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História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - A cidade maravilhosa​ pega fogo


Escrita por: KaiUchiha e YakagoIziki

Notas do Autor


Um grande aprofundamento no poder da Sarada, mesmo sem que ela lute tanto assim, é isso que posso dizer sobre esse capítulo.

Essa história é continuação de:

https://spiritfanfics.com/historia/as-cronicas-de-boruto-uzumaki--temporada-ivento-ascendente-5088707

Não se esqueçam de acompanhar também essa história aqui, parte integrante do crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-yakago-iziki-6869513

Tô escrevendo uma outra fanfic, uma sobre um ninja desse crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-o-ultimo-uchiha-8357780

Também escrevi uma One-Shot sobre o futuro dessa história, um especial de fim de ano: https://spiritfanfics.com/historia/familia-amigos-e-boas-lembrancas-epoca-de-celebrar-7636684

Capítulo 34 - ESPECIAL - A cidade maravilhosa​ pega fogo


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - A cidade maravilhosa​ pega fogo

Sarada:

Minha cabeça doía, aquela bola oval realmente me acertou em cheio. Eu e Himawari ficamos sentadas um pouco para respirar, quando os dois meninos ofereceram o canto que estavam e continuaram seu jogo. Debaixo do guarda-sol deles, encontramos outras pessoas, mais precisamente três meninas e mais dois meninos, estes nos deixaram ficar ali enquanto uma carne fumegava na brasa. O churrasco era preparado de forma diferente do que estou acostumada, mas o cheiro era inegavelmente gostoso.

- Sarada, não é? - Olhei para o lado e vi o moreno se aproximar. - Eu peguei gelo para você. Coloca na testa, vai aliviar a dor.

- Obrigada. - Disse querendo ser legal, afinal, não é qualquer um que decide ajudar desta forma.

Uma das meninas ali dentro diz:

- Querem comer algo? Tem picanha, coxinha da frango...

Himawari foi até ela e começou a comer em um pratinho descartável, então percebi que também estava com fome. Levantei e me deram um prato. Sem pensar duas vezes, ataquei a mesa deles: tinha um arroz colocado de forma estranha e um caldo quase preto com caroços que parecia ter gosto ruim. Olhei para minha amiga desconfiada, mas parece que ela nem se ligou, seus olhos reviravam com o sabor da comida.

Comi de tudo, sentindo as forças do cansaço tomarem conta de mim. Ao final, o gelo na minha testa havia derretido e acabei adormecendo na areia.


Himawari:

Os meninos foram legais e as meninas nos ajudaram a descansar, acho que nunca fiquei tão perto de outras pessoas assim sem ser o meu pessoal na Folha. Os dois que nos ajudaram estavam agora na barraca improvisada por uma lona segurada por dois guardas-sois. Todos eles estavam sentados em volta de uma mesa e giravam dados em uma mesa. Enquanto isso, Sarada dormia fortemente, deitada em um dos cantos mais bem sombreados. Ouvindo a conversa deles, percebendo que estavam em um mundo de fantasia, algo sobre RPG. Muito forçado para mim, então decidi deixar para lá. 

Levantei avisando aos outros que iria caminhar na areia, ficando descalça. Nunca tinha ido a uma praia tão bonita, algumas elevações de terra a volta davam uma beleza verde ao local, enquanto logo atrás, depois de uma grande via expressa, a beleza urbana era grande na cidade. Meus pés sentiram a água fria e um arrepio passou pela espinha, algo estava errado, o caminho para nós duas estava calmo, calmo demais para o gosto de qualquer um que entendesse o que estava acontecendo.

O Byakugan surgiu em meus olhos assim que olhei para a cidade. Nenhuma ameaça eminente, até que virei para o mar e de lá, ainda longe, uma canoa com um homem desmaiado chegava. Seria inimigo como aquele Morcego, ou amigo como Sarada e Boruto? Não era hora de investigar. A caminhada acabou se tornando curta, pois voltei já acordando Sarada.

- Hey, acorda. - Ela abriu os olhos devagar. - Acho que tem alguém vindo, vamos embora.

Ela tornou a fechar os olhos, estava cansada demais. Eu também, mas não poderia deixar ela ali, nem mesmo dormir agora. Continuei tentando mexer nela, sem sucesso em acordá-la. Me sentei por um instante olhando para o pequeno bote ao longe. Uma coisa tapou minha visão a deixando escura e quando desativei o Byakugan havia um corvo sentado bem em um pedaço de madeira preso na areia à minha frente:

- Está tapando minha visão. - Olhei para ele e no segundo seguinte fiquei tonta.

O corvo voou e eu levantei para acompanhá-lo, gritando para que voltasse, havia algo de errado com os olhos daquela pequena ave. Seus olhos sangravam: um animal ferido; tinha que dar-lhe uma ajuda. Voava alto demais para que eu alcançasse de forma fácil e quando percebi já estava em meio cidade propriamente dita. Iria atravessar a grande via expressa, mas ouvi o barulho de uma buzina e dei um passo para trás quando um objeto muito acelerado de metal passou:

- Que droga é essa?

Haviam muitos destes e, naquele momento, lembrei de uma conversa com meu namorado a dois dias atrás.

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Estávamos conversando logo após ele ter pego água para mim, alguns objetos metálicos passavam rápido na rua e ele lia o dicionário do nosso dialeto:

- São carros, - Ele disse. - servem para um deslocamento mais rápido das pessoas.

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- Carros, né? Vamos ver se vocês pegam isso.

Entrei na rua dando uma pirueta por cima de um carro que passou bem rápido, usando a parte de cima dele como impulso. Minhas mãos me levaram ainda mais longe. Pés no chão, ainda na rua, um outro carro passa a toda e com um back flip eu desvio caindo no mesmo lugar. Correndo agora para a terceira faixa de carros, passei fácil, pois só havia um e estava longe. Na última, estava a dois passos de um carro bater em mim, não havia tempo de desviar, apenas fechei os olhos, me preparando para o impacto. Iria bater com tudo e me arremessar longe, mas não encostou em mim.

Abri os olhos  e vi um homem de collant vermelho e azul, com uma máscara com grandes olhos brancos aparecer bem na minha frente, segurando o carro.

- Sai da rua, menina. - Sua voz sai meio abafada pela máscara. Era uma voz masculina, porém adolescente.

