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História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - CAP. 2 - SARADA: Sentimentos em conflito: entre amor e ódio


Escrita por: KaiUchiha e YakagoIziki

Notas do Autor


Um pouco menos de ação e mais aprofundamento dos personagens. O início esta sendo assim. Mas já já muda.

Não se esqueçam de acompanhar também essa história aqui: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-yakago-iziki-6869513

O crossover envolve ela.

Tô escrevendo uma outra fanfic, uma sobre um ninja bem interessante: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-o-ultimo-uchiha-8357780

Essa história é continuação de:

https://spiritfanfics.com/historia/as-cronicas-de-boruto-uzumaki--temporada-ivento-ascendente-5088707

Capítulo 3 - CAP. 2 - SARADA: Sentimentos em conflito: entre amor e ódio


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - CAP. 2 - SARADA: Sentimentos em conflito: entre amor e ódio

Todos olharam em silêncio pro irritadíssimo e mudado Boruto. Eu mesma não acreditava no fato de ele ser tão idiota assim, a ponto de não poder vê-lo e quebrar uma mesa por isso. Pra mim, foi atitude da criança que ele sempre foi: mimado. Estávamos todos bem até então, mas ele tem esse poder enorme de estragar tudo. Ameru me olhou, intrigada, mas eu consegui responder com o mesmo olhar, apesar de saber da verdade. Se tem uma coisa que aprendi com meu pai foi a esconder os sentimentos de vez em quando.

Tio Naruto conseguiu nos arranjar outra mesa, e nos acomodamos novamente. Com todos sentados, o pai foi atrás de seu filho rebelde no banheiro. O assunto na mesa retornou rapidamente.

- Senhor Sasuke, que bom vê-lo. - Sukuinushi aperta a mão do meu pai, e os dois dão um meio sorriso ao se cumprimentarem.

- Digo o mesmo, Sukuinushi. Mas como anda Sarada nas missões? Tem cuidado dela, não é? - Meu pai se senta um pouco mais a vontade.

- Claro. - Meu namorado se senta mais ereto ao meu lado. - Ela tem sido ótima nas missões, e quando precisa, estou sempre lá pra ajudar.

- Parece que você tirou a sorte grande com namorado, não foi, filha? - Minha mãe piscou pra mim, com um sorriso malicioso.

Levei um susto e pulei no mesmo lugar no banco. Logo me recompus, ajeitando os óculos. Tia Hinata riu da minha reação, e eu dei um sorriso tímido de cabeça baixa pra ela.

- Mas e sobre o Exame Chunnin? Estão se esforçando pra isso? - Ela pergunta, tentando mudar o assunto por mim. Essa mulher é um anjo!

- Sim! Tenho treinos com meu pai entre os momentos livres e as missões. E realmente tá ajudando bastante. - Ao olhar pro meu pai, senti que seu olhar sobre mim era de orgulho, mesmo que ele tentasse segurar.

- E você, Suk? - Tia Hinata olhou pro meu lado.

- Meu tempo livre é pra treino. Afinal, eu faço isso desde pequeno. - Seu tom de voz simplório, mas ainda assim, as outras mulheres da mesa se impressionaram.

Todas fizeram aquele "Uuh!" como se fosse algo sexy, deixando ele com seu meio sorriso e coçando a nuca. Pelo que conheço estava bem envergonhado.

- Claro, não é nada de mais... - Ele ainda tentou diminuir a constrangimento.

- Além de forte, é modesto. Tá faltando homens assim! - Minha mãe também não ajuda...

- Ah, é? Tem certeza? - Meu pai fazendo cara de falso indignado pra alegrar o momento.

- Não só você, mas o Naruto também. O que vocês têm de força, é o que falta de modéstia. Dois convencidos natos. - Minha mãe começou a dar papinha pro meu irmãozinho, que até então, estava muito calado.

- Sabe como é, né... o Sétimo Hokage e o cara que salvou o mundo. Tenho motivos pra ser convencido. - Naruto chega. Ameru se levanta pra deixá-lo sentar ao lado da sua mulher, então ela se senta. Pra surpresa de todos, Boruto senta logo ao lado dela. - Agora, o Sasuke... Ele só é um gênio todo-poderoso e que todas as mulheres caem aos pés dele... Viu? Nada de especial.

