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História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - Batalha: Caos em NYC (versão completa sem cortes)


Escrita por: KaiUchiha e YakagoIziki

Notas do Autor


Como prometido, porém atrasado, posto a versão completa dessa batalha, sem dividir em partes. Tenho uma boa notícia a quem não está satisfeito com o crossover e má a quem está gostando: estamos chegando ao clímax, o final dessa junção. Todos os universos voltam ao normal depois disso, mas é claro que haverão consequências a cada um dos personagens, sem exceções.

Essa história é continuação de:

https://spiritfanfics.com/historia/as-cronicas-de-boruto-uzumaki--temporada-ivento-ascendente-5088707

Não se esqueçam de acompanhar também essa história aqui, parte integrante do crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-yakago-iziki-6869513

Tô escrevendo uma outra fanfic, uma sobre um ninja desse crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-o-ultimo-uchiha-8357780

Também escrevi uma One-Shot sobre o futuro dessa história, um especial de fim de ano: https://spiritfanfics.com/historia/familia-amigos-e-boas-lembrancas-epoca-de-celebrar-7636684

Capítulo 29 - ESPECIAL - Batalha: Caos em NYC (versão completa sem cortes)


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - Batalha: Caos em NYC (versão completa sem cortes)

Homem de Ferro:

Eu não sabia o que Loki pretendia com aquele portal, mas logo me acalmei. Acordei no meu quarto, na Torre dos Vingadores, as luzes baixas por eu estar dormindo. Me levantei devagar, percebendo que eu estava com uma calça de moletom cinza e uma regata preta. Andei até o salão principal e estava claro, era dia.

Assim que apareci na varanda, a voz de Rogers me cumprimenta, vinda do sofá enquanto ele mexia em um notebook repousado em seu colo.

- O sono foi bom, Tony?

- Quanto tempo eu dormi? Mais importante, onde está o Loki? - Perguntei descendo as escadas.

- Você apagou por um dia inteiro. E sobre Loki, ele não contava com Rhodes e Sam aparecendo para ajudar. Deve ter pensado que nós somos só quatro, com a ausência de Thor e Banner. Ele está preso na Balsa, não se preocupe. Essa prisão fica no meio do mar.

Ao chegar ao seu lado, notei que ele estava com seu uniforme completo, com exceção do capacete. O escudo repousava no chão, apoiado no sofá.

- Uhm... OK. Algum problema eminente? - Comecei a me dirigir à pequena salinha onde J.A.R.V.I.S colocava a roupa protetora pra uso da armadura em mim. Não pude conter o pensamento e desconfiei do Capitão, já que ele estava com o uniforme completo sem motivo aparente. Loki poderia estar controlando a mente dele. Assim que saí já com a roupa, ele me responde.

- Não, só saí de uma sessão de treino e resolvi checar alguns arquivos. - Rogers usa seu melhor tom despreocupado, o que não me convenceu.

- Você? Antiquado desse jeito, checando arquivos digitais? - Eu me alongava, mais desconfiado ainda.

- Sabe que tenho que me adaptar. Afinal, os caras maus não deixam mais os arquivos por escrito, agora são bancos de dados.

- Ah, sim... - Não consegui conter a desconfiança.

Logo ao lado de onde Steve estava havia uma pequena área pra treinamento de golpes. Comecei a treinar ali, de olho no Capitão. Ele não dava nenhum sinal estranho e mais de uma hora se passou assim. Eis que uma flecha passa entre mim e a estaca de treinamento. Olhei na direção dela e vi Barton, também uniformizado.

- É, eu acho que errei. - Ele faz piada e vai buscar a flecha. - Queria acertar a estaca.

- Tem algo de errado com você, Clint? Você nunca erra... - Observei, a desconfiança só aumentando.

- Ninguém é de ferro, Tony. Nem mesmo sua armadura. E eu não queria te acertar.

- É, a armadura é uma liga de titânio e ouro. E essa flecha faria um grande estrago em mim. - Fui andando para o lado, saindo daquele meio.

Quando estou chegando na cozinha, Romanoff sai de lá toda feliz e me abraça.

- Tony! Que bom que acordou inteiro!

Nesse ponto, me afastei bruscamente dela. Natasha me olhou, sem entender.

- Tá legal. Definitivamente tem algo de errado com vocês. O que Loki fez? - Com um movimento simples, chamei parte da armadura pra mim. Minhas mãos, pés e o peito estavam cobertos pela armadura. Levantei os repulsores pra ela. - Fala o que tá havendo.

- Tony, continua com suas crises de estresse? - Ela tentou se aproximar, como se ela fosse meiga assim.

Comecei a recuar, e logo Steve e Clint aparecem ali. Andando agora pra longe dos três, eu estava já no hangar onde nosso Quinjet fica, ouvindo a barulheira de trânsito de cidade e o vento uivando.

- Pra trás! - Levantei os repulsores.

- Não há nada errado, Tony. - Os três vinham andando pra mim, sem expressão. Rogers com seu escudo a frente, Romanoff ligando seus bastões elétricos e Barton com uma flecha a meia-altura do meu rosto.

Então, o som de algo chegando voando por trás de mim. Rhodes pousa ali com sua armadura Máquina de Combate, o clique de todas as armas se apontando pra mim. Chamei a armadura completa dessa vez.

- Com certeza, há algo de errado com vocês. - Apontando uma mão pra cada lado, preparei os lasers dos pulsos da armadura, além de inúmeros pequenos mísseis nos ombros, caso de Rhodes atacasse. - Falem!!!

- Chega disso, Stark. Hora de vir conosco! - Clint fala, lançando a flecha no chão à minha frente. A flecha explode com uma bomba de fumaça, fazendo com que eu tenha que ligar os sensores de calor e a interface holográfica do capacete para captar os movimentos deles.

- Queria que houvesse uma outra maneira de resolver isso, Tony. - Vejo a forma holográfica de Steve lançando seu escudo, uma massa de metal sem nenhum calor, o zero absoluto. Apenas estendi uma mão e segurei o escudo.

Atrás de mim, os sensores avisam movimentação de Rhodes. Consegui me virar no último momento, usando o escudo para defender os seus raios repulsores. Logo, investi contra ele. Seus raios aumentam a intensidade, me mantendo no mesmo lugar, impedindo que eu progredisse para o ataque com o escudo estrelado de Vibranium. De trás, um dos bastões elétricos da Viúva Negra bate de um lado do meu capacete, deixando uma descarga elétrica que deu uma pane, deixando os circuitos apagados por alguns segundos. Rhodes para de forçar os raios e eu abaixo o escudo, isso no exato momento em que o Capitão América passa os braços por baixo dos meus e me segura pela nuca, impedindo movimento dos braços. Sinto o escudo ser arrancado da minha mão.

Pela frente, sinto algo batendo com força inúmeras vezes na altura da barriga. Os sistemas voltam e eu vejo Natasha com seus bastões elétricos batendo em mim. Levantei ambos os pés, ligando os propulsores de voo, jogando ela em cima do Máquina de Combate e voando pra trás com o Capitão até bater na parede. Com o impacto, ele me solta. Então, alço voo, ficando a metros acima deles. Sem hesitar, solto uma rajada repulsores na direção do Gavião Arqueiro, que desvia com um rolamento pro lado, já lançando uma flecha da qual eu desvio. Porém, ela explode, cegando por um momento devido à fumaça.

Antes que a pouca fumaça se dissipasse, o escudo do Capitão bate em meu peito e retorna à mão dele, me fazendo ir um pouco pra trás. Rhodes levanta voo, vindo rapidamente na minha direção, tentando me prender na parede da Torre. Desvio pro lado, lançando duas rajadas dos raios repulsores na suas costas, fazendo com que ele bata com força na parede e caia ao lado dos outros Vingadores. Rogers põe o dedo em um comunicador em seu ouvido e fala:

- Sam, precisamos de você aqui! Agora!!! - Assim que ele deu a ordem, eu não hesitei. Voei pra longe, disparando pelos céus na altura dos prédios.

Se eles teriam reforço, eu também iria buscar o meu. Tracei o plano de voo pra a fábrica no interior do estado onde os protótipos da Legião de Ferro estavam sendo produzidos.

Não demorou muito e eu comecei a ser perseguido pelo Máquina de Combate, atirando com sua minigun, uma arma de um calibre altíssimo, pode até ser considerada arma antiaérea. Consegui desviar de quase toda a primeira rajada, com exceção de algumas balas que não fizeram grande estrago. Fiz, então, a curva em uma rua transversal, ele me seguiu ainda atirando. Desliguei momentaneamente os repulsores, caindo um pouco e os ligando depois. Foi o desvio perfeito. Me virei, voando de costas, e soltei um míssil do antebraço da armadura. A rajada da minigun acerta o míssil logo antes de atingir na armadura do meu melhor amigo e acaba passando até mim, pegando em cheio e prejudicando o voo por alguns segundos. Virei em pleno ar, voando pra frente de novo. A armadura tinha sido um pouco danificada com esses tiros diretos.

Eis que logo à minha frente, em um cruzamento, surge o Quinjet dos Vingadores, atirando com armas também de alto calibre. Sem saber o que fazer, fui acertado por mais uma rajada dessas. Os propulsores de voo deram uma pequena falha, fazendo com que eu caísse cinco metros antes de religarem.

- Senhor, integridade da armadura em 47%. - A voz de J.A.R.V.I.S. dá o aviso.

- Eu sei, tô vendo na tela. Alguma outra armadura disponível? - Respondi impaciente.

- Somente a Mark XLII, senhor. Ou mais um modelo da Mark XLIII. - Não me agradou muito a resposta.

- Tem como preparar a Mark XXXVIII também? Preciso da força bruta do I.G.O.R.

- Providenciando uma armadura Mark XLII, uma armadura Mark XLIII e uma armadura Mark XXXVIII. Enviando a barra de progresso ao seu visor, senhor.

- Obrigado, J.A.R.V.I.S.

