História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - O poder de mil sóis: em direção ao perigo final

Sasuke Terra-2:

Acordar nesse mundo é estranho. Não sonhei, fiquei preso naquele lugar estranho na minha mente, onde ainda tenho dezenove anos e tudo aconteceu da forma mais pacífica possível.

Mesmo assim, ainda tinha a sensação de que havia mais gente do nosso mundo além de Boruto, Sarada e eu. E por falar nos dois, eram os únicos que não estavam em volta do fogão de sucata construído pelos gênios Barry e Tony. Tocava uma música vinda da armadura chamada "I'm still standing" com um ritmo animado. Até os ninjas das outras dimensões estavam lá.

Comecei uma busca pelos dois ali por dentro, percebendo que a maioria dos quartos estavam já vazios, com exceção de um. Com certeza era onde eles estariam. Nem mesmo me dei o trabalho de bater pra saber se eram eles ali, abri a porta bruscamente. O que eu vi ali dentro quase me fez pular de raiva.

Boruto e Sarada estavam deitados, dormindo abraçados embaixo de um cobertor. Suas roupas estavam jogadas pelo chão ao lado da cama. O sono de ambos estava profundo, mas meu acesso de raiva em forma de grito fez com que se sentasse, Boruto com uma mão mais a frente e Sarada cobrindo o corpo com o cobertor:

- MAS QUE PORRA É ESSA?

Os dois ficaram parados na mesma posição, olhos arregalados para mim. Então, alguém põe a cara ao meu lado na porta. Olho apenas para ver minha contraparte de outra dimensão olhando a cena como se não fosse nada.

- Como pode ficar tão calmo vendo isso? - Rosnei perto dele.

Ele teve a coragem de apenas andar pra longe, então eu tive que ir atrás, não poderia deixar sua ignorância passar por mim, mesmo sendo a mesma pessoa.

- Ei, você! - Andei a passos largos para ele após bater a porta atrás de mim.

Naruto Terra-1:

A música que tocava era bem as que eu curtia. Essa era de um cantor chamado Elton John, de nome "I'm still standing".

De repente, um grito faz a música parar:

- MAS QUE PORRA É ESSA? - Era com certeza a voz de Sasuke.

Todos olharam na direção do grito, vinha da porta de um dos quartos. Era aquele Sasuke da mesma dimensão que Boruto e Sarada, não o meu. Até que o meu Sasuke chega ao lado e vê o que fez ele gritar assim.

- Como pode ficar tão calmo vendo isso? - Sasuke sem capa diz ao de capa.

Meu amigo do meu universo se vira e sai andando, como não visse nada que o fizesse sentir raiva. O outro, indignado como só Sasuke Uchiha sabe ficar, vem andando atrás, batendo a porta.

- Ei, você!

- O que foi? - Sasuke 1 olha para trás, com sorriso de canto. Por favor, não faz isso. Se um Sasuke já é turrão, imagina dois.

- Há algo engraçado pra essa risadinha sua? - Os dois estavam bem próximos agora, o que tirou o sorriso da cara dos dois, que estavam de olhos cerrados um pro outro.

- Somente sua raiva boba.

No segundo seguinte, estavam segurando a gola da roupa um do outro, quase enforcando. Suas expressões eram de raiva. Quando abriram a boca, uma série de coisas aconteceu.

O garoto Tai entra gritando algo, com um bumerangue com formato de morcego na mão; Boruto e Sarada saem ainda terminando de por as roupas e falando algo ao mesmo tempo, mas ninguém entendia o que diziam por falarem rápido e juntos; sons estranhos e altos cortaram o ar. Me aproximei do centro do grupo e perguntei:

- O que foi isso?

- Alguém ou algo estourando a barreira do som. - Barry e Tony responderam juntos.

E na liderança do Flash, que sai apressado pra fora, todos corremos para ver o que era. O Velocista Escarlate estava parado no meio da rua, olhando para o alto e parecia não acreditar no que via. Olhando também, vejo duas pessoas voando metros acima de nós, com roupas azuis e capas vermelhas nas costas. Bem no peito de suas roupas, havia um brasão com um "S" no meio. Era uma mulher loira e um homem de cabelos quase negros, ambos com olhos azuis.

Oliver para ao lado de Barry, com a mesma expressão estampada no rosto.

- Kara? Clark? Mas o que há com vocês? - O Flash pergunta, dando passos lentos na direção deles.

- Barr, eles não eram alienígenas bons? - Oliver pergunta, desconfiado também.

- Sim, Ollie, mas... Parece ter algo de errado. - Barry continuava avançando lentamente.

- Eu vi esse símbolo do peito deles em sinal luminoso no céu ontem, durante a noite. - Boruto comenta.

