História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL: Preparação da batalha - Naruto e Sasuke

- Naaaaruuuuuutooooooo, - Lá vem a gritaria. - , eu soube que estava... Ore...

Me levantei da mesa mostrando para Shikamaru o porquê havia sumido de manhã. Ele se espantou e logo ficou quieto:

- Desde quando está acontecendo? - Suas feições já pareciam preocupadas.

- Faz um mês. - Respondi rápido. - Sakura vai consertar isso. Confio nela.

Ele se sentou no sofá do meu escritório, sentindo aquele baque se extinguir. Deixei-me cair de novo na cadeira sentindo que algo estava estranho. Senti algo diferente no mundo faz alguns segundos, algo que não devia estar aqui. Por isso corri para lá, mas não encontrei nada, apenas o cheiro do perfume de Himawari. Ela devia ter voltado para casa, mas como eu não queria preocupar o Shikamaru, fingi ser outra coisa.

Mesmo que fosse verdade, a prótese do braço com células do Primeiro Hokage parece ter penetrado onde não deveria. Boa parte do meu ante-braço estava domado, isso era ruim ou não. Sakura havia dito que o braço estava fazendo um efeito simbiótico para proteger o meu corpo de todos os machucados, até mesmo os internos, que havia sofrido e possivelmente depois iria voltar para o lugar.

Tudo o que fiz que acabou encurtando o meu tempo seria curado, como na luta contra o Pain Nagato. Shikamaru se levanta do nada e pega uma água do filtro:

- Naruto, deveríamos te colocar em um tempo para se recuperar.

- Não vou precisar, Shikamaru. - Eu disse voltando a sentir uma energia estranha - Sasuke.

O nome dele saiu do nada e eu sabia que tinha voltado, isso fez meu corpo relaxar e segundos depois ficar tenso de novo. Se ele voltou assim, coisa boa não era, ou talvez fosse, vai que... Né? Uma visita à Sarada talvez ou ao seu filho Sasumi. Sei que Sasuke não faz nada por acaso, diferente de mim, ri do meu pensamento:

- O que foi, Naruto? - Shikamaru me olhava de novo.

- Nada, só mais um dia no paraíso - Lembrei de um filme para crianças que vi com Himawari quando era pequena. - Vou sair, tenho uma coisa para resolver, pode cuidar daqui para mim?

Ele assentiu e foi levantando do sofá para minha cadeira assim que sai. Já fora da sala, desci as escadas devagar encontrando Konohamaru no caminho:

- Eai, Konohamaru. - Batemos as mãos no alto.

- Fala, Hokage. Alguma coisa para mim? - Konohamaru e seu novo perfil era... Jounin quase aposentado... Haha. Desde que Sarada, Boruto e Mitsuki foram fazer suas vidas, Konohamaru entrou em um período de querer ficar quieto em casa, agora estava ligado no 220 volts.

- Infelizmente não sei, pergunte ao Shikamaru. Tenho um problema para resolver - Ele fez que entendeu com a cabeça.

- Ossos do ofício. - Rimos juntos. - Não pense que desisti de me tornar o Oitavo Hokage.

- Claro que não esqueci.

Depois que nos despedimos continuei meu caminho para fora da Mansão, mas logo fui parado por uma segunda pessoa. Essa era bem mais bonita, em um nível desumano. Hari, a loira de olhos azuis, uma das mulheres mais bonitas que já conheci (Não pensem besteira). Ela estava com um semblante preocupado e saiu falando assim que se esbarrou comigo e a segurei para não cair:

- Senhor Hokage, - Ela falava muito rápido. - , o Yakago... O chakra dele sumiu. Faz algumas horas, mas eu achei que ia voltar logo, não voltou.

- Hari!!! - eu disse quase gritando - Se acalma. - Ela parou - Respira fundo e fala... Devagar.

Ela fez tudo o que eu disse e até se apoiou na parede:

- Desculpa. - Ela falava controladamente agora - Yakago, eu senti o chakra dele sumir.

- Eu sabia, - Meu semblante deve ter mudado, pois senti um baque pequeno agora. - , vou encontrá-lo. Vá para casa e se cuide, você precisa disso.

