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História As Crônicas Das Províncias Celestes - Fugi no Meio da Noite e Olha no Que Deu


Escrita por: NickMLima

Notas do Autor


Oi unicórnios mágicos. Espero que gostem do terceiro capítulo. Bjs de luz

Capítulo 3 - Fugi no Meio da Noite e Olha no Que Deu


~Lana~

 

 Quem me dera poder voltar aos treinos antigos, em que me preocupava em apenas poder saltar em plataformas e me pendurar em barras. Dessa vez temos que aprender a nos misturar aos Carnais. Aprender a andar, falar e nos vestir como eles. Agora quem nos ensina é a professora Sheyla Metthews, uma nobre das constelações de Pegasus e uma Humanóloga. Ela foi uma das poucas pessoas que teve a coragem de ir a Terra e voltou intacta.

 A parte boa de tudo isso é que eu posso aprender um pouco mais sobre os esportes praticados na Terra. E o que eu mais ao é o Futebol. Ha, como eu amo Futebol. Sempre amei esportes.

 A parte ruim é a parte da moda, a que a Allie mais ama, e a parte dos estudos e literatura terráquea, que é a praia da Tay. Sempre odiei me arrumar e estudar. Se pudesse eu ficaria em casa, assistindo televisão usando calças largas e moletom, ou apenas ficar praticando esportes no quintal.

 Mas não posso. É o peso da coroa que me proíbe de fazer o que quero. Podia ter nascido n’As Três Marias. Seria uma camponesa pobre e poderia simplesmente ficar livre de todas essas obrigações de “Futura Rainha”.

 Duas semanas me pendurando em barras surtiu efeito. Em ambos os lados. O lado bom é que agora consigo me pendurar em qualquer lugar, igual ao animal da Terra, o macaco. O lado ruim são as dores nos músculos e os calos nas mãos.

 A Senhorita Sheyla nos separou em duplas, para que possamos aprender com alguém todas as coisas que precisamos saber sobre as pessoas que vivem naquele planeta.

 Eu fiquei com o Peter de Peixes.

 Peter é um garoto alto e forte. Sua pele parece mármore e os seus cabelos parecem a noite sem lua e estrelas. Ele tem uma marca de nascença embaixo do olho direito, bem na ponta, que forma uma lua crescente. Os seus olhos são furta-cor, como escamas de peixes. Seus lábios são finos e rosados. Resumindo, ele é lindo!

 Peter e eu nunca fomos de conversar. Nos falávamos raramente, nas festas da realeza. E graças ao treino tive a chance de conhecê-lo melhor.

 Peter é dois anos mais velho que eu, mas o seu modo de agir é diferente. Ele é maduro e sábio. Sabe como realmente tratar uma garota. E graças a ele os nossos estudos avançaram bastante.

 Se tem uma coisa que com certeza puxei de meu pai é a fome de madrugada. E eu não sou a única. Eram três da manhã e fui escondida “assaltar” a geladeira da cozinha, e chegando lá encontro Peter. Sentado no balcão, comendo um sanduíche vegetariano, distraído, olhando para o nada. E se espanta quando me vê.

 - O que fazes aqui tão tarde da noite? Deverias estar em sua cama, descansando. – diz Peter. Sempre formal – Queres que eu faça um para você também?

 - Eu aceito sim! Obrigada – falo, sem graça – E você? O que está fazendo tão tarde aqui? Deveria estar na sua cama!

 - Não tenho sono! Já o perdi há muito tempo! – diz ele me encarando com os seus olhos magníficos – Sempre quando me lembro dos teus olhos amarelos como o sol, ou a tua pele dourada como ouro. Tudo em você me faz perder o sono!

 Coro no mesmo segundo. Minhas bochechas estão tão quentes que eu não sei como ainda não estou suando.

 Peter se levanta da cadeira, com um sanduíche na mão e me entrega. Os seus dedos roçam nos meus e as minhas bochechas explodem em vermelho e calor.

 - Posso lhe perguntar uma coisa? – Diz ele, receoso – Tens alguém para te levar ao Baile das Quarta Estação?

 - Não. Eu não tenho ninguém! – digo me segurando para a voz sair firme

 - Queres ir comigo? – pergunta

 - Claro!

 Então Peter me carrega em seus braços e me gira. Ninguém nunca fez isso comigo. Gosto da sensação! Então ele me põe no chão e me beija. Não recuo, pelo contrário, eu lhe correspondo. Peter então se afasta, vermelho como um tomate.

 - Mil perdões! Eu não deveria ter feito isso.

 - Não precisa se desculpar! Eu gostei da surpresa. – digo. E é a minha vez de beijá-lo

 O Baile da Quarta Estação marca o início da Estação das Flores, E esse ano, o baile cairá dois dias antes de partirmos para a nossa missão à Terra. Nunca havia ficado tão ansiosa para esse baile, pois nunca me convidavam, e eu sempre me irritava com as músicas lentas, mas dessa vez eu não me importo. Peter me chamou para o baile. E eu aceitei.

 Volto praticamente eufórica para o meu quarto. Depois eu percebo que o meu sanduíche está amassado em minhas mãos. Esqueci completamente de comer. Ando de fininho pelo corredor para que ninguém me escute. A ala onde fica os quartos das meninas fica à Leste e a ala dos meninos à Oeste, para que nada possa ocorrer a noite. Então a cada passo que eu dou para longe dele é uma flecha em meu coração. Nunca havia sentido isso por nenhum garoto. Pra falar a verdade eu nunca soube como era ficar apaixonada. E essa é a primeira vez, e descobri que sentir isso é magnífico, pois sei que eu posso amar alguém que também possa me amar.

 Na manhã seguinte, nos encontramos na porta da sala. Combinamos de chegarmos atrasados, mas chegarmos juntos. Ele entrelaça os seus dedos nos meus e entramos.

 Todos que estão na sala param de fazer o que estavam fazendo para nos olhar. Vejo que Allie e Tay estão com um sorrisinho bobo na cara, o mesmo que Carlos e Chris, que são os melhores amigos de Peter. Mas o olhar de Gisa me quebra. Sinto a dor em seus olhos, e o meu sorriso se esvai. Gisa é apaixonada por Peter, e acabei de descobrir isso.

 Graças ao nosso teatrinho, a senhorita Sheyla nos separa, e eu fico com a Estela e Peter se junta com Chris e Gabriel. E todo o cronograma muda. Que antes estávamos estudando literatura e música, agora aprendemos esportes e dança. E tendo Estela como parceira eu vejo que isso não será fácil! 


Notas Finais


Até o próximo capítulo pessoinhas. Beijinhos de luz


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