- De acordo com meus scanners da armadura, eles parecem ser verdadeiros, diferente daquelas cópias dos Vingadores em Nova York. - Tony, dentro da armadura do Homem de Ferro, chega ao lado do Flash e do Arqueiro Verde.

- Quem são esses caras? - Me alinhei a eles três também, entrando em Modo Sennin.

- Kal-El ou Clark Kent, o Superman, e Kara Zor-El ou Danvers, a Supergirl. São uma raça alienígena que sob nosso sol amarelo são super-poderosos, os kryptonianos. - Flash responde minha pergunta e depois se dirige aos aliens voadores. - Kara? Tudo bem com você e seu primo?

- Ah, sim, Bartholomew. Clark e eu estamos ótimos, mas será que vocês estarão após isso?

Os olhos dos dois kryptonianos brilharam vermelho, soltando rajadas quentes e destrutivas na nossa frente. O Flash foi pego pelo ataque, por não esperar isso.

Kado:

Supergirl ou Superman, não sei dizer qual dos dois, jogou o Flash longe com sua visão de calor, enquanto o outro fez o grupo pular para os lados a fim de desviar do incinerador dos olhos. Naruto entrou em seu Modo Bijuu, com as Esferas da Verdade negras flutuando às costas. Todos os seis Uchiha ativam o Sharingan, cada usando seus poderes únicos também: Sasuke's com Rinnegan, Shisui com Modo Elemental de Fogo, Itachi com as costelas e braços do Susano'o, Kai em Modo Elemental do Relâmpago e a Maldição de Orochimaru. Somente Sarada manteve-se com Sharingan normal. Homem de Ferro preparou todos os sistemas de ataque, resistência e esquiva com energia no máximo. Himawari ativa seu Byakugan, enquanto Yakago faz o mesmo que Kai com o Relâmpago. Homem-Aranha gruda em uma parede com seu uniforme caseiro (já que o original queimou graças a Itachi), prestando atenção em tudo do alto. O Arqueiro Verde prepara suas melhores flechas explosivas, Albedo usa o Superomnitrix para se transformar no Enormossauro, crescendo até atingir dezoito metros de altura, com a carapaça ainda mais dura. Os Power Rangers se transformam rapidamente, enquanto Boruto faz inúmeros clones da sombra. Gohan consegue ir direto ao Super Saiyajin 2, observando a luta do alto. E por fim, Tai se esconde atrás de um carro, dando ordens a Agumon.

E assim, a porradaria começa. Superman desfere um poderoso soco voador em Enormossauro, jogando-o com um estrondo contra um prédio. Homem-Aranha parte para cima de Supergirl lançando teias para se puxar, mas a garota apenas as puxa em sua direção, acabando com o ataque. Porém, o Aracnídeo cobre seu rosto de teia, dando brecha para Oliver lançar uma flecha explosiva em Kara.

Mais ao lado, Sarada pede a Homem de Ferro que a leve exatamente para cima da Garota de Aço. E quando Tony, solta a Uchiha, ela acerta um poderoso soco, defendido por Kara, que rapidamente livrou seu rosto das teias, com os antebraços, criando uma poderosa onda de dispersão. Durante esse tempo, Itachi pega a capa dela com a mão do Susano'o e a puxa para o chão. Ela se levanta rapidamente, lançando uma rajada de visão de calor no Uchiha, mas o golpe é interceptado pela Pistola Suprema de Yakago. O choque dos dois poderes fazia o chão abaixo derreter e o ar ficava quente. Eis que a kryptoniana usa tremendo poder nos olhos e ganha a competição, fazendo Yakago ser arrastado por um quilômetro, até bater em um carro e capotar junto com o mesmo por mais alguns metros.

Nesse momento, um novo estouro da barreira do som é ouvido, justamente quando o Flash, correndo mais rápido que a velocidade do som, conecta seu soco super-sônico na cara de Superman, que estava em uma veloz trocação de golpes com as mãos de chakra amarelo de Naruto e as mãos esqueléticas do Susano'o do Sasuke da Terra-1. O Homem de Aço voa até um posto de gasolina, que explode violentamente com o impacto, engolindo um quarteirão inteiro com chamas, ao juntar com o GNV dos carros e a gasolina, além das tubulações de gás residencial abaixo.

Enquanto isso, Shisui e Kai distraiam Kara, correndo de uma lado para o outro e lançando ataques que não surtiram efeito contra pele impenetrável da alienígena. Em meio à distração, Boruto lança seu Rasengan com chakra da natureza, o qual ela não percebe e recebe o impacto explosivo bem na face, fazendo-a cair ajoelhada de seu vôo. E seguindo o rastro de chakra, Supergirl fixa o olhar em Boruto e com uma velocidade impressionante, acerta um chute no queixo que o faz atravessar a Torre da WayneTech bem no meio do grande "W", ficando um buraco suficiente para duas locomotivas passarem lado a lado. Logo, a torre não se sustenta e vem a baixo.

