rapidez. Porém, assim que a bola chega até Jongdae, ele erra e a deixa sair do seu alcança, tendo que ir busca-la.

-Você fez de propósito, não fez? – O mais velho pergunta a filha, a vendo sorrir contente com a sua constatação.

-Adivinha?

- Minha garota! – Ele a elogia e os dois fazem um high-five, se abraçando depois.

Quando Jongdae chega e vê pai e filha animados daquele jeito, não é preciso de mais que 2 segundos para ele entender.

-Eu não acredito! – Ele se joga no chão. – Você também, Sunny? Porque vocês gostam de me fazer passar vergonha?

Minseok e Sunhwa seguram o riso e fingem que não entenderam o que ele quis dizer.

- Hã? Como assim, pai? – Ela sorri angelicalmente, pegando a bola na mão do pai. – Eu só queria jogar com vocês...algum problema com isso?

Jongdae não responde.

Minseok tinha criado sua filha muito bem.

Muito bem para praticar o mal.

- Que tal uma divisão de times? – Ela logo sugere, sem deixar de sorrir.

Pronto, na cabeça de Jongdae, era agora que ela dividiria a brincadeira em um time com ela e Minseok e ele no time adversário. Só para os dois poderem bater nele de propósito e descontarem a raiva de anos.

Estava tudo indo bem demais para o seu gosto.

E não é assim que as coisas costumam funcionar na vida de Kim Jongdae.

-Eu acho difícil, gatinha...estamos em número ímpar aqui...- Minseok é o primeiro a se pronunciar. Visivelmente surpreso com a ideia da filha.

Chen interpretou isso como um bom sinal, já que isso significava que se alguém estava planejando bater nele, pelo menos, era só Sunhwa.

Antes uma pessoa só, que duas.

-É...Porque não? Vocês não jogam a muito tempo. Eu, por outro lado, estou bem aquecida. Pode ser assim, eu fico em um time sozinha e vocês jogam no outro. – Ela diz, como se estivesse dando aula. Seu tom é comedido e didático.

-Por mim, tudo bem...-Minseok concorda.

Sendo assim, seu dongsaeng não vê outra saída se não concordar também.

Quando eles começaram o jogo, não pensaram que fossem se divertir tanto. Minseok ficou no gol do seu “time” enquanto Chen partia para o ataque em direção a Sunhwa, que era rápida o suficiente para driblar seu pai atrapalhado, mas não tinha a sorte de conseguir passar pelo outro no gol. Algumas vezes, tentando ser mais proativo na partida, Jongdae tentou tomar a bola da filha e acabou caindo no processo, o que fez com que o ex-marido caísse na gargalhada no gol.

Pelo o tempo em que passaram no campo, eles realmente pareceram a família feliz de que os três– cada um em um cantinho mais escondido do coração, sentiam falta.

 

 

                        6:45

Manhã de terça-feira – 5 de agosto.

Como era seu último dia completo na Coreia, Jongdae acordou antes de todos e desceu para cozinha. Fez o café que Minseok gostava, preparou seu doce italiano preferido para Sunhwa e sentou na mesa, esperando que eles acordassem para poder comer.

Vendo aquela quantidade de comida bonita – e ele precisava admitir a si mesmo, que estava bonito para caralho, Minseok com certeza se espantaria. Na época em que estavam juntos, Jongdae mal conseguia quebrar um ovo sem torcer o pulso.

Mas morando sozinho, num país diferente e sem ninguém para ajudar, ele não podia se dar ao luxo de não saber cozinhar. Na realidade, esse era o tipo de luxo a qual nenhum adulto (desempregado) podia se dar – ele achava.

E se arrependia da época em que se fazia de incapaz só para que Minseok pudesse cozinhar sozinho.

Ele tinha sido um babaca, realmente.

 

 

                        8:45

Manhã de terça-feira – 5 de agosto.

Minseok calça suas pantufas e veste o roupão, descendo a cozinha para preparar o café para as suas crianças. Mas se surpreende, vendo uma delas caída na mesa da cozinha, dormindo. E mais estranho ainda, com o café todo preparado ao redor do seu corpo adormecido.

Então, ele se aproxima com cuidado. Sendo ele mesmo muito mal-humorado quando acordado de surpresa, Minseok prefere não fazer isso com ninguém.

-Chen...- Ele passa a mão pelas costas do ex-marido, com todo o carinho e delicadeza que tinha na palma das mãos. – Chen...Acorda...

-Minnie? – Jongdae responde ainda meio dormindo.