Antes que a resposta chegasse, dois pés me acertam nas costas, fazendo com que eu caísse signitivamente até conseguir me recompor. Ao virar, vejo o Falcão planando ao lado do Máquina de Combate. E por trás mim, o Quinjet nivela conosco, com Gavião Arqueiro com metade do corpo pra fora, apontando flechas pra mim.

- Quer dizer que até o passarinho tá nessa querendo me pegar também? - Eu estava de lado, mudando o olhar entre as duas frentes inimigas. - Eu não vou ter pena de quem entrar no caminho. Me deixem ir agora e as porradas que eu vou dar serão mais fracas.

- Vamos lá então, Tony. Desafio para uma batalha, só você e eu. - A voz de Steve sai pelos amplificadores do Quinjet.

- Só falar o lugar, picolé. Tomara que suas aulas de pilates estejam em dia, não vou pegar leve. Espero que agora que consiga descubrir o que há com eles. - Essa última frase eu disse só pra mim, dentro da armadura.

- Haha! Boa piada, Tony. Só que não é a primeira vez que fala isso. No Central Park, veremos se você tem o que é preciso para me derrotar.

O Quinjet sai voando junto com Máquina de Combate e Falcão. As pessoas logo abaixo olhavam assustadas. Usei os amplificadores da armadura no máximo pra poder falar.

- Fiquem calmos, é um assunto interno dos Vingadores. Trataremos dele o mais rápido possível. 

Com o povo assustado, decidi que não poderia ficar ali. Antes que eu saísse voando, os propulsores de voo dão mais uma falha.

- J.A.R.V.I.S., as minhas botas estão falhando.

- E com o timming perfeito, as armaduras que o senhor solicitou estão prontas. - A resposta veio quase que de imediato.

- Ótimo! Mande-as ao Central Park. Vou ter um pequeno "encontro".


Shisui:

Itachi e eu vimos um portal estranho se abrir perto da casa principal dos Uchiha. Não perdemos tempo, deixamos um bilhete explicando o nosso desaparecimento a Sasuke e entramos. Esse pequeno irmão do Itachi estava se tornando um ninja completo, talvez nos ultrapassando. Venho trabalhando com ele na Força Policial nesses últimos meses e eu mesmo o treinei. Por isso, digo que ele está indo tão bem... Está pronto para assumir seu próprio esquadrão da Força Policial.

Talvez, algum dia ele ou Itachi despertem o Mangekyou assim como eu... As circunstâncias onde eu consegui foram... Ah, nem gosto de lembrar. Foi realmente a maior dor da minha vida, que acabou despertando esse poder. Pra falar a verdade, espero que nenhum dos dois precise chegar a isso. Gosto muito deles pra desejar isso a qualquer um dos dois.

Voltando ao momento atual, assim que me dei conta de que havia passado do portal e entrado em um novo lugar, eu senti que Itachi tinha ido parar em algum lugar diferente do meu. Saí em um lugar tumultuado, pessoas passavam pra todos os lados, tanta gente que ninguém prestou atenção na minha aparição. Muitos que passavam por ali trajavam ternos e carragavam maletas. Olhei bem ao redor e enxerguei inúmeros outdoors que mais pareciam TV's gigantes, passando seus anúncios em vídeo. Era algo que no meu mundo ainda não existia. Ativando o Sharingan, eu não vi um chakra em volta. Todos aqueles milhares, talvez milhões, de pessoas e ninguém com chakra. Mas havia um sim, uma grande massa de chakra emanando de um único ser que se aproximava pelos céus. Fui saindo daquele meio aos poucos até ficar à beira dos altíssimos prédios de concreto. Uma placa apontava aquele lugar como "Times Square, NYC". Graças ao Sharingan, eu entendi, com dificuldade, mas entendi. Estava em uma língua e forma de escrita diferente da usada no meu mundo.

Provavelmente, essa massa gigantesca de chakra não deveria ser boa, afinal está chegando voando e é o único outro chakra que sinto e vejo por perto. Decidi procurar um lugar para ficar e esperar que ele chegasse, para enfim saber qual é a dele. Encontrei o lugar perfeito: entrei em um beco e subi até o topo de um prédio, preparando o meu Mangekyou Sharingan. Eis que alguns minutos após, passa em frente ao prédio onde estou um homem todo vermelho e dourado! Olhando melhor, era todo de metal... Que idiota eu sou, é uma ARMADURA!!! Ele parecia com problemas em estabilizar o voo, mas também parecia estar com pressa. Vez ou outra, as botas falhavam. Esse cara só pode ser um gênio pra construir uma armadura que voa. Enquanto eu esperava a grande e única massa de chakra chegar, eu poderia verificar o porquê da pressa daquela pessoa de armadura. Fui atrás dele pulando pelos telhados dos prédios.

Ele era realmente rápido voando ali, eu tinha que usar o teletransporte vez ou outra a fim de acompanhar. Minutos mais tarde, ele estava chegando na única área de cidade que parecia não estar coberta por concreto ou asfalto: um grande parque com um lago no meio. Ele desce com a armadura em uma área aberta, onde haviam outras pessoas e outro homem de armadura , dessa vez toda cinzenta. Vou pulando pelas árvores e paro em uma escondido, porém com plena visão do que acontece, podendo ouvir tudo também.

- Ah, eu sabia que você viria. Não foge de um desafio, mesmo que vá perder, não é, Tony? - O homem que estava na frente do primeiro de armadura fala. Ele usa um uniforme azul, com detalhes em vermelho é uma estrela no meio. No seu braço, havia um escudo circular com arcos em vermelho e branco, com uma estrela envolta de azul no meio.

- Eu nunca daria pra trás, vindo de você. - O da armadura vermelha fala, com sua voz saindo por amplificadores.

Assim que ele termina de falar, mais sons de armaduras voando. Com um estrondo, uma armadura azul toda grande pousa ao lado de outras duas: uma cópia da que o primeiro homem de armadura usava e uma no mesmo estilo de cores, só que invertidas; mais dourado que vermelho. As três armaduras recém-chegadas completam o círculo de pessoas em volta deles.

- Acho melhor se afastarem. - O homem de uniforme azul fala a todos presentes. Ele pega um capacete azul com um grande na testa e o põe. Esse capacete cobre do nariz pra cima sendo preso por baixo do queixo.

Então, os dois homens partem pra um combate. O da armadura pula, pegando impulso com suas botas pra um soco mais forte, enquanto o do uniforme azul corre pra golpear com o escudo. No último instante, quando o da armadura iria acertar o ataque, o escudo defende o de uniforme azul.

- Acha que esse escudo vai te proteger pra sempre, Steve? - A voz sai da armadura.

- Só preciso é me proteger de você, Tony. - O outro responde.

Então, o homem chamado Steve faz força com escudo, se desvencilhando do ataque do homem chamado Tony. Steve já volta com um golpe do escudo bem na cara de Tony, que segura o escudo no último segundo. Tony, então, tenta chutar o joelho do oponente com a sola da bota de metal, mas Steve tira o corpo pro lado, voltando com um soco da mão livre. O soco foi facilmente desviado e Tony aponta as duas mãos pra frente, e no meio delas haviam luzes brancas. Elas brilham mais que o normal e atiram uma rajada para frente. Steve pula pro lado com um rolamento e lançando seu escudo em cima da armadura. O escudo acertou em cheio, já voltando às mãos do dono (isso foi algo incrível e inédito pra mim!) e fez a armadura cambalear, mas Tony se recuperou rapidamente e já lançou outras duas rajadas defendidas pelo escudo. Steve, então, corre pra frente a toda velocidade, com o escudo o protegendo, enquanto a rajada insistia em forçá-lo pra trás. O escudo fazia parecer que o ataques da armadura não eram nada.

Quando estava bem próximo, Steve bate com a parte chata do escudo na placa frontal do capacete da armadura, fazendo com que a mesma escorregue um pouco pra trás, ainda em pé. Não dando trégua, Steve se aproveita e parte pra mais um golpe, usando o escudo para socar. Tony segura o escudo novamente, e dá uma rasteira no dono. Assim que ele cai, o homem de armadura começa a socar sua cara incessantemente com uma mão, enquanto o a outra segurava seu pescoço. Steve consegue dar um golpe com o escudo no peito da armadura, fazendo peças voarem e Tony se levantar. Assim que Steve consegue se levantar também, recebe dois socos das mãos blindadas, mas consegue segurar a armadura pelos ombros e começa a bater com o escudo no capacete, parecendo em fúria. Os dois nessa trocação e quem mais sofria era Tony, até que seu capacete racha todo e quebra em inúmeros pedaços com mais uma porrada. O rosto dele era de alguém por volta de quarenta e poucos anos, com um cavanhaque bem feito, mas tudo isso estava sangrando com o golpes no capacete. Ele parecia levar algum dano, mesmo de armadura.

Tony tenta dar um simples soco, mas estava tonto demais para isso. Ele erra feio e Steve aproveita a chance pra chegar às suas costas e bater como se fincasse o escudo. Tony cai estatelado no chão, de costas pra cima, e Steve o vira, batendo do mesmo modo no círculo brilhante no meio do peito da armadura, até que esse também quebra e a armadura apaga. Deu para ouvir os sistemas desligando forçadamente.

Quando achei que aquilo estava sério demais, decidi que era hora de intervir. Steve golpeava o rosto de Tony fortemente, fazendo ele soltar gemidos de dor agoniantes. Pessoas se amontoavam em volta, algumas chamando as autoridades, outras horrorizadas. A armadura grande e azul começa a batalhar com os companheiros de Steve. 

- J.A.R.V.I.S, Mark XLII em modo sentinela. - Tony conseguiu dizer em meio aos voos de Steve, que havia deixado o escudo de lado.

A armadura com mais dourado que vermelho ficou em modo alerta, apontando para qualquer um que se aproximasse da luta dos dois. Tony ainda parecia confiante que poderia vencer, pela sua atitude. 