Enquanto quase todos param para acompanhar o estrondoso cair do prédio mais alto da cidade, Superman volta, descendo com sua super-velocidade direto em cima da armadura do Homem de Ferro, afundando o chão com uma enorme cratera, que se inundava com as águas dos esgotos de Gotham. Quando Kal-El se levanta, recebe uma porrada forte de WarGreymon, que não conseguiu cortar a pele super-resistente do kryptoniano mas causou dano. Enquanto Kal ainda estava em reação ao golpe, Sasuke da Terra-2 lança uma flecha de seu Susano'o coberta de Amaterasu, que arrasta Superman por uma grande fileira de prédios, até explodir em uma praça. Todos os edifícios que estavam no caminho desmoronaram.

Voltando mais uma vez a Supergirl, Himawari golpeava rápida e sucessivamente enquanto desviava dos ataques da filha da casa El. Até que Kara a pega pelo pescoço e joga longe também, assim como fez com Yakago. Naruto aproveita a oportunidade e começa a lançar sucessivos Rasenshuriken cada um com o chakra de uma Bijuu, fazendo a Garota de Aço recuar bastante até bater com força no prédio da Queen Corporated e ficar ajoelhada, respirando. A rua foi destruída até chegar ao prédio. Então, vem o comentário sarcástico do Arqueiro Verde:

- Já que no meu mundo essa empresa não existe mais...

Oliver Queen lança uma flecha explosiva no "Q" do nome da empresa, que cai em Supergirl, parecendo esmagá-la. Porém, ela levanta a letra gigante e lança na direção do grupo. Homem-Aranha a segura facilmente e usa para bater na kryptoniana, que é golpeada mas atravessa a letra como se fosse papel, acertando Peter Parker com o sopro gelado. E logo abaixo de Kara, Sarada aparece com um gancho poderoso em seu queixo, que a faz subir rodopiando bastante antes de parar.

Na minha distração pelo lado de Kara Zor-El, esqueci que Enormossauro e Superman digladiavam no meio da rua à base de fortes socos dos dois lados. O réptil alienígena usava carros como manoplas para golpear o outro, enquanto o Homem de Aço lutava com as próprias mãos. Os golpes eram tão poderosos que ecoavam pelas ruas. Então, Superman pega Albedo pelo pescoço e sem hesitar começa a queimá-lo com a visão de calor direto nos olhos. Rapidamente, ele se transforma em Friagem e fica intangível, fugindo do ataque mortal do kryptoniano. Eis que ambos param um de frente pro e assopram suas rajadas congelantes. Antes que qualquer um ganhasse, Boruto's pra cacete pulam em cima do alienígena de capa vermelha. Friagem, por sua vez, continua congelando até mesmo com os clones, ao saber que o verdadeiro estava ao seu lado.

Kal-El faz todos os clones se desfazerem ao romper a barreira do som, disparando para o alto repentinamente. Então, WarGreymon lança seu ultra ataque: Força-Terra. Aquela massa gigante e brilhante de poder parecia ir em câmera lenta, enquanto Supergirl voava na velocidade máxima ao encontro do primo, tentando salvá-lo. O imenso poder explode, pegando ambos os kryptonianos. Foi tanta claridade que o céu pareceu ficar escuro. O grupo de heróis parou, cada um em sua posição atual, ninguém movia um músculo, esperando para ver se haviam derrotado os oponentes. Todos perceberam, aos poucos, que a explosão destruiu uns dois quarteirões. E em meio às chamas, estavam os dois Super-Primos, olhando para todos os heróis como se nada houvesse acontecido.

É nesse momento que a luta atinge proporções épicas. Naruto parte pra cima de Superman com Kurama completa ao lado dos dois Sasuke e Itachi com Susano'o, todos com seus gigantes igualmente completos. Albedo retorna ao Enormossauro, entrando em sua forma Suprema e partindo junto, usando também seus mísseis. E de lambuja, ainda vão Homem-Aranha, Sarada e Arqueiro Verde. WarGreymon retorna a Agumon para verificar como Taichi estava, junto com o Homem de Ferro e Himawari.

Já contra Supergirl, eram Kai, Flash, Yakago, Boruto, Shisui e Gohan (este, até agora procurou alguma brecha para sua entrada na luta, só se achando necessário agora) que corriam em super-velocidade, desferindo golpes, batendo contra paredes, rolando e voltando a correr, mas a luta era intensa e muito rápida, com Supergirl se saindo melhor que todos juntos. Se eu não fosse um celestial, nunca conseguiria acompanhar a luta, somente os borrões cinzentos ou os rastros de eletricidade coloridos.