Corri para a calçada, deixando o carro e o cara de collant vermelho ali. Ele deixou o homem no veículo continuar seu caminho e se aproximou de mim, dei uns passos para trás, não confiando no meu salvador. Quando estava perto o suficiente, ativei o Byakugan e o ataquei. Nos centésimos até meu golpe chegar nele, vi em sua cabeça algo se mexer, como se fosse no hipocampo do cérebro, e ele simplesmente desviou do golpe:

- Hey, acabei de salvar sua vida.

Os olhos brancos da máscara não escondiam seu rosto de mim, seus olhos azuis eram bondosos e uma leve barba por fazer de quem não tem tido muito tempo de cuidar. Também senti algo impulsionando o corpo dele para mim, então bati em uma grade e ali estava eu, preparada para levar um forte golpe, quando suas mãos repousaram em meus ombros​:

- Eu tenho pouco tempo, Himawari.

O homem de collant sabia meu nome e me puxou para um beco. Sua máscara agora fora retirada e seu rosto era de uma pessoa tão jovem quanto eu e até mesmo com olhos bem parecidos. Desativei o Byakugan e o garoto relaxou:

- Ainda bem que não vai...

- Quem é você? - Perguntei, o interrompendo.

- Eu sou o Homem-Aranha, seu amigo da vizinhança.

Agora sim, talvez eu pudesse confiar nele, seus olhos de repente perderam o foco e quando ganharam de novo, ele parecia desesperado:

- Himawari, eu tenho pouco tempo. Daqui a pouco, ele vai conseguir me controlar de novo, eu tenho que te dizer... - Um corvo desce ali perto, em cima de um encanamento improvisado e, com um berro forte​, faz com que olhemos para ele. - Não me atrapalhe, por favor.

Era o mesmo corvo que sangrou e exibia em seus olhos um... Meu Deus... O Mangekyou Sharingan brilhava plenamente em seu olho, o sangue ainda escorrendo de seu rosto vinha de seu globo ocular:

- Mostre-se, Uchiha. - Gritei.

O corvo começou a crescer e se modificar para uma forma humanóide, até que o homem apareceu na minha frente. Era branco com olhos negros naturalmente Uchiha, usava roupas de membro da Anbu, um rabo de cavalo e uma espada nas costas. Suas feições estavam sérias e com certeza davam um pouco de medo ao olhar, a transformação parece tê-lo cansado:

- Genjutsu, não é? Você me trouxe aqui por Genjutsu, droga, a Sarada deve estar...

- Onde estamos? - O Uchiha apenas perguntou isso, deixando claro o quanto estava p... da vida por estar ali. - Quem são vocês? Hyuuga e o outro. Amigos ou inimigos?

- Pra que confiem em mim, meu nome é Peter Parker. - Homem-Aranha diz.

Ele ainda estava em cima do cano que o deixava em um patamar mais alto que nós, se acabassemos tendo que lutar, o Uchiha teria a vantagem. Aquilo era, no sentido figurado da frase "uma sinuca de bico".


Sarada:

Abri os olhos me sentindo agora bastante descansada, os meninos que nos ajudaram estavam na água e pareciam desesperados. Quando consegui enxergar bem o que estava acontecendo, discerni um bote salva-vidas e um homem sendo resgatado por eles. Tinha cabelos brancos e usava uma jaqueta vermelha com um "10" no peito. Ele respirava com dificuldade e os dois o colocaram deitado em uma manta, enquanto um tentava pressionar sua barriga para tirar a água dos pulmões, mas não adiantava. Um olhou para o outro:

- Faz você. - ambos falaram.

Se encararam por alguns segundos até que aquele que me acertou a bolada cedeu, iria fazer respiração boca-a-boca. Quando estava chegando perto, eis que o homem de casaco vermelho abre os olhos e agarra o pescoço do garoto, enforcando-o.

- O que você está fazendo?

- Tentando salvar sua vida, cabeça-oca. - O menino responde, sem ar.

- Ah, é? Salva isso então... - O garoto de cabelos brancos mexeu no relógio em seu pulso e o apertou com a palma da mão. Uma luz cegante e vermelha brilha forte. Então, ele aparece com o formato de um inseto verde do tamanho de um humano. - Insectóide? Só pode estar de brincadeira.

Parecia bem um mosquito por causa do número de pernas e a voz tinha ficado aguda e rouca, de modo irritante. Juro que por alguns instantes eu ri, mas antes que ele atacasse os meninos, parou, cheirando algo:

- Batata frita? Isso é cheiro de batata frita?

Com uma luz vermelha de novo, voltou ao normal.


Himawari:

- Você é um Uchiha.

- É natural que você reconheça o meu clã, Hyuuga, mesmo sendo tão jovem. Mas ainda não me responderam: amigos ou inimigos e onde estou?

Peter ficou de frente para ele e atacou com duas esferas de teia, mas antes que tocassem o Uchiha, vários corvos tomam o lugar e se unem, desta vez atrás de Peter, com o Uchiha segurando uma kunai no pescoço do homem que se entitulava de aranha:

- Responda, agora.

- Você está no Rio de Janeiro, cidade no Brasil. - Peter disse desesperado. - Por favor, eu tenho pouco tempo.

O Uchiha abaixou a kunai e desapareceu de novo com seus corvos, ficando à uma distância considerável agora. Eu entendia o medo dele, ser atacado de surpresa por dois adversários não seria uma boa ideia, mesmo com a vantagem do Sharingan. Não entendia o porquê estava parada até agora, então voltei a me mexer e coloquei o tal de Peter na parede:

- Fala. - Ele tomou um susto quando suas costas bateram no muro lateral do prédio. - Já que tem pouco tempo, não pense duas vezes.

- Himawari, olha... Eu estou sendo controlado por Loki, um dos líderes dos vilões... De alguma forma, consegui fugir do controle e então vim contar para você o que está acontecendo.


Sarada:

O tal de Albedo comeu três sacos de batata frita com um molho estranho, porém com um gosto ótimo. Tinha cara de diarréia. Bom, ele finalmente sentou para falar comigo e conversamos bastante, só que não. Afinal, o que havia me contado até agora não servia muito para os acontecimentos que vivi nesse mundo. Mas sabia que o alienígena galvaniano na minha frente teria mais a oferecer do que simples rojões e idiotices de ser um ser superior à mim, por seu altíssimo intelecto.

- Se você tem algo bom para falar, desembucha. - Ele pronuncia, de forma rude.