-Sim...? – Minseok pergunta sorrindo, achando meio (completamente) uma gracinha o biquinho que o seu dongsaeng fez ao chama-lo.

-Suas mãos são tão macias...-Ele continua ainda parecendo sonolento e sorrindo como uma criança pequena.

-Cala a boca...-Minseok repreende, divertido.

Apesar de não parecer, Jongdae ainda não tinha acordado. Depois de tanto dormir mal na Itália, ele acabou desenvolvendo sonambulismo, algo que Minseok não sabia. O moreno só continuou conversando com o ex-marido como se ele estivesse acordado.

-Você dormiu em cima da mesa, Chen...levanta. – Ele pede ao outro.

-Agora não, Minnie...Só mais um tempo...- Jongdae praticamente suplica, da mesma forma que faria em qualquer ocasião.

Minseok arqueia a sobrancelha pouco convencido.

-E o que te faz pensar que eu atenderia esse seu pedido, Kim Jongdae? – O mais velho pergunta, seu tom de voz era leve, risonho.

-Porque eu te amo...E eu sei que você me ama também...E não me faria passar por isso...

Quando Jongdae responde, Minseok congela. E sai correndo, dessa vez, de verdade.

‘isso não é motivo para nada, imbecil’

Kim Minseok pensa ao sair, só então percebendo que o outro homem ali estava dormindo. Chen não se prestaria a tal ridículo estando acordado.

 

 

                        10:45

Manhã de terça-feira – 5 de agosto.

Depois do ocorrido, Minseok preferiu fingir que não aconteceu nada. E percebe que Jongdae tinha escolhido fazer o mesmo, talvez porque ele nem mesmo se lembrasse do que disse.

Eles tomaram o café da manhã juntos, Minseok elogiou os dotes culinários de Jongdae e agradeceu a ajuda. Ao passo que Sunhwa se entupiu de chocolate como não fazia a tempos por conta da dieta do treinador dela.

A manhã seguiu agradável para todos. E Minseok parecia o único ali um pouco mais mexido com a situação. No momento, ele lava os pratos do café – já que Jongdae tinha feito a comida e Sunhwa precisava terminar a tarefa extra.

Os três tinham decidido que a menina poderia faltar a aula para ficar com o pai (mesmo não gostando tanto dele assim), mas ela teria que fazer as tarefas que seriam passadas no dia de qualquer forma. Afinal, nada nunca é tão fácil.

Na sala, enquanto Sunhwa fazia seu dever, Jongdae limpava a máquina que trouxera para fotografar seus momentos com a filha já mais velha. A medida que o lado esquerdo da mesa de jantar era tomado de livros – por parte de Sunhwa, o lado direito ostentava uma quantidade enorme de lentes, panos especiais e produtos de limpeza caros.

- Pai...- Sunhwa chama Jongdae, entediada o suficiente com química orgânica para preferir puxar assunto com o mais velho.

-Sim, Sunny? – O fotógrafo logo responde com um sorriso de orelha a orelha.

-Porque todas essas coisas? – Ela pergunta curiosa, se referindo ao material de trabalho do pai.

-Para a câmera? – Ele diz. – Bom, eu preciso cuidar bem dela...é o meu ganha pão, sabe? – Faz graça.

-Hm...-Sunhwa franze o cenho, sentindo um pouco de ciúmes do aparelho. – E porque gosta tanto de tirar essas fotos? Desde que chegou deve ter tirado umas 50, só dá entrada de casa...

Jongdae sorri com a pergunta. Não o sorriso sem graça que dava desde que chegou na Coreia, mas um sorriso de verdade. Bonito como a maioria dos seus.

-Porque...elas guardam para mim, coisas que eu acabo perdendo com o tempo...Você sabe...Seu pai não é muito bom com as pessoas...- Ele diz essa parte em tom de brincadeira, mas a frase tinha muito de verdade.

Sunhwa, lembrando da quantidade de fotos que ela e seu pai Minseok tinham dela quando pequena, não podia concordar mais com seu pai Jongdae.

Será que ele tinha tantas fotos dela assim onde morava?

 

                        13:05

Tarde de terça-feira – 5 de agosto.

Ao olhar para o relógio, Jongdae percebeu que as 48 horas de que dispunha, tinham passado. Bom, progresso ele havia feito com a filha.

Depois de muita insistência, claro.

Quando Sunhwa terminou com química e Jongdae de limpar sua câmera, os dois deixaram Minseok em casa e saíram pela vizinhança para tirar foto das coisas que viam no caminho.

