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História As aventuras de Laura Wilke na Shounen High - Capítulo 12


Escrita por: TiaLumi

Notas do Autor


Ho hey
Mais um para vocês 😊

Capítulo 14 - Capítulo 12


Andar de carro com a Nagisa-sensei ao volante é como sentir a morte chegando cada vez mais perto, é um grande trem fantasma que leva sua pobre e corrompida alma diretamente para o submundo. Graças à ela eu posso dizer que morri, mas sobrevivi para contar a história. O estranho é que eu corro a velocidades mais altas do que as que o carro alcança e não sinto nada, e é só entrar na braca do inferno dessa professora do capeta que eu já começo a fazer meu testamente porque não sei se vou sobreviver à morte dessa vez. Quer ouvir um detalhe sem importância? Não? Ah, não ligo para a opinião alheia, vou falar do mesmo jeio: a estrada era cheia de lombadas, então imagine o desepero que eu sentia em cada uma delas.
– Chegamos. – essa foi a única vez em que eu fiquei feliz por ouvir essa maluca falar, espero não ter perdido algum órgão vital pelo caminho.
Desci do carro e olhei em volta: árvore, árvore, árvore, árvore... Não! Espera aí... Ah, esquece, é só outra árvore.
– Nagisa-sensei – chamei – Tem certeza de que chegamos? Isso aqui é... Bem, só tem árvores.
– É que não podemos parar muito próximos do nosso destino, agora temos que caminhar um pouco. – a sensei me explicou – Laura, final da fila.
– Por quê?
– Porque ninguém te alcança quando você vai na frente.
Cruzei os braços para fazer birra:
– Vocês que são muito lentos.
– E eu não sou baixinho, vocês que são muito altos. – é necessário informar quem disse isso? - Agora vai pro fim da fila, eu preciso ficar na frente para guiar vocês.
Não acredito que estou sendo obrigada a seguir esse cara, que absurdo.
XX XX
XX XX
O único lado bom de ir no carro da Nagisa-sensei é que eu não me canso. Levou horas de caminhada para chegarmos ao nosso destino: um galpão velho, abandonado, caindo aos pedaços e com cheiro de panquecas mofadas (eu sei disso porque tem uma debaixo da minha cama, eu devia tirar ela de lá qualquer dia desses).
Eu não entendia o que estava acontecendo por uma série de motivos: ninguém me explicou nada quando eu pedi nos bilhetes. Ninguém me explicou nada quando eu pedi na hora do almoço. Ninguém me explicou nada quando eu pedi durante a tarde. Ninguém me explicou nada quando eu pedi no carro. Ninguém me explicou nada quando eu pedi enquanto subia na árvore. Ninguém me explicou nada quando eu pedi quando eu caí da árvore. Ninguém me explicou nada quando eu pedi há um segundo.
Eu cheguei à conclusão de que ninguém quer me explicar o que está acontecendo, então o jeito é viver na ignorância e aguardar o sinal do Micro Chibi, que eu nem sei se vai ter tamanho suficiente para nós conseguirmos ver.
– Eu vou entrar. – o loiro falou, tirando uma chave do bolso. – Iniciem a contagem quando eu entrar.
Ele colocou a chave na fechadura do portão, abrindo-o. Encarou o céu por alguns instantes e depois se voltou para mim.
– Laura, você sabe que tem pernas perfeitas, não é?
Era só o que me faltava.
– Isso foi alguma cantanda muito, muito ruim?
– Se o sinal atrasar em um minuto, corra, corra o mais rápido que conseguir.
– Você fumou cobalto?
– Como é que eu vou fumar turbinas de avião, Cabeçuda?
– E como é que eu vou saber o que é cobalto? Só decorei esse nome porque achei legal.
Foi nesse momento que uma coisa muito estranha aconteceu: ele começou a rir; não um riso irônico, mas sim uma risada sincera, verdadeira. Será que todo mundo enlouqueceu?
– Mas o que é que... – ele me interrompeu, colocando dois de seus dedos em minha boca. Por que eu não fiz nada? Eu normalmente chutaria o saco dele ou sei lá; só que eu não fiz nada para impedí-lo. Será que fui que fumei o cobalto e não lembro?
– Por favor, prometa que vai correr o mais rápido que conseguir.
Ah, o que mais eu posso dizer nessas horas...