Estávamos de pé, perto da água gelada do mar e aquele cara com certeza estava de palhaçada comigo. Por muitas vezes, usava o Sharingan para ver se achava Himawari, mas por onde essa garota havia se metido eu não sabia. Só fiquei aqui para o caso de voltar, porém nada de aparecer até agora. Albedo falou mais um pouco:

- Você está em um torneio, como já expliquei. Entre heróis e vilões...

- Você é um vilão que foi posto do lado dos herói... essa parte eu já entendi.

- Posso falar? - Albedo ficou obviamente irritado e fiz que sim com a cabeça. - Bom, o objetivo aqui é vocês se enfrentarem. Kado, o ser celestial que manda no torneio estava entediado e resolveu criar isso tudo aqui.

- Então para voltar para casa precisamos... - Algo bateu em meu pé. Quando abaixei o olhar, vi um pequeno dispositivo eletrônico parecido com o videogame portátil de Boruto. Mesmo assim, peguei. - Continuando, temos que derrotar os líderes, é isso?

- Sim.

Ele disse, bebendo um pouco de seu refrigerante. Por que estava tão calmo, tão sereno por estar neste lugar?

- Quem são os líderes?

- Um youkai, um asgardiano, um Uchiha e um palhaço insano. Nem entendo por que esse último foi escolhido.

Assim que ele disse Uchiha, meu coração deu um pequeno salto. Então, lembrei do sonho que Himawari teve. Dei um suspiro, querendo o Suk aqui por alguns instantes, logo depois vendo cabelos loiros perto de mim. Afastei o pensamento tentando me concentrar. Volta para a realidade, Sarada Uchiha.

Sem saber o que poderia extrair mais dele, me levantei, e nesse momento, um vento muito forte atingiu a praia. Não foi um vento qualquer, foi um tufão.

Me peguei voando para longe, tentando me segurar em algo. Joguei uma kunai com linha em um tronco de árvore que brotava ali perto. Segurando com força, me mantive. Já os meninos que me ajudaram simplesmente bateram em um prédio, seus corpos ficaram como um pudim esmagado, negro:

- Não eram pessoas de verdade. - Consegui dizer ainda me segurando.

Albedo agora voava na minha direção e consegui segurá-lo. O vento logo passou, caímos na areia. Olhei de onde havia vindo, e com o Sharingan discerni uma silhueta através da tempestade de areia que varreu tudo da praia. Cabelos negros balançavam ao vento, eram grandes e, tenho que admitir, muito estiloso.

A areia abaixou e a única pessoa ali era aquele homem. Seus olhos eram vermelhos cor de rubi, seu rosto parecia modelado por anjos e, ainda mais, eu nunca tinha visto pessoa tão bela em minha vida. Ele me encarou diretamente, com um sorriso de escárnio, começando a caminhar em minha direção. Albedo se levanta finalmente e foge.


Himawari:

O Homem-Aranha tinha explicado tudo para nós dois, eu não sentia mais nada de ruim nele, mesmo com o Byakugan. Tentei usar a cabeça enquanto o Uchiha estava andando de um lado para o outro, pensando tanto quanto eu nos acontecimentos adversos até aqui:

- Isso é horrível. - Consegui dizer. - Esse cara, celestial, seja lá o que for... não pode fazer esse tipo de coisa com ninguém. Tirar de seus próprios mundos para a própria diversão.

- Ela tem razão. - Começou a dizer o Uchiha. - Meu irmão deve estar precisando de mim.

- Espera, irmão? - Me surpreendi com a minha própria surpresa. - Você é ele, é... Itachi Uchiha.

- Qual o problema? - Ele disse sem expressão. - Parece até que está vendo um fantasma.

- Bom, no meu mundo... - Devo ter me desligado com o Aranha, pois de repente um emaranhado de teias se grudou na minha boca.

- Vocês falam demais. - A inocência na voz de Peter havia sumido.

O Homem-Aranha exibia olhos azuis por alguns instantes, mas não aqueles naturais. Era um brilho feito por quem o controlava, isso só poderia querer dizer uma coisa: Ele agora era inimigo. Itachi pensou rápido quando o Aracnídeo lançou teias em sua direção: rolou para o lado, lançando duas shuriken na direção do inimigo. Foram repelidas com facilidade por mais esferas de teia. Usando o Byakugan, liberei minha boca e fui para o ataque, enquanto Peter recolocava a máscara.

O objetivo era pará-lo, mas o cara era habilidoso. Mesmo sem olhar para trás, se abaixou do meu golpe com dois dedos em Punho Gentil. O Aracnídeo resolve pegar um pouco de distância e atira várias esferas feitas de teia na minha direção.

- Rotação!!! - Girei, liberando o chakra para me defender, fazendo as teias serem repelidas facilmente. - Para, Peter!

Ele percebe que, contra nós dois as chances são poucas, ainda mais porque Itachi mais uma vez surge atrás dele com os olhos vermelhos em formato de uma shuriken de três pontas, seu Mangekyou. O ar à nossa volta ficou realmente frio, os olhos dele sangraram e dali, no ombro do Aranha, um fogo negro surgiu:

- Amaterasu! - Disse o Uchiha.


Sarada:

- Tenho que admitir, foi difícil encontrar você, Sarada Uchiha. - A voz dele era ao mesmo tempo de quem estava ali para matar e também linda como um canto aveludado. - Mas, quem diria que estaria na melhor cidade para mim, a cidade mais quente do Planeta da Guerra.

Puxei uma kunai, preparando um ataque, se fosse preciso. Ele nem mesmo se mexeu, apenas ficou olhando para mim. Então, como se tivesse os mesmos poderes do meu pai, apareceu a dois centímetros do meu rosto. O susto que tomei me fez cair no chão, após dois passos desengonçados para trás. Com o Sharingan nos olhos, eu via uma aura vermelha envolta daquele homem, era mais maligna que qualquer outra coisa que já havia sentido. Um arrepio percorreu a minha espinha com a velocidade de um rojão.

- Que-quem é você? - Calafrios muito fortes passavam por mim, mesmo no calor daquele lugar.

- Meu nome é Fahir, sou um meio-gênio. Vim de muito longe para matar um amigo seu, membro da sua família. Kai Uchiha, conhece? - Fiz que sim com a cabeça. - Que bom! - Ele disse feliz.  - Que bom, ótimo. Então, posso te contar uma outra coisa. Em Arton, local onde habito, quero dizer, minha Terra, comumente torturamos nossos inimigos por informações. Sou um cara legal, mas ainda assim, adoro fazer isso.