 Steve pega o escudo novamente e prepara para um golpe fatal em Tony. Eu me teletransportei, aparecendo quase que de imediato ao lado dos dois, protegendo Tony no último instante com minha espada. Há o choque entre os metais, seguido de um estrondo muito alto. Eis que as pessoas normais que acompanhavam as lutas apontam para algo no alto atrás de mim. Todos nós olhamos e o que tinha lá era uma grande coisa voadora, com o formato de uma cabeça de esqueleto. Saiam várias coisinhas dali, atirando em tudo que passavam por perto. A coisa maior de todas havia explodido parte de um prédio, isso que causou o grande estrondo. Subitamente, os céus ficaram nublados de forma bem escura. As pessoas começam a correr, obviamente procurando abrigo ante ao ataque.

Aproveitando a minha distração, Steve tenta me golpear com o escudo, porém o Mangekyou Sharingan me alerta. O escudo passa ao lado do meu rosto, eu sinto o ventinho. Então, chuto com a ponta do pé o cotovelo do seu braço que segura o escudo. O som do osso quebrando foi alto e Steve deixa escapar um grito, largando o escudo no chão e se afastando de mim sem me dar as costas. 

Nessa, um de seus amigos com uma mochila a jato e asas tenta me chutar ao descer de seu voo. Eu pulo para trás, fazendo com que ele pouse ajoelhado bem na minha frente. Antes que saísse voando novamente, finquei a espada em uma das asas, afundando até o chão e girei com um chute em sua cara, o desmaiando. Logo após, ele explode em inúmeros pedaços marrons. E mesmo com os sons de gritos, tiros e explosões pela cidade, um estrondo bem mais baixo se faz presente. O outro homem de armadura (essa toda cinza e preta, com uma grande arma nas costas) vem voando pra cima de mim. Retiro a espada do chão, envolvendo ela em chakra de Fogo e lançando a rajada como se cortasse o ar de baixo pra cima. E mais um explode em pedaços marrons. A armadura grande que eles enfrentavam já estava em pedaços no chão.

Antes que eu tivesse qualquer outra reação, meu Sharingan me faz executar uma manobra complicada. Eu sinto uma vibração forte se aproximando e olho o escudo jogado no chão, a parte pintada virada para baixo. Dou um pisão nele, que sobe girando e me protege de uma espécie de tiro elétrico de uma mulher ruiva em um uniforme todo preto com detalhes em luz azul. Uma outra coisa também colide com o escudo ao mesmo tempo que o tiro elétrico,  coisa que acabou quebrando: uma flecha, do homem com uma aljava cheia nas costas. Tudo isso acontece em questão de dois segundos, nos segundos seguintes vem minha reação ao ataque.

Enquanto o escudo ainda sobe, eu lanço certeiramente minha espada no ombro do arqueiro. Assim que o escudo passa em frente ao meu rosto, eu pulo girando e chuto o escudo na direção da mulher, que é acertada na altura do pescoço e se desfaz em pedaços marrons. E nesse pequeno alvoroço eu contei quantos segundos duraram... Foram só quatro! Eu sou demais! Vou ter que contar isso ao Sasuke e ao Itachi! Haha!

Agora, sobravam dois desse caras. O lançador de escudo com o "A" na testa e o arqueiro. Ambos feridos, sem poderem utilizar um dos braços. Porém isso não abalou Steve, que já pulou pra cima de mim com dois chutes ainda no ar. O primeiro acertou minha cara, fazendo espirrar um pouco de sangue e me deixando esperto a ponto de me proteger do segundo. Eu apenas pus o antebraço na frente, aparando a sola do pé dele e o jogando pra trás. Assim que ele pousa, o de trás grita:

- Capitão, pra cima!

Sem hesitar, ele pula e logo em seguida vem uma flecha, tentando me pegar desprevenido. O arqueiro havia conseguido lançar a flecha puxando a corda com os dentes e segurando o arco com o braço que não estava ferido. Infelizmente, eu não esperava por essa e fui flechado direto na barriga. Steve vem correndo com um soco, que pegou na minha cara. As dores somadas me fizeram cair de quatro no chão.

Então, pelo canto do olho, vejo um raio amarelo golpear o arqueiro fortemente, fazendo-o girar no ar antes de cair. Ele dá alguns gemidos de dor e também se desfaz em pedaços marrons.

- Quarto Hokage Minato Namikaze? - Consigo murmurar apesar da dor.

Steve, então, vem correndo pra cima de mim, preparando um chute na flecha pra fazer ela me atravessar até o outro lado. Mas antes disso, ele leva um golpe tão forte que o faz cair e arrastar a cara no chão por uns cinco metros. Ao olhar para o meu lado, um homem em um uniforme todo vermelho com detalhes amarelos estava parado. Sua roupa tinha uma máscara que ocultava metade do rosto e um símbolo de um raio amarelo com um fundo branco no peito. 

- Por essa, você não esperava! - Ele pronuncia feliz, com as duas mãos na cintura. 

- Quem é você? - Eu perguntei.

- Mais um aprimorado... O mundo anda cheio deles... - Steve se levanta, com raiva.

- Só um segundinho. - O raio amarelo levanta um dedo pra mim e corre na direção do Capitão. 

Ele começa a girar e eu enxergo o vórtex de eletricidade amarela se formar em volta de Steve. Ele até tenta acertar algum golpe, mas sem sucesso.

- Posso fazer isso o dia to... - Capitão começa a dizer, mas não termina.

Um raio amarelo lançado pelo meu salvador acerta seu peito e o joga longe, estatelado na grama e inconsciente. Ele se desfaz em pedaços marrons logo após. O meu mais novo apoio corre até meu lado, chegando em menos de um segundo com um forte ventania o acompanhando. Ele estende a mão pra mim, a fim de ajudar a levantar.

- Oi, pode me chamar de... Flash.


Flash:

Assim que ajudei o cara ferido a se levantar, prestei atenção ao outro caído no chão, com uma armadura de alta tecnologia toda quebrada. Era idêntica a uma das outras que estavam em pé perto deles. Rapidamente (ir devagar é impossível pra mim), eu me posicionei ao lado do homem caído. Foi aí que percebi que o outro também estava ferido, com uma flecha atravessando sua barriga.

- Sabe que vai ter que retirar essa flecha de uma vez, não é? Ou você vai sentir muita dor. - Eu o alertei, agachado ao lado do homem de armadura.

- Sei, afinal, sou um ninja. - Ele responde retorcendo a cara de dor, enquanto retira a flecha da barriga com um movimento só.

- Ninja, tipo, da Liga dos Assassinos? - Fiquei surpreso com a sua resposta.

- Mais ou menos. Sou de um esquadrão de operações especiais da capital da minha nação. - Ele responde, pegando uma bandagem e pondo em volta do corpo pro baixo da camisa.

- Assim que terminar aí, me ajuda aqui com ele. Tô sentindo os sinais vitais ficarem baixos, vou precisar reanimar ele. - Prontamente, ele já se abaixa perto de mim. Me impressionei por um pequeno momento, mas logo parti ao que precisávamos fazer. - Eu vou dar um pequeno choque direto no sistema nervoso dele, funcionando como uma pequena injeção de adrenalina. Se der errado, ele vai ter uma convulsão e um ataque epilético. São as consequências da minha energia. Preparado?

Ele apenas assentiu com a cabeça, aparando a nuca do homem caído à nossa frente. Vibrei a mão, concentrando a energia no dedo indicador e encostei direto na base da nuca do cara desmaiado.

- AAAAAHHH!!! - O cara de armadura se senta com um grito, assustando a nós dois.

- Você está bem? - Perguntei, segurando ele pra impedir que levantasse.

- Quem são vocês? - Ele diz, tirando a minha mão de forma um pouco brusca demais pra quem acabou de o salvar.

- Eu sou o Flash. Te ajudei a não morrer aqui, ele foi o cara que te protegeu dos seus falsos amigos. - Respondi ainda agachado, com as mãos à frente, cauteloso.

- Falsos? - O rosto dele se transformou em dúvida.

- Sim, eles se desfizeram em uma gosma conforme eu os derrotava. - O ninja explicou.

Nessa hora, uma grande explosão acontece por perto, fazendo uma nuvem de fumaça subir rapidamente, as naves alienígenas passavam zumbindo e atirando para todos os lados. A gritaria na cidade era geral.

- O que está acontecendo? - O homem da armadura vai a arrancando nas mãos, com partes dela se desmontando pelo dano excessivo.

- Ahhh... Aliens, de novo... - Respondi mais como uma reclamação do que explicação.

- Precisamos dar um jeito neles, então. A cidade está em perigo. - O ninja saca sua pequena espada.

- Você está ferido... - Levantei, gesticulando enquanto argumentava.

- Ele está certo, vamos precisar do maior número de pessoas para combater isso. - O da armadura estava em pé, de braços abertos, no mesmo momento em que a armadura nova em folha se abria e o envolvia. 

Segundos depois, todo aquele metal sem um ponto descoberto brilhava em vermelho e dourado, com olhos, mãos e peito com luz de LED azul. Ele começa a voar parado no mesmo lugar, a alguns metros do chão.

- Acho que é hora de batalha. Obrigado pela ajuda. Aqui estão uns cominucadores, caso precisem falar comigo durante essa batalha.

Então, ele sai voando em direção ao ataque massivo após jogar os dois para cada um de nós.

- Você parece ser um bom lutador, posso contar com você pra ajudar a destruir os inimigos enquanto eu deixo as pessoas em locais seguros? - Me virei pro outro e perguntei.

- Claro, como um ninja, meu dever é proteger as pessoas. Mesmo que sejam de alguma outra dimensão alternativa... - Ele respondeu, falando algo baixo ao final que eu não ouvi.

- Ah, sim. Ótimo! Hora da luta, vamos lá então.