– Ok, eu prometo correr o mais rápido que conseguir,eu juro pelo espírito da Rukia.
Trancinha me lançou um sorriso e logo em seguida entrou no galpão. A contagem começa agora; quinze minutos.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez...
Não sei nem que plano é esse, mas espero que dê certo.
Onze, doze, treze, quatorze, quinze...
XX XX
XX XX
Dezesseis.
Não dezesseis sengundo, estou falando de dezesseis minutos, o tempo já se passou e até agora nada de sinal. Eu preciso entrar correndo... Correndo o mais rápido que eu conseguir. Estava me preparando para pegar impulso, até que Haru me segurou pelo braço.
– Haru, me deixa!
– Eu não vou te deixar entrar aí sem o sinal.
– Eu não costumo agredir meus escravos fisicamente, mas não tenho escolha. Desculpe, Haru.
Haru iria ganhar um troféu por ser o único garoto da Shounen High que jamais apanhou de Laura Wilke, só que os planos mudam. Tive de socar seu rosto para que ele me soltasse e eu conseguisse correr para dentro daquele lugar com cheiro de panqueca mofada.
Nunca pensei que fosse ouvir o que ele diz, mas tive de fazer isso pelo bem do plano que eu não entendia. Corri o mais rápido que pude por um corredor que parecia eterno. Que raio de galpão é esse?  Não existe nenhuma sala por aqui e o cheiro de panqueca mofada ficava cada vez mais forte.
“Laura...”
Agora não, voz inútil! Eu preciso correr e você está me distraindo.
“É muito bom saber que você está chegando perto”
Como assim? “Chegando perto”? Que história maluca é essa?
“Você é mesmo bem rápida, não?”
Geralmente você reclama que eu só digo coisas sem nexo, mas hoje é você que não está fazendo sentido algum. Por favor, pare de me distrair. Eu preciso chegar ao fim desse corredor eterno... Pelo menos foi isso o que eu entendi que eu tinha de fazer.
“Relaxe, você está quase lá.”
E como é que você sabe disso?
“Você já reparou que só corre olhando para o chão?”
Nunca tinha reparado, mas é verdade... E o que é que isso tem a vez?
“Se você olhasse para frente conseguiria ver que está chegando”
Voz, você pode fazer o favor de ir à pu...
“Veja só! Você já chegou! Será que agora você pode erguer esse olhar?”
Não aguentava mais aquela voz ecoando na minha cabeça, então apenas fiz o que ela tanto sugeriu.
No momento em que eu levantei meu olhar eu esperei ver muitas coisas comuns e sem graça: comida velha, paredes empoeiradas e com teias de aranha, caixas espalhadas por aí (afinal, isso aqui é um galpão), baratas e ratos passeando por aí. Na lista de coisas interessantes que eu imaginei encontrar por aqui estavam instrumentos de tortura medievais, armas de fogo, sabres de luz, talvez até aquele maníaco do machado que acabou ficando meio esquecido pelos alunos da Shounen High.  Às vezes eu acho que viajo demais, penso em acontecimentos que sei que nunca vão acontecer, mas eu jamais imaginaria que iria encontrá-lo aqui. Eu podia achar que era um mal entendido, só que não havia condições para isso. Ele me olhou com um sorriso diabólico, acenando para mim com sua mão ensanguentada e perguntou se eu tinha gostado da surpresa. Minha criatividade não chega a esse ponto.O lado bom é que agora eu acho que eu entendi o objetivo principal desse plano maluco e mal arquitetado (que a verdade seja dita, esse plano foi uma merda): estamos aqui para impedir...
— O- Osa- Osamu-sensei. – eu não sabia o que dizer, eu só não conseguia parar de encará-lo.
— Que plano maluco mal arquitetado, não é mesmo?
Acabei de pensar a mesma a coisa. Toca no verde!
“Eu sei, eu sempre sei de tudo que você está pensando, mesmo que fique confuso com essa bagunça.”
VOZ! CALE A BOCA!
“Eu não vou me calar... Laura, como alguém pode ser tão rápida com o corpo e tão lenta no raciocínio?”
Não pode ser... Achava que era minha consciência ou uma loucura minha, sei lá... Isso não está  certo!
“Essa voz da sua cabeça...”
—... Sempre fui eu.


Notas Finais


E já vou o/
Beijinhos de luz :*


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