Já do outro lado, contra Superman, o impacto dos fortes golpes em alta velocidade faziam seus ocasionais estrondos e iam destruindo onde passavam, de forma mais lenta que na outra luta. Os gigantes contra Superman eram lentos, mas destruíam bem mais. Eram Bombas Bijuu, flechas de Susano'o, Magatamas gigantes, mísseis... Kal-El desviava de tudo, fazendo a cidade se destruir cada vez mais. E ainda desferia golpes contra quem tentava atacá-lo, destruindo-os aos poucos.

Do lado dos velocistas, a derrota era cada vez mais próxima, estampada em seus rostos​ que escorriam sangue pelas beiradas de suas bocas. Supergirl conseguiu fazer os cinco recuarem e ficarem encurralados, enquanto Superman acabou com todos os gigantes.

Founders Island, Bleake Island e Miagani Island de Gotham era apenas um terreno baldio agora, destruídas por completo. Mas não era só isso, a luta havia se arrastado pela tarde e noite inteiras, saindo de Gotham. Era um grande rastro de destruição, rachaduras, queimaduras, explosões... Foi uma luta muito boa de se ver, nunca vi pessoas tão diferentes se importando com outros igualmente diferentes. Após todas essas horas de luta é que foram encurralados, resistindo até não poder mais.

Porém, fiz questão que sentissem a pressão que eu estava pondo sobre eles, diminuindo o tamanho do planeta a fim de guiá-los à sua batalha final. Todos são meus meros fantoches nesse mundo, até mesmo os vilões. O grupo, quase derrotado, se encontrava em uma clareira logo à beira da Pondsmânia, a grande árvore podia ser vista mais atrás. O planeta continuava a diminuir, parecendo em muito com Krypton explodindo. Os dois últimos filhos de Krypton voavam metros acima deles, com ar de superioridade. Não pareciam​ ter sofrido dano algum, o que deixou todos os heróis frustrados.

Um novo dia florescia no horizonte, junto com mais uma explosão da diminuição do planeta. A ofegação de cada um deles me deixava animado com o desenrolar disso.

- E então, Bartholomew Allen? - Supergirl pergunta com olhar fixo no Flash. - É suficiente pra você?

- Nunca... - Mesmo sem forças, ele se levanta e começa a correr e vibrar.

Então, inúmeros remanescentes do tempo aparecem. A luta era só entre os dois heróis agora: Flash e seus remanescentes contra Supergirl. A Garota de Aço vai derrotando eles sem nenhum esforço, mas não percebe a jogada do Velocista Escarlate. Um poderoso raio amarelo é lançado por Barry, acertando Kara em cheio e fazendo-a desmaiar. As cópias logo retornam ao corpo original, medida adotada por ele para que não crie um outro Savitar.

Então, senti que Loki mandou o Homem de Aço recuar para o palácio no topo da árvore gigante. Ele dispara, sumindo dentro do castelo nos céus.

Decidi que era hora de promover o evento principal desse planeta, o propósito de trazer tantos escolhidos aqui. Projetei meu rosto nos céus para falar com os heróis, como Kayaba Akihiko no jogo Sword Art Online. 

- Chegaram longe, campeões. Seus oponentes pensaram que os kryptonianos dariam contam, mas vocês persistiram com garras de aço, desculpem o trocadilho. Mas agora, como eu trouxe vocês aqui, quero que se preparem para o batalha final. À base da árvore, vocês encontrarão um lobby para se prepararem e ficarem em cem por cento para a grande batalha. Agora, entretenham-me​.

Fiz meu rosto sumir, observando todos indignados com a minha postura, mas seguindo exatamente para onde mandei. As coisas ficariam bem quentes agora.

Arqueiro Verde:

Inúmeras vezes, tribulações passaram pela minha vida. Lian Yu foi a primeira, seguida de Hong Kong, depois Rússia, até voltar a Star City (que  ainda era chamada de Starling City).  Eis que me vem o Empreendimento de Malcom Merlyn, o Arqueiro Negro, a vingança de Slade Wilson, o plano maligno de Ra's Al Ghul, a destruição global de Damian Dhark e, mais recentemente, uma invasão alienígena seguida de Adrian Chase, Prometheus, com sua provação. Mas nada havia me preparado para um torneio assim, encarando amigos e inimigos poderosos demais. Neste momento, éramos companheiros de guerra. Os ninjas, Power Rangers, meta-humanos, alienígenas, monstros digitais, gênios. Poucos sabiam como o outro agiria em situações adversas, porém, tínhamos uma coisa em comum: Determinação de fazer o certo é acabar com a maldade.

Foi com ela que partimos para o único lugar que tínhamos para repousar. A batalha final começaria mais rápido agora, todos os planos do ser que criou este planeta tinham se formulado em seu script, haviam dado certo até este momento. Todos juntos, andando para o pé de uma árvore enorme, do tipo que nunca vi na vida. Olha que já vi tanta coisa que nem posso explicar.