E com um breve aceno, eu corri na direção do ataque, que ainda não havia se espalhado por toda a cidade. Muitas explosões aconteciam por conta dos tiros que pareciam ser de lasers. Então, vejo uma dessas naves passando lentamente por cima de mim por eu estar correndo bem veloz. Seu tiro seguia mais rápido que nós dois, seguindo pra frente em uma diagonal. Segui a trajetória do disparo com o olhar e tive que acelerar o passo. Havia uma família perto de um carro com vazamento de gasolina. Eu nem esperei pra ver se o tiro pegaria em alguém ou no carro, corri com a ideia de salvar a todos. Peguei um por um, pondo-os em segurança debaixo de uma marquise onde havia um restaurante com pessoas escondidas. Assim que cheguei com o último, percebi que ainda havia mais um. Era uma criança que parecia machucada, pois estava sentada no chão em frente ao carro. O disparo estava bem próximo, mas isso não seria o suficiente pra me fazer desistir de salvar alguém. Corri no máximo que eu conseguia, mas ainda assim, o tiro chegou antes. Com a explosão aumentando aos poucos, eu abracei a criança e me joguei pra frente na mesma hora em que a explosão me impulsionava. Foi aí que voltei a ver tudo correndo em sua velocidade natural.

Caí rolando por muitos metros com a criança, mas a protegi de se machucar. Logo, me sentei ao seu lado.

- Você está bem? - Perguntei com a respiração acelerada.

- Tô sim, muito obrigado. - O garotinho me responde, segurando o calcanhar. - Sua roupa...

Olhei pra onde ele apontou e estava chamuscado no ombro esquerdo. Dei batidinhas rápidas, apagando o pequeno fogo mais rápido do que ele começou.

- Não se preocupa comigo. Vem, vou te levar aos seus pais. - Peguei a criança no colo e fui correndo como uma pessoa normal até o restaurante.

Logo que entrei pela porta com o garoto, a família dele veio me agradecendo muito.

- Você é um verdadeiro herói, assim como os Vingadores e os Defensores. Muito obrigado mesmo. Como devemos chamá-lo? - O pai pega o garoto dos meus braços, o abraçando forte e me agradecendo.

- Pode me chamar de Flash. Mas quem são esses Vingadores?

Todos ali dentro me olharam, intrigados.

- Em que mundo você vive, garoto? Eles são os heróis mais fortes da Terra!

- Bom... Então, é um prazer ser comparado a eles. Haha. - Passei a mão na nuca, sem-graça por não saber quem eram esses tais Vingadores.

Passam-se alguns segundos, até que mais uma explosão se faz presente. E depois dela, vem uma sequência mais explosões na rua em frente. As pequenas naves em formato de cabeça passam atirando e destruindo tudo que estivesse na rua. Assim que eles começam a se afastar, eu me viro pro pessoal aqui dentro:

- Atenção, todos. Não saiam nas ruas, é perigoso demais. Deixe conosco, os super-heróis mais fortes da Terra e tudo mais... OK? - Todos assentiram com "Sim" e acenos de cabeça.

Disparei atrás dos que acabaram de atirar. Como era o esperado alcancei eles antes que saíssem da rua. Eram cinco naves. Corri pela parede e pulei em cima de uma com uma voadora. Foi tão forte que eu destabilizei seu voo e o fiz bater em um prédio, explodindo em seguida. Assim que caí no chão, já corri novamente, desviando dos tiros de laser das outras quatro naves. Enquanto desviava, eu juntava eletricidade em um braço. Assim que desviei de mais uma leva de tiros, lancei um raio em mais um, causando uma pequena explosão seguida de pane no sistema. Essa caiu bem na minha frente, explodindo também. Assim que desvio, me deparo com o asfalto todo quebrado por pelo menos uns cem metros a frente e vários carros e caminhões destruídos. Subi correndo, e ainda desviado de lasers, em um caminhão e pulando com um soco em cima de outra nave. Essa colidiu com mais e uma, as duas explodiram no ar.

Por fim, sobrou uma última. Eu comecei a girar em volta dela, criando um vórtex que só crescia. Por fim, a pequena nave foi pega pelo vento giratório, rodando junto. Corri na direção oposta pra desfazer o que eu criei e a nave continuou seu curso, sendo arremessada em um prédio pela força do vórtex e explodindo.

Parei por um momento só e fui cercado por vários robôs com a mesma face das naves, a única diferença é que a cabeça neles era de um tamanho normal, proporcional ao corpo como nós humanos. E sem falar nada, um deles vem correndo pra me dar um soco. Corri na direção dele, usando a Força de Aceleração. Mas quando estou me aproximando, uma rajada de fogo atinge o chão entre nós, vinda de cima. Assim que o fogo se desfaz, o ninja de mais cedo para à minha frente, parecendo segurar uma espada de fogo. Ele faz o movimento de corte no ar e o fogo sai na direção do robô. Quando o golpe iria atingir ele, uma espécie de escudo de energia o protege, mas entra em curto por causa do calor.

- Agora! - O ninja grita e eu não demoro a entender que é comigo.

Disparei com um soco em alta velocidade que despedaçou seu tronco, desligando todo o resto.

- Droga, ainda estamos cercados... - Falei ao parar de novo ao lado do meu aliado.

- Não podemos encostar neles sem sermos fritos por essa energia protetora. - O fogo na mão dele apaga, revelando que sua espada estava por baixo.

- É... Mas eles são muitos pra sairmos fazendo isso, vão nos atacar.

- Tem um modo mais simples. - Uma voz em uma alto-falante responde.

Sons de jatos se fazem cada vez mais presentes, até que o homem da armadura de mais cedo pousa perto de nós.

- Pode deixar isso com o Homem de Ferro. - Esse cara tinha um tom de voz totalmente convencido.

Todos ficamos em nossas posições para batalha, um de costas para o outro, sem deixar nem um robô fora do campo de visão nosso.

- Não quero ter que te chamar sempre por esse nome tão comprido, qual é o seu nome verdadeiro? - Perguntei.

- Sério que não conhece Tony Stark? - Ele responde pelo alto-falante.

Tony, então, sai correndo na direção dos outros robôs, que o atacam instantaneamente. E ele simplesmente batia em cada um deles, sem ser eletrocutado pela energia, atacando com as palmas das mãos abertas e atirando ao encostar. Isso desativava os escudos e os desmontava por ser um golpe forte. Os que vieram por trás dele, pularam em cima de suas costas. Foram uns dois assim.

- Você... er... uhm... Qual o seu nome mesmo? - Me virei pro ninja ao ver o Homem de Ferro balançá-los e não conseguir se livrar deles.

- Shisui. - Ele apenas responde a pergunta.

- Shisui, lança o fogo naqueles ali, vou ajudar.

- OK. - Assim que ele empunha sua espada, o fogo cobre ela.

Tony ainda luta contra os que estão à sua frente. Sua armadura solta uma rajada de energia que faz um dos robôs bater em outro e os dois explodem. Shisui lança uma rajada de fogo que pega os dois que estavam nas costas de Tony. Os sons dos circuitos de defesa dos robôs fritando me fez correr na direção da parede. Então, pulei da superfície vertical, pegando impulso pra cima da armadura com um soco tão forte que atravessou a cara do primeiro robô. Eu o agarrei e usei pra socar o segundo.

Quando paro no chão após esse movimento, vejo que Shisui não percebia o ataque que levaria de dois robôs por trás. Instintivamente, corri até ele, tirando-o da frente, mas acabei levando os golpes por ele. Fui arremessado pelo choque, voando alguns metros e caí rolando no chão. O corpo todo doía com aquele choque. Shisui, então, parte pra cima dos robôs, mas eu não consegui alertar a tempo pra que não fizesse isso. Porém, ele corta fora a cabeça de um e finca a espada no outro, rasgando todo o tronco dele e o desativando. Logo após, ele corre até mim, ajudando a me levantar.

- Como você não levou o choque que eu levei? - Perguntei entre dentes por causa das dores pelo corpo.

- Percebi que os escudos ficam alguns segundos inativos após o primeiro ataque. Aproveitei essa brecha.

De repente, Shisui se mantém ereto, como se sentisse algo estranho. Ele olha pra algum lugar no alto no instante em que Tony se junta a nós, de volta à formação.

- O que deu no seu amigo? - Tony pergunta, levantando a viseira do capacete e apontando pra Shisui.

- Não sei... Shisui, você tá bem? - Perguntei, cauteloso.

- Droga... - Ele responde ainda olhando pra onde olhava antes. - Vou ter que usar aquilo.

Então, uma aura verde começa a emanar dele. Tony e eu damos dois passos pra trás, ficando alertas. Nem mesmo os robôs ousaram avançar para mais ataques. A aura começa a se tornar um esqueleto gigante, o protegendo lá dentro. E esse esqueleto começa a se tornar um mostro, mas não para por aí. Continua a crescer, se tornando um gigante do tamanho de um arranha-céu. Tudo isso muito rápido. Havia uma espécie de lança na mão do gigante verde, que agora criou asas.

- Fiquem aí, isso vai ser perigoso demais. - A voz dele veio de lá do alto, logo antes do gigante disparar voando.

Tony e eu conseguimos nos segurar da ventania forte que ele causou ao disparar para o alto repentinamente, mas os robôs foram atingidos com tanta força que se desfizeram como um pedaço de bolo ao baterem nas paredes.

- O que é aquilo? - Tony pergunta, abobalhado.

- Nem me pergunta... Eu sou a última pessoa a saber...


Kai:

Eu não sabia pra que lado estava indo, mas uma cidade gigantesca se avolumava logo a frente. Mas havia algo errado... Colunas de fumaça subiam de vários lugares e eu sabia que não eram de fábricas. Os garotos ao meu lado não deixaram escapar também as colunas.

- O que está havendo lá? - Jason, o líder deles, de vermelho, pergunta ao meu lado direito.

- Ah, deve ser só mais um maluco atacando, mas nosso Kai pode dar conta de tudo. - Kimberly, de rosa, soca meu braço, animada.

- Olha... Depende do que seja. Mas isso não quer dizer que eu vou deixar de tentar. Afinal... Eu sou demais. - Dei aquele sorriso convencido.