Ele apontou o braço para mim e após dizer algumas palavras estranhas, uma pequena bola de fogo apareceu na palma de sua mão. Com um movimento quase imperceptível, a lançou. Eu iria defender assim que consegui levantar, mas ocorreu uma explosão que deixou quase uns trinta metros de areia bastante afundada. Bati em um quiosque, quebrando todo por dentro e saindo, arrastada no chão, do outro lado.

A dificuldade para levantar foi imensa. Olhando para o homem ali parado, percebi outras coisas nele. Usava uma capa preta, parecida com a do meu pai, a única diferença era o símbolo de um olho nas costas. Estava sem camisa por baixo da capa e uma calça daqueles filmes árabes como "Aladdin". Seu corpo ainda era escultural; Ok, para de olhar para isso Sarada Uchiha. A explosão deveria ter pego nele também, mas não parecia ter acontecido nada ao seu corpo. Seus olhos vermelhos não saiam de mim, tinha que reagir. Peguei duas shuriken e lancei:

- Jutsu Clones da Sombra de Shuriken.

De duas, duzentas shuriken surgiram, atacando meu oponente. Com um mover das mãos, uma muralha de fogo o protegeu de todas. Aproveitei esse momento dele para partir pra cima. Correndo em sua direção, que nem mesmo se mexeu, tentei um chute que passou direto quando ele deu um passo para trás. Continuei com ataques variados, mas mesmo com o Sharingan, não conseguia acertar. Até que um golpe se conectou com seu rosto, fazendo-o apenas virar a cara:

- Meu turno. - Ele disse. - Força do Touro!

O golpe que ele me deu foi rápido demais, fazendo com que, mais uma vez, eu fosse para o chão com uma dor imensa. Mas, não parou por aí... Ele me pegou pela gola do meu macacão preto, suas unhas cresceram e cortaram um filete dele, não muito grande. Parou e disse:

- Agora, me diga... - A voz suave de novo. - Cadê os "heróis" que deveriam te ajudar?


Albedo:

- Você vai mesmo deixar isso acontecer?

O quê? Me virei e vi um homem de roupa estranha e uma espada curta nas costas. Usava um rabo de cavalo e seus olhos estavam vermelhos na íris. Ele parecia irreal para mim, mas mesmo assim, eu tinha o sensação de que era real. O cara sumiu com corvos voando na direção de onde corri. Olhei para a luta de novo, lá na areia. Estava protegido à essa distância e poderia ir atrás dos vilões para me juntar a eles, mas algo me impediu e quando percebi, a roleta da arma em meu pulso levantou sozinha com o holograma do Friagem. Minha mão estava sobre o Superomnitrix, quase acionando o mecanismo de transformação.

- Agora, me diga... - Conseguia ler os lábios do homem. - Cadê os heróis que você deveria ajudar?

- Droga. - Falei, acionando o dispositivo a contragosto.


Himawari:

Desviei de três golpes seguidos do Aranha, ele pulou com chutes giratórios. Por sorte, o Byakugan me salvou em um movimento rápido de reação. Peter retira a parte de cima do uniforme, que estava com o fogo do Amaterasu e o joga para o chão, ficando agora com o peito nú. Só consegui pensar no quanto ele era magricela.

A luta ainda não tinha parado, os golpes eram falhos de ambos os lados, Itachi atacava com uma kunai e ele defendia, revidando com as pernas. As paredes estreitas não ajudavam na locomoção entre os desvios.

Pulamos para trás, nos afastando e conseguindo flanquear o inimigo, deixamos sem ter para onde fugir.

- Vocês são bons, devo admitir. Cara, essa luta está difícil, realmente lutam bem. - Por algum motivo, seu tom de voz era animado.

Percebi que ele tentou usar isso para disfarçar o movimento de suas mãos, mas não fui rápida o suficiente para segurar quando ele prendeu sua teia na minha cabeça e puxou, pulando para o alto logo após. Bati a cabeça contra algo macio assim que a teia se desprende do meu rosto.

- Droga, o outro sumiu. - O Aranha reclama.

Segurei aquilo em que bati, parecia um boneco de pano do Itachi. Ele havia usado o Jutsu de Substituição para que não nos chocássemos de cabeça. Fui para cima do Aracnídeo, que estava agora a uma boa distância. Ele desviou do meu Punho Gentil se abaixando de novo, mas agora revidando com uma perna na direção do meu queixo. Estiquei a cabeça para trás e senti o vento passando rente ao meu rosto.

- Cadê o seu amigo, hein? - Peter disse atacando, atirando duas teias do lado do meu corpo, elas se fixaram no chão. - Está sozinha agora.

Ele usa elas como impulso para me chutar com ambas as pernas, mas, desta vez, seu erro foi fazer uma aproximação sem tocar no chão. Não tinha como desviar do meu golpe. No último segundo, me abaixei, deixando que passasse por cima e tocando rapidamente em vários pontos vitais de seu corpo.

Ele caiu imóvel em um monte de lixo e ali ficou por alguns segundos:

- Aí, isso realmente doeu. - Se levanta devagar, não parecendo ser muito afetado. - Você é boa, mas sozinha vai ser impossível me vencer.

Soltando várias teias a minha volta, pulando para paredes diferentes muito rapidamente, ele cria uma teia de aranha enorme e eu era a sua mosca. Estava presa, sem saída para nenhum dos lados, mas acabei pesando rápido.

- Punho Gentil: Passos dos Leões Gêmeos.

Dois leões de chakra surgem nas minhas mãos, começo a correr em direção ao Aranha, desfazendo as teias que caiam no chão com meu jutsu, mas no meio do caminho sou parada. As teias viraram uma gosma muito pegajosa, meus pés não se mexiam:

- Perdeu, gatinha. - Ele prendeu meus braços ao corpo com teias, sem chance de escapar agora. Foi se aproximando vagarosamente pela parede, como uma aranha de verdade. - O que vai fazer agora?

- Eu? - Deixei meu verdadeiro poder sair quando ele estava perto. - Vou utilizar meus olhos, Peter Parker. Tsukuyomi!

O Mangekyou surgiu em meus olhos, travando o Aracnídeo na minha frente...