Ela assentiu devagar, mas percebi o quanto estava desesperada por dentro. Dei meu melhor sorriso tentando lhe passar confiança e ela sorriu também, verdadeiramente. Hari, mesmo com a idade e sendo apenas quatro anos mais nova que eu, sempre foi uma menina e aceitava todos em seu coração. Era como uma mãe, só que sem filhos, os quais ela não podia ter.

Desci com ela, assim que à deixei perto de casa fui andando direto para o chakra frio que sentia ao longe. Seja o que fosse, ele estava p... da vida. Nos encontramos no portão da vila e ele parou bem abaixo dele, eu ainda estava perto do Ichiraku. Apontei com a cabeça e ele fez que sim. Não demorou muito e estávamos sentados ali:

- Aconteceu alguma coisa, Sasuke?

- Senti algo estranho ao leste daqui e quando passei lá, não sei o que mexeu comigo. Estou com muita raiva.

- Beleza!!! - Eu não resisti. - Agora, me fala o que foi estranho.

Foi legal ver o sorriso de canto do meu amigo reaparecer. No instante seguinte estávamos comendo nossos lamens, deliciando o maravilhoso trabalho da filha de Teuchi, Ayame. Ele se calou de novo, estava saboreando a comida ou ainda pensando no que aconteceu, não era hora de deixá-lo escuro:

- Sasuke, - Ele me olhou com o rabo do olho e suspirou, sabia que tinha um problema. - , parece que nesse lugar se abriu algo que levou uma pessoa daqui. É o que sei até agora.

- Eu sabia que tinha algo errado.

- Verdade...

Dei um gole no meu refrigerante, ele tomou o dele de uma vez. Ficamos alguns segundos sem falar enquanto ele girava os hashis nos dedos. Seus olhos estavam repousados na comida, encarando-a:

- Acho que devemos descobrir o que foi isso e trazer quem quer que seja de volta.

- Nós vamos, eu não desisto das pessoas.

- Eu sei.

- E como sabe... - Ri alto. - Ainda não desisti de te fazer ficar de vez.

Dei um soco no ombro dele de brincadeira, ele não reagiu e realmente sorriu. Depois de comermos fui direto para casa de Sakura com ele e lá ficamos até ela chegar do trabalho, Sarada estava em uma missão, afinal, uma Jounin de vinte anos está nova para fazer bastante coisa. Depois de um tempo de calmaria, Sasuke se levanta do nada:

- Já sei quem foi puxado.

- O quê? - Caio do sofá com um susto - Droga, Sasuke.

- Sua filha, o namorado dela e aquele Uchiha imbecil sortudo.

Levantei com um galo enorme na cabeça:

- Himawari? - Entendi, ela estava com o Yakago - Quem é o Uchiha imbecil sortudo?

- Kai. - ele disse rápido.

- Realmente, eu caí e você nem para ajudar a levantar - Disse passando a mão na cabeça doendo.

- Não, seu idiota. Kai Uchiha.

Arregalei os olhos e lembrei da última conversa que tive com o outro Y. "Acho que seria bom se o Kai se aproximasse do Yakago, eles formam uma bela dupla", ele tinha me dito. Peguei meu celular ligando direto para Shikamaru, ele atendeu preguiçoso, mas desatei a falar:

- PEGUE TODOS OS CIENTISTAS DE KONOHA. - Eu disse calmamente. - AGORA, PORRA. MANDEM CONSTRUIR ALGO PARA ABRIR PORTAIS INTERDIMENSIONAIS.

Pronto, desliguei com Shikamaru dizendo para encontrarmos tudo no laboratório. Sasuke olhou para mim:

- Eu posso abrir um portal.

- Temos que ter uma segunda opção.

Ele mexeu a boca para falar, mas depois balançou a cabeça concordando. Fomos correndo o mais rápido possível para o local onde o laboratório da Folha se encontrava, foi uma chegada rápida pois fomos pelos telhados, por um instante me senti com treze anos correndo para o perigo com um dos caras que eu mais admirava.