Fomos passando pelos altos prédios por ali, vendo a destruição que pequena cabeças de metal com rosto de caveira faziam.

- Ninguém precisa ser vidente pra saber que foram essas naves que causaram isso. - Billy, o garoto negro usando roupas azuis comenta.

- Mas temos que atacar é a fonte dessas naves todas. - Respondi o desdém.

- É, concordo com você.

Eis que uma grande lança verde feita de chakra acerta meu Susano'o, jogando em cima de um prédio. Quando consegui estabilizar, enxerguei bastante chakra vindo da minha frente: a primeira vez que vi chakra aqui nessa outra dimensão. Era inconfundivelmente o chakra de um Susano'o. Esse era verde, gigante igual ao meu, porém aparentava ser mais forte, com músculos maiores e tinha uma arma só em mãos: uma lança.

Antes que eu falasse ou fizesse algo, o braço livre do gigante verde pressiona o pescoço do meu, destruindo mais o prédio atrás.

- Quem é você? Como conseguiu o Mangekyou? E o que faz aqui? - A voz sai firme e ecoa por aquele labirinto de concreto da cidade.

- Ei, se afasta, babaca! - Uma mão do meu Susano'o foi direto na cara dele, tentando empurrar pra longe.

Nesse momento, a lança atinge a barriga do meu Susano'o, fazendo com que eu atravessasse o prédio atras de mim pela força do golpe. O prédio ficou completamente destruído, e conforme pisávamos no chão, explosões de combustível aconteciam lá em baixo. A katana de formou na mão direita do meu Susano'o e o escudo-arco na outra. Parti pra cima do atacante com um corte da espada, que pegou em cheio, fazendo o outro cambalear e se escorar em um prédio pra não cair, destruindo parte desse.

- Hm! Atacando um membro da Força Policial da Folha... Você vai ser preso, mas vai ser julgado perante às leis Uchiha, traidor! - E com isso, ele volta pra cima de mim.

Sua lança vem mortalmente no peito do meu Susano'o, mas eu defendo com o escudo-arco. Já pulei com um chute giratório, que ele defendeu com o antebraço, mas fui tão forte que o Susano'o verde foi arrastado pra trás, mesmo defendendo. Seu peito se abre, lançando várias senbon gigantes em cima de mim. Fui pego de surpresa por essa habilidade​ inesperada do Susano'o dele, mas consegui alçar voo antes de passarem, ficando acima do ataque.

- Há! Lento demais! - Zombei dele.

- Acha que isso é tudo?

As senbon continuaram saindo, e eu tive que voar pra frente pra conseguir fugir. Seus ataques atravessavam os prédios, abrindo buracos e os destruindo mais ainda.

- Aí, não sei se estão cientes, mas estão destruindo a cidade. - A Ranger amarelo, Trinny, fala, com tom de voz cético. - Aliás, mais do que já estavam fazendo antes.

- Foi mal, mas... Não existem mais pessoas do meu clã... As únicas cores de Susano'o que são vistas no meu mundo são amarelo e roxo. Ou seja, só duas pessoas podem fazer esse gigante. Esse cara... Só pode ser inimigo, foi mal.

- Mal pelo quê? - O Ranger Vermelho pergunta.

- Por isso.

Assim que as incessantes senbon pararam, eu me virei na direção do verdão, ativando o Chidori junto com Amaterasu. Sem hesitar, desci direto em cima dele. Infelizmente, o desgraçado consegue desviar usando as asas pra se lançar mais pro lado. Atinjo o chão com tudo, abrindo uma cratera ali que engoliu inúmeros prédios em volta. A eletricidade se espalhou pra todos os lados com o impacto. Antes que eu sequer levantasse, uma bola de fogo vem lambendo tudo no caminho pra me acertar. Apenas entro na rua transversal ao meu lado, deixando a bola de fogo passar direto. Com uma grande explosão, mais prédios foram abaixo.

- CHEGA DE TANTA DESTRUIÇÃO!!!! - Gritamos juntos, assim que apareci novamente na rua onde ele estava.

Preparamos um ataque, cada qual de seu lado. Era hora de ver quem tinha o golpe mais forte. Posicionei a katana-flecha de Amaterasu no arco, enquanto ele fazia algo bem mais forte.

- Estilo Inferno: Yasaka Magatama! - Um círculo se formou entre suas mãos com três magatamas ali, só que eram feitas de fogo negro.

Tudo à nossa volta pareceu parar. Nós nos encarávamos diretamente no Mangekyou Sharingan do outro. As bandana da Folha reluziam em ambas as testas, mas eu não hesitei. Já vi aliados meus usarem aquilo e se tornarem bandidos (Shikani Nara que o diga). Então, soltamos o ataque. Tudo parecia seguir em câmera lenta. A flecha girava no ar, seguindo o curso em que eu a pus. As três magatamas presas no círculo giravam. Ambas em chamas negras e em rota de colisão. Momentos depois, uma explosão com aquele fogo ocorre, abrindo uma grande cratera, que engoliu um bairro inteiro. Acabamos sendo pegos também, desfazendo nossos Susano'o. Caímos em um lugar plano, de terra batida. A cratera parecia a Vila de Folha quando destruída pelo Pain, mas escala muito menor.

Os Rangers logo vieram ao meu socorro, depois de ouvirem meus gemidos de dor pela explosão e pela queda.

- Você tá bem, Kai? - Jason pergunta.

- Tirando o fato de que parece que eu passei em um moedor de carne, tô tranquilo. - Três dos Rangers riram na piada.

Um minuto depois, eu estava ajoelhado, tentando me recompor. Ao olhar pra frente, a mais ou menos cem metros de nós, estava o outro Uchiha. Seu olhar duro me encarava, enquanto ele, já de pé, sacava uma pequena espada nas costas.

Me levantei, sacando a katana que ficava de lado em um cinto na minha calça. E sem falar nada, corremos um pra cima do outro. Obviamente, fui muito mais rápido, cobrindo maior distância em menos tempo e deixando meu rastro de eletricidade vermelha. De repente, o outro some. Percebi a tempo que ele iria aparecer na minha minha frente e já fui desferindo um golpe no ar. Do nada, o som de metais se chocando. Ele realmente apareceu ali. Nós nos encarávamos de perto agora.

- Quem é você, traidor? - Ele pergunta quase que cuspindo as palavras.

- Kai Uchiha. E você, renegado?

- Shisui Uchiha.

Eu gelei ao ouvir aquele nome. Foi a brecha pra ele forçar sua espada, me desequilibrando e fazendo com que eu caísse. O homem que se dizia chamar Shisui vem descendo a espada na minha direção, quando uma nave igual às pequenas anteriores, porém gigante, aparece com um zumbido muito alto, chamando a atenção de todos nós. Ouvi o som dos Power Rangers se transformando lá atrás.

Mas sem a chance de desviarmos, a grande nave atira raios laser onde nós dois estávamos. Surpreendentemente, "Shisui" não teve reação e uma rajada branca de energia colide com o primeiro laser, nos defendendo. Mas ainda havia um segundo e dessa vez, não houve rajada branca. Apenas um raio amarelo passou por volta de nós, nos largando no chão ao lado dos Rangers.

Quando olho pro lado, vejo alguém que eu tinha prometido encontrar novamente. Alguém que me ajudou muito em um problema recente. Barry Allen havia nos salvado e ao seu lado pousa uma armadura reluzente em vermelho e dourado, o tutor de outro amigo meu e do Barry, tutor de Peter Parker. O Homem de Ferro estava ali. Agora sim eu sei que tudo ficou bem louco, já que estamos tão misturados aqui.


Power Rangers:

Os cinco Rangers estavam alinhados, cada um com a sua cor e apenas o vermelho armado, com uma espada. O líder deles sentia a batalha épica se aproximando, já que o homem com super-velocidade, os dois ninjas e o homem da armadura estavam ao lado do grupo. E não era só isso! Eles estavam em uma grande cratera, sem nada à sua frente para se protegerem da grande nave logo na beirada da cratera.

- Rangers, preparem-se... Isso vai ser difícil. Mas nós conseguiremos se seguirmos juntos. - Ranger Vermelho, Jason, fala ao grupo, olhando também para os outros que estavam por perto.

Os ninjas apenas confirmam com a cabeça, ambos levantando como se estivesse cheios de energia e cada um com sua espada na mão.

- Depois vamos ter uma looooonga conversinha. - Kai tenta falar baixo pelo canto da boca pro outro ao seu lado.

- Pode apostar, "meu chapa". - O ninja recém-chegado responde com ironia.

- Então? Vamos somente ficar parados aqui, sem resolver esse assunto? - A voz sai bastante amplificada da armadura, obviamente falando com que estava dentro da nave.

Não houve resposta nenhuma, apenas o silêncio. Segundos depois, ao redor de toda a cratera, robôs aparecem, aumentando seus números cada vez mais. O grupo de heróis estava totalmente cercado. Esses robôs tinham o mesmo rosto das naves, com seu corpo prateado, porém cheio de partes rosa e detalhes em verde.

- Hm! Pode mandar ver! - O super-veloz Velocista Escarlate se abaixa na mesma posição de um atleta antes de correr com o tiro da largada.

E a largada foi dada pelos sons dos robôs correndo em nossa direção, todos ao mesmo tempo.

- Rangers, hora da ação! - Jason diz ao resto do grupo.

Um forte vento é sentido na mesma hora em que os grupos partem para a batalha, ao mesmo tempo em que a armadura volta a voar e o velocista fica coberto de eletricidade amarela. Os segundos se passavam, e cada vez mais os robôs iam fechando o local em volta deles, uma onda massiva vinda de todas as direções. Então, os ninjas e o velocista correm. Um com rastro amarelo, outro vermelho e o último sem traço nenhum, apenas o brilho da sua espada. O homem da armadura voa fazendo círculos acima do Rangers e atirando nos robôs com rajadas de energia azul.