Verdadeira Himawari:

Assim que Itachi usou o Amateratsu em Peter, preparou um Genjutsu em mim e explicou seu plano de ataque. Fizemos como ele queria: primeiro trocamos de lugar através de simples transformações, depois eu sumi dali como se fosse ele. Itachi havia percebido que algo o defendia, algum tipo de sentido especial. Usamos isso para vencer a luta, os golpes de Punho Gentil foram falsos, uma kunai imbuída do meu chakra. Agora, eu mesma apareci, me aproximando de Itachi, que voltava a ser ele mesmo ao cancelar a transformação.

- Deu certo. - Dei um sorriso.

- Realmente. - Ele respirou fundo, deixando a expressão mais branda e depois protegeu os olhos.

- Achei que o tempo parasse quando o Tsukuyomi fosse usado.

- Isso é apenas se eu utilizá-lo com todo o potencial, mas as dores são as mesmas e o cansaço também.

- Senta, vou te ajudar.

Ele se sentou e comecei a utilizar meu ninjutsu médico para parar sua dor e o sangramento dos olhos mais rápido.


Sarada:

O meio-gênio me tinha em suas mãos, eu não revidaria... Não conseguiria, estava com medo, sentindo um calafrio, uma dor por estar indefesa. Fechei os olhos, esperando que me matasse. De repente, sou jogada bruscamente na areia e ouço o choque de dois poderes. Abro os olhos para ver um fantasma preto com quatro asas e detalhes azuis soltando uma rajada de gelo que saia de sua boca, enquanto Fahir soltava um fogo quase dourado. A pessoa (ou coisa) que me salvou estava perdendo.

Não conseguia me mover para ajudar. Então, em um momento de pequeno recesso entre a competição de poderes, o fantasma toca em seu próprio peito. Sua cor mudou de azul para um vermelho forte, com as extremidades amareladas como fogo. Voando, com um rasante, me pegou no colo e colocou longe do meio-gênio:

- Fique aqui. - Disse a voz gélida e lenta. - Nem pense em se mover.

Fiz que sim com a cabeça e ele voltou para a batalha, com outra rajada, dessa vez de fogo, um fogo estranho que congelava o que tocava. O mago aponta a mão para o fogo inimigo e dela saem quatro caveiras, envoltas de fogo negro, que atingiram o ataque do fantasma e continuaram até pegarem nele propriamente dito. Pensando bem, o jeito de falar e atitude... parecia ser o... Albedo!!! Ele tinha voltado para ajudar, isso foi impressionante para um vilão tão egoísta quanto ele. Depois de levar o golpe, caiu no chão e usando suas asas que formavam um manto quando não utilizadas, voltou já atacando Fahir em um combate corpo-a-corpo. Um rasante e ambos começaram a voar, golpes como socos e chutes desferidos no ar, além das asas do Fantasma-Albedo. Agora, ambos estavam parados no ar, um de frente para o outro:

- Esta sua forma é poderosa, gostei disso. - Fahir sorriu, seu sorriso era realmente lindo, mas ainda era o sorriso de um monstro. - Minha vez de fazer uma transformação.

O corpo dele pareceu se quebrar ao meio quando duas enormes asas brotaram de suas costas, eram vermelhas. Mas não parou por aí, todo o seu corpo foi se desfigurando, como se estivesse se rachando, então... uma figura enorme de um ser mítico apareceu: Um DRAGÃO VERMELHO!!!

Seu rugido fez todo meu corpo tremer, até mesmo a areia parecia querer fugir daquele ser dos infernos. Então, ele atacou o pequeno fantasma, que foi pego em uma rápida mordida, nem mesmo a habilidade de ficar intangível Albedo conseguiu usar a tempo. Ele foi perfurado ao meio pela mordida do descomunal ser de fogo. No momento, voltou ao normal, e aquele bicho o soltou. O garoto de jaqueta vermelha entra em queda livre. Reuni todas as minhas forças para pegá-lo no ar, mas assim que pousei na areia, o dragão desce bem na minha frente. Albedo sangrava demais, peguei minha bandana e tentei enfaixar a ferida do dente de dragão.

- Acabou, para vocês dois. - Fahir puxou o ar para lançar outra rajada de fogo. - Vejo vocês no outro... - Uma pequena pedra acerta o rosto dele. - Mas, o quê?

Todos olhamos e vemos um garoto de camisa azul, óculos de aviador e cabelos castanhos fartos e arrepiados demais. Ele havia tacado a pedra e ao seu lado estava um pequeno dinossauro amarelo, parecia um T-Rex com braços maiores que o original, na proporção do tamanho do pequeno ser:

- Você vai parar agora com isso. Agumon, vai!

- Bafo de pimenta! - O dinossauro solta uma rajada de fogo da boca que bate na cara do dragão.

Nada acontece, ele nem mesmo chega o rosto para o lado, além de começar a rir... bastante.

- Hahahahahaha! É o melhor que tem para fazer?

Com um movimento das mãos, o ser enorme e quadrúpede dá um tapa na cara do pequeno dinossauro, que cai estatelado na areia:

- Agumon!! - Seu dono grita.

Sinto algo vibrar em meu bolso, então pego o pequeno dispositivo que havia guardado mais cedo. Ele brilha cada vez mais forte, então... o pequeno dinossauro também brilha. Vindo até mim, o garoto de óculos de aviador pega o dispositivo sem nem mesmo pedir:

- Obrigado, salvou nossas vidas. Agora, Agumon!!!!!!


Digievolução:

"Agumon digievolve para...

GREYMON"


Sarada:

O brilho que havia o envolvido durante a chamada digievolução some e um enorme dinossauro aparece no lugar do pequeno, esse tinha o corpo laranja com pequenas marcas azuis e, em sua cabeça, uma couraça de metal com chifre. Ele foi para cima do dragão que teve que se segurar para não ceder a investida, o dinossauro ainda era menor que o dragão, bem menor na verdade, mas não deixava que isso o abalasse. O dragão o empurra para trás com a cabeça, mas Greymon continua se mantendo, agora segurando o pescoço do ser mítico.

O dinossauro morde o pescoço do dragão, que solta um urro de dor. Desta vez com o o balanço da cabeça, o tal de Greymon voa na água e se levanta rapidamente , agora enchendo os pulmões como se fosse despejar ar, mas não foi isso que saiu dali:

- Bola de fogo. - Uma esfera flamejante foi na direção do dragão que apenas a desfez com um enorme sopro de fogo, que chegou a derrubar Greymon.

