História As coisas mudam - Doença Inexplicável

--- "Cebola! Você está bem?" - disse
   --- "O-onde... onde estou?
   --- "Você está na enfermaria da escola. Tu deu "mó apago" careca! Táh tudo bem com você?" - respondeu Cascão
   --- "Eu... eu não... não sei oque houve, desculpa galera."
   --- "Não tem que se des..."
   --- "Saiam daí crianças, saiam de cima do paciente!"
   --- "Desculpe doutor Ráuse, mas ele vai ficar bem?" - perguntei
   --- "Oque ele tem?" - disse Magali
   --- "Por que ele desmaiou?"

Acho que talvez pelo nervosismo, todos começamos a falar ao mesmo tempo.

--- "Uma pergunta de cada vez. Não sei; pode ser alguma infecção por bactérias; vou descobrir. Agora se afaste!" - respondeu o rabugento

O médico disse para esperarmos com os outros do lado de fora enquanto fazia alguns exames no Cebola. Eu não queria sair, mas não tive escolha. É verdade que o Cebola me magoou muito. As coisas que ele fez ainda estão doendo aqui dentro, mas não posso ignorar que ele seja meu amigo. Não posso fingir que não temos uma ligação especial. Estava preocupada naquele momento. Tanto quanto estou agora. Do lado de fora da enfermaria, o auvoroço era total. Os alunos não falavam de outra coisa. Cebola era o assunto. Todos, repetindo, TODOS falavam sobre ele. Saca só:

Marina: Meu Deus! E se for grave?"
Cascuda: Viu como ele se chocou com a porta? Pode ser isso!"
Denise: A louca! Preciso pesquisar a causa disso."
Titi: Nem sei oque falar."
Toni: Se ferrou legal! Haha"
Nimbus: "E se for magia?"
Do Contra: "Nem vi!"
Maria Mello: "Será que é grave? E se ele tiver comido algo ruim?"
Isa: "Comida não faria isso."
Xaveco: "Alguém me fala oque houve?"
Carmem: Pobre ralé!"

Eram tantas vozes ao mesmo tempo que me deixavam nervosa. Eu só queria que ficassem em silêncio. Cada um tinha um palpite diferente.

 --- "E aí galera?"
   --- "Meu Deus! Oque houve?" - perguntei
   --- "Nada de mais, estou bem!"
   --- "Aparentemente, não há nenhuma causa pra tal reação. O desmaio foi espontâneo e sem qualquer motivo. Estranho!" - disse o doutor
   --- "Viu? Estou bem!"
   --- "Não, não está! Isso não é uma coisa boa. Se você sofre desmaios e não sabe o porque, não há como resolver o problema. Isso é muito estranho! Você é estranho! Vocês todos são! "Cebola", "Cascão"... onde já se viu esses nomes? Essas crianças..."
   --- "Bem, acho melhor voltarmos pra sala e..."
   --- "Muito cuidado em seu caminho! Todos vocês."
   --- "Sarah? Oque houve? - perguntei
   --- "Ai! Sai que é mal sinal! Não vem com essa de fantasma de novo não! Toda história agora é isso? Eu tô pensando seriamente em passar pra turma da Lulu, lá não tem fantasma!"
   --- "Cala a boca Cascão! Sarah, oque você viu?"
   --- "Isso não importa! Eu trouxe uma mensagem. Pra todos vocês! Cebola, quando estiver em meio ao escuro de um espelho e não se ver refletido, confie naquela que já não vive. Lembre-se. Mônica, o jogo está em suas mãos, você escolhe que peças mover. Mas cuidado, muito cuidado com a rainha. Ela é a última peça. Magali, quando tudo se dividir e o véu se romper, resista. Resista o quanto puder, nunca se renda e não abra os olhos. Procure a lua, fale com a lua. Encontre-a e a destrua. E Cascão, se tudo sair do controle, você vai ter que fazer o papel mais difícil e selar com o beijo da morte aquela que se veste de trevas. O seu papel é o mais importante. Lute,
guerreiro, lute! Lembrem-se: ás vezes, o maior inimigo está dentro dos nossos maiores amigos."
   --- "Sarah, oque isso quer dizer?"
   --- "Isso oque? Aaaiii!!! Que dor de cabeça! Oque houve?"
   --- "Você não se lembra? Que coisa de louco!"
   --- "Eu não sou louco! E voltem pra sala agora mesmo!"

Nem preciso dizer quem disse isto néh?! Ainda não entendo. Oque houve com Cebola? E como ele viu a Magali em seu sonho? Essa história táh misteriosa demais. Vou descobrir esse mistério. Não sei por onde começar, mas eu sei que sabe! (pensei comigo mesma)

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No banheiro masculino:
    --- "Eu não sou louco! Eu não sou louco! Eu não sou louco... eu... Não sou... Eu não sou louco! EU NÃO SOU LOUCO!!! Então... oque eu sou?"

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--- "Oi... tem alguém aqui?"
    --- "Olá Mônica! A que devo sua visita?"
   --- "Preciso de ajuda! Procuro respostas e as quero agora!"
   --- "E oque deseja saber jovem?"
   --- "Coisas estranhas andam acontecendo e eu não sei o porquê. Não seu por onde começar."
   --- "Mônica, quero fazer um jogo com você."
   --- "Jogo?"
   --- "Sim! Toque a esfera e olhe nos meus olhos. Não pisque, não se mova, não solte a esfera.

Ela segura a esfera e eu também. De repente ela grita com um olhar assustado:

--- "NÃO PODE SER!" - disse Madame Creozodete soltando a esfera de cristal que se espedaçou em mil pedaços no chão."