Todos riem bastante, até mesmo meu pai solta suas risadas convencidas, mas Boruto permaneceu sério. A entrada chegou naquele exato momento, e o loiro rebelde beliscava um pouco das batatas fritas cheias de queijo cheddar e bacon.

- Por um certo tempo, eu até senti falta dessas suas piadas, Naruto. - Meu pai dizendo, depois que as risadas cessaram. - Mas agora, só me lembra de como elas me faziam pensar que você era idiota. Hoje eu tenho uma certeza que só aumenta...

Seu tom não saiu sério, mas sim descontraído, no máximo que meu pai conseguia chegar disso. Boruto continuava somente a beliscar as batatas fritas. Chegava a ser incômodo o loiro estar ali, mas fingir que ninguém ali merece a sua atenção.

O assunto começa a tomar um rumo diferente alguns minutos depois.

- Mas depois de todo esse tempo, como anda o treinamento do Boruto, hein Sasuke? - Naruto pergunta, mudando de assunto repentinamente, olhando pro seu filho.

- Ele está indo bem. Mas pessoalmente, acho que deveria por à prova suas habilidades. Ainda não é o ideal, com alguns pequenos erros fatais, mas tenho certeza que vai te deixar orgulhoso.

Tio Naruto olhou pro filho com um brilho de orgulho nos olhos, o que me fez dar um sorriso de felicidade por Boruto ter um pai desses. Eu só queria um pouco disso no meu pai.

- Então, vou deixar uma missão preparada pra ele. E já amanhã. Vamos ver o que ele pode fazer.

Todos na mesa ficaram animados por ele, mas o mesmo pareceu nem ligar. Todos o olhavam na mesa, e ele olhava de volta, quase sem expressão.

- Que foi? - Boruto pergunta com uma batata a meio caminho da boca.

Por sorte, antes que qualquer um pudesse responder, a comida chega. Tio Naruto já se anima ao ver a comida, esfregando as duas mãos animado. Enquanto cada um enchia seus pratos com a devida comida, eu me perguntei o porquê de Ameru estar aqui hoje. Pelo fato de estarmos todos bem, e por ser uma amiga do Boruto, eu apenas tirei o pensamento da cabeça, e continuei me servindo.

Depois daquele comilança toda, Boruto pede licença e vai pra frente do restaurante, com as mãos no bolso.

- Ei, Sarada. - A voz do meu Sukuinushi atinge meus ouvidos, enquanto eu olhava pro meu prato vazio, com um olhar perdido.

- A comida começou a pesar no estômago. - Dei uma risada olhando pra ele, enquanto Ameru conversava com Himawari e os adultos entre si.

Mas a resposta que eu lhe dei foi, em parte, verdade. A moleza que a comida proporcionou só ajudou a me distrair com os pensamentos. Ver o Boruto assim diferente me fez lembrar do jeito que ele era antes, até na aparência ele era diferente. Sukuinushi sempre foi mais robusto (e ficou ainda mais), mas Boruto ficou assim durante esse ano em que não nos falamos muito.

A última vez em quando nos falamos de verdade foi naquele dia, da tempestade estranha... O dia em que nos beijamos. Isso pode ter mexido comigo na época, mas hoje não mais. Meu namorado é realmente o melhor, mas mesmo assim ainda fico impressionada com o fato de Boruto não ter uma namorada. Bonito ele é, e quando quer, tem papo.

E mais uma vez, fui acordado dos meus devaneios pela voz melodiosa.

- Vê se não fica muito influenciada pela Chou-Chou, ouviu? Haha. - Uma risada no final, feita de veludo.

Não resisti, ri também, e segurei os lados do seu rosto, dando um beijo rápido. Mas não foi tão rápido aos olhares dos adultos.

- Ih aí, Sasuke! Olha lá os dois. - Tio Naruto apontava pra nós. - Pode isso? Acho infração grave.