- Não achei parecida com a Shinju. - Diz Naruto, de repente. – Sasuke’s, o que acham? Parece aquela árvore escrota?

Os dois pronunciam um "não" juntos, depois se olham de cara feia. Ali, haviam umas tendas para descansarmos e vários caixotes de tipos diferentes de armas e vestimenta, cada caixa para um de nós. Consegui achar uma que tinha várias flechas, das que eu usava. Minhas duas aljavas haviam encerrado durante a luta contra a kryptoniana, que estava apagada no ombro de Barry. Me aproximei quando ele a deitou em uma das macas das tendas:

- Ainda controlada? – Perguntei, mais ríspido do que queria.

- Não sei. - Respondeu Barry. – Só vou saber quando acordar.

Uma das meninas se aproxima e ativa o seu poder ocular especial, era a tal de Himawari. Ela analisa Supergirl à fundo com a palma da mão sendo envolvida com um tipo de mana verde, chamada de chakra. Depois de analisá-la, ela chama o cara sem emoções e pede para que a ajude. Itachi Uchiha ativa seu poder especial e, no segundo seguinte diz que ela irá ficar bem:

- O que você fez? – Barry pergunta mais rápido do que eu poderia fazer. – Não parece ter acontecido nada.

- A mesma coisa que usei para libertar o Aranha. Meu Mangekyou é especializado em ajudar as pessoas a voltarem ao normal, ou... – Ele suspira. – ... infelizmente, matá-las. Essa amiga de vocês é poderosa demais. Kryptoniana, não? Seria a parceira perfeita para o meu irmão.

- Não se eu puder evitar. Já tenho alguém especial. – Diz Kara, levantando. – Nossa, parece que levei uma surra do meu primo. De novo. – Seus ossos estalam quando movimenta o braço em círculos – Barry, Oliver... o que estão fazendo aqui também?

Ambos explicamos o que nos levou ali, Kara Zor-El abraça Barry:

- Força de Aceleração? Como saiu de lá de novo?

Barry explica que sua equipe teve muito trabalho, envolvendo alguma sacrifícios, mas não entrou em detalhes. Enquanto eu, que não sabia disso, pois estava em Lian Yu Mais uma vez por causa de Chase, disse que iria conversar com ele assim que voltássemos. Saí da tenda e lá fora, Tony Stark estava usando algumas ferramentas para consertar sua armadura, Tai e Agumon conversavam, quero dizer, Agumon mais comia do que conversava. Boruto e Yakago estavam sentados perto de uma das tendas, ambos com a cabeça baixa e olhos fechados, não em meditação mas pareciam dormir.

Naruto, estava com seu amigo de capa e Sarada estava por perto com Albedo. Estes, conversavam com um sorriso mais amigável. Sasuke sem capa olhava para sua filha, apoiado em uma árvore pequena, enquanto Kai Uchiha polia sua katana um pouco gasta, com uma expressão dura no rosto. Sentei-me em cima de um dos caixotes já esvaziados e ali, relaxei. Tudo que poderia fazer neste momento estava feito. Armas preparadas e o suspiro de quem está com medo do que pode acontecer. 

Gohan era um dos poucos também isolados, parecia ter vergonha de estar ali. Como estava perto, falei com ele:

- Gohan, – O garoto tomou um susto, depois olhou para mim. – está tudo bem?

Ele pareceu pensar na resposta, mas quando respondeu, não foi totalmente sincero:

- Só receoso com a luta que está por vir.

- Está com medo? – Perguntei, sendo direto. – Porque se tem alguém que deveria estar com medo, esse sou eu. Não tenho poderes ou uma super armadura. Nem mesmo um mascote digital. Sou o cara mais normal desse grupo. Mas não estou com medo.

- Oliver, é... – Dessa vez, falava a verdade. Seus olhos expressivos me passavam sinceridade. – ... eu não luto de verdade faz muitos anos. Sinto que não sou o que precisam aqui. Precisam de um guerreiro como o meu pai. Não consegui nem mesmo acompanhar a menina kryptoniana.

Abaixei a cabeça, entendendo seus pensamentos, mas levantei logo depois. Olhando em seus olhos, obtive a resposta:

- Faça como eu. Não tenho tantas habilidades como vocês, mas as uso da melhor forma possível. Eles precisam que eu seja como eles, que seja um guerreiro. Então, seja um guerreiro também. Seja como seu pai. Seja como quem quiser ser, mas não desista de lutar. – Uma pausa para respirar. – Você é poderoso, sei disso. Vi quando seus cabelos ficaram loiros: ficou rápido e forte como eu nunca tinha visto alguém normal ser, não que você seja normal. Não recue, Gohan. Pois você tem muito o que ajudar esse pessoal, eles estão tão perdidos quanto.