Coisas estranhas, como Sunhwa disse.

Estratégicas, Jongdae corrigira.

E bonitas, os dois concordavam.

Assim que chegaram em casa, Sunhwa que estava cansada por conta do campeonato e do jogo no dia anterior, subiu para tomar um banho e descansar um pouco.  Mas antes de deixar o pai, ela beijou sua bochecha como um agradecimento mudo.

Era um começo, um ótimo começo.

Agora que Sunhwa dormia, como nos velhos tempos, ele e Minseok estavam sozinhos. E isso os deixava apreensivos. Minseok, porque a declaração sonambula de Jongdae ainda martelava na sua cabeça. Jongdae, porque Minseok estava agindo estranho consigo desde que acordara e ele não sabia o que tinha feito de errado dessa vez.

O que só piorava a situação porque ele não tinha mais tempo para resolver.

Os dois estavam na sala, um ou lado do outro no sofá, zapeando canais sem o mínimo interesse.

Silêncio.

Silêncio.

E mais silêncio.

Isso deixava Jongdae cada vez mais assustado.

-Minseok.

Assim que o ex-marido abre a boca, Minseok se sobressalta no seu lugar. Reação que na cabeça de Chen, deixa claro que ele realmente tinha feito alguma outra merda.

De novo.

-O-o que? – Minseok gagueja, nervoso.

-O que eu fiz dessa vez? – Jongdae pergunta sem medo. Já que dessa vez, não tinha mais nada a perder.

1 segundo.

2 segundos.

3 segundos.

O mais velho suspira, preferindo ser direto.

-Você disse que me amava. Enquanto dormia, na cozinha. – Ele tira de si toda a coragem que tem para dizer isso.

O moreno tinha mais medo da própria reação que da reação de Jongdae. Afinal de contas, se o mais novo havia dito aquilo – mesmo dormindo, ele acreditava que fosse verdade. O problema mesmo, era como o próprio Minseok faria para lidar com isso. Ainda mais agora que o seu dongsaeng sabia que ele sabia.

Minseok não podia negar, ainda o amava também. Mas amar Kim Jongdae significava uma porção de coisas. Que iam desde de boquete matinal ao comprometimento total de toda a sua paciência.

Minseok não sabia se estava pronto para lidar com isso.

Minseok não sabia se ele ainda sabia como lidar com isso.

-Eu disse...? – Jongdae fica vermelho.

Parecia um repeteco do ensino médio com alguns detalhes a mais e outros a menos. Naquela época, Minseok se declarou para Jongdae, que corou feito um garotinho. Naquele momento, Jongdae deixou escapar algo que não deveria e Minseok teve a delicadeza de colocar isso na roda.

Seria engraçado. Fossem eles adolescentes, sem compromisso, sem arrependimentos e sem tantos problemas.

-Sim...você disse...-Minseok frisa.

-Eu...eu não sei como me desculpar por isso, Minseok-hyung…Eu não queria te causar esse tipo de problema...-Jongdae retrai, arrependido. – Eu juro qu-

Minseok corta.

-Não tem problema, Chen. Eu também. Digo, eu também ainda gosto de você como antes – Era o jeito do mais velho de dizer que ainda o amava.

Desde ai, um sorriso se acende no rosto do seu dongsaeng.

-Mas não fique tão feliz. Não é como se eu fosse esquecer tudo só porque você está tentando agora ou porque eu não consegui superar esse relacionamento. Na verdade, isso não significa muita coisa...-Ele intervém firme.

Mas os olhos não mentiam o quanto aquela conversa o incomodava.

-Tudo bem...- Jongdae emudece – Mas eu posso ficar aqui por mais tempo, se isso me der a mínima chance de melhorar a situação.

Minseok não responde, puxa o pulso do mais novo e o traz mais para perto, selando os lábios dele com o seu.

-Eu não te proibi de tentar...- Ele mal consegue terminar, antes que o fotógrafo o ataque.

A agonia de Jongdae era palpável e o seu nervosismo também. Nos primeiros 5 segundos, ele era todo mãos, nos 3 seguintes, todo a boca e em algum momento que Minseok não conseguiu descobrir quando foi, o mais novo tinha tirado sua camisa.

Até eles ouvem um grito assustado.

Era Sunhwa da escada.

Ainda bem que Jongdae e Minseok tinham mais que 48 horas para resolver aquele problema em família.


Notas Finais


Sinceramente, não gostei muito do resultado. Mas a vida é isso ai \o/
Obrigada por lerem até o fim :*
Espero que tenham gostado <3


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