- Greymon! - Gritou o menino, pulando na água de roupa e tudo, correndo até ele. - Você está bem? - Disse quando já estava segurando a cabeça dele.

- É poderoso demais. - Disse o enorme dinossauro. – Não consigo me mexer. Precisamos ficar mais fortes...

- Você tem razão, Greymon. Está na hora de usar a coragem...


Digievolução:

“Greymon super digievolve para...

METALGREYMON.”


Sarada:

O dinossauro apareceu em pé de novo, brilhou fortemente e cresceu bastante. Quando o brilho sumiu, uma enorme garra de metal estava no lugar de uma das mãos, a carapaça de aço na cabeça agora parecia mais blindada e deixou seu rosto ainda mais ameaçador, um tufo vermelho de cabelos atrás da proteção de cabeça e asas roxas cariadas. Em seu peito, haviam dois compartimentos que se abriram, dali dois mísseis saíram:

- Giga Tiro!

Os dois mísseis acertam Fahir, que caiu no chão, sentindo uma dor forte. Seu grito foi tremendo, uma fumaça se instaurou devido a explosão do golpe e a areia que levantou. Cobria todo o rosto e parte do pescoço do dragão, não consegui ver o que estava acontecendo ali dentro, então... uma risada:

- É o melhor que consegue? – O dragão se levantava e colocava a cabeça perto do MetalGreymon, os dois se encararam com ferocidade. – Você é fraco, MetalGreymon. Admito que seu golpe foi surpreendente, mas ainda assim, não tem a menor chance contra mim.

Fahir coloca o peso nas duas pernas traseiras, assim fica mais alto ainda, logo depois atinge o MetalGreymon com as garras, bem na barriga, abrindo um corte que sangrava bastante. O dinossauro era lento andando, então levantou voo assim que se recuperou. Não demorando muito o dragão fez o mesmo, agora ambos voavam pela cidade, tentando golpear um ao outro, garra e tridente se chocam, fazendo reverberar um som metálico muito alto. Caudas também se chocam, fazendo uma ventania enorme que derrubou três quiosques e quebrou o vidro de todas as janelas dos prédios próximos.

A batalha continuava com ambos voando e se golpeando acima da água, seguindo para dentro da cidade...


Himawari:

- Você está ouvindo isso? – Perguntei para Itachi. – Parece uma batalha.

Eu ainda curava o Homem-Aranha, todos os vestígios de controle mental haviam sido removidos deles, então, demoraria um pouco para se curar de um Tsukuyomi. Itachi ainda estava à uma distância considerável, mas parecia ter acabado com qualquer olhar de desconfiança quando lhe contei que sou filha de Naruto Uzumaki. Quando o Aranha finalmente se mexeu um pouco, um enorme dragão vermelho passa por cima de nós, atrás dele um dinossauro enorme com asas e de cor laranja, voando também. Olhei para o Uchiha ali, mas ele nem mesmo se mexeu, continuava olhando fixamente para Peter:

- Não vai ver o que é? – Falei indignada.

- Não posso fazer nada na minha situação atual. Tenho que esperar meus olhos descansarem, se não, acabarei sendo inútil. Cuido do Homem-Aranha, precisarei de você também.

Ele tinha razão, estava ofegante desde que usou os olhos, que agora paravam de sangrar. Ele se senta do lado de Peter. Continuei meu trabalho, que estava realmente difícil àquele ponto. O Tsukuyomi é mais poderoso que eu esperava, isso iria pedir medidas drásticas:

- Preciso de adrenalina. – Ele olhou para mim como se lhe pedisse para pegar a coisa mais difícil do mundo. – É serio.

Itachi se levantou e pegou em sua bolsa, retirando um frasco com uma seringa presa a ele. Respirando fundo ele me entregou, então... enfiei diretamente no peito do Aracnídeo. Ele respirou profundamente, já bem melhor e se senta de súbito.

- Não, Tia May! Eu só tava estudando com a Liz!!! - Peter grita, olhando para os lados com desespero. 

Segurei seu braço, transmitindo a calma. Demorou quase um minuto, mas ele se acalmou. Soltei-o, dando um suspiro, passando a mão na testa para secar seu suor e depois o meu. Itachi continuava parado, agora era a vez dele, não podia descansar muito, talvez alguém estivesse precisando de ajuda.

- Sua vez. - Falei a ele, já enchendo a seringa após esterelizar.


Sarada:

- Vai, MetalGreymon. – O garoto gritava animado. – Você consegue, amigão.

Estavam voando pela cidade, colidindo seus golpes, o dragão e o dinossauro. Poderosos, as águas tremiam e mandavam ondas de até três metros para areia. Mesmo perto da rua, ainda chegava nos meus pés. Carregando Albedo, sai da areia, então... outro choque:

- Braço tridente.

Foi o grito de MetalGreymon antes de acertar um corte no rosto do dragão, este gritou e girou para longe. O dinossauro parou no ar enquanto Fahir fazia a volta, subiu tão alto que começou a descer realmente rápido, abrindo as asas antes de bater na água e com o impulso, foi na direção do inimigo:

- Giga Tiro!

Dois mísseis saíram de MetalGreymon de novo, o dragão se protegeu com um escudo de energia. Então se aproximou para um golpe, uma investida que pegou bem no peito de MetalGreymon, quebrando os compartimentos que guardavam os mísseis. Foi tão poderosa que fez o dinossauro voar até bater em uma montanha mais pra dentro da Cidade do Rio de Janeiro. O dragão era bem mais poderoso que esperávamos​.

- Você lutou bem. Mas não o suficiente. – Fahir soltou uma poderosa rajada de fogo à queima-roupa no dinossauro.

- MetalGreymon, não!!!! - O garoto que o comandava grita.

O dinossauro enorme ficou envolto em um brilho vermelho e apareceu menor quando a luz se dissipou. O dragão aproximou o rosto da montanha, mordendo algo ali, provavelmente o pequeno dinossauro... Quando estava perto, jogou Agumon desmaiado na frente de seu dono.

– Agumon! - O garoto o abraça, chorando. – Amigão, por favor!

- Eu estou bem, Tai. – E desmaiou.