Enfim, a batalha chega aos guerreiros intergalácticos. Sem perderem tempo, já golpeiam o mais próximo. A espada de Jason passa direto, destruindo um robô. O preto, Zack, desfere um chute giratório, pegando quatro robôs de uma vez. A amarela, Trinny, agarra o braço de um dos homens metálicos e atira com os canhões em seus braços, destruindo dois robôs ao arrancar suas cabeças com um tiro certeiro. O azul, Billy, e a rosa, Kimberly, como se lutassem em dupla, acabaram com quatro deles, cada uma pegando dois com golpes precisos e rápidos.

Uma onda massiva de robôs vai na direção deles, muito mais do que poderiam enfrentar, mesmo juntos. A armadura vermelha e dourada para logo acima deles.

- Fiquem juntos aí no meio até eu terminar esse ataque. - A voz sai do amplificador da armadura.

Lasers vermelhos saem de ambos os punhos dele, que faz um círculo e corta os inimigos em volta como se fossem papel. Logo após isso, o Ranger Vermelho parte com uma investida feroz, acabando com três robôs no primeiro ataque. Trinny, com os canhões do robô ainda em mãos, prepara e atira, inutilizando mais três. Enquanto isso, em ataque em conjunto, Billy e Kimberly se ajoelham, lançando Zack pra cima. Enquanto ia alto com o lançamento conjunto, vários inimigos pulavam para cima do Ranger Preto. Girando com um chute, ele impedia que todos o atingissem. Os corpos de metal quebrados voaram para todos os lados.

Como se fosse um sexto sentido, Jason avista dois robôs logo atrás de Kimberly e corre pra defendê-la. Chegando bem na hora, ele gira com a espada e derrubando os dois que iriam golpeá-la.

- Tudo bem com você? - O líder pergunta, demonstrando preocupação. A Ranger Rosa confirma com a cabeça e o tom de voz dele muda pra algo mais sério. - Então, foco na batalha, Kim.

Logo que disse isso, já saiu correndo pelo meio dos inimigos e golpeando incessantemente. Cada golpe da espada era um derrubado. Enquanto isso, Trinny deixa os canhões de lado e parte para os socos poderosos. Eram ataques incessantes e muito rápidos. Já Billy, a cada golpe que ele desferia acabava com um, animado com a batalha e comentando alegre sobre a luta.

E com um comando vindo da nave, os robôs mudam sua postura. Cinco deles param em frente Billy, todos com os olhos brilhando verde. Então, os cinco atiram sólidas rajadas de laser contra ele, que defende com os dois braços cruzados a frente do rosto, enfraquecendo rápido. Do outro lado, o Jason sofre o mesmo, porém sua espada providencia alguma proteção a mais.

Quando o líder dos guerreiros estava quase cedendo aos lasers, um raio amarelo e veloz passa, destruindo os robôs como se fossem sacos de isopor. Era o Flash. Billy aguentava firme e forte do outro lado, gritando pelo esforço. E por causa da resistência que ele apresentava, mais três caras de metal vão pra cima dele, pulando por cima daquele que disparavam os lasers. Então, uma katana quase negra é lançada e atravessa todos que ameaçavam o Ranger Azul, inutilizando-os. Antes que a katana caísse no chão, fica envolta em eletricidade e volta pra direção que veio, passando por mais os lançadores de laser, que também foram destruídos.

O Ranger observa a katana até ela parar na mão do ninja chamado Kai, que piscou pra ele e começou a golpear rápida e incessantemente os robôs, rasgando um a cada golpe. O homem da armadura pousa por um momento, imóvel, e de repente solta uma enorme rajada do centro de seu peito, abrindo um longo corredor de destruídos. Então, volta a voar.

- Pessoal!!! - Jason grita aos outros, sem parar de golpear. - Essa nave... Esses robôs... Não parecem com aqueles que enfrentamos, antes de pararmos aqui?

Aos poucos, seus quatro companheiros percebem que era verdade. Realmente, eram iguais aos que eles viram quando tentaram deter um ataque, antes de entrar em um portal e parar neste lugar, misteriosamente.

- Acho melhor chamarmos o Zords, ele pode ficar gigante. - Zack logo se pronunciou, após uma voadora que arrancou a cabeça de um.

- Não! Temos Kai e o outro ninja, eles podem usar algum tipo de poder que os deixa gigantes, como já vimos. - As palavras de um líder, sempre mais pensadas antes de falar.

- Enquanto isso, temos que ficar à beira da morte aqui? - Trinny demonstrou descontentamento com a decisão.

- Sabe que os Zords estavam com um tipo de vírus, que fazia com que eles se movessem muito devagar. Não podemos por eles pra lutar nessas condições, não precisamos forçar. Temos aliados. - O Ranger Vermelho para ao lado de sua namorada, Kimberly, acabando com um robô sem nem olhar pra ele.

- Tá ok. - A Ranger Amarelo responde, ainda a contragosto, acabando com um robô sem olhar assim como seu líder.

A batalha continua se seguindo, com os Rangers Vermelho, Azul e Amarelo dando tudo de si em ataques viciantes. A Rosa e  o azul estavam de costas para o outro, lutando juntos e defendendo  companheiro de trás. O Flash destruía o máximo que podia com seus socos velozes, suas luvas começavam a demonstrar desgaste pelos golpes incessantes, apesar da proteção contra fricção. Homem de Ferro atira com seus raios repulsores rapidamente, vez ou outra descendo ao chão pra atacar com seu Unirraio ou seus poderosos lasers dos punhos, conciliando também​ com seu estoque de mísseis. Kai fazia cortes precisos e definitivos em alta velocidade como o Flash, sem parar. Já Shisui, fazia uso da sua velocidade alta e do teletransporte para seus ataques com espada e jutsus de fogo.

Aos poucos, a fadiga da luta inacabável os alcançava. Menos em Tony, só sua armadura que ia perdendo bateria aos poucos, mas nada preocupante, já que ele não está exacerbando os limites de gasto de energia. As roupas de todos já mostravam marcas de batalha. Os dois Uchiha com cortes que foram desviados de última hora, mas que acabaram rasgando suas roupas em vários lugares. As luvas do Flash começavam a se rasgar nas juntas dos dedos e punhos. Os Rangers ficavam cada vez mais cansados. Todos cada vez mais cobertos pela poeira da batalha. Até que Kai veio com um ataque desesperado.

- Todos pro meio! - E como se fosse uma jogada ensaiada, todos chegaram ao mesmo tempo. - Estilo Fogo: Fogo dos Três Reinos!!!

Como se fosse magia, o fogo aparece perto de Kai, sendo expandido em um círculo em volta do grupo. Tudo como Kai ordenava ao fogo. Então, ele o expandiu rapidamente pra todos os lados, incinerando toda a horda de robôs, mas entrando em exaustão logo após.

- Muito bem, muito bem mesmo! - Aquela voz nada expressiva, porém imponente sai da nave. - Impressionaram Brainiac com sua petulância. Mas... não darei brecha para uma segunda vez.

Nas bordas da cratera, mais robôs chegam, em maior número que da primeira vez. A nave se transforma no robô gigante que os Rangers enfrentaram antes. Então, a horda de robôs vem descendo a cratera, em direção ao centro. O robô gigante também vem andando.

Quando todos se perguntam como vão sair dessa, Kai não se aguenta e cai de joelhos. Shisui se abaixa ao lado dele.

- Ei, consegue continuar? - Shisui pergunta, olhando fixamente no olho do rapaz que se esforçou tentando ganhar a luta pra todos ali.

- Posso fazer isso o dia todo. - Kai responde, tentando, falhamente, se levantar. Ele estava sem forças, o poder daquele poderoso jutsu acabou com sua energia.

- Eu tenho um amigo que também diz isso. - Tony se vira pra ele, com a viseira da armadura levantada. - Você está agindo igual a ele. Vamos lá, para de se fazer de durão, você tem aliados. Deixa de ser tão "Steve Rogers".

- Eu não posso desistir agora, tenho uma família para voltar. - Tony viu os olhos de Kai ficarem ameaçadoramente vermelhos em sua íris.

Então, uma aura amarela começa a emanar dele, se transformando aos poucos no gigante Susano'o.

- Boa, Kai!!! É isso que eu espero de você sempre. - Barry grita, alegre.

Nesse momento, a transformação dos Rangers acaba.

- Oh, droga... - Barry diz, preocupado.

Shisui começa a fazer o mesmo que Kai, em cor verde.

- Vamos deixar a luta pra eles, tenho a impressão de que ela ficou grande demais pra nós. Entenderam? Gigantes!!! - Barry ria sozinho da própria piada, enquanto os Rangers o olhavam inexpressivos, apenas Billy ria. - OK, esquece...

O Flash começa a correr em volta do grupo, criando uma barreira de vento impenetrável em volta deles. Ele acaba por formar um grande furação que os protegia. Barry para de correr e o furacão já se mantinha sozinho, sugando os robôs e os destruindo. Os únicos a ficar de fora foram os dois gigantes e o Homem de Ferro.

- Você pode desligar a nave por dentro? - Kai se vira pra Tony, que voava alto perto da cabeça dos gigantes. O Homem de Ferro via o claro cansaço estampado no rosto do ninja. Seu suor escorrendo, o rosto se contorcendo em determinação pra continuar.

- Entendido! - Tony responde, já voando pra nave/robô.

- Pode mesmo continuar? - Shisui olhou bem pra ele, deixando claro que poderia fazer sem ele.

- Como se eu fosse deixar a diversão só pra você... Hora de resolver isso, VAMOS LÁ!!!

Seu grito ecoou por aquela área aberta, ao mesmo tempo em que o gigante amarelo partia pro ataque.


Kai:

Virgun e meu filho Shisui (em homenagem a esse lutando ao meu lado)... Esses eram meus pensamentos pra partir pra cima do grande robô. Sem hesitar nem um pouco, minha katana de Amaterasu se forma na mão, com o arco/escudo na outra. Agora era a hora de dar tudo de mim, eu não poderia falhar nesse momento.