O laboratório foi crescendo até chegarmos perto da porta, ficava do outro lado da vila para termos espaços para tudo. Shikamaru ainda não havia chegado e alguns cientistas já esperavam lá na frente. Celin era a líder deles agora e foi direto ao meu encontro:

- Senhor Hokage, você está com muita sorte.

- Por quê? - Perguntei intrigado.

- Já sabemos como abrir portais interdimensionais, só falta criar uma máquina que funcione. Lembra, o senhor mesmo assinou a nossa petição...

Cocei a cabeça, quase me entregando de que não lembrava disso. Sasuke deu aquela tossida para chamar minha atenção:

- Preciso dessa máquina agora.

Ela se aprumou toda ao dizer "Vou buscar". Celin é uma boa menina, só se acha inteligente demais, talvez isso seja o pecado dela ou o meu não achar que ela seja tão inteligente assim. Acho que eu teria a prova agora.

Voltando com uma enorme máquina preta, com mais botões do que eu gostaria sendo carregada por três colegas em um carrinho. Ela nos passou as instruções e eu torci para que Sasuke tivesse entendido, pois pra mim, ela parecia estar falando em uma língua criptografada. Sasuke e eu fomos para o caminho do bosque, onde o portal uma vez esteve aberto. Ele levou o aparelho usando o Susano'o, enquanto eu só esperava sentado do seu lado. Chegamos rápido, afinal, Susano'o, né?

Descendo perto de onde eu havia sentido a passagem, tentei tocar o local para ver se havia algo que me repeliria, assim que desci do Susano'o. Mas nada aconteceu, então, posicionamos a máquina. Ela tinha que servir caso o Sasuke não conseguisse.

Sasuke agora estava de frente para onde eu havia sentido o portal:

- Boa sorte, Sasuke.

Ele ativou o seu Rinnegan e depois de alguns segundos, nada aconteceu. Ele continuava tentando, agora fazendo um pouco de força, tanto que dava pra ver uma veio saltando em sua têmpora, só que nem mesmo uma faísca de portal se iniciava:

- Mas que porra de portal desgraçado!! - Ele explode de raiva, com uma gota de suor escorrendo pelo canto do rosto.

- Vamos com a máquina. - Eu disse já querendo ligá-la, mas a cara dele me deteu. - Calma, talvez esse portal seja pesado demais para o Rinnegan.

Ele respirou fundo, se forçando e ficar calmo:

- Vai logo.

Liguei a máquina e com um estalo começou a produzir uma onda que se propagava até o ponto onde o portal já começava a faiscar, estava abrindo. De repente ouço um barulho de algo estourando e a máquina para:

- Mas o quê? - Sasuke quase partiu pra cima da máquina pra obliterar ela e eu me assustei. 

A máquina desligou e o portal se fechou:

- Droga. Sasuke, me ajuda aqui.

- Não, vou tentar de novo. - Ele ativa novamente o Rinnegan.

Fiquei meio estressado e dei um tapa na máquina, ela religou e atacou o portal com sua onda. O portal se abriu totalmente e Sasuke parou, olhando para mim:

- Consegui - disse ele.

- Não, Sasuke. Foi a máquina, só precisava de umas pancadas.

- Claro que não foi.

- Foi sim.

- Cala a boca, seu idiota. - Ficamos cara-a-cara, nos encarando como antigamente. 

- Vem calar, então. - Provoque, levantando um punho pra ele. 

Levantamos as mãos um para o outro com punhos cerrados, mas um barulho nos fez parar. Já estava escuro na noite e um vulto atrás das árvores nos assustou, de novo:

- Quem é?

- Intrusos da Terra-1, vocês não foram convidados. Já temos outros indesejados, como você, na versão da Terra-2. - Ele aponta pro Sasuke, a voz era grossa e meio medonha. - Saiam antes que eu tenha que...

Uma outra voz saiu do portal:

- Deixem que venham, Batman. - uma risada estridente se propagou por todos os lados. - Eles irão servir bem na minha vitrine como o garoto de olhos verdes e a menina, aquelas cabeças estão muito bem penduradas na minha sala.

- Filho da... - pulei para dentro do portal sem pensar duas vezes, senti uma ponta de ódio nesse momento e Sasuke veio logo atrás de mim.