Fahir pousou na frente de nós, voltando a encarar-me, estava certo de que ele queria afetar a pessoa que mais estava com medo... Era uma boa estratégia, então, me levantei apoiando a cabeça de Albedo no chão com cuidado, era a mim que ele queria. Então, ele quando deu um passo a frente, Tai entra em seu caminho:

- Eu disse que você iria parar aqui. – O garoto disse com determinação em seus olhos. – Já chega de lutas.

- Saia da minha frente. – O dragão iria soltar outra baforada de fogo, mas assim que abre a boca, ouço junto.

- Estilo do Punho Gentil: Palma Aérea Poderosa.

Um vento poderoso passa ao meu lado e impede que a baforada de fogo acerte Tai. Olhei para o lado, vendo Himawari de volta. No chão ao lado dela, estava um homem sem camisa e usando uma máscara vermelha, cheia de linhas pretas como se imitasse uma teia de aranha, além de olhos brancos enormes. Do meu outro lado, senti uma presença realmente poderosa. Virei devagar e havia alguém ajoelhado, ao meu lado:

- Você está bem, – O homem ali era alguém desconhecido de início, mas ainda assim eu senti uma calma ao olhar para ele. Mesmo morto há anos, mesmo sendo impossível aquilo estar acontecendo, era o Uchiha mais conhecido depois do meu pai, aquele que destruiu o clã, aquele era... Itachi Uchiha. – sobrinha?

- E-estou. – Consegui dizer. – Como você...?

Ele sorriu, depois se levantou andando em direção ao dragão. Este olhava para seu novo oponente com bastante felicidade. Falei com Himawari para ajudar o galvaniano ferido. Prontamente, ela se ajoelhou ali, utilizando ninjutsu médico:

- Nossa, ele foi mordido mesmo. – Ela disse surpresa. – Como esse cara é poderoso.

Itachi se aproximou de Tai agora, ele disse algo que não consegui ver. Mas desta vez, não ficaria para trás. A chegada dos dois me fez sentir uma reviravolta. Estava mais confiante e nem mesmo sabia o porquê. Então, os dois se encararam:

- Eu serei seu oponente, dragão.

- Espero que seja mais interessante que os outros, pequenino. Ah, é alguém com esses olhos que procuro destruir. - Fahir terminou com um sorriso maligno na fuça de dragão.

Ambos sorriram, o ar começou a ficar gélido quando ossos vermelhos surgiram envolta do meu tio. Continuou a crescer até uma grande espada longa e um escudo e a forma de um Susano’o surgirem, ele era vermelho e possuía apenas um olho à mostra. As asas enormes também apareceram e garras já chocaram com a espada quando a luta começou, de repente. Areia voou para todos os lados, os dois entraram em voo e lutavam de forma rápida, cauda batia contra escudo, espada contra garras. Voando um ao lado do outro, tomaram distância:

- Estilo Inferno: Grande Bola de Fogo.

- Sopro Poderoso do Dragão Ancião.

As falas foram ao mesmo tempo e os golpes se chocam no ar, um anulando ao outro com uma grande explosão. Nem mesmo o Amaterasu no jutsu do meu tio resistiu ao poder do golpe e ambos se foram. No meio da fumaça a luta rolava, brilhos vermelhos de fogo do dragão ou brilhos variados dos jutsus de Itachi. Fahir leva um soco na barriga e sai da fumaça, arrastando um pouco para trás. A fumaça se desfaz com o Susano’o ali no meio, pairando no ar. O dragão vai para cima dele e gira, tentando acertar um golpe com a cauda. O Susano’o coloca a espada de lado e tenta se manter segurando a cauda do ser enorme.

Mesmo com muita força, o Susano’o é jogado para baixo, caindo de pé na areia. O grande dragão desce rápido na direção de Itachi, que desfaz a espada e segura os dois chifres do ser mítico, tentando manter. Desta vez, ele obtém sucesso e joga o inimigo longe, após um giro, largando Fahir. O barulho de prédios desmoronando é enorme, foram cinco ao todo:

- Agora sim. – O dragão se levanta. – Você é divertido.

Um vento se faz quando o dragão some. Repentinamente, reaparece atrás do Susano’o. Sem conseguir se virar para defender, Itachi leva o golpe nas costas, caindo do nosso lado com a cabeça do Susano’o. Ele olha para nós e, enquanto levanta, nos pega para ficarmos dentro de sua proteção. Seus olhos sangravam demais e Himawari se prontificou a cuidar dele, usando ninjutsu médico. Desta vez, o Susano'o corre até o dragão e tenta desferir um soco, o qual Fahir desvia.

Não sei se foi nesse momento ou se a ideia já tinha vindo antes na minha cabeça, mas assim que o dragão pulou para trás desviando do soco, pulei da proteção do Susano’o, indo direto para a cabeça do inimigo:

- Você sabe usar a Força do Touro? – Gritei, deixando o chakra envolver minha mão, tanto que ficava visível com uma enorme luz azul emitindo. – Então, vou te mostrar a força da Sarada! Chaaaaaaaaaaaa!!!

Meu soco se conectou com seu rosto, realmente poderoso. Fahir girou no ar, caindo no mar com estrondo que levantou um pilar de trinta metros de água. Alguém me segura no meio da queda livre: era um ser gigante, tinha um chifre enorme no meio da cabeça e dois laterais, as cores de seu corpo variavam entre azul, branco e vermelho. Quando nos encaramos, sabia quem era: Albedo, transformado em um ser do tamanho de um arranha-céu.

- Você é maluca? – Ele gritou com a voz grossa e reverberante do ser gigante, me colocando junto com os outros. Albedo parecia irritado comigo pelo meu quase suicídio acidental. – Podia ter mordido nessa queda. – Então virou para Itachi, me deixando dentro do Susano'o. – Como vamos derrotar um bicho desses?

- Juntos. – Itachi disse firmemente. – Vamos.

O dragão vinha em alta velocidade agora, tinha voado para longe para pegar impulso. Os aliados se prepararam para um golpe de investida, mas não foi assim. Um pouco antes de chegar nos adversários, o meio-gênio parou, balançando as asas com força. Todo o vento que ele havia criado no caminho quase nos fez ser levados. Albedo bateu em alguns prédios e os atravessou até parar, já o Susano’o foi levado para cima, tentando voar. O dragão foi rápido, pois quando Itachi estabilizou, ele já estava em cima de nós, acertando um golpe com a cauda que fez ele bater no chão com força, criando uma cratera.