Gohan olhou para mim e depois foi para um dos caixotes. Quando abriu, uma roupa laranja com mangas azuis e um símbolo nas costas estava ali. Ele a pegou e vestiu como se fosse um manto sagrado:

- Estou pronto, pessoal. – Se juntou aos outros.

Sarada:

O que acontecia por aqui? Esses seres superpoderosos que aparecem do nada, nos forçando a seus próprios desígnios. Aquele cara no céu pensa que pode nos tratar como quiser? Mas... e se ele realmente puder? E se a única saída for seguir o que ele manda? Não poderia ser, não pode ser.

Todos estavam preocupados como eu, em seus cantos, ou simplesmente descansando e se curando de ferimentos, ficando como se nem tivessem lutado. Trocamos todos de roupa por outras iguais às nossas, porém em perfeito estado. Mas o que me incomodava mais um pouco era o fato de Boruto estar realmente dormindo, como se não fosse problema​ algum o que estamos passando. E ele não veio falar comigo ainda, sobre o que faremos agora... Isso me deu muito o que pensar.

Sentei no chão, apoiada em uma estaca no exato centro de uma tenda, pensando. Muito tempo depois, Albedo puxa uma cadeira e se aproxima, com um pote cheio de batatas fritas cobertas de queijo cheddar e bacon.

- E aí? Tá triste por quê? - Mesmo tentando se preocupar, acabou sendo ríspido, ainda mais por falar com a boca cheia enquanto mastigava.

- Incomodada com tudo isso aqui. Não gosto do que não posso entender. - O galvaniano me olhava, enquanto mastigava ruidosamente. Comecei a coçar os nós dos dedos pra segurar a raiva dessa falta de educação.

- Seres celestiais são megalomaníacos narcisistas carentes por atenção. - Ele chega a lamber bem os dedos. - Acredite em mim quando digo, afinal... - Apontou para a própria cabeça, se referindo à inteligência.

- Você os definiu bem. Mas acabou sendo igual a eles agora. - Agora ele passou dos limites ao usar os dedos pra limpar os restos de comida dos dentes. Isso é muito nojento! - SERÁ QUE PODE TER EDUCAÇÃO AO COMER?

Albedo parou, me olhando sem expressão. E então, continuou a comer, com mais educação.

- É exatamente isso que ele espera. Sentimentos tão a flor da pele que nublam sua visão, o que te deixa vulnerável na hora da luta. Mas... cadê que algum de vocês percebe?

- Falou quem se estressa por falta de batata frita ou por se achar superior a todos aqui. - Levantei uma sobrancelha ao falar.

- Mas sou superior! E minha raiva tem fundamento, ninguém aqui parece ter cérebro, nem mesmo seus dois heróis "gênios", o Flash e o Homem de Ferro. - Seu tom de voz era todo pomposo.

- E as batatas fritas? Onde ficam nesse assunto?

- Ah, vê se não enche! - Ele que acabou enchendo a boca de comida pra acabar o assunto.

Acabei rindo bastante dele, que cruzou os braços e olhou pra outro lado enquanto mastigava, parecendo chateado.

Então, vejo meu pai passar ao lado, evitando meu olhar. Sabia que teria que conversar com ele, por que não falar isso logo? Cheguei perto dele e o chamei.

- O que quer agora, Sarada Uchiha? - Tô encrencada, só pelo tom de voz dele, ainda mais por ter dito meu nome completo.

- Pai, eu...

- Quer se justificar por transar com o garoto que você ama? O problema não reside aí, isso é natural. O problema é... Ah, ok. Conversamos quando voltarmos. - Ele pegou uma nova capa preta igual à sua em um caixote e se virou, abotoando em volta do pescoço enquanto se afastava.

Senti que ele estava muito, mas muito bravo mesmo. Nem tentaria continuar o assunto.

Enquanto estou parada no mesmo lugar, sinto um par de mãos me pegar pela cintura e me abraçar por trás. Então, uma respiração no meu pescoço causa aquelas reações ótimas que mulheres sabem bem como é. Automaticamente, minha mão vai aos cabelos do garoto logo atrás, puxando pra perto de mim. Ele me vira e beija, aproveitando para me por sentada em cima de um caixote e ficando no meio das minhas pernas. Depois de um tempo de beijo, o afasto.

- Boruto, isso lá é hora pra uma coisa dessas? - Falo baixo, olhando para os lados. Não havia ninguém nessa tenda.

- Achei que iria querer, ainda mais pelo puxão que você me deu pra cima de você agora. - Ele se aproxima de novo, quase me fazendo sucumbir aos desejos dele mais uma vez. Não que seja ruim, foi a coisa mais maravilhosa da minha vida, mas...