Seu tom era de total descontração, arrancando risadas das pessoas ali. Suk coça a nuca, e eu fico vermelha de vergonha na hora, além das nossa risadas nervosas.

- Vou ver como o Boruto está. - Ameru se levanta e vai pra fora também.

Logo após, os adultos voltam a suas conversas, e Himawari comendo seu brownie que acabou de chegar.

- Você acha que o Boruto vai ficar melhor comigo depois que me conhecer melhor? - Sukuinushi retoma sua conversa comigo.

- Tenho certeza. - Parte de mim ainda duvidava muito do que eu disse, quase que cem por cento. Aquele um por era esperança.

- Só falta ele se permitir.

E mais alguns minutos depois, a conta estava paga e todos nós nos levantávamos. E do lado de fora, Boruto e Ameru conversavam abertamente. O loiro dava gargalhadas na hora em que saímos, e a garota deu um tapinha no ombro dele dizendo pra parar de rir.

De lá, seguimos caminho pra casa do Tio Naruto, já que ele deu a ideia. Na metade do caminho, Sukuinushi se vira pra mim.

- Tenho que ir agora. Amanhã é dia de treinamento, e você sabe como treino longe e por bastante tempo. Tenho que descansar pra ficar pronto pra isso.

- Ok, vai lá meu lindo. - Abracei ele ao dizer.

Logo antes de nos soltarmos, paramos pra aquele beijo longo e gostoso de despedida, onde tanto ele quanto eu demoramos a sair. Por fim, ele solta minha mão, e se vai.

E em pouco tempo, estávamos na casa. Lá dentro, os adultos foram pra cozinha beber (ideia do Naruto), e eu e Boruto permanecemos na sala, cada um sentado de um lado. Ambos estávamos digitando mensagens em nossos celulares no silêncio da sala. Uma movimentação dele me fez olhar em sua direção, ele me encarou na mesma hora, com uma certa raiva no olhar. Aquilo me incomodou, a forma do olhar, mas eu não disse nada.

Voltei minha atenção novamente ao celular, onde uma mensagem do meu namorado avisa que ele chegou. Soltou uma risada pelo nariz, e percebo outro olhar igual vindo do outro lado da sala. Isso já estava começando a me deixar irada.

Alguns minutos de silêncio total entre nós, com gargalhadas altas da cozinha (obviamente do Hokage). Até que Boruto pronuncia um "merda" com algo em suas mensagens. Subi o olhar de novo, ao mesmo tempo que ele. Dessa vez, seu olhar foi acompanhado por um "Hm!" igualzinho ao do meu pai. Aquilo foi demais pra mim.

Levantei andando com atitude em direção ao loiro. Parei na frente dele, com os braços cruzados.

- O que foi? Algum problema comigo? - A voz o mais firme possível.

- Eu? Com você? Não, não é com você o problema... - O babaca nem se deu o trabalho de levantar o olhar pra falar comigo.

- Então por que esse olhares pra mim? - Mudei o lado do corpo no qual eu me apoiava.

- Paranóia sua. - O tom de voz dele demonstrava raiva.

- Paranóia uma ova, Boruto Uzumaki. Fala logo de uma vez. - A firmeza se transformando em raiva.

Percebendo isso, ele levantou com atitude, desestabilizando minha postura e me fazendo recuar um pouco.

- Quer realmente saber? Ok, eu digo. - Ele explodiu, obviamente de sentimentos, jogando o celular com força no sofá. - Seu namoradinho esse é o problema.

- Pera, isso são ciúmes? - Interrompi sua fala, em tom cauteloso.

- Não, Sarada, não. Eu só quero o seu bem, e tenho certeza que isso é algo que aquele desgraçado não pode te dar. Na verdade, até pode, mas a decepção vai ser maior.

Ele gesticulava em uma explosão de palavras sem calma nenhuma.

- Primeiro, - Interrompi novamente, com um dedo levantado. -, tenho idade pra escolher o que é melhor pra mim. Segundo, você não é meu pai ou minha mãe. Terceiro, de acordo com você, somos só amigos. E você não vem agindo como um. Então para com sua palhaçadinha que já tá enchendo.