- Shisui! - Ele apenas me olha. - Junta seu poder comigo, podemos fazer algo a mais, algo novo.

- Entendido.

Seu Susano'o verde se desfaz e ele começa a liberar o poder junto ao meu.

Algo incrível começou a acontecer: meu Susano'o amarelo ganhou mais tamanho e uma armadura verde extra por cima do corpo amarelo. O arco/escudo é substituído por uma espécie de arma de disparos. Nas costas, uma grande lança aparece entre as asas. Pra completar, ativei meu Modo Elemental do Relâmpago no nível sete, fazendo o poder aumentar drasticamente e o Susano'o ficar com uma aura de relâmpago como se fosse um Super Saiyajin, e transformando as asas em relâmpagos também.

- Nossa... Isso é insano! Muito poder... - Shisui parecia nunca ter juntado tanto poder assim. - Nem mesmo eu e Itachi...

Apesar de não ser a mesma pessoa, eu me sentia bem melhor só de ter alguém chamado "Shisui" ao meu lado. O jeito que ele agia... era como meu filho age. Com isso, o robô gigante de Brainiac atira inúmeros laser na nossa direção.

Com a velocidade de um Susano'o velocista, desviamos de todos os tiros, colando um soco certeiro bem no centro da nave, que foi arremessada pra trás, destruindo vários prédios. A luta rapidamente saiu da cratera por sermos tão grandes. Quando Brainiac se recompôs, vários tentáculos saíram da nave vindo pro ataque. Fomos correndo pra cima dos tentáculos, usando agora a grande lança verde às costas. Passávamos cortando antes que nos agarrassem, mas dois deles fugiram do ataque e agarraram a lança. Soltamos a arma de médio alcance com a mão esquerda, onde havia a arma de disparos, segurando a lança apenas com a mão direita. Várias flechas poderosas de relâmpago saiam em rajadas rápidas. Todas atingiram a frente da nave, explodindo e causando bastante dano à estrutura. Isso foi o suficiente pra que os tentáculos soltassem. Guardando a lança, agarramos a nave nesse tempo e arremessamos pra qualquer lado após girar. Mais prédios foram levados pela queda.

Dei uma rápida olhada pro lado e vi que, na cratera, o furacão criado por Barry impedia que os robôs chegassem ao resto do grupo. Nesse momento de distração, os tentáculos nos acertaram como chicotes, balançando e destruindo parte de alguns prédios. Após levar mais alguns golpes, seguramos dois tentáculos e puxamos na nossa direção. Viramos de costas puxando pra nossa frente, a fim de jogá-lo de cara no chão. E assim foi. A cidade estava sendo destruída pela batalha, algo que teríamos que mudar.

Assim que o Brainiac Gigante se levanta, passamos voando e pegando-o pelo pescoço, voando pro alto e pra longe. Quando estava alto o suficiente, dei um grande soco com Chidori na nave.

- Foi mal, Tony. É preciso. - Falei alto, esperando que ele ouvisse de dentro da nave.

Antes que o gigante se recuperasse do ataque, atiramos flechas de relâmpago com a arma no braço, dessa vez com Amaterasu junto. Então, Shisui toma o controle do Susano'o combinado por um instante.

- Estilo Fogo: Jutsu Flor De Fênix!!! - Inúmeras bolas de fogo explodem em cima da nave, saindo do nosso Susano'o.

O Brainiac Gigante agora caía livremente na cidade, com a velocidade de queda aumentando cada vez mais. Voamos em sua direção para parar a queda, mas nesse momento ele nos agarra, jogando em cima de um prédio bem alto. Batemos com tudo na lateral do prédio, já levando um soco em seguida. Antes que tivéssemos reação, uma sequência de socos nos leva pro alto, subindo e quebrando toda a lateral do prédio.

Conseguimos parar ao fim do edifício, que vimos ser o mais alto da cidade. A estrutura do edifício estava abalada, vários estalos podiam ser ouvidos. Voando, segurei o lado do prédio, mas os tentáculos agarram os pés do Susano'o, puxando pra baixo. Aos poucos, acabamos cedendo sem querer. O puxão é brusco, fazendo com que batêssemos diretamente no chão como um meteoro. Mas eu não deixei que os tentáculos me soltassem. Já que o prédio ia cair, que caísse em cima dele.

- Kai!!! Vamos sair daqui de baixo!!! Aquele prédio vai nos esmagar. - Shisui retira seu poder do Susano'o.

- Eu protejo a gente! - Pus todo o poder que podia.

Aquelas toneladas de concreto e aço acertaram fortemente a nave e o Susano'o, nos cobrindo de escombros. Eu estava quase desmaiando, mas tinha que tirar Shisui dali. Foi a última coisa que fiz, abrindo espaço com o restante do Susano'o e caindo sem força nenhuma restante.

- Kai!!! KAI!!! - Minha audição parecia distante, enquanto Shisui balançava meu corpo que parecia um boneco de pano.

- Te salvei... Shisui... - E apaguei.


Homem de Ferro:

Sem rodeio nenhum, parei logo ao lado da nave, usando o laser do punho para abrir um buraco circular na lateral dela. Assim que entrei, robôs vindos de dentro começam a surgir como um sistema de defesa corporal contra um corpo estranho ao sistema. Com alguns socos e chutes auxiliados pelos repulsores e botas propulsoras, derrotei os primeiros facilmente.

- J.A.R.V.I.S, faça um escaneamento da nave com os sensores de sonar. Aumente a precisão com os sensores de calor também. Preciso disso pra agora. - Dei a ordem seguindo a passos largos e pesados pelo chão de metal da nave.

- Sim, senhor. Fazendo o upload do escaneamento para o capacete da armadura. - A barra de progresso aparece logo abaixo do meu olho esquerdo no visor da armadura.

Os corredores da nave eram de três metros de altura e dava para três pessoas passarem lado a lado tranquilamente. Canos passavam pelo teto e pelo alto das paredes, e luzes vermelhas brilhavam esporadicamente, dando um aspecto sombrio aos corredores. Mas foi por esse lugar mesmo que eu segui.

Assim que a barra atinge dez por cento, robôs aparecem no fim do corredor, prontos pra atirar em mim.

- Aproveita e faz a análise do padrão de luta desses robôs, não posso perder tempo. - Falei com minha inteligência artificial, fazendo dois pequenos mísseis dos meus ombros explodirem os dois robôs à frente.

- Preciso que o senhor lute contra eles um pouco para a análise. - A resposta veio quase que de imediato.

- Ahh... OK.

Vez ou outra, a nave balançava para os lados, como sinal do ataque que estava sofrendo por fora. Eles não pegavam leve, esses ninjas. E eu parecia uma sardinha balançando dentro da lata de metal que eu chamo de armadura. Na verdade, a sardinha parecia ser a própria armadura, balançando dentro dessa joça que chamam de nave.

Quando chego ao final do corredor, ele segue pra dois lados. Faço um uni-duni-tê rápido e fico por seguir a esquerda. Logo após, os dois lados do corredor ficam repletos de robôs vindo esfomeados na minha direção. Corri pra cima do mais próximo, trocando alguns golpes e terminando com um raio repulsor fino no seu peito. Rapidamente, já veio outro por trás de mim, o qual eu me virei pra ele e o derrubei com dois raios repulsores. Aproveitando isso, um me pega pela costas, agarrando minha armadura. Usei isso como vantagem, pondo os propulsores das botas no máximo e ligando-os em cima dos robôs que estavam na minha frente, incinerando esses. Quanto aos de trás, foram esmagados contra a parede no fundo do corredor quando voei rapidamente pra trás. Mais alguns sobraram onde eu estava antes. Voltei voando e empurrando a cara deles direto no chão, fazendo as cabeças se despedaçarem.

Após isso, a barra de progresso do scanner estava em cinquenta por cento. Porém, um aviso bom veio logo após.

- Estilo de luta padronizado para leitura, senhor. - J.A.R.V.I.S sendo eficiente como criei ele pra ser, assim como eu sou.

- Obrigado, amigo.

Depois de seguir por mais uns dois minutos pra esquerda de novo, a barra fica em setenta e cinco por cento. Mas é nessa hora em que a nave vira de lado, me fazendo cair de quatro na parede que agora era chão. E mais robôs aparecem, mais agressivos, o que indica que eu estou perto do centro ou me aproximando.

Seus tiros passavam sem me acertar, por minha armadura ter feito a análise de seu comportamento agressivo. Então, acabei com eles com uma sequência de socos impulsionados por propulsores nas manoplas. Quando viro o corredor para a direita, começo novamente a bater em todos os lados do corredor, com mais violência dessa vez, chegando a me machucar dentro da armadura.

- Foi mal, Tony. É preciso. - A voz de um dos ninja é ouvida mesmo comigo tão infiltrado na nave.

- Ah, sim, babaca... Me manda em uma missão suicida. Pede pra eu desligar a nave e destrói ela comigo dentro. - Resmunguei pra mim mesmo.

O progresso do scanner chega a noventa e nove por cento pelo tempo que demorei a me recompor e antes que eu comentasse isso, J.A.R.V.I.S dá a notícia:

- Escaneamento completo da nave.

- Agora, belezinha, vamos ver o que tem pra nós. - Falei, alegre.

Fiz toda a planta da nave aparecer em esquemas 3D no meu visor. Eu podia me ver ali, com o formato exato da armadura e parado. Pela planta da nave, eu estava próximo do grande centro, como uma gigantesca sala de controle. Ao meu lado esquerdo, só havia a estrutura que mantinha a nave íntegra por dentro e por fora. Abaixo, havia uma sala com uma porta que levava direto à sala de controle. Usando os lasers do punho mais uma vez, abri um buraco e desci.

- Está é uma sala de verificação. Há vários aparelhos que verificam a identidade antes de permitir entrada na sala. Infelizmente, não consigo hackeá-los por serem de tecnologia alienígena. - J.A.R.V.I.S dando as informações prontamente.