- Agora não é o momento. - Empurro ele mais uma vez.

- E toda aquela fala de ser toda minha, se entregar completamente? - Ele diz ao meu ouvido, suavemente, causando aquela sensação lá em baixo de novo, que quase me fez arrancar a roupa dele na mesma hora.

Mordi o lábio inferior, me contendo bastante e respirando fundo antes de falar:

- Resolvemos tudo da melhor maneira assim que voltarmos pra casa.

- Só lembra que lá, a moça vai ter que gritar baixinho. - Ele diz com um sorriso de canto malicioso enquanto se afastava.

Filho da puta... Me faz querer perder o controle e não ligar pras consequências. Tenho que trabalhar muito meu auto-controle por causa desse loiro atraente... Mas o mais importante, por causa dos cachorrinhos de Kado.

Flash:

Isto é tudo, não? Um bando de batalhas complicadas e lutas que quase nos levaram a morte culminam neste fim estrondoso. Acho que só me senti tão eufórico com algo já preparado quando enfrentei o Zoom naquela corrida pela minha vida e de todos pelo Multiverso. Então, está era a linha de chegada, sentei-me em cima de um dos caixotes. Estava observando todos em câmera lenta, fazendo seus preparativos. Oliver tinha acabado de conversar com o jovem Gohan e Boruto entrava em uma tenda atrás de sua namorada. Cheguei perto de Oliver.

- O que fez para o Gohan ficar tão feliz?

Ollie me olha de esguelha, contendo uma frase sarcástica em sua mente, com toda certeza:

- Ele estava com medo, acha que não é um herói de verdade. Mas, sei que ele é poderoso e, guerreiro ou não. Vamos precisar de um cara forte para derrubar o Superman.

- Tem a Kara.

Ele faz que entendeu com a cabeça. Sento-me ao seu lado, voltando a ver tudo em câmera lenta. Os Uchihas, Sasuke Terra-1, Shisui e Itachi, finalmente se reúnem para uma conversa não muito animada. Tai chega perto de mim, querendo falar e tudo volta a velocidade normal.

- Oi, Tai.

Estava nervoso com algo e, como líder, tinha que acalmá-lo. Iria tentar fazer, mas ele falou antes:

- Eu achei uma coisa que pode ser importante... – Ele me entrega um batarangue – É de um dos vilões. Ouve, podemos fazer ele mudar de lado usando isso.

Dei um sorriso acolhedor, ter o Morcego ao nosso lado poderia ser uma boa vantagem. Então, aciono o dispositivo e vejo uma imagem holográfica de Bruce Wayne ali, caracterizado de Batman, exceto pelo máscara. O susto foi tão grande que quase caí do caixote, Oliver também fica sem palavras. Usando o medo, o Batman tem aterrorizado os vilões de Gotham, mas não apenas eles. As pessoas tem medo do Homem-Morcego que está lá apenas para ajudar. Um vigilante, assim como Oliver, um herói. Ele inspira esperança às pessoas.

A mensagem termina e, fico de boca aberta, sem ter o que dizer. Nesse momento, Naruto acorda o garoto de sobretudo que estava dormindo e minha atenção retorna.

- Obrigado, Tai. Já sei para quem dar isso.

- De nada, Barry.

Me levanto, andando até o Sasuke Terra-2, por algum motivo sabia que era ele quem deveria contactar sobre este assunto. Não demorou muito e ele aceitou o trabalho, com certeza querendo esquecer o que havia acontecido mais cedo controle mental. Tony termina seus consertos e incrementos na armadura, que o faz dar um sorriso de felicidade, enquanto Himawari tenta achar algo em um dos caixotes. Yakago se aproxima dela e ambos se beijam, lembro de estar com a Iris e me sentir vivo quando nossas bocas se encostavam e aquele beijo doce dela.

Depois do beijo, Yakago sai do acampamento indo para a mata, ao mesmo tempo em que Boruto sai da tenda, deixando Sarada lá.

- Eu volto já. – Diz à ela.

E então, começa a correr atrás do seu amigo. Ambos somem agora, corro atrás para ver o que está acontecendo, mas sem atrapalhar, faço escondido. O que encontro é uma cena pouco provável, Yakago se ajoelha em frente à um pequeno lago onde bebemos água pouco antes de chegar no acampamento.

- Não sabia que era religioso, - Diz Boruto. – mas o que é que eu sei, né?

- Boruto... – Yakago se levanta e vira para o loiro. – não estou rezando, estou controlando algo. Sei que posso ficar fraco durante esta luta, vou precisar ter total autocontrole.

Ambos estavam à uma distância considerável e, por um segundo, pensei que iriam lutar de novo. Mas não foi o que aconteceu.