- Você acha que é palhaçada? Eu não acredito... Ele realmente veio pra foder minha vida... Só pode. - Boruto começou a andar com as duas mãos aos lados da cabeça.

- Dá pra parar de falar essas coisas sobre ele? Sukuinushi é uma boa pessoa, e quer ter uma boa relação com você. - Impaciente com o rumo da discussão, eu mesma comecei a andar, pro lado oposto do dele, como dois leões se rondando antes de começarem a tentar matar um ao outro.

- Assim como eu disse pra ele, é algo que vou provar a você também: o poder não é inocente. Como você acha ele tão poderoso? Ainda acha que ele é tão inocente e puro assim? - Boruto olhava pra mim como se eu fosse maluca.

- O que importa é quem ele é agora, não o que aconteceu antes. - Apontei um dedo pra ele enquanto falava, com a voz tremendo de raiva já.

- Sim, e agora, ele é um cara que pode assassinar qualquer um de nós sem percebermos por estarmos distraídos com sua falsa bondade. Um cara que pode perder o controle, dar um tapinha naquele poder especial dele, e nos estraçalhar. Não podemos dormir de olhos abertos e quanto ele ainda estiver em nosso convívio.

Eu parei incrédula, olhando pra ele. Minha vontade era de pular na garganta dele, estrangulando-o até que ele dissesse que se arrepende do que disse. Porém, fiz diferente.

- Olha, é melhor parar nossa "conversa" por aqui, tá? Vou beber uma água. - Comecei a me dirigir a passos preguiçosos pra cozinha.

- Sarada...

- Boruto, não se aproxima de mim. Acho que não somos mais amigos. - Continuei andando.

Assim que falei isso, o loiro veio andando a passos largos pra cima de mim, com um olhar de angustiado. Como se fosse instinto, eu recuei pro lado, infelizmente era parede. Já esperava o golpe. Mas ao invés de me bater, suas mãos se puseram na parede atrás de mim, bloqueando minha saída, e ficando muito perto de mim. Eu sentia o vento de sua respiração em cima de mim, e eu tinha certeza que ele sentia minha respiração ofegante com a proximidade. Ele hesitou por um momento, onde nós dois nos encarávamos, ele mais de cima por ser mais alto.

- Boruto... - Pus as duas mãos em seu peito, mas as força pra afastá-lo não vinham. Eu não conseguia tirá-lo de perto de mim. Ou talvez, eu quisesse ele perto.

E no momento em que fechei os olhos devagar pra respirar, senti os lábios macios e bem formados daquele loiro forte tocando os meus finos e delicados. Ele me beijava com uma vontade que só aumentava, e eu não sei o que me deu, pois eu comecei a acompanhá-lo.

Senti uma de suas mãos tocar minha nuca e acariciar meus cabelos ao mesmo tempo, puxando mais pra perto dele, e a outra nas minhas costas. Senti minhas próprias mãos enroscarem o pescoço dele, e meu corpo de se aproximou do loiro também. Com essa aproximação, ele me empurrou pra parede de novo, ainda colado em mim.

Um formigamento estranho se formou na boca do estômago, algo que só senti naquele quarto de hotel com Sukuinushi. Eu não sabia o que estava me dando, só sabia que eu não queria que aquele momento acabasse.

Por fim, paramos pra respirar, testas coladas e ofegantes, na mesma posição. Eis que escuto um passo ao lado e olho. Era minha mãe, com Sasumi no colo. Boruto e eu nos separamos, envergonhados. Eu com uma mão no bolso da jaqueta de couro vermelha, e a outra no bolso da calça jeans. Boruto coçava a nuca, com a outra mão no bolso do casaco. Minha mãe sorriu, e se dirigiu ao banheiro.

O garoto à minha frente me olhava, um olhar penetrantemente desafiador, o que me fez perder a linha.

- Eu... Vou beber minha água.

E segui apressada, quase correndo, em direção à cozinha, deixando ele me olhando no mesmo lugar.


Notas Finais


Próximo capítulo, ação de volta.


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