- Então, mostra a essa pilha de lixo como eu gosto de portas de verificação. Desvia a energia ao Unirraio. - O sarcasmo transbordando.

O som da energia se juntando no peito foi agudo. Então, uma rajada massiva de energia faz as portas se dobrarem e quebrarem pra dentro da sala.

Haviam incontáveis computadores formando um semi-círculo. Logo atrás deles, janelas panorâmicas do chão ao teto, deixando que eu visse toda a batalha daqui de dentro. Corri até o que parecia ser o maior computador e comecei a teclar. Símbolos estranhos apareceram por toda a tela.

- Dialeto alienígena, não sei como invadir o sistema e desligar. - Falei por alto. - J.A.R.V.I.S?

- Desculpe, eu fui programado pelo senhor para dialetos terráqueos. - A resposta não foi a que eu queria.

- OK, alguma coisa eu vou conseguir fazer. Tenho certeza... - Mentalmente, ordenei que a armadura abrisse. Assim que sai naquele frio da nave, ordenei, coçando ambos os braços pra esquentar. - Modo Sentinela.

A armadura fecha sem mim e fica em modo alerta, com uma mão levantada pronta pra atirar em qualquer coisa que se aproxime. 

Comecei a digitar naquele teclado, mas logo me aparece uma janela pedindo provavelmente senha. Mesmo em outra língua, eu reconheço uma aba dessas. Todas as minhas tentativas terminavam com um som estridente saindo do computador central e a tela piscando em vermelho. Eu começava a me irritar, quando dei um soco no teclado. Senti meus pés descolarem do chão, eu flutuava. Ótimo, eu havia desligado a gravidade artificial sem querer e no momento certo, pois a nave mais uma virou, só que de cabeça pra baixo dessa vez. Eu só sabia disso por olhar lá fora, pois aqui eu permanecia do mesmo modo.

Continuei nessa, digitando mais e mais e aquele aviso me aparecia.

- Mas que merda de sistema... - Chutei o computador com raiva e com o máximo de força que eu podia.

Acabei atingindo várias teclas e os computadores todos bloquearam. E a nave diz, na minha língua:

- INÚMERAS TENTATIVAS DE ACESSO PRINCIPAL! SISTEMA TRAVADO, NAVE EM MODO DE BLOQUEIO.

Esse pedaço gigante de metal para, bem na hora em que o Empire State Building caia em cima dele. A nave sente todo o impacto por fora, mas por dentro tudo continua no mesmo. Entrei rapidamente na armadura. Mas fiquei bem assustado... Como caralhos derrubaram o Empire State Building Nessa luta?

- J.A.R.V.I.S, fonte principal de poder dessa merda... Onde fica? - O mapa feito pelos meus sensores se abre na minha visão dentro do capacete.

- Logo abaixo da sala onde o senhor está, cinco andares a baixo. Sugiro que vá pelos eleva...

- Não... Vou com estilo. - Interrompi a fala da minha inteligência artificial.

Me virei pro chão, preparando mais uma carga dos lasers dos punhos. Comecei a cortar o chão em círculos e ativei os propulsores. Desci abrindo um buraco reto até a sala onde ficava o poder principal da nave. Era um grande reator. Bom,... Isso é ótimo pra mim!!!

Regulei os raios repulsores até ficarem no modo aquecimento. Então, redirecionando a energia da armadura para as mãos, disparei uma rajada sólida de cada mão. O reator vai ganhando uma coloração alaranjada e um alerta começa a soar por toda a nave.

- Acho que é hora de o senhor deixar a nave. - J.A.R.V.I.S dá o conselho.

- Também acho. - Redirecionando a energia aos propulsores, subi até a sala de comando novamente. Mirei as janelas e atirei, causando um buraco por onde o ar entra. - Por ali. Agora...

Ativando o voo super sônico, consegui sair pelo buraco e atravessar muitos escombros. Parei bem alto, olhando em volta. Havia um rastro de destruição, desde a cratera até aqui, onde antes ficava em pé o Empire State Building. Só que os rastros eram prédios inteiros destruídos.

Antes que saísse voando de volta à cratera ao longe, onde eu via um furacão ainda girando no centro, enxerguei os dois ninjas abaixo de mim. Desci logo ao lado deles.

- Vocês estão bem? - Perguntei assim que pousei.

- Eu estou, ele não sei. - Shisui, o que me salvou contra os falsos Vingadores, responde olhando preocupadamente pro outro desmaiado e em farrapos, cheio de machucados.

- Agarre-se em mim e segure ele, precisamos sair rápido daqui. - E assim ele fez, sem nem reclamar.

Saí voando de lá, apressado. Quando estava quase de volta na cratera, a nave explode e eu não acredito no que vejo. A explosão aumenta cada vez mais, se aproximando rapidamente de uma bomba nuclear. O raio da bomba se aproxima mais rápido do que eu voo. Eu não poderia entrar em voo super sônico com eles sendo carregados.

Por fim, com um último "bum", sou arremessado pra frente, deixando os dois caírem. Eu não conseguia parar de girar pra frente. Mas assim que parei, olhei desesperado pros ninjas. Shisui havia caído bem com o outro e o repousava no chão tranquilamente. Já estávamos ao lado da cratera.

Então, um raio amarelo sai de dentro do furacão, correndo pra longe. Segundos depois, quando pouso ao lado dos ninjas, ele passa correndo, com um soco único que acabou com muitos dos robôs. E em questão de poucos segundos a mais correndo de uma lado pro outro, ele acaba com todos os restantes. Era um mar de robôs quebrados no chão da cratera. Mesmo de longe, pude perceber sua expressão de grande dor olhando pras mãos. O Flash também se cansou, correu e bateu muito hoje.

Minutos depois, todos estávamos reunidos, sentados e exaustos, ouvindo a gritaria que ecoava pelo que restou da cidade. Ela estava quase que totalmente devastada. Após essa batalha toda, nós vencemos, porém ao custo da cidade de Nova York ser mandada pro limbo. Com um voo mais alto, vi que metade a ilha de Manhattan foi invadida pela água em volta. A Torre dos Vingadores por sorte ficou fora do raio de destruição. Ninguém tinha uma única palavra a dizer, muito menos o desmaiado Kai. Estávamos arrasados pela cidade, mesmo conseguindo a vitória.

- Não podemos parar por aqui... Tem muita coisa errada nesse mundo. Meu amigo, o Arqueiro Verde, me ligou com tensão na voz, mas essa explosão me distraiu. Ele precisa de ajuda...

Flash parecia estar preocupado, sentado em uma pedra de pernas abertas e inclinado pra frente com os cotovelos sobre as pernas e sem a máscara no rosto.

- E temos que descobrir porque nos trouxeram aqui. - O garoto líder do grupo de guerreiros acrescenta.

- E o que são vocês? São o Exército da Salvação Arco-Íris? - Perguntei sarcasticamente, pondo uma bateria de carro pra carregar a armadura e levantando a viseira do capacete.

- Muito engraçado, Senhor Bilionário... - O garoto asiático dos Power Rangers, Zack, responde.

- Esqueceu de falar que sou gênio, também playboy e, não menos importante, filantropo. - Faço a piada, mas ninguém ri. Só recebo olhares céticos de volta. - OK. Tá... Ficando sério agora, temos algumas tarefas nas nossas mãos. Primeiro: descobrir quem está mexendo com a gente. Segundo: acordar esse cara aí.

Apontei com o queixo para o desmaiado e todos olham na direção dele.

- E em terceiro: ajudar seu amigo. - Apontei pro Flash.

- Cara, saquei que você não entende nada de como liderar PESSOAS... Deixa isso comigo. - O vermelhinho ligeiro responde. - Vamos atrás do Arqueiro Verde, enquanto acordamos o Kai. Então, com todos juntos, vamos atrás de quem tá causando isso. Parece certo pra vocês?

Todos os acordados concordam com a cabeça. E o ligeirinho olha pra mim:

- É, podemos fazer assim também... - Cruzei os braços, deixando ele saber que não entreguei essa facilmente.

- Mas como vamos sair daqui todos juntos? - Shisui pergunta e só agora noto o sangue escorrendo de seus dois olhos, que agora estavam pretos. Ele suprimia a dor, dava pra ver. - Eu vim pra investigar isso, então vou até o final, mas também tenho que achar meu aliado.

- Ótimo, adiciona ele à lista de tarefas. - Me levantei, sendo sarcasrico de novo. - Mas veja pelo lado bom... Vocês tem sim como sair daqui. J.A.R.V.I.S, chame o Quinjet do Complexo dos Vingadores pra minha localização exata, o mais rápido possível.

- Sim, senhor. - A voz sai pelos amplificadores da armadura.

Uma hora depois, estamos voando em direção ao sul, deixando as colunas de fumaça pra trás. Todos se acomodam e adormecem, enquanto eu piloto.

Devo ter cochilando um pouco, pois quando acordo, o tempo está fechado e chovendo muito, com muitas trovoadas. E o que me acorda mesmo é um desses raios que cortavam os céus, um bem estrondoso. Ele acerta um dos motores, fazendo com que entremos em pouso forçado. Tenho certeza que todos acordaram com a força do impacto contra as árvores. Só não fomos ao chão porque cipós se enroscaram no Quinjet, nos segurando a um metro antes da porrada forte no chão.

Minutos depois, estávamos todos no chão após descermos do jato, desorientados e perdidos.

- Onde estamos? - Pergunta uma das garotas dos guerreiros.

- Floresta da Morte... - Shisui responde de modo sombrio, segurando Kai nos ombros. - Não sei como, mas aqui estamos. O que houve afinal...?

Se ele não sabia, muito menos eu era qualificado pra responder essa pergunta. Só conheço lugares perto da civilização.


Notas Finais


Os grupos de heróis agora começam a se juntar em um só, dando um gostinho do fim dessa pequena saga de várias histórias juntas.


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