- Então, você não estava dormindo lá.

- Não, estava conversando com ela. Quero dizer, brigando com ela. Afinal, estamos no mesmo barco agora e... essa mulher odeia tanto os celestiais, achei que a convenceria de ajudar. – Yakago suspira – Mas acho que ela me odeia ainda mais.

Boruto se aproxima de Yakago, com receio, sabia que seu amigo poderia estar com raiva por causa da luta do dia anterior. Então, foi cauteloso:

- Me desculpa. - Diz Boruto. - Não tive a intenção de acertar aquele Rasengan, não daquele jeito.

- Fica tranquilo, cara. Ainda está um a um.

Boruto não entende de início.

- Como assim?

- A primeira venci por WO, a segunda você venceu com o Rasengan.

- Então acho que terei que vencer a próxima. - Boruto diz com um sorriso. - Não podemos deixar isso empatado.

- Pode deixar. - Yakago coloca o punho para o Boruto tocar. - Companheiros?

Boruto bate, dizendo:

- Amigos.

Ambos sorriram e ficaram sérios logo depois, pareciam olhar de uma forma diferente um para o outro agora. Voltam andando aos poucos para o acampamento mas chego lá antes deles. Nisso, todos olhavam para cima onde um homem segurava uma pessoa no pé da árvore, uma mulher ajoelhada, amordaçada e amarrada. Ele tinha uma máscara no rosto e cabelos caindo como cataratas pelas laterais, suas roupas pareciam ser furtivas e lhe concediam muita proteção contra balas e lâminas. Parecia o perfeito assassino. 

- Venha pegar, Stark.

A mulher que o cara de máscara segurava parecia em prantos, tinha cabelos ruivos naturais, do tipo alaranjados mesmo, era bonito, mas a maquiagem borrada de inúmeras lágrimas que escorriam pelo rosto estragavam a sua beleza naquele momento. Tony, fora da armadura que estava bem na sua frente, começava a se desesperar.

- Não, por favor. Solta ela. – Tony pula dentro da armadura e começa a voar para cima com suas botas propulsoras​. – Não faça isso, Bucky.

- Soltá-la? Péssima escolha de palavras. – Nesse momento, Kai deve ter percebido algum tipo de movimento do inimigo, pois começou a subir pela árvore correndo com seu rastro vermelho. – Vou soltar depois disto. – Uma faca serrilhada transpassa o peito da mulher e depois ele a solta.

O tal de Bucky recua e Kai consegue pegar a mulher antes que Tony o fizesse. Ambos descem, quando ela jaz no colo de Kai. Stark a pega ainda de armadura, levantando a viseira do capacete, seus olhos em prantos deixam claro o quanto a amava. De repente sou eu ali, na Infantino Street. Iris está em meus braços depois do ataque de Savitar, morta. Balanço a cabeça para me lembrar que foi H.R. que morreu naquele dia.

Tony a coloca no chão, o ódio se enchendo junto com as lágrimas que aumentavam em seu rosto.

- Eu vou matar esse filho da puta. - O Homem de Ferro abaixa a viseira do capacete e se levanta, olhando para o alto.

Olhei para Kai e ele assentiu, virando para olhar a todos e eles faziam o mesmo. Então, estávamos prontos, era hora de brigar. Iríamos subir a árvore, Himawari se senta ao lado da mulher e começa a tentar os primeiros socorros com seu chakra nela. Yakago se ajoelha do seu lado.

- Você pode ficar. Assim que puder, sobe. Não vou mais deixar você fora das lutas, minha promessa ainda é valida neste mundo. Eu te amo.

- Eu também amo você, agora vai.

Yakago também faz que sim com a cabeça, olhei para o loiro menor, Boruto, que faz o mesmo.

- Então, vamos. – Disse e acelerei, sendo acompanhado por dois outros velocistas, Kai e Y. Sasuke-Terra 2 surge com seu Susano’o, levando Sarada, Boruto, Naruto e Sasuke-Terra 1, Shisui segura no ombro de Itachi, chamando Tai e Agumon para ir com eles, assim, os quatro desaparecem da parte de baixo. Supergirl e Gohan sobem sozinhos voando em alta velocidade. O Aranha e Ollie fica com Himawari para proteger a nossa médica e assim, subimos a árvore após um minuto, ela era realmente enorme. Maior do que qualquer coisa no meu mundo. Estava na hora de ser mais rápido do que nunca.

Uma cidade em cima da árvore, foi o que encontramos ao subir todo aquele tronco e galhos que mais pareciam troncos de árvores do meu mundo. No meio da cidade havia uma mansão e lá estavam nossos inimigos. Pelo exército que estava vendo, sabia que aquilo não seria uma luta. Não, não mesmo... Aquilo seria uma guerra.