- Você não é muito bom em variar golpes. – Disse Itachi, desafiando o meio-gênio.

- Diz isso aquele que está no chão. – O meio-gênio disse gesticulando com os braços de dragão. Uma outra mão surgiu na frente de Itachi e agarrou o Susano’o como se o abraçasse. – Gostou variação?

- Porque você tinha que falar? – Choramingou Tai. – Agora ferrou.

Ele ainda segurava um desmaiado Agumon. A luta continuava, o dragão desceu na frente do Susano’o e tocou em seu braço dizendo palavras estranhas. Como se virasse pó, o braço do gigante vermelho do meu tio se desfez. Fahir sorriu, mas quando iria lançar outro golpe, eis que o Gigante-Albedo aparece e lhe dá uma joelhada no rosto. Então, o dragão cai rolando na rua, muito machucado e derrubando alguns prédios. Albedo cruza os braços em um “L” e lança uma rajada brilhante e poderosa que bate no rosto do inimigo.

Foi um golpe muito bom, desta vez Fahir demorou para levantar, após atravessar mais uma grande sequência de prédios. Fahir estava sendo enfraquecido aos poucos.

- Realmente, contra vocês dois vai ser difícil. - O meio-gênio comenta, levantando devagar.

Itachi prepara um golpe onde uma magatama aparece em sua mão e Albedo faz o “L” de novo, os dois golpes vão em direção ao Fahir. O poder dos dois juntos era grande demais, então, uma coisa estranha acontece. Como se houvesse uma barreira, os golpes se desfazem antes de chegar em seu alvo.

- Minha vez. – Uma forma humanóide de Fahir sai da boca do dragão. – Essa magia era para casos de emergência, fiquem felizes por terem conseguido algo tão incrível. Mas agora, morram.

Ele lança uma esfera negra que, ao se aproximar de nós explode:

- NÃO!!! – Grita Tai.

E com isso, outra voz surge:

- Força Terra.

Em meio a explosão, não consegui ver nada, mesmo com o Sharingan a luz era forte demais. Mais de um minuto se passou e o brilho ainda estava ali. Então, em meio a fumaça que se formou, eis que um ser de tamanho um pouco maior que humanóide estava ali. Tinha asas de metal nas costas, uma pequena cabeça de metal com um chifre no centro, seu corpo era alaranjado e protegido por vigas de metal na frente. Havia três garras em cada mão que mais pareciam espadas. Em seu peito haviam “x’s” vermelhos e era revestido por um metal cinza, não havia dúvidas que era poderoso demais:

- Aha!!! – Gritou Tai. – É isso aí... Vai, WarGreymon!!!

Quando ele se movimentou percebi que aquilo em suas mãos eram manoplas metálicas que tinham um tipo de dedo extra que era do mesmo metal. Tai ficou realmente animado e Fahir puto da vida (me permiti esse vocabulário apenas dessa vez).

- Como conseguiu parar essa magia?

- Com a força da Terra, posso parar qualquer um dos seus ataques, demônio de chifres vermelho. - WarGreymon responde.

O dragão rugiu para ele, lançando uma rajada de fogo que o WarGreymon desfaz, girando no mesmo lugar. Gigante-Albedo aproveita esse momento e dá um soco feroz no meio da barriga do grande dragão. O Susano’o golpeia também com um chute bem na cara, ele cai. WarGreymon prepara um golpe com as garras, então eu olho para a Himawari:

- Hima, você consegue passar sua Palma Aérea para o meu jutsu?

Ela faz que sim com a cabeça, ambas nos posicionamos preparando nossos jutsus: Bola de Fogo mais Palma Aérea. WarGreymon atacou com suas manoplas gritando “Dramon Killer”, as garras brilharam bastante e fizeram um corte enorme no peito do dragão caído, que soltou um rugido de dor de balançar o chão.

- Vai, Sarada! – O grito de Himawari me fez soltar o jutsu, então falamos juntas. - Estilo Gentil do Fogo: Esfera da Palma Aérea Flamejante!

Nosso golpe unido saiu tão poderoso que foi quase do tamanho de um prédio. A esfera de fogo era tão rápida que, ao explodir na ferida de Fahir o fez gritar ainda mais, voltando a forma humana. Todos voltaram ao normal, até mesmo o Agumon reapareceu, feliz por ter ajudado a derrotar Fahir. Todos no chão, abraçamos uns aos outros, menos Albedo, que preferiu apenas um aperto de mão.

Ao olhar para o buraco, não vimos nosso inimigo. De alguma forma ele havia fugido, as coisas ainda estavam para rolar bastante e quem enfrentaríamos agora era desconhecido.


Himawari:

Descansamos naquele dia, então partimos novamente pelo mar, porém com um pequeno navio, o qual Albedo se tornou capitão depois de aprender como manusear rapidamente. Éramos uma equipe unida, realmente unida, como se fôssemos amigos há muito tempo. Sarada conversava demais com seu tio, e eu e Tai logo ficamos muito amigos. Agumon ficava fazendo brincadeiras para divertir a todos. Foi um momento de descontração, até que chegamos em um porto. Não pude deixar de perceber que Sarada e Albedo conversavam muito, como os dois se respeitassem bastante.

O Aranha aparece na parte de baixo do barco e ficamos um dia inteiro lá, apenas desfrutando de algumas coisas que conseguimos com vendas de peixes e apresentações de Agumon. Ele adorava se divertir na rua. Atracamos na cidade de Gotham, uma metrópole enorme, mas à noite todos voltávamos para o barco. Eu sentia um grande mal naquele lugar. Menos nesta noite.

Estava eu andando sozinha pela cidade, tinha decidido que seria legal ter um tempo para olhar as feiras noturnas. Como ninguém quis ficar para ver, lá estava eu, sentindo um aperto no coração quando vi uma loja de brinquedos exibindo uma espada de brinquedo na vitrine. Meu pensamento foi direto para ele, onde estaria agora. Dei um suspiro e resolvi voltar para o barco, porém, no meio do caminho:

- Essa sensação, esse... chakra... – Olhei para onde estava sentindo aquele poder, misturado com alguns outros, o Byakugan surgiu nos meus olhos e eu o vi, era realmente ele. – Yakago!


Notas Finais


Próximo do capítulo dos heróis vem com grande surpresa pra quem adora a interação entre Boruto